CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1066 DE 28 DE AGOSTO DE 2019

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Ano 5 | nº 1066| 28 de agosto de 2019

NOTÍCIAS

Boi gordo: dificuldade de alongar as escalas e preços firmes

No fechamento da última terça-feira (27/8) sete praças sofreram alterações de preços para o boi gordo, sendo cinco altas e duas baixas. Desde o começo de agosto valorizações ocorreram em 70,0% das praças pesquisadas

Em São Paulo, apesar de preços estáveis, os compradores estão encontrando maior dificuldade para negociar a boiada e estão sentindo certa resistência da ponta vendedora. Principalmente para novilhas que estão pouco ofertadas no estado. Para esta categoria, houve ofertas de compra de até R$2,00/@ acima da referência. No norte do Tocantins a dificuldade em alongar as escalas forçou os compradores a ofertarem preços maiores para o boi gordo. A cotação fechou em R$148,00/@, a prazo e livre de Funrural, valorização de 2,1% desde o início do mês. Destaque também para as regiões sul de Minas Gerais e Marabá-PA, que tiveram altas de 1,0% e 1,7%, respectivamente, para o boi gordo no mesmo período. No Rio Grande do Sul, onde a desova de safra dos animais provenientes das pastagens de inverno tem colaborado para um cenário de maior oferta, houve desvalorização de 2,0% na comparação dia a dia.

SCOT CONSULTORIA

Brasil está perto de fechar acordos com Cingapura e Coreia, diz ministra

O Brasil está em negociações avançadas para fechar acordos comerciais com Cingapura e Coreia do Sul, disse na terça-feira a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sem elaborar

Em discurso durante uma conferência da indústria de carne em São Paulo, Tereza afirmou que o país é um produtor de alimentos eficiente e sustentável, buscando aumentar sua participação nas exportações mundiais de commodities agrícolas. O acordo comercial com Cingapura poderia ser fechado até o final do ano, disse ela.

REUTERS

Alta de preço da carne bovina no varejo

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no varejo, na média de todos os estados e cortes pesquisados, o preço da carne bovina subiu 0,16% na semana passada

As contínuas altas no mercado atacadista estão forçando os açougues e supermercados a subirem os preços da carne, mesmo em uma época desfavorável para o consumo. O Rio de Janeiro foi o único estado com recuos na semana, de 0,2%. Em São Paulo o mercado ficou praticamente estável, com valorização de 0,06%. Minas Gerais teve ajuste positivo de 0,1%, em média. O Paraná foi o estado que teve a maior alta da semana, 0,7%.

SCOT CONSULTORIA

Cotação do bezerro subiu 25% no Tocantins em um ano

Devido à alta quantidade de fêmeas abatidas nos anos anteriores, a oferta de animais jovens está menor no estado. Este cenário, associado à demanda em alta, fez com que os preços dessa categoria decolassem

Desde agosto passado, o preço do bezerro de ano anelorado de 7,5@ aumentou 25,0%, antes cotado em R$1,2 mil, atualmente é negociado ao redor de R$1,5 mil. Já para bezerro desmama anelorado de 6@, houve valorização de 21% no mesmo período. Tomando a mesma comparação como referência, com a venda de um boi gordo de 18@ comprava-se 1,98 bezerro de ano doze meses atrás, atualmente compra-se 1,75. Ou seja, em um ano, houve piora de 11,5% no poder de compra do recriador na troca com esta categoria. Analisando a média de todas as categorias, o poder de compra do recriador/invernista piorou 8,6% neste intervalo.

SCOT CONSULTORIA

Viés de baixa perdeu força no mercado de sebo

Aos poucos, o viés de baixa está perdendo força no mercado do sebo. A valorização da soja e, consequentemente, de seus subprodutos (óleo de soja), colabora com este cenário

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central, o produto está cotado em R$2,00/kg, livre de imposto. No Rio Grande do Sul, o sebo está cotado em R$2,15/kg, na mesma condição. A expectativa é de que a maior demanda dê sustentação aos preços em curto prazo, ou ao menos, limite as quedas.

SCOT CONSULTORIA

EXPORTAÇÕES EM AGOSTO REFLUEM

Apenas a carne bovina registra leve tendência de alta em relação à projeção anterior – de 125,3 mil toneladas para 126,4 mil toneladas. Isto não altera a perspectiva de resultado inferior tanto sobre o mês anterior (-2,08% em relação a julho passado) como sobre o registrado um ano atrás (-12% sobre agosto de 2018)

Na quarta semana de agosto (18 a 24, cinco dias úteis) as carnes exportadas obtiveram ligeiro aumento na receita cambial. Mas apenas em relação à semana anterior, pois o valor registrado – US$57,840 milhões pela média diária – permaneceu inferior ao alcançado na primeira e segunda semanas. Em função disso, as variações relativas aos valores acumulados no mês não sofreram mudanças significativas em comparação ao que vinha sendo observado até a semana retrasada. Mas, para as carnes suína e de frango, as atuais projeções são ligeiramente inferiores às sinalizadas na semana passada: Carne suína: eram previstas 46,3 mil toneladas, volume que caiu para 45 mil toneladas – redução mensal e anual de, respectivamente, 25% e 17%. – Carne de frango: queda, na previsão, de 309,4 mil toneladas para 303,9 mil toneladas – redução mensal e anual de, respectivamente, 15% e 18%.

PECUÁRIA.COM.BR

ECONOMIA

BC faz leilão de dólar à vista em meio a disparada do dólar para recordes

O Banco Central vendeu dólares no mercado de câmbio à vista nesta terça-feira, com taxa de corte de 4,125000 reais e lote mínimo de 1 milhão de dólares, na primeira operação sem estar associada a nenhuma outra em cerca de uma década. O BC não divulgou o montante total negociado

O leilão foi anunciado enquanto a cotação do dólar disparava, chegando a uma máxima de 4,1956 reais na venda, colada no recorde histórico de fechamento. Depois do anúncio, o dólar desacelerou os ganhos e chegou a cair para 4,1235 reais. Às 13h55, a moeda voltava a subir 0,43%, a 4,1586 reais na venda. As questões externas, centradas sobretudo nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, têm tido peso importante na valorização do dólar no Brasil, mas havia aumentado recentemente o coro de analistas questionando a falta de ação adicional do BC no câmbio, enquanto o real se depreciava mais que os pares. Mas, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal nesta terça, o Presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a recente desvalorização da taxa de câmbio está dentro do padrão normal. “O real nos últimos dias tem tido desvalorização um pouquinho acima, mas está bem dentro do padrão normal”, afirmou. A divisa brasileira cai cerca de 8,1% ante o dólar em agosto, segundo pior desempenho global, melhor apenas que o peso argentino. Mais cedo, o BC já havia vendido 550 milhões de dólares no mercado à vista, mas a operação estava associada a uma venda de mesmo montante em swaps cambiais reversos. O BC também tem ofertado nos últimos anos dólares das reservas, mas com compromisso de recompra, em operações conhecidas como linhas.

REUTERS

BC intensifica atuação no câmbio e impõe “teto” a moeda de R$4,20, dizem analistas

A taxa de corte anunciada —ou seja, a cotação mínima pela qual o BC aceitou ofertar os dólares ao mercado— foi de 4,125000 reais, bem abaixo do nível acima de 4,19 reais batido na máxima intradiária. Depois do anúncio da operação, o dólar virou e chegou a cair para 4,1235 reais (-0,45%)

Ao longo da tarde, o dólar recobrou parte do fôlego e acabou fechando em alta 0,45%, a 4,1581 reais na venda. É o maior patamar desde 14 de setembro de 2018 (4,1667 reais na venda). Para analistas, a atuação do BC adiciona um fator “imprevisibilidade” no mercado, o que pode ter efeito de impor um “teto” para o dólar. O aumento das posições contrárias ao real tem impedido que a moeda capte na mesma intensidade que a bolsa ou a renda fixa o otimismo quando à agenda de reformas no Brasil. Mais recentemente, a pressão sobre o câmbio se intensificou conforme o mercado continuou a sofrer com mais saídas de recursos. Em 12 meses até julho, o acumulado está negativo em quase 30 bilhões de dólares, pior resultado em 20 anos.

REUTERS

Em sessão volátil, IBOVESPA avança após três quedas seguidas

A bolsa paulista teve uma sessão altamente volátil na terça-feira, com o Ibovespa fechando no azul após alternar alta e baixa, diante de incertezas sobre questões comerciais envolvendo EUA e China e uma possível desaceleração no crescimento global

O Ibovespa subiu 0,88%, a 97.276,19 pontos, após ter recuado 4,7% no acumulado dos últimos três pregões. O volume financeiro da sessão somou 20,65 bilhões de reais. Mais cedo, expectativas de desfecho positivo nas negociações entre Washington e Pequim prevaleceram, apesar dos sinais contraditórios nos últimos dias. Para Bruno Madruga, Chefe de Renda Variável da Monte Bravo, a forte volatilidade do Ibovespa tende a se manter enquanto não ocorre uma conclusão para o embate comercial entre EUA e China, que prejudica principalmente as economias emergentes. O índice reverteu no começo da tarde com o aprofundamento na inversão da curva de rendimentos dos Treasuries nos EUA para níveis não vistos desde 2007, reacendendo o medo de recessão iminente. Profissionais da área de renda variável também citaram ruídos domésticos, como o relatório da Polícia Federal a partir da delação de executivos da Odebrecht dizendo que o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, o que ele nega. Com a repercussão global dos incêndios na Amazônia, no momento os agentes estrangeiros seguem na defensiva. Na paulista, o saldo de capital externo no mês está negativo em 11,6 bilhões de reais, com números até dia 23.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Suíno Vivo: indicadores registram queda em SC e alta no PR

Na terça-feira (27) os indicadores de suíno vivo registraram alta na cotação do estado de Paraná e uma queda no estado de Santa Catarina

De acordo com os Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, Santa Catarina registrou uma queda de 0,49% e finalizou o dia em R$ 4,03/kg. Já o Paraná teve uma alta de 0,24% e teve a cotação final estabelecida em R$ 4,19/kg. O estado de Minas Gerais manteve a estabilidade e a cotação fechou em R$ 4,49/kg. São Paulo fechou o dia estável com preço estabelecido em R$ 4,39/kg. O Rio Grande do Sul fechou o dia com a menor cotação, sendo R$ 3,99/kg.

CEPEA

Frango Vivo: queda de 7,11% em SC nesta terça-feira (27)

Na terça-feira (27) as cotações do frango vivo registraram uma queda de 7,11% no estado de Santa Catarina, sendo estabelecida a R$ 2,35/kg, segundo os dados do Epagri

O estado de São Paulo não sofreu variações, fechando o dia em R$ 3,30/kg. O estado do Paraná também se manteve estável e estabeleceu o valor em R$ 3,19/kg. Os indicadores da Scot Consultoria indicaram uma queda de 0,50% no frango no atacado, R$ 3,98/kg. Já o frango na granja manteve a estabilidade, mantendo o valor de R$ 3,30/kg. O Cepea registrou queda de 1,33% no frango congelado – R$ 4,46/kg. O frango refrigerado também teve uma queda de 0,43%, segundo o Cepea, finalizando o dia por R$ 4,60/kg.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Eliminar açougue em supermercados agrega valor para carnes, diz ABPA

A eliminação de açougues nos supermercados e o foco na venda de produtos pré-embalados são positivos para a indústria processadora de carnes, já que agregam valor ao produto, disse o Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, na semana passada

“Para o setor, é ótimo. Agregamos valor, ganhamos mais, precisamos empregar mais gente”, disse Turra em coletiva de imprensa sobre as perspectivas da ABPA para a segunda metade do ano. “Para os supermercados, também imagino que seja melhor, já que está tudo pronto. Eles já têm tudo para pensar, todos os produtos para pensar, e (o açougue) é um adicional de problema.” Esse modelo de comercialização também tende a elevar as vendas já que a mercadoria tem uma melhor apresentação quando já sai pré-embalada das unidades de processamento, disse Turra ao citar comentários de supermercadista que implementou esta estratégia no Sul do país. O executivo disse que a indústria de carne suína e de frango, as quais a ABPA representa, já vem há muito tempo pregando a agregação de valor das carnes que são vendidas nos supermercados. Grandes processadores de carnes brasileiras também têm destacado ao longo dos últimos anos a intenção de focar nos segmentos de produtos de maior valor agregado, visando elevar margens, ganhar a preferência dos consumidores no varejo e ampliar a participação no mercado de food service.

CARNETEC

INTERNACIONAL

Província de Sichuan, na China, removerá restrições à criação de porcos

A província do sudoeste de Sichuan, na China, principal do país na criação de porcos, está removendo algumas de suas restrições à produção de suínos para estabilizar a oferta, depois de uma epidemia de peste suína africana reduzir os rebanhos da nação

Sichuan produziu mais de 65 milhões de porcos em 2017, de acordo com dados oficiais, ou mais de 9% do total do país. No entanto, muitas criações foram afetadas pela peste suína africana, uma doença incurável que mata quase todos os porcos infectados, que continua a se espalhar pelo maior mercado de suínos do mundo. O Departamento de Agricultura e Assuntos Rurais de Sichuan afirmou em um comunicado na segunda-feira que está estabelecendo “metas” para a produção de porcos na província, responsabilizando os prefeitos pela garantia de autossuficiência em carne suína. Para atingir uma meta de 40 milhões de porcos por ano, as autoridades locais devem promover uma criação padronizada e moderna, além de ajudar os estabelecimentos que produzem 2 milhões de porcos ou mais por ano com a integração de unidades de ração e de instalações de abate, disse o comunicado publicado no website do departamento. Além disso, deverão ser removidos quaisquer obstáculos a projetos em construção, permitindo a eles que sejam concluídos o mais rápido possível, acrescentou o órgão.

REUTERS

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