CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1052 DE 08 DE AGOSTO DE 2019

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Ano 5 | nº 1052| 08 de agosto de 2019

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo ganha fôlego

A oferta restrita de boiadas fez com que o cenário de marasmo no mercado, visto nas últimas semanas, desse espaço para altas

Vale destacar que nos últimos dias houve geadas em algumas regiões e, mesmo assim, a disponibilidade de animais terminados não melhorou, o que evidencia a baixa oferta de matéria-prima. A dificuldade em alongar as programações de abate fez com que as indústrias ofertassem preços maiores pela arroba nesta semana. No fechamento do mercado do boi gordo da última quarta-feira (7/8), o preço do boi gordo subiu em 25,0% das regiões pesquisadas, considerando a cotação a prazo. Já desde o início do mês, a cotação subiu em 46,9% das praças. Em São Paulo, a arroba está cotada em R$155,00, a prazo, livre de Funrural, alta de 0,6% na comparação dia a dia. Há negócios sendo realizados a preços maiores. No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado castrado ficou cotado, em média, em R$9,95/kg, ajuste positivo de 0,4% frente ao fechamento do dia anterior. A disponibilidade deve seguir restrita e, com a expectativa de melhora do consumo, a tendência é de que o mercado siga com os preços firmes.

SCOT CONSULTORIA

Expectativa de reajuste positivo para os preços do boi gordo

Programações de abate das indústrias vêm reduzindo gradualmente

As programações de abate das indústrias vêm reduzindo gradualmente no decorrer desta semana, mantendo a expectativa de novos reajustes de preços no físico, prevê a Agriffato. As escalas de abate em São Paulo e Mato Grosso caíram 7% em relação à semana passada, atendendo ao redor de 8 dias úteis. No atacado, a carcaça casada bovina recuou 0,5% no comparativo semanal e iniciou esta semana cotada em R$ 10,24/kg. Ontem (06/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,05/@, aumento de 0,92% ante o fechamento anterior. No mercado futuro da B3, o contrato com vencimento para setembro/19 recuou 0,32%, fechando em R$ 157,90/@. Já o contrato para outubro/19 fechou em R$ 159,25/@, precificando um ágio de apenas 3,37% (considerando a última referência do CEPEA).

PORTAL DBO

Indonésia voltará a importar carne do Brasil até fim do ano, diz embaixador

A Indonésia deve retomar a importação de carne bovina in natura do Brasil até o fim deste ano, estima o embaixador do país no Brasil, Edi Yusup. A reabertura do mercado foi discutida pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro da Agricultura da Indonésia, Amran Sulaiman, em maio, durante missão brasileira à Ásia

A retomada das compras depende, segundo o diplomata indonésio, de aspectos burocráticos, como a mudança da legislação sanitária em vigor no país. Hoje, a Indonésia só compra proteína animal de países livre livres de febre aftosa, enquanto o Brasil tem zonas livres da doença e não todo o território nacional. “Estamos aguardando a mudança nessa normativa, que levará em conta zonas livres da doença, e não países. Assim, poderemos comprar carne bovina brasileira oriunda dessa região”, disse Yusup. De acordo com o diplomata, as visitas técnicas e inspeções foram concluídas em novembro do ano passado por uma equipe do governo indonésio. “Atestamos as zonas livres da doença e a adequação ao sistema halal”. Ele não forneceu números sobre compras, mas estimou que o volume deve ser crescente, a depender da aceitação do produto pelos consumidores locais. Edi Yusup considera também que, em breve, o país poderá voltar a exportar animais vivos para a Indonésia.

Estadão Conteúdo

ECONOMIA

Dólar futuro bate R$4 com investidor em busca de segurança

O dólar voltou a subir na quarta-feira, com a cotação no mercado futuro batendo a marca psicológica de 4 reais pela primeira vez desde o fim de maio, em novo dia de desvalorização de divisas emergentes diante de persistentes incertezas causadas pela guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos contra a China

A máxima de 4,0000 reais no dólar futuro foi alcançada por volta de 10h15. A moeda se manteve perto desse patamar até perto de 13h30, a partir de quando perdeu força. Ainda assim, por volta de 17h20, o dólar futuro subia 0,30%, a 3,9800 reais. As operações no mercado futuro da B3 vão até as 18h. No segmento à vista, que encerrou às 17h, o dólar teve ganho de 0,48%, a 3,9749 reais na venda. É o maior patamar de fechamento desde 30 de maio (3,979 reais). No pico intradia, o dólar spot foi a 3,9935 reais. Embora ainda tenha subido, a moeda saiu das máximas do dia, enquanto no exterior os mercados esboçaram reação depois de um começo de dia mais negativo. No exterior, divisas demandadas em tempos de incerteza, como iene japonês e franco suíço, lideravam os ganhos nesta sessão nos mercados de câmbio, enquanto moedas associadas ao risco, como dólar neozelandês e peso colombiano tinham firme depreciação.

REUTERS

Ibovespa reverte queda e fecha em alta após sinalização do Fed

O mercado acionário brasileiro acompanhou a virada das bolsas internacionais e fechou no azul na quarta-feira, após o presidente do Federal Reserve de Chicago sinalizar a possibilidade de um novo corte na taxa de juros norte-americana

Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa subiu 0,61%, a 102.782,37 pontos. O volume financeiro da sessão somou 19,2 bilhões de reais. O humor dos agentes financeiros melhorou após o Presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, afirmar que a inflação lenta e as preocupações com a perspectiva do lado do comércio podem resultar em mais cortes na taxa de juros. O S&P 500 fechou em alta de 0,07%, após ter chegado a recuar quase 2% durante a sessão. As preocupações com a demanda em razão da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que nos últimos dias voltaram a elevar o tom nas discussões, apoiaram o viés negativo do Ibovespa na semana passada. Para o estrategista Andrew Garthwaite, do Credit Suisse, um acordo EUA-China não deve ocorrer até sinais mais claros de quem é o oponente democrata do Presidente Donald Trump na eleição presidencial do próximo ano, conforme nota a clientes.

REUTERS

Varejo do Brasil termina 2º tri com perdas

As vendas varejistas brasileiras tiveram o melhor resultado para junho em dois anos, mas ainda assim encerraram o segundo trimestre com queda, em meio à pressão ainda sofrida pelo desemprego alto e pela lentidão econômica

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na quarta-feira que as vendas no varejo subiram 0,1% na comparação com o mês anterior, melhor dado para junho desde 2017 (+1,2%). Sobre o mesmo mês de 2018, as vendas tiveram queda de 0,3%. Depois de recuo de 0,4% em abril e de estabilidade em maio nas comparações mensais, o setor varejista terminou o segundo trimestre com perdas de 0,3% sobre os três meses anteriores, quando houve estagnação, destacando as dificuldades enfrentadas pelo setor.  “O comércio está paradinho. (Isso) se deve ao nível de atividade baixo, um elevado contingente de pessoas fora da força de trabalho e as famílias estão mais endividadas. Isso tudo explica o desempenho baixo do comércio este ano com comprometimento do poder de compra”, afirmou a Gerente da Pesquisa, Isabella Nunes. As duas atividades de maior peso —Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; e outros artigos de uso pessoal e doméstico— tiveram em junho respectivamente estagnação e avanço de 0,1% nas vendas. Outras quatro apresentaram quedas —Combustíveis e lubrificantes (-1,4%); Móveis e eletrodomésticos (-1,0%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,4%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,8%). Apresentaram ganhos nas vendas apenas tecidos, vestuário e calçados (1,5%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%).

REUTERS

EMPRESAS

Friboi inaugura confinamento em Mato Grosso

A Friboi inaugurou recentemente uma unidade de confinamento em Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso, com estrutura para 10 mil bois, em dois giros, informou a marca da JBS na terça-feira (06). A operação de boitel da empresa acontece desde 2010, com mais de 2 milhões de animais enviados para as unidades de processamento da Friboi

O boitel é uma unidade de confinamento que conta com instalação moderna e funcional de curral, sistema de gestão integrado à produção, equipe composta de veterinários, zootecnistas e nutricionistas que acompanham diariamente a evolução dos animais, além de outros serviços que beneficiam o pecuarista na etapa de engorda do gado, com processos que seguem todos os protocolos globais de bem-estar animal. Além de Nova Canaã do Norte, a Friboi conta com outras quatro unidades nesse modelo: Castilho e Guaiçara, em São Paulo; Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso; e Terenos, em Mato Grosso do Sul. Somadas, as unidades totalizam capacidade para engorda de mais de 150 mil cabeças de gado por ano. Segundo a Friboi, as vantagens desse modelo de negócio possibilitam ao pecuarista encurtar o ciclo de criação e aumentar o desfrute, a lotação e o faturamento. O produtor só desembolsa o valor de custos, como alimentação e frete, após o abate dos animais. Além disso, há a possibilidade de acertar a venda a termo ou a mercado. “A rentabilidade da engorda no boitel da Friboi chega a 15% para o cliente, que ainda pode receber bonificações de acordo com os requerimentos dos protocolos de qualidade da empresa: mais de 70% das carcaças engordadas nesse modelo de confinamento são classificadas como “farol verde” – a melhor avaliação – no Farol da Qualidade Friboi”, revelou a marca.

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Receita das exportações de carne suína cresceu 24% em julho

As exportações brasileiras de carne suína (in natura e processadas) somaram 67,9 mil toneladas em julho, uma queda de 0,4% ante o mesmo mês de 2018. Apesar disso, foi o maior volume mensal embarcado neste ano, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que compila dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)

Em receita, as vendas em julho chegaram a US$ 148 milhões, resultado 24,1% acima do obtido no mesmo período do ano passado e melhor desempenho dos últimos 23 meses. “O preço médio das exportações segue em ascensão. Em janeiro, estava em US$ 1,886 mil por tonelada. Em julho, chegou a US$ 2,179 mil por tonelada, maior patamar registrado nos últimos 12 meses”, disse Francisco Turra, Presidente da ABPA, em nota. No acumulado do ano, as exportações de carne suína alcançaram 414,5 mil toneladas, com alta de 19,62% em relação aos embarques do mesmo período de 2018. Em receita, a elevação foi de 23,5%, com US$ 847,7 milhões obtidos nos sete primeiros meses de 2019. “O forte desempenho das exportações de carne suína em maio, junho e julho elevaram a média do ano para números próximos de 60 mil toneladas, indicando tendência de crescimento nas exportações no segundo semestre”, analisa também na nota Ricardo Santin, Diretor-Executivo da ABPA. Destino de 35% das exportações de carne suína do Brasil, a China importou 23,7 mil toneladas em julho, saldo 34% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

VALOR ECONÔMICO

Preço do suíno vivo volta ao mesmo patamar de março

A maior retração no valor do animal, nos últimos dez dias, ocorreu no Paraná, onde o quilo passou de R$ 4,93 para R$ 3,92

A maior retração no valor do animal, nos últimos dez dias, ocorreu no Paraná. No estado, o preço passou de R$ 4,93, do último dia 25 de julho, para R$ 3,92 nesta semana. Ou seja, uma queda de 20,5%, apontam os dados da Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Houve forte retração no quilo do suíno vivo também em São Paulo. Até o dia 25 do mês passado, o valor era R$ 5,17 e agora chegou a R$ 4,53. É o mesmo patamar de março deste ano, conforme dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). A entidade avalia que, a partir desta semana, a queda ocorrida nas últimas três semanas será estancada. No começo de julho, no território paulista, o quilo do animal vivo chegou ao patamar de R$ 5,71. Minas Gerais e Goias têm o maior preço de comercialização do suíno vivo. Conforme a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), o quilo do animal está cotado a R$ 4,70. O mesmo valor é praticado em Goiás, segundo a Associação Goiana de Suinocultura (AGS). Os dois principais exportadores de carne suína do país, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também tiveram retração forte no preço do animal vivo. No primeiro, o valor passou de R$ 4,57 da última semana de julho para R$ 4,11 nesta terça-feira (6). No território gaúcho, por sua vez, o valor do animal vivo retraiu de R$ 4,76 para R$ 4,38.

SUINOCULTURA INDUSTRIAL 

INTERNACIONAL

Abates induzidos pela seca atingem níveis recordes na Austrália

Os abates de vacas atingiram níveis recordes, já que a escassez severa de água em muitas regiões-chave de produção de carne bovina acelerou o ritmo de desabastecimento, segundo o Meat and Livestock Australia (MLA)

O abate de vacas e novilhas atingiu 58% do total de abates de bovinos adultos por três meses consecutivos, de março a maio. O analista de mercado sênior da MLA, Adam Cheetham, disse que o abate total de bovinos adultos australianos para 2019 deverá aumentar em três por cento ano a ano para 8,1 milhões de cabeças. “O abate elevado de fêmeas e as más condições combinaram-se para elevar os pesos médios das carcaças para este ano, para 282,5 kg / cabeça”, disse Cheetham. “Apesar do abate nacional ter sido revisado em alta, os pesos mais baixos da carcaça sustentaram níveis de produção inalterados em um peso estimado de 2,3 milhões de toneladas, dois por cento abaixo da média de cinco anos”. O número de bovinos confinados atingiu novo recorde no trimestre de março de 2019 e se manteve acima da marca de 1,1 milhão de cabeças pelo quarto trimestre consecutivo. “Espera-se que este número permaneça alto, devido aos desafios de terminar o gado em reservas limitadas de pastagens.” Cheetham disse que o rebanho nacional deve ter diminuído 7,3%, para 26 milhões de cabeças no ano que terminou em junho de 2019. “No primeiro semestre do ano, as exportações totais de carne bovina da Austrália aumentaram 6% e os envios de carne de animais confinados atingiram níveis recordes. No entanto, enfrentando algumas restrições de oferta no segundo semestre do ano, espera-se que as exportações de 2019 terminem o ano em 1,13 milhão de toneladas de peso embarcado”, disse Cheetham. “As condições de seca também apoiaram as exportações de gado, com embarques totais de 19% no primeiro semestre de 2019. Os embarques de gado devem terminar 2019 em 1,15 milhão de cabeças, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

Foodmag.com.au

Antes do final do ano chinês, a demanda e os preços da carne “devem subir”

O efeito da gripe suína africana que forçou o abate de um número significativo de suínos na China, levou a importantes controles nos portos de Hong Kong e Vietnã (canal cinza) para a entrada de carne bovina e um aumento significativo na entrada de proteína vermelha nos portos chineses, além de maior consumo

O Diretor da Agromeals, Juan Lema, assegurou que a grande Ásia “está com muita demanda” e estima que, antes do Ano Novo chinês, “a demanda voltará a subir e os preços serão ajustados para cima”. Lema disse que nos primeiros seis meses do ano todos os países do Mercosul, com exceção do Paraguai, aumentaram as exportações de carne bovina: Argentina 45%, Brasil 27% e Uruguai 8%. “Não há dúvida de que a demanda global da China cresceu”, disse ele. A Argentina foi quem “soube tirar melhor proveito” da demanda da China e “mostrou o movimento mais forte”. Lema disse que mais de 75% das exportações totais da Argentina vão para a China. De qualquer forma, e considerando a diferença no valor da fazenda na Argentina e no Brasil em relação ao Uruguai, ele disse que “não há variações” entre os preços propostos pelos países. “A Argentina manteve os preços, é claro, eles cortaram alguns cortes, mas nada significativo. Hoje está aproveitando a realidade da China”, disse ele. Finalmente, Lema referiu-se à desvalorização da moeda chinesa em relação ao dólar americano, o maior valor dos últimos dez anos. Ele disse que, no momento, “não teve impacto nos negócios”, mas os chineses “usam isso como um argumento ao negociar”. No entanto, ele considera que “não há nervosismo, nem baixa demanda ou preços”.

El País Digital

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