CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1054 DE 12 DE AGOSTO DE 2019

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Ano 5 | nº 1054| 12 de agosto de 2019

NOTÍCIAS

Boi: Alta nos preços da carcaça bovina

Ao longo da semana, o mercado do boi gordo ganhou força com a evolução do cenário de entressafra e melhora do escoamento da produção

E no fechamento da sexta-feira (9/8), o quadro de alta nas cotações da arroba se manteve. As valorizações também chegaram no mercado da carne bovina com osso. Confirmando a expectativa de vendas mais aquecidas nos próximos dias. O boi casado de animais castrados fechou a semana cotado em R$10,16/kg, aumento de 2,1% em relação ao último fechamento (8/8). Desta forma, por mais que a oferta tenha voltado a encurtar e os preços da arroba tenham subido, os preços da carne também evoluíram, dando fôlego para o resultado dos frigoríficos. A margem de comercialização das indústrias que trabalham com a venda da carcaça subiu 2 pontos percentuais na comparação diária, e, atualmente, está em 18,4%. Passado o efeito do Dia dos Pais no consumo, a disponibilidade de boiadas deve seguir como propulsora do movimento de firmeza no mercado.

Scot Consultoria

Com oferta restrita, boi gordo segue com preços firmes

Em São Paulo, a arroba se valorizou R$ 1 na sexta, 9, saindo de R$ 155 para R$ 156; cotações da carne bovina no atacado estão estáveis

O mercado físico de boi gordo teve preços pouco alterados nesta sexta-feira, 9. Segundo o analista da consultoria Safras Fernando Henrique Iglesias, o quadro é de oferta restrita, com poucos animais terminados disponíveis. “Com isso, os pecuaristas estão preocupados em como atender os contratos a termo e outras modalidades de parceria que foram firmados no primeiro semestre”, diz. Por sua vez, os frigoríficos de menor porte não dispõem desses mecanismos de negociação, sendo obrigados a atuar em um mercado caracterizado pela restrição de oferta. “Esta é a justificativa para os reajustes deflagrados recentemente”, aponta. Em São Paulo, preços a R$ 156 a arroba do boi gordo, contra R$ 155 a arroba na quinta, 8. Em Uberaba (MG), a arroba ficou em R$ 148, estável. Em Dourados (MS), as cotações estiveram a R$ 144, inalterados. Em Goiânia (GO), preço em R$ 143, estável. No Mato Grosso, preço de R$ 142 a arroba, também inalterado. Os preços da carne bovina permaneceram estáveis. Conforme Iglesias, a expectativa ainda é de reajustes ao longo da primeira quinzena de agosto, avaliando a interessante reposição entre atacado e varejo neste período em especial. “Por sua vez, a demanda destinada à exportação permanece muito efetiva, avaliando a severidade do surto de peste suína africana que vem dizimando o rebanho suinícola chinês, aumentando a necessidade de importação do país asiático”, afirma.

Agência Safras

Reposição: mercado retomando a firmeza

Na média de todos os estados pesquisados, considerando as categorias de animais anelorados, os preços recuaram no fechamento de julho, entretanto, na primeira semana de agosto, o mercado ganhou mais firmeza

Analisando as mesmas categorias e estados, os preços tiveram ajustes positivos de 0,2%, em média, segundo levantamento da Scot Consultoria. As valorizações vão ao encontro das maiores movimentações no mercado do boi gordo. E, aos poucos, o mercado de reposição em estados que antes estavam com baixa liquidez, como São Paulo e Mato Grosso do Sul, começa a ganhar ritmo. De imediato, não foram registradas grandes alterações nos preços da reposição nestes estados, pois após semanas de marasmo, os vendedores estão aproveitando a maior demanda para efetivar negócios com certa agilidade. No entanto, se a demanda ganhar consistência, é provável que as cotações subam nestes dois estados em função da baixa oferta da reposição. Nos outros estados analisados, o mercado segue aquecido, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Scot Consultoria

ECONOMIA

Dólar crava 4ª semana de alta ante real

O dólar fechou em alta na sexta-feira e engatou a quarta semana consecutiva de valorização, numa semana marcada pelo acirramento das disputas comerciais entre norte-americanos e chineses que elevou temores sobre uma recessão global

O dólar à vista fechou em alta de 0,39%, a 3,942 reais na venda. Na semana, a moeda acumulou valorização de 1,30%. Na B3, o dólar futuro tinha elevação de 0,50%, para 3,9465 reais. O dólar subiu em oito das últimas dez sessões, num movimento puxado sobretudo pelo ambiente internacional, onde escalaram preocupações com a economia global conforme China e EUA endureciam o tom na batalha tarifária enfrentada entre ambos há mais de um ano. A moeda norte-americana saltou 5,42% no somatório das quatro semanas seguidas de ganhos. Mas tamanha apreciação começa a alimentar expectativas de alguma correção de baixa. “Acreditamos que o movimento recente do real foi mais intenso do que seria consistente com os fundamentos atuais e o aumento do prêmio de risco”, disseram analistas do Itaú Unibanco, que veem espaço para “alguma apreciação”. O Itaú manteve estimativa de dólar a 3,80 reais ao fim de 2019, mas vê a cotação indo aos 4 reais no término de 2020. Nesta semana, o dólar futuro bateu 4,0000 reais pela primeira vez desde 31 de maio.

REUTERS

Ibovespa tem leve queda

O principal índice acionário brasileiro teve leve queda na sexta-feira, no fim de sessão volátil marcada pelo viés externo negativo, com a guerra comercial no centro das atenções, e em meio à bateria de resultados trimestrais, incluindo BRF e B2W

O Ibovespa caiu 0,11%, a 103.996,16 pontos. O volume financeiro da sessão somou 17,1 bilhões de reais. Pela manhã, o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os EUA continuam com as negociações comerciais com a China, mas não vão fechar um acordo por enquanto. Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante Investimentos, atribuiu a tendência negativa a um aumento global na aversão ao risco, diante do impasse nas negociações. Em Wall Street, o S&P 500 cedeu 0,66%, em sessão também afetada pela turbulência política na Itália e a inesperada contração na economia no Reino Unido. No front doméstico, a divulgação de balanços de empresas que compõem o índice também afetou a movimentação da sessão, com MRV e Suzano em tendência negativa, enquanto BRF e B2W avançaram. A BRF avançou 5,07%, após a dona das marcas Sadia e Perdigão reportar lucro no segundo trimestre, contrariando previsões do mercado e quebrando série de prejuízos. Executivos da companhia afirmaram que a empresa vai reabrir fábrica em Carambeí (PR) antes do planejado, diante de um melhor ambiente operacional.

REUTERS

EMPRESAS

BRF dispara após lucro no 2º tri; Itaú BBA diz que resultado foi “muito positivo”

As ações da BRF disparavam cerca de 5,07% na bolsa paulista nesta sexta-feira, após a dona das marcas Sadia e Perdigão reportar lucro no segundo trimestre de 2019, contrariando estimativas no mercado de resultado negativo e quebrando série de prejuízos

A maior exportadora de frango do mundo teve lucro líquido de 191 milhões de reais entre abril e junho, de acordo com dados divulgados na sexta-feira, enquanto analistas esperavam que a BRF perdesse 50,2 milhões de reais no trimestre. O lucro ajustado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 1,547 bilhão de reais no período, quase o dobro da estimativa média dos analistas de 825,20 milhões de reais.  “Muito positivo”, escreveu o analista Antonio Barreto, do Itaú BBA, em nota a clientes com a primeira leitura do balanço, destacando que se trata do melhor resultado em quatro anos. Ele ponderou, contudo, há vários fatores não recorrentes e que é preciso fazer uma análise cuidadosa, mas acrescentou que a primeira leitura é de que mesmo ajustando isso o Ebitda ficou muito acima do consenso.

“A dívida líquida ficou quase 200 milhões abaixo das nossas expectativas”, ressaltou.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Japão supera Arábia Saudita e se torna o 2º principal destino do frango brasileiro

Para o Japão, a quantidade embarcada em julho aumentou 12%, na mesma comparação. O volume de carne de frango (in natura e industrializada) exportado em julho foi o maior de 2019

Mesmo assim, o desempenho foi limitado pela forte redução na quantidade embarcada aos Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita, que passou a ser o terceiro maior destino da carne de frango brasileira, sendo superada pelo Japão, que agora ocupa a segunda posição – a China segue como o principal destino da proteína nacional. Conforme dados da Secex, as exportações somaram 387,6 mil toneladas, ligeiro avanço de 0,4% frente às do mês anterior. Os volumes enviados à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, por sua vez, recuaram respectivos 10% e 29% frente aos do mês anterior. Já para o Japão, a quantidade embarcada em julho aumentou 12%, na mesma comparação. Além de aumentar o volume importado, o Japão elevou em 4% o valor médio pago pela carne brasileira em julho, para US$ 2,03/kg. No mercado brasileiro, os preços da carne de frango caíram na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea nos últimos dias. De acordo com colaboradores, esse cenário é reflexo do fraco ritmo de vendas nas últimas semanas, que elevou os estoques neste início de agosto.

CEPEA/ESALQ 

INTERNACIONAL

Paraguai defenderá distribuição igualitária da cota do Mercosul

Na semana passada, foi realizada a primeira reunião do Fórum de Carne do Mercosul, em Buenos Aires, que discutiu a distribuição da cota do Mercosul de 99.000 toneladas de peso de carcaça concedida pela União Europeia

O Presidente da Associação Rural do Paraguai (ARP), Luis Villasanti, confirmou ao ABC Color que uma das propostas mais tratadas foi o acordo assinado em 2004, onde o Paraguai corresponde a 7% do total, enquanto o Brasil levaria 42, 5%, Argentina 29,5% e Uruguai 21%. Villasanti considerou que essa distribuição foi acordada em 2004, época em que o país “não tinha capacidade para cumprir”, mas “o cenário é totalmente diferente neste momento. O Paraguai tem todas as condições para atender 25% da cota”. Nesse sentido, o representante do Rural assegurou que “ratificamos na proposta apresentada na última reunião na Argentina (dos quatro países do bloco igualmente) e a defenderemos em setembro no Uruguai, na próxima reunião na Expo Prado”. Ele acrescentou: “Vamos exigir tratamento igual. Na última reunião do conselho, todos concordamos em defender essa posição, já que existe o Tratado de Assunção, cujo espírito coloca todos os membros do bloco em pé de igualdade”, disse Villasanti.

El País Digital

Exportações de carne da Austrália são impulsionadas pela China

Pela primeira vez, os chineses ultrapassam o Japão como principais importadores do produto australiano. Em julho, a China se tornou o principal destino de exportação de carne bovina da Austrália pela primeira vez na história, ultrapassando o Japão em 700 toneladas, informou o portal GlobalMeatNews, com base em dados da Meat & Livestock Australia (MLA)

O feito marca uma ascensão meteórica nas exportações australiana para a China. Em julho de 2017, o gigante asiático representou 9,5% de todas os embarques de carne bovina da Austrália – em julho de 2019, subiu para 24,5%. No geral, julho também foi um mês forte para a carne bovina australiana, com 115.000 toneladas exportada no período, tornando-se o melhor mês desde julho de 2015. A MLA atribuiu essa alta à demanda de exportação (sobretudo pela China), a um dólar australiano fraco e aos altos níveis de abate em todo o país. Os analistas de mercado acreditam que a China está buscando proteínas de carne alternativas para preencher o espaço deixado pela atual epidemia de Febre Suína Africana (ASF) e a consequente escassez de suínos nas fazendas do país. No entanto, os especialistas acreditam que o aumento de renda familiar da classe média na China e a mudança das preferências pelos consumidores também estão impulsionando a demanda por carne de maior qualidade. A MLA ainda relatou que o aperto nas regulamentações dos funcionários do governo chinês resultou em menos carne vinda de “canais cinzentos” de escoamento, como o Vietnã e Hong Kong. “Dessa maneira, os compradores chineses estão buscando ativamente os principais exportadores mundiais para fornecimento direto da carne bovina”, afirmaram os analistas.

Global Meat News

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