Ano 10 | nº 2213 |30 de abril de 2024
NOTÍCIAS
Preços estáveis para o boi gordo, em São Paulo
A cotação do boi gordo está estável há 7 dias e a expectativa é de que pouco mude nesta semana em função do feriado nacional na quarta-feira. As escalas de abate estão programadas, em média, para 9 dias
Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo “comum” andou de lado nesta segunda-feira, ficando em R$ 232/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” está cotada em R$ 235 (base SP), com ágio de R$ 3/@, acrescenta a Scot. Na B3, os contratos futuros avançaram na última sexta-feira, após as quedas nos dias anteriores. O papel com vencimento para maio/24 fechou a semana em R$ 232,70/@, com alta de 0,34% no comparativo diário. Por sua vez, o vencimento para outubro/24 encerrou cotado a R$ 244,65/@ e registrou uma valorização diária modesta (de 0,14%). Em Santa Catarina. após a cotação do boi gordo subir R$5,00/@ e a da novilha cair R$3,00/@ na semana passada, os preços ficaram estáveis para todas as categorias no mercado interno. No mercado atacadista de carne com osso, o preço da carcaça casada de boi inteiro caiu 1,0%, isso em decorrência de um aumento da oferta de bovinos inteiros. Para a carcaça casada de boi castrado, a cotação subiu 0,6%. A carcaça casada de vaca ficou estável e a de novilha a caiu 0,3%. Para as outras carnes, carcaça especial suína*, a cotação caiu 3,2, em comparação com a última semana. A cotação do frango médio** sofreu queda de 3,1%. Continua o cenário de recuos mais acentuados nos preços das demais proteínas do que a da carne bovina, com isso, a carne bovina está menos competitiva frente às demais proteínas pela terceira semana consecutiva. *Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha. **Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%.
Scot Consultoria
Mercado físico do boi gordo abre a semana com manutenção do padrão das negociações em grande parte do país
A situação climática será uma variável de grande importância para este segmento no decorrer do mês de maio, com o clima seco e elevadas temperaturas no Centro-Norte afetando decisivamente a condição das pastagens.
“Em função disso, será complicado para o pecuarista reter os animais. As escalas de abate começam a avançar em determinados estados; é o caso do que está sendo evidenciado em São Paulo, Goiás e Tocantins”, disse o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Preço do boi gordo: São Paulo: R$ 233 por arroba do boi. Goiânia, Goiás: R$ 217 por arroba do boi gordo. Uberaba (MG): R$ 228 por arroba do boi. Dourados (MS): R$ 225 por arroba do boi. Cuiabá: R$ 214 por arroba do boi. O mercado atacadista apresentou queda nos preços da carne bovina no início da semana. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios aponta para melhora das condições de mercado a partir da próxima semana, considerando que além da entrada dos salários na economia há o Dia das Mães, que costuma motivar o consumo de carne. O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,30 por quilo, queda de R$ 0,20. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,90 por quilo, queda de R$ 0,10. A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,80 por quilo, queda de R$ 0,20.
Agência Safras
Seca preocupa e pecuaristas vão às negociações para ‘segurar’ preço do boi gordo
Maior oferta de carne na semana levou a sobras e a desvalorização dos produtos. Algumas praças tiveram valorização e refletem a comercialização do boi gordo
Preocupados com a seca que pode afetar as pastagens e tentando aproveitar o mercado ainda firme para a arroba bovina, pecuaristas aparecem mais nas negociações na última sexta-feira (26/4). De acordo com a consultoria Agrifatto, algumas praças tiveram valorização e refletem a comercialização do boi gordo. É o caso de Mato Grosso, que emplacou a maior valorização, estimada em 1,84% no comparativo semanal e a arroba bovina fechou a semana cotada a R$ 218,28. Na B3, os contratos com vencimento para maio avançaram, com alta de 0,34%, para R$ 232,70 a arroba. Os futuros para outubro, porém, tiveram aumento de apenas 0,14%, operando a R$ 244,65. Por outro lado, o mercado atacadista de carne bovina enfrentou uma semana com “banho de água fria”, conforme avalia a consultoria especializada. A proximidade do Dia das Mães, por exemplo, gerou expectativas de que as cotações da carne com osso fossem aumentar, mas a semana terminou com o boi castrado a R$ 15,50/kg, sem variações. A maior oferta de carne desde a quarta-feira passada levou a sobras e a desvalorização dos produtos.
Globo Rural
ECONOMIA
Dólar fecha dia estável ante real com mercado à espera de dados e Fed
A moeda norte-americana fechou a segunda-feira praticamente estável no Brasil nas negociações à vista, enquanto o contrato de dólar futuro para maio oscilava em leve baixa, em sintonia com o recuo da divisa dos EUA no exterior, com investidores à espera da agenda do restante da semana que inclui a formação da Ptax na terça-feira e a decisão de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1152 reais na venda, em leve baixa de 0,03%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 1,99%. Em um dia de agenda relativamente esvaziada, a moeda norte-americana oscilou em margens bastante estreitas no Brasil nesta segunda-feira. Dois profissionais ouvidos pela Reuters ponderaram que a falta de catalizadores na segunda-feira e a expectativa pelas divulgações no restante da semana engessaram os negócios no Brasil. De fato, a semana está carregada de indicadores e eventos com potencial de conduzir as cotações, como os dados de emprego formal (Caged) no Brasil e o índice de confiança do consumidor dos EUA na terça-feira; a decisão sobre juros do Fed e o anúncio do Tesouro norte-americano sobre necessidade de financiamento na quarta-feira; e o relatório de empregos payroll e o PMI de Serviços dos EUA na sexta-feira. Na terça-feira ocorre ainda a disputa pela formação da Ptax de fim de mês. No fim da tarde da segunda-feira o dólar cedia ante a maioria das demais moedas no exterior — com destaque para o recuo em relação ao iene, após relatos de intervenção de autoridades para sustentar as cotações da moeda japonesa. No mercado futuro brasileiro, o dólar futuro para maio — o mais líquido — também cedia no fim da tarde, em sintonia com o sinal negativo para a moeda norte-americana visto no exterior. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,1165 reais na venda.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com salto de Casas Bahia após acordo para aliviar caixa
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, marcada pelo salto de mais de 30% das ações da Casas Bahia, após a rede de varejo pedir recuperação extrajudicial, o que analistas viram como um alívio para o caixa e uma oportunidade para a empresa focar no seu plano “transformacional”.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,51%, a 127.172,42 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.270,93 pontos. Na mínima, a 126.466,58 pontos. O volume financeiro somava 14,77 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
GOVERNO
Japão financiará recuperação de pastagens brasileiras com juros inferiores a 5%, diz Fávaro
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro, disse no sábado (27), durante a abertura oficial da 89ª ExpoZebu, em Uberaba, Minas Gerais, que na quinta-feira (2 de abril), será assinado o convênio entre o Brasil e a Agência Internacional de Cooperação do Japão (Jica) para o Plano de Recuperação de Pastagens
“Serão transferências de recursos com juros muito atrativos, abaixo de 5% ao ano para a conversão de pastagens, para melhorias e investimentos”, disse ele. Em seu discurso, Fávaro ressaltou que o Brasil se tornou líder na exportação de carne bovina porque, independentemente de partido e de ideologia, todos trabalharam e concordaram em trazer protagonismo à agropecuária brasileira no mundo. “Nesses 15 meses de governo, abrimos 109 novos mercados à agropecuária brasileira. São 50 países que não tínhamos nenhuma relação comercial e agora temos”. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, entidade realizadora da ExpoZebu, exaltou na abertura do evento a necessidade do Brasil se proteger dos interesses comerciais e protecionistas de outros países, principalmente os da União Europeia. A ExpoZebu, considerada a maior feira de raças zebuínas do mundo, se estende até o dia 5 de maio. A expectativa é que, neste período, mais de 400 mil pessoas passem pelo local e que sejam movimentados mais de R$ 300 milhões em negócios.
Canal Rural
MEIO AMBIENTE
Chineses aceitam pagar mais por carne ‘sem desmatamento’
Pesquisa feita em Pequim e em Xangai mostra disposição de consumidor em pagar mais 20% por carne brasileira que não tenha relação com destruição da Amazônia. Kevin Chen e Eduardo Assad: ideia de um selo verde para carne brasileira na China incentivaria produção sustentável
Em um momento em que a China amplia o número de frigoríficos brasileiros autorizados a vender carne bovina ao país, uma pesquisa feita em Pequim e em Xangai mostra que parte dos consumidores chineses está disposta a pagar mais pelo produto. Mas com uma condição: que essa carne não esteja associada ao desmatamento da Amazônia. A pesquisa é fruto de um projeto da Academia Chinesa de Ciências Sociais e a FGV Agro, da Fundação Getulio Vargas. O trabalho das duas instituições tem o apoio da ONG americana The Nature Conservancy. Mesmo com uma amostra pequena de consumidores que compram carne bovina brasileira na China — apenas 720 foram ouvidos, nas duas maiores cidades do país — o resultado surpreendeu os pesquisadores. Em média, os entrevistados afirmaram que pagariam 22,5% a mais do que pagam hoje pela carne do Brasil se ela viesse com alguma garantia de que é de criações de gado em áreas de desmatamento zero. Um quilo de filé mignon chega aos chineses atualmente a preços que variam de cerca de US$ 40 a cerca de US$ 70 (o equivalente a R$ 204 a R$ 357). No ano passado, as exportações brasileiras de carne bovina totalizaram US$ 5,73 bilhões — quase 1,2 milhão de toneladas. O Brasil responde por cerca de 60% da carne importada pela China. A China é o maior importador do Brasil e em março habilitou mais 38 unidades de frigoríficos brasileiros para atender seu mercado, a maior parte justamente de carne bovina. Com isso, o número de unidades de carnes (bovina, aves e suínos) do Brasil com autorização para vender à China subiu para 144. Kevin Chen, acadêmico chinês e membro da Universidade de Zhejiang, diz que uma perspectiva é que, em algum momento, a carne brasileira livre de desmatamento possa ser vendida nos mercados chineses com um selo que ateste sua rastreabilidade. Chen está no Brasil esta semana para reuniões e para apresentar detalhes da pesquisa, em um encontro que ocorre nesta terça-feira, em São Paulo. Eduardo Assad, pesquisador do FGV Agro, afirma que a indústria da carne no Brasil tem avançado em termos de rastreabilidade. Mas que há ainda uma parcela de produtores que dá menos importância para a sustentabilidade, com o argumento de que sempre haverá muitos consumidores que não levam em conta essa questão na hora da compra. Assad diz que a sondagem com consumidores chineses reforça uma percepção que ele defende há anos. “Não vai ser o governo [que vai puxar uma mudança na forma de se produzir], não vai ser órgão regulatório. Vai ser o mercado. Isso já está acontecendo, embora ainda numa escala pequena, mas vai explodir quando a China falar que paga mais por uma carne sustentável.” Ao falar da ideia de um futuro selo, Chen afirma que não quer parecer ingênuo. “Não estou dizendo que um selo desse tipo vá solucionar todos os problemas”, diz. Mas, acrescenta, que há a possibilidade de que chineses aceitem pagar um preço extra para ter certeza de que não estão contribuindo com o corte de floresta do outro lado do mundo. “A pesquisa mostra que isso é factível. A indústria e o governo têm de atentar para isso.” Chen é uma voz influente junto ao governo chinês em temas relacionados à sustentabilidade e à alimentação. E estabelece uma diferença marcante entre o caminho que está propondo na China e o caminho adotado pela União Europeia. Os europeus aprovaram regras que impedirão a entrada no bloco de um conjunto de produtos que não tiverem sinal verde de um sistema de controle e auditoria. “Não queremos que um futuro sistema de selo seja mandatório. Queremos que seja voluntário. Quando é mandatório, seja ou não uma boa política, se torna um tema polêmico. Se é voluntário, deixamos que o mercado decida”, diz Chen. Apesar do resultado da sondagem, Chen diz que hoje consumidores e importadores da China não consideram um problema o fato de não terem informação suficiente sobre rastreabilidade da carne. “No momento, não é. Mas será no futuro. Por algumas razões: uma delas é que a comunidade internacional dá atenção para o tema do desmatamento e a China, que importa muitos produtos do Brasil, também. Isso tem se tornado uma questão importante”.
Globo Rural
CARNES
Deixar carnes fora da cesta básica em reforma tributária é “grande equívoco”, diz ABPA
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse ser um “grande equívoco” deixar as carnes fora da cesta básica de produtos com alíquota zero de imposto, conforme propõe o projeto de lei de regulamentação da reforma tributária enviado ao Congresso Nacional na semana passada
As carnes de frango, suína, bovina e outras ficarão submetidas a um imposto com desconto de 60% em relação à alíquota padrão do novo regime tributário, conforme o texto da proposta. “A ABPA defende que a reforma tributária deve preservar a manutenção do pleno acesso às proteínas dos mais variados perfis, seja in natura ou processadas, nos mesmos patamares ofertados à extensa lista de carboidratos com tarifa zero”, disse a entidade em nota enviada à CarneTec na segunda-feira (29). A ABPA disse que a proposta apresentada pelo governo “causa espanto”, considerando que um em cada quatro domicílios do Brasil sofre algum tipo de insegurança alimentar, conforme a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A ABPA confia que o Congresso Nacional corrigirá este equívoco, fazendo com que a reforma cumpra um de seus papéis, que é o de facilitar o acesso das famílias mais carentes aos alimentos essenciais”, disse a entidade.
Carnetec
SUÍNOS
Brasil tem potencial para crescimento em mercado de cortes congelados de suínos
O Brasil deteve cerca de 32% do mercado global de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, quando foi o maior exportador mundial do produto, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná, citando dados do Comtrade/ONU
O país exportou cerca de 1,08 milhão de toneladas do produto, gerando receita de US$ 2,6 bilhões. “Esses dados evidenciam que o Brasil, classificado como o terceiro maior exportador global de carne suína (USDA, 2024), apresenta grande potencial de expansão de mercado devido à atual preferência global pelos cortes brasileiros cárneos congelados de suínos”, disse a médica-veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, em Boletim do Deral divulgado na semana passada. Na segunda posição como maior exportador do produto, os Estados Unidos tiveram uma participação de mercado de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%). Do total de carne suína exportada pelo Brasil no ano passado, 90% foram cortes congelados, segundo o Deral, citando dados do sistema Agrostat do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Santa Catarina, o maior estado exportador de carne suína brasileira, exportou 56% do total de cortes cárneos suínos congelados embarcados pelo Brasil no ano passado, seguido do Rio Grande do Sul (23%) e Paraná (14%). Os principais cortes cárneos congelados de suínos exportados pelo Brasil no ano passado, representando 97% do total, foram os denominados “outras carnes de suínos congeladas” (NCM 02032900), que incluem lombo, bisteca, costela, filé mignon, picanha, paleta sem osso e pernil sem osso.
Carnetec
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