CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1053 DE 09 DE AGOSTO DE 2019

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Ano 5 | nº 1053| 09 de agosto de 2019

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Egito e Emirados compraram mais carne bovina do Brasil

O Egito e os Emirados Árabes Unidos, os dois países árabes que estão na lista dos cinco maiores importadores de carne bovina produzida no Brasil, aumentaram as compras do produto nos sete primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta semana. Os números incluem carne bovina in natura e processada.

O Egito foi o segundo maior importador da carne bovina brasileira, com 100,9 mil toneladas adquiridas de janeiro a julho, o que significou aumento de 17,5% sobre as 85,9 mil toneladas compradas no mesmo período de 2018. Já os Emirados Árabes Unidos fizeram importações quase quatro vezes maiores, de 12,4 mil toneladas nos sete primeiros meses do ano passado para 57,1 mil em iguais meses deste ano. No geral, as exportações brasileiras de carne bovina cresceram 22% em volume no acumulado do ano até julho, com 990 mil toneladas embarcadas. A receita também avançou na comparação com o mesmo período de 2018, em 12%, para US$ 3,72 bilhões. A Abrafrigo lembra, no material divulgado, que o segundo semestre do ano costuma apresentar movimentações mais expressivas. O maior comprador deste início de ano foi a China, com 377,9 mil toneladas, seguida do Egito e depois do Chile, com 62,8 mil toneladas. Os Emirados ocuparam a quarta colocação no ranking de importadores, seguidos por Irã e depois pela Rússia. Todos os seis principais destinos aumentaram as aquisições em volume. A Rússia foi destaque de crescimento, saindo de 1,9 mil toneladas para 37,5 mil toneladas. No mês de julho individualmente as exportações brasileiras de carne bovina cresceram 1% sobre o mesmo mês de 2018 e ficaram em 161,3 mil toneladas. Em valores, as vendas recuaram 6% em igual comparação para US$ 616 milhões.

Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA)

NOTÍCIAS

Preço da carne bovina firmou no atacado

Após duas semanas de quedas nos preços da carne bovina no atacado, o início do mês trouxe certo fôlego às cotações

Na média de todos os cortes desossados pesquisados, os preços tiveram valorização de 0,1% na comparação semanal, segundo levantamento da Scot Consultoria. O Dia dos Pais fez com que o varejo se abastecesse com maior afinco e essa alta nos preços foi puxada principalmente pelos cortes do traseiro, que tiveram ajustes positivos de 0,2% na média de todos os cortes na semana.

SCOT CONSULTORIA

Valorizações no mercado do boi gordo

Em meio à entressafra de boiadas, a dificuldade de encontrar a matéria-prima está valorizando o boi gordo em diversas praças

Em Campo Grande-MS, as escalas mais curtas, com média de três dias, fizeram com que os frigoríficos aumentassem as ofertas de compra na última quinta-feira (8/8). Segundo levantamento da Scot Consultoria, a cotação do boi gordo ficou em R$145,00/@, a prazo, livre de Funrural, valorização de 1,4% desde o início do mês. Em Mato Grosso, a oferta restrita de animais também valorizou o boi gordo nas regiões norte e sudoeste. Ambas as praças tiveram alta de 0,7% nos preços desde o início da semana. No Sul do Tocantins, o mercado também segue firme e, no fechamento de quinta-feira houve alta de 0,3% para o boi gordo na comparação dia a dia. Em São Paulo, apesar de estabilidade nos preços, alguns frigoríficos, com escalas menores, ofertaram preços maiores que a referência. As programações de abate no estado giram em torno de seis dias.

SCOT CONSULTORIA

Exportação de carne bovina segue elevada e volume da parcial de 2019 é recorde

Em julho, os embarques da proteína estiveram acima das 100 mil toneladas pelo 13º mês consecutivo

Conforme já esperado por agentes do setor, as exportações brasileiras de carne bovina in natura vêm se mantendo firmes neste ano. Em julho, os embarques da proteína estiveram acima das 100 mil toneladas pelo 13º mês consecutivo, se aproximando do resultado obtido entre maio de 2006 e junho de 2007, quando o País manteve as vendas superiores a esse patamar por 14 meses seguidos. Diante disso, de janeiro a julho deste ano, a quantidade exportada pelo Brasil somou 807,78 mil toneladas, um recorde para o período, 21,5% acima do volume embarcado nos sete primeiros meses de 2018 e 1,47% superior ao exportado entre janeiro e julho de 2007 (agora, o segundo melhor ano), conforme dados da Secex. Em julho, especificamente, o volume de carne bovina in natura exportado somou 129,09 mil toneladas, avanço de 15,76% frente a junho/19, mas pequena retração de 1,35% frente ao mesmo mês de 2018. Julho deste ano registrou, também, o melhor desempenho mensal desde novembro do ano passado, quando 130,6 mil toneladas foram exportadas (Secex).

CEPEA/ESALQ 

ECONOMIA

Dólar cai mais de 1% ante real acompanhando exterior

O dólar recuou mais de 1% ante o real na quinta-feira, acompanhando alívio no exterior após dados positivos da China terem amenizado preocupações ligadas à guerra comercial entre chineses e norte-americanos

O dólar recuou 1,21%, a 3,9267 reais na venda. É o menor valor para o fechamento desde a sexta-feira passada, quando a moeda encerrou a 3,8915 reais. Na máxima deste pregão, a moeda foi a 3,9688 reais na venda e, na mínima, tocou 3,9201 reais na venda. O dólar futuro de maior liquidez perdia cerca de 1,1% neste pregão. Mercados globais tiveram um pregão mais calmo nesta quinta-feira, abandonando um pouco a aversão ao risco após uma redução nas preocupações sobre os atritos entre EUA e China. “O mercado deu uma estressada nesses dias pela guerra comercial e hoje já deu uma acalmada, deu uma estabilizada”, disse o Diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, pontuando que houve uma redução do estresse, já que não houve fundamentos concretos para uma melhora propriamente dita. Do panorama externo, dois fatores colaboraram para amenizar o sentimento de aversão ao risco da véspera. Dados divulgados pela China nesta quinta-feira mostraram que as exportações de julho do país asiático cresceram 3,3% em relação ao ano anterior, enquanto analistas esperavam uma queda de 2%. Além disso, foi bem vista por agentes a decisão de autoridades chinesas de fixar o valor diário do iuan em um nível mais firme do que muitos esperavam, sinalizando intenção de estabilizar a queda da moeda. Porém, apesar da melhora neste pregão, investidores reiteram que a volatilidade e a cautela permanecem no mercado.

REUTERS

Ibovespa retoma os 104 mil pontos refletindo exterior

O Ibovespa avançou na quinta-feira, refletindo a tendência positiva dos mercados do exterior, após a China desvalorizar o iuan menos do que o esperado, em dia de noticiário corporativo intenso, com diversas empresas domésticas divulgando balanços

O principal índice da bolsa paulista subiu 1,3%, a 104.115,23 pontos. O giro financeiro da sessão somou 20,36 bilhões de reais. Wall Street teve outro dia de otimismo, com o banco central da China determinando ponto médio do iuan abaixo da marca de 7 por dólar pela primeira vez desde a crise financeira global. Dados melhores do que o esperado sobre as economias norte-americana e chinesa também impulsionaram o bom humor. Para o analista Matheus Soares, da Rico Investimentos, a desvalorização da moeda chinesa foi menor do que a precificada pelo mercado, o que animou os investidores. Agentes seguem atentos ao noticiário corporativo. B2W, MRV, Suzano, Cyrela, B3 e outras companhias divulgam seus resultados nesta noite. BRF apresenta seus números na manhã de sexta-feira.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Exportações de carne de frango do Brasil avançam 5,8% no ano, China puxa alta

As exportações de carne de frango do Brasil avançaram 5,8% entre janeiro e julho de 2019 na comparação anual, atingindo a marca de 2,433 milhões de toneladas, com impulso de compras da China, informou na quinta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

Segundo comunicado da entidade, a receita com a venda das carnes, tanto in natura quanto processadas, somou 4,072 bilhões de reais no período, uma alta de 10,8% em relação ao mesmo momento do ano passado.  “O mercado internacional está aquecido, e os preços estão em alta. Novamente registramos valores médios acima de 1,7 mil dólares por tonelada. Apenas para efeito comparativo, a média de preços de 2018 foi de 1,6 mil dólares por tonelada”, disse o Diretor-Executivo da ABPA, Ricardo Santin. Em julho, as exportações registraram uma retração de 16,4% em relação ao mesmo mês de 2018, para 387,6 mil toneladas vendidas, mas a ABPA destacou que a comparação possui distorções, já que julho do ano passado foi um mês atípico, de recuperação, após as reduzidas vendas de junho por conta da greve dos caminhoneiros. “A média das exportações em volume e receita de 2019 supera o desempenho geral do ano anterior, o que é um indicativo positivo para o saldo final do ano”, afirmou o presidente da entidade, Francisco Turra. A alta foi em grande parte puxada pela China, principal destino das exportações de carne de frango do Brasil, que apenas em julho adquiriu 15% a mais que no mesmo mês de 2018.

REUTERS

UE enfrenta “desafio urgente” com avanço de peste suína africana

A União Europeia enfrenta como desafio urgente o combate ao surto de peste suína africana que ameaça a indústria de porcos da Bulgária, afirmou na quinta-feira uma porta-voz da Comissão Europeia

As nações da UE estão sendo afetadas neste momento pela doença, com surtos particularmente graves na Bulgária e em sua vizinha Romênia. Até julho, a Eslováquia também havia registrado a peste em quatro criações domésticas.  “O combate à peste suína africana na UE representa um desafio extremo e urgente”, disse à Reuters via e-mail a porta-voz da Comissão, Anna-Kaisa Itkonen. A Bulgária, um dos Estados mais pobres da UE, já reportou mais de 30 surtos da doença —que é incurável em porcos, mas inofensiva para humanos— em criações industriais ou domésticas. Cerca de 130 mil porcos já foram abatidos. O Vice-Ministro da Agricultura da Bulgária afirmou na quarta-feira que o país falhou em conter o avanço de doença, enquanto especialistas dizem que a nação pode perder toda a sua indústria de 600 mil porcos. A situação é “muito preocupante”, disse Itkonen à imprensa na quinta-feira, exigindo ações contra uma “doença animal catastrófica” que autoridades búlgaras do setor temem que possa causar danos de até 2 bilhões de levs (1,15 bilhão de dólares).

REUTERS

BRF vai antecipar reabertura de abatedouro de frango no Paraná

Em meio à recuperação de resultados da BRF, a dona da Sadia e Perdigão vai antecipar a reabertura do abatedouro de frangos de Carambeí, no Paraná. A planta voltará a funcionar em 2 de setembro, quase dois meses antes do cronograma original

Em 27 de maio, os funcionários do abatedouro da unidade tiveram os contratos de trabalho temporariamente suspensos (lay off) por até cinco meses. No pior cenário, o abatedouro só retomaria a produção no fim de outubro. Em nota, a BRF informou que duas linhas de abate de frango serão retomadas em setembro e uma terceira voltará a funcionar em outubro. Para viabilizar a retomada da unidade, a companhia já deu início à incubação dos ovos para, posteriormente, fornecer os pintinhos aos granjeiros. “Esse período foi importante para normalizar os estoques da companhia e otimizar a gestão da oferta para assegurar o equilíbrio do nosso sistema produtivo”, disse, em nota, o Diretor Regional da BRF no Paraná, Rubens Modena. Em recente entrevista, o CEO da BRF, Lorival Luz, afirmou que a empresa brasileira estava fazendo um pequeno aumento nos alojamentos de frangos nas granjas. A companhia vem ampliando a produção com vistas a abastecer a maior demanda externa, especialmente da China.

VALOR ECONÔMICO

Quantidade de carne suína in natura exportada é recorde

Exportações brasileiras de carne suína in natura registraram, em julho, o melhor resultado para o mês

Apesar da redução de 12% na média diária de embarques de junho para julho e da leve queda de 0,4% no preço pago pela carne suína in natura brasileira no mercado externo, o bom desempenho das exportações no último mês foi favorecido pelo maior número de dias úteis no período: 23, contra 19 em junho. As exportações brasileiras de carne suína in natura registraram, em julho, o melhor resultado para o mês, considerando-se toda a série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em janeiro de 1997. Em julho, foram embarcadas 59,8 mil toneladas da proteína, aumento de 7% em relação ao mês anterior e 5% acima do volume exportado no mesmo período do ano passado. Colaboradores do Cepea têm expectativa de que as exportações brasileiras de carne suína continuem aquecidas nos próximos meses, fundamentados nos casos de Peste Suína Africana (PSA), que continuam sendo notificados em diversas regiões do mundo.

CEPEA/ESALQ 

Recuos nos preços dos suínos

Mesmo estando na primeira quinzena do mês, no qual tipicamente temos uma maior movimentação nas vendas, o mercado de suínos permaneceu fraco

No mercado atacadista, a carcaça teve queda de 1,5% nos preços na semana, estando cotada, em média, em R$6,60 por quilo. Nas granjas paulistas, o animal terminado manteve a cotação nos mesmos patamares registrados na última semana, em R$83,00 por arroba. Nos dois elos da cadeia, esses preços são os menores verificados desde meados de maio deste ano. Essa desaceleração no mercado está associada à menor procura atual por parte das indústrias exportadoras, que ampliaram fortemente suas compras em função dos casos de Peste Suína Africana na Ásia. Mesmo com o bom desempenho das exportações este ano (no acumulado de janeiro a julho foram embarcadas 23,0% mais carne in natura em volume que igual período do ano passado), a expectativa da indústria era de vendas ainda maiores. Para o curto prazo, o mercado deve seguir fraco, no entanto, em melhores patamares de preços que o registrado em 2018.

SCOT CONSULTORIA

INTERNACIONAL

Juiz dos EUA rejeita ação sobre fixação de preços contra produtoras de carne suína

Um juiz federal dos Estados Unidos rejeitou na quinta-feira ações antitruste que acusam várias grandes empresas de carne suína de conspiração para limitar oferta e inflar preços

O juiz do tribunal federal em Minneapolis John Tunheim disse que os requerentes não demonstraram “conduta paralela” para apoiar a conclusão de que as empresas conspiraram ilegalmente. As empresas acusadas incluíam Hormel Foods e a unidade norte-americana da JBS, além de Smithfield Foods e Tyson Foods.

REUTERS

ONU alerta para necessidade de redução no consumo de carne para conter aquecimento global

O consumo global de carne precisa diminuir para conter o aquecimento global, reduzir a pressão crescente sobre a terra e a água e melhorar a segurança alimentar, a saúde e a biodiversidade, concluiu um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os efeitos da mudança climática

Embora o relatório não tenha defendido explicitamente que se evite a carne, o texto pediu grandes mudanças nos hábitos de plantio e alimentação para limitar o impacto do crescimento populacional e das mudanças dos padrões de consumo sobre os recursos terrestres e hídricos, já sobrecarregados. Alimentos à base de plantas e alimentos de base animal sustentáveis poderiam liberar vários milhões de quilômetros quadrados de terra até 2050 e cortar de 0,7 a 8 gigatoneladas anuais de equivalentes de dióxido de carbono, disse o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC). O IPCC se reuniu nesta semana em Genebra, na Suíça, para finalizar seu relatório, que deveria ajudar a orientar governos que se reúnem neste ano no Chile a respeito de maneiras de implantar o Acordo de Paris de 2015. “O IPCC não recomenda dietas às pessoas… as escolhas dietéticas muitas vezes são moldadas ou influenciadas por práticas locais de produção e hábitos culturais”, disse Skea, um dos autores do relatório, aos repórteres em Genebra. A terra pode ser uma fonte e um escoadouro de dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa ao qual se atribui o aquecimento global, e uma administração melhor da terra pode ajudar a se lidar com a mudança climática, disse o IPCC. Mas não se trata da única solução, e cortar emissões de todos os setores é essencial para reduzir rapidamente o aquecimento global.

REUTERS

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