Ano 5 | nº 1065| 27 de agosto de 2019
NOTÍCIAS
Brasil espera missão japonesa para avaliação de carne bovina em 2020
O Brasil espera que o Japão envie no ano que vem uma missão para visitas técnicas a produtores locais de carne bovina, em tratativas para possíveis exportações ao país oriental, afirmou na sexta-feira a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, após reunião com um ministro japonês em São Paulo
Segundo Tereza, o Brasil está avançando nas discussões do assunto com o Japão, que importa carne bovina apenas de locais livres de febre aftosa sem vacinação —no Brasil, caso apenas de Santa Catarina, que não possui grande expressão em bovinos. A Ministra mencionou os Estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia como parte de um programa para erradicação da doença sem vacinação, colocando-os como candidatos às inspeções japonesas em 2020. “Estamos avançando, e eu espero que no ano que vem a gente tenha já uma missão vindo para ver esses Estados, com exceção de Santa Catarina, que não precisa de visitas técnicas”, afirmou Tereza Cristina a jornalistas, após encontro com o Ministro da Agricultura japonês, Takamori Yoshikawa. O Japão está entre os principais compradores de carne de frango do Brasil, com uma fatia de cerca de 10% das aquisições, além de também importar carne suína, em menor volume.
REUTERS
Oferta restrita mantém mercado do boi com preços firmes
Mesmo em uma segunda-feira, dia típico de baixa movimentação, o mercado do boi gordo está firme
Destaque para o Oeste do Maranhão, onde as programações de abate atendem cerca de três dias. Atualmente, o boi gordo está cotado em R$144,50/@, a prazo, livre de Funrural, alta de 1,0% na comparação dia a dia. Por outro lado, na região de Goiânia-GO, a oferta, apesar de restrita, tem sido suficiente para atender a demanda. Na região, o boi gordo está cotado em R$142,00/@, a prazo, livre de Funrural, queda de 0,7% na comparação dia a dia, porém, em relação ao início do mês a cotação subiu 0,7%. Embora o momento seja de consumo lento pela segunda quinzena, a proximidade da virada do mês deve fazer com que os frigoríficos busquem manter um patamar mínimo de programações de abate. Isto, para atender à demanda do varejo, se abastecendo para o período de pagamento de salários.
SCOT CONSULTORIA
Preços dos animais de reposição subiram 0,3% em uma semana
Já são quatro semanas de alta no mercado de reposição
Na última semana, porém, o compasso do mercado foi mais lento. Na média de todos os estados e, considerando as categorias aneloradas, a variação nos preços foi de 0,3%. Em São Paulo, os vendedores estão mais dispostos a negociar, pois os pastos mais secos têm prejudicado a retenção do gado de reposição. Aqueles criadores que não prepararam uma estratégia de suplementação correm o risco de que os animais percam qualidade, o que pode influenciar nos preços recebidos, portanto, há menor resistência neste elo. Porém, a mesma falta de capacidade de suporte das pastagens é o fator que também afasta os compradores nos negócios. E, somado a isso, há o baixo poder de compra em função da lenta recuperação no mercado do boi gordo. Em São Paulo, com a virada de mês se aproximando e a necessidade de compra das indústrias aumentando, é provável que a reposição ganhe uma liquidez mais consistente na próxima semana.
SCOT CONSULTORIA
Itamaraty teme perda de exportações
A crise em torno das queimadas na Amazônia ligou alertas no Itamaraty quanto ao risco de que a péssima imagem do governo brasileiro e do Presidente Jair Bolsonaro no exterior passe a afetar as exportações do país, principalmente de carnes
Com protestos em frente a diversas embaixadas, diplomatas ouvidos pelo Valor veem mais riscos de imposição de barreiras por parte de alguns países, individualmente. Os diplomatas dizem, no entanto, não haver potencial imediato de implosão do acordo Mercosul-União Europeia, como sinalizou o Presidente francês, Emmanuel Macron. O Itamaraty está em compasso de espera para ver se ameaças já feitas por França e Finlândia, que pediu embargo à carne brasileira, se confirmam. No serviço diplomático brasileiro, há uma crença de que o acordo entre os blocos europeu e sul-americano está preservado. Na visão de um diplomata que participou das conversas para o fechamento do tratado, ele é muito mais vantajoso para a Europa do que para o Brasil. Essa fonte conta que a gestão Bolsonaro fez concessões que nenhum outro governo aceitou fazer em áreas como licitações, acesso a mercados e denominações de origem, por exemplo. O acordo com o EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) na última sexta-feira também reforça a percepção de que a questão amazônica não afetará os tratados multilaterais. O que preocupa o Itamaraty é a força dos interesses contrariados com o acordo, e o alvo preferencial e o agronegócio. Um dos primeiros setores a serem afetados é o de carnes. Não por acaso, dizem fontes, as manifestações mais enfáticas contra o acordo Mercosul-UE vieram da França e da Irlanda, onde o lobby da pecuária é muito forte. A ligação entre a carne brasileira e o desmatamento da Amazônia é uma ideia já estabelecida no imaginário da população muito antes da crise atual. Agora, com a percepção de que a Amazônia está em chamas, essas notícias podem funcionar como uma “barreira ambiental” ao produto brasileiro – uma analogia às tradicionais barreiras fitossanitárias impostas aos produtos agropecuários como uma desculpa para proteger a produção nos países importadores. Segundo relatos, a imagem internacional de Bolsonaro, que já era negativa, começou a se deteriorar ainda mais no exterior nas últimas semanas. A demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) o colocou na pauta de veículos especializados e de países que olham mais para o Brasil, como França e Portugal.
Valor Econômico
ECONOMIA
Ibovespa fecha em queda de 1,27%, com cautela por exterior e ruídos domésticos
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, engatando o terceiro pregão seguido no vermelho, reflexo de cautela e movimentos de realização de lucros diante de um ambiente externo sensível a questões comerciais, além de ruídos domésticos
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 1,27%, a 96.429,60 pontos, mínima desde o 5 de junho. O giro financeiro da sessão somou 14,4 bilhões de reais. Em agosto, o Ibovespa já acumula queda de 5,3%, caminhando para a primeira perda mensal em cinco meses. “O mau humor na bolsa vem se sustentando”, disse o estrategista Odair Abate, da Panamby Capital, atribuindo as vendas fatores como a retórica dos Estados Unidos e da China em meio ao embate comercial entre os dois países. O cenário político na Argentina e mesmo a repercussão global das queimadas na Amazônia corroboraram o clima mais pesado nos negócios, em um momento no qual os agentes estrangeiros seguem na defensiva na bolsa paulista, com o saldo de capital externo no mês negativo em quase 11 bilhões de reais. O noticiário doméstico trouxe pesquisa CNT/MDA, que mostrou piora na avaliação positiva do governo do Presidente Jair Bolsonaro, para 29,4%, ante 38,9% na pesquisa anterior. O percentual dos que desaprovam o desempenho pessoal saltou de 28,2% para 53,7%.
REUTERS
Dólar renova máxima em quase um ano com incerteza sobre liquidez
O dólar começou a semana em nova alta contra o real, renovando a máxima em quase um ano, com o mercado ansioso acerca de ofertas de liquidez no plano doméstico tendo como pano de fundo um ambiente de incerteza comercial no exterior
O dólar à vista fechou com valorização de 0,37%, a 4,1396 reais na venda. É o maior nível para um término de sessão desde 18 de setembro de 2018 (4,1422 reais na venda). Na máxima intradiária da venda, o dólar à vista saiu a 4,1640 reais. Pelas taxas de compra, a cotação mais elevada foi de 4,1624 reais, maior patamar durante os negócios desde 19 de setembro de 2018 (4,1752 reais na compra). O cenário externo arisco voltou a pesar sobre o câmbio, e analistas têm destacado a persistência da fragilidade do real, que em agosto consegue ter desempenho melhor apenas que o combalido peso argentino. O novo dia de alta do dólar ocorreu a despeito de o Banco Central ter anunciado, na sexta à noite, que dará sequência ao longo de setembro às trocas de swaps cambiais por dólares das reservas, em operação que pode colocar no mercado à vista até 11,6 bilhões de dólares.
REUTERS
Brasil registra déficit de US$9 bi nas transações correntes e tem pior julho em 5 anos
O Brasil teve déficit em transações correntes de 9,035 bilhões de dólares em julho, pior dado para o mês em cinco anos, afetado pela balança comercial mais fraca e pelo aumento das remessas líquidas de lucros e dividendos para fora, divulgou o Banco Central na segunda-feira
Este foi o maior rombo para julho desde 2014, quando chegou a 10,317 bilhões de dólares. Já os investimentos diretos no país somaram 7,658 bilhões de dólares, acima da projeção de analistas de 7 bilhões de dólares, após um resultado fraco registrado em junho, quando o ingresso foi de apenas 2,190 bilhões de dólares. Em julho, houve um salto na remessa líquida de lucros e dividendos para o exterior, a 3,132 bilhões de dólares, de 1,036 bilhão no mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, a balança comercial sofreu uma queda de 54,8% na mesma base de comparação, alcançando 1,602 bilhão de dólares. A despesa líquida com viagens internacionais ficou estável em 1,3 bilhão de dólares, informou o BC. De janeiro a julho, o déficit em transações correntes alcançou 21,683 bilhões de dólares, crescimento de 76,8% sobre igual período do ano passado, e já acima da expectativa que havia sido divulgada pelo BC para o ano, de um rombo de 19,3 bilhões de dólares. A projeção foi feita em junho e será revisada pelo BC em setembro.
REUTERS
Mercado reduz previsão para PIB e inflação em 2019, diz pesquisa Focus
A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2019 voltou a cair, de 0,83% para 0,80%, de acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada pelo Banco Central (BC) ontem, com estimativas coletadas até o fim da semana passada
Para 2020, o ponto-médio das expectativas para a economia brasileira também voltou a recuar, de 2,20% para 2,10%. O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre será conhecido na próxima quinta-feira, 29. A mediana das projeções dos analistas para a inflação oficial em 2019 recuou, de 3,71% para 3,65%. Para o próximo ano, o ponto-médio de todas as projeções para a alta de preços caiu de 3,90% para 3,85%. Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, a mediana das estimativas para o IPCA no fim do ano também caiu, de 3,71% para 3,51%. Em relação a 2020, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 3,90% entre os campeões de acertos. O IPCA-15, espécie de prévia da inflação oficial, surpreendeu ao desacelerar para 0,08% em agosto, de 0,09% em julho, como informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Importação de carne suína pela China deve crescer para 4,2 mi t em 2020, diz FCStone
As importações de carne suína pela China devem subir significativamente, de 2,1 milhões de toneladas em 2018 para 3,3 milhões em 2019 e 4,2 milhões de toneladas em 2020, devido aos surtos de peste suína africana no país, disse a consultoria e corretora INTL FCStone na segunda-feira
A FCStone estimou durante conferência do setor de commodities em São Paulo que a produção de carne de porco na China deve cair para 38 milhões de toneladas em 2019, ante 54 milhões de toneladas em 2018. Em 2020, deve haver novo recuo, para 34 milhões de toneladas, à medida que o país segue lutando para controlar a devastadora doença. O Diretor de Inteligência de mercado da FCStone no Brasil, Renato Rasmussen, afirmou que a China pode levar até sete anos para retornar a níveis de produção próximos de 50 milhões de toneladas por ano, o que deverá deixar aberta uma janela de oportunidade para exportadores de carnes. Além das maiores importações de carne suína, ele vê substituição do consumo de proteína animal na China, com maiores volumes de carne bovina e de frango. Rasmussen, que afirmou que as estimativas divulgadas na segunda-feira foram baseadas em dados de analistas da FCStone na China, espera que a União Europeia e outros países asiáticos como o Japão e a Coreia do Sul se beneficiem das maiores importações de carne suína pelos chineses. Ele afirmou que as elevadas tarifas impostas pela China sobre a carne suína dos Estados Unidos deverão limitar os embarques norte-americanos. A China anunciou na semana passada que irá impor tarifas adicionais de 10% sobre importações de carne de porco dos EUA a partir de 1° de setembro, levando a tarifa total a 72%. “Acredito que o comércio de carne bovina pode se beneficiar mais, principalmente porque seria uma transição mais natural para os consumidores chineses escolher carne bovina em vez de frango”, afirmou ele.
REUTERS
Produção de carne de frango crescerá 2,5%
A produção de carne de frango em 2020 crescerá 2,5%, para 13,975 milhões de toneladas, com a demanda global, especialmente da China, impulsionando o crescimento devido ao impacto da peste suína africana na Ásia. Foi isso que informou um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Além disso, espera-se que os preços dos alimentos se estabilizem no próximo ano devido a um abundante cultivo de milho e oleaginosas. O preço da carne de frango no mercado doméstico deverá capturar participação de mercado de carne bovina e suína, diz o texto do relatório. O USDA acredita que as fontes comerciais continuam otimistas de que as exportações para a China permanecerão firmes no próximo ano devido ao surto da Febre Suína Africana (AFS) na Ásia. “Outros fatores que contribuem para a perspectiva otimista do próximo ano incluem: os custos de alimentação provavelmente permanecerão estáveis devido a um recorde de safras 2019/2020 de soja e milho, um número acima da média de pintos colocados em operações de cultivo de carne nos últimos meses, refletindo os produtores ‘confiança no mercado, o peso vivo médio das aves continua a crescer devido à melhoria da genética e aos preços competitivos do produto brasileiro. O último fator assume uma taxa de câmbio média acima de R $ 3,85 por dólar americano”, conclui o relatório do USDA.
AGROLINK
FRANGO/CEPEA: preços da carne recuam com baixo ritmo de vendas
Cotações da carne de frango congelada e resfriada no atacado da Grande São Paulo estão em queda, conforme indicam dados do Cepea
As cotações da carne de frango congelada e resfriada no atacado da Grande São Paulo estão em queda, conforme indicam dados do Cepea. Esse movimento está atrelado à baixa liquidez no mercado doméstico, que tem levado ao acúmulo de estoques nos frigoríficos. Nas regiões que se destacam pelas exportações, o baixo ritmo de embarques no correr de agosto também tem pressionado os valores. Conforme dados da Secex, a média diária de embarques nos primeiros 12 dias úteis deste mês foi de 14,06 mil toneladas, 9% abaixo daquela de julho e a segunda menor deste ano, superando apenas a registrada em janeiro (11,85 mil toneladas). Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês (22 dias úteis), o Brasil exportará 309,4 mil toneladas da proteína, queda de 13% em relação ao volume embarcado em julho.
INTERNACIONAL
Macron critica Bolsonaro e quer reabrir acordo UEMercosul
O Presidente da França, Emmanuel Macron, quer reabrir o acordo de livre comércio concluído entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, alegando que o Presidente Jair Bolsonaro não respeita os compromissos assumidos na área ambiental
Em entrevista à TV F1, Macron rejeitou a questão de que o acordo estava enterrado. Mas deixou claro em seguida que “o texto do Mercosul não é suficiente”. Insistiu que a França não deu seu aval definitivo. Ou seja, antes de uma eventual ratificação, a França quer mudanças para assegurar o respeito ao combate às mudanças climáticas e à proteção da Amazônia. Macron argumentou também que o acordo da UE com o Canadá foi “melhorado” antes da ratificação. Para o Presidente francês, o que está ocorrendo atualmente na Amazônia é uma demonstração de que Bolsonaro não respeita seus engajamentos na área ambiental.
VALOR ECONÔMICO
Trump muda tom e acena à China com negociação
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom conciliatório no último dia da cúpula do G-7, onde foi pressionado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, a reduzir a escalada na guerra comercial com a China e aliviar as tensões com o Irã
Ao lado de Macron, Trump soou otimista ontem sobre as negociações comerciais com a China, um dia depois de ter reforçado sua política de sobretaxas. “Eu acho que eles querem fazer um acordo”, disse Trump. Mais cedo, ao ser indagado se consideraria adiar ou cancelar tarifas planejadas contra a China, ele respondeu: “Tudo é possível.” A retórica mais leve sobre a China ajudou a acalmar investidores preocupados com uma nova escalada nas tensões comerciais entre os EUA e a China. Ontem, em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1%, enquanto o S&P 500 avançou 1,1%. As propostas suavizaram o encerramento da cúpula no balneário francês, que ficou marcada por três dias turbulentos. Ao longo do encontro, Macron conseguiu manter Trump sob controle. A cúpula começou com o Presidente francês pressionando Trump para discutir o Irã e a China sem a presença de assessores da Casa Branca – e seguiu com a imprevista chegada do Ministro das Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, nos bastidores do encontro. No fim, Trump parecia apreciar a atmosfera improvisada da cúpula. “Estávamos nos entendendo muito bem, ninguém queria ir embora”, disse Trump. Ele chamou o presidente chinês, Xi Jinping, de um “homem brilhante”; e descreveu como “muito positiva” a reunião que Macron teve do outro lado da rua, onde ocorreu a cúpula com Zarif – que recentemente foi alvo de sanções americanas. Trump elogiou o governante francês, acrescentando que Macron o manteve informado sobre os movimentos do diplomata iraniano.
VALOR ECONÔMICO
Austrália pode triplicar vendas de CARNE DE bovinos alimentados com grãos à China
A produção de bovinos alimentados com grãos deverá desempenhar um papel maior no setor de carne bovina da Austrália, com a oportunidade de triplicar as exportações deste tipo de produto para a China até 2030, relata o portal Beef Central, com base em relatório divulgado pelo Rabobank
Em seu estudo “Oportunidades para o crescimento da carne bovina australiana”, o Rabobank afirma que, enquanto a espinha dorsal da indústria de carne bovina australiana continuará sendo o sistema de produção baseado em pastagens, a alimentação com grãos deve desempenhar um papel cada vez maior na produção de carne bovina do país nos próximos dez anos. Segundo a pesquisa, até 2030, os embarques de carne bovina australiana para a China poderão triplicar, saindo das atuais 50 mil toneladas para cerca de 200 mil toneladas. “O Rabobank acredita que haverá um forte crescimento na demanda global por carne bovina alimentada com grãos, impulsionada principalmente pela China”, reforça o relatório. O autor do documento, o analista Angus Gidley-Baird, reconhece que as vastas áreas de pastagem da Austrália (além de uma produção limitada e volátil de grãos) atendem a um sistema expansivo de produção de carne bovina. No entanto, “desde a procura mais efetiva do mercado chinês às importações de carne bovina da Austrália, a partir de 2013, somada à expansão do apetite por carne bovina entre os consumidores chineses, tem havido uma demanda crescente por bovinos alimentados com grãos”, disse. A boa notícia, diz Angus Gidley-Baird, é que, até 2030, o mercado chinês deve atingir perto de 500 mil toneladas de exportação de carne oriunda de bovinos alimentos com grãos. Em outras palavras, “haverá espaço suficiente para todos”.
PORTAL DBO
Maiores informações:
ABRAFRIGO
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
Powered by Editora Ecocidade LTDA
041 3088 8124
https://www.facebook.com/abrafrigo/