CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 438 DE 20 DE JANEIRO DE 2017

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Ano 3 | nº 438 20 de Janeiro de 2017

NOTÍCIAS 

Queda nos preços da carne bovina no atacado

As semanas de quedas de preço das carnes se acumulam. As três semanas transcorridas em janeiro/17 e a última de dezembro/16 vieram com desvalorização para a carne bovina no atacado

Desde a segunda metade de outubro de 2016, somente em três semanas o mercado subiu. E tudo isso ocorre em um ambiente de oferta pequena de boiadas com, inclusive, compradores nada dispostos a alongar as escalas. Ou seja, tudo joga em favor da redução dos estoques já há um bom tempo e, mesmo assim, não tem sido possível encontrar um equilíbrio com a demanda. Não há perspectiva de melhora de vendas no curto prazo. Estamos na terceira semana do mês e a próxima não será ainda a que antecede os pagamentos de salários, período em que costuma acontecer a reposição dos estoques por parte dos varejistas e acaba ajudando no escoamento do atacado. Outro ponto que chama a atenção é o fato de a carne bovina, desde a metade final de novembro, vir registrando preços médios menores do que um ano antes. Mesmo com inflação e com alta de custos de produção, itens que pressionam o empresário por receitas maiores, não tem sido possível elevar os preços de venda.

SCOT CONSULTORIA

Boi/Cepea: Liquidez é baixa e preços se estabilizam

O mercado de boi gordo está lento neste início de ano 

A estabilidade de preços da carne bovina neste mês reflete a combinação de demanda enfraquecida dos consumidores, que reduz o interesse de compra das indústrias, com baixa oferta de animais para abate. Conforme pesquisadores do Cepea, alguns frigoríficos têm tentado pressionar as cotações sem muito sucesso; outros, inclusive, reduziram escalas de abate. Produtores, por sua vez, têm conseguido “segurar” os animais no pasto, mantendo o mercado estável. Na quarta-feira, 18, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo, à vista) fechou a R$ 148,75, ligeira queda de 0,48% na parcial do mês (de 29 de dezembro a 18 de janeiro).

Cepea/Esalq

Frigoríficos respondem por maior parte das reclamações trabalhistas em MT no ano passado

Os frigoríficos BRF, JBS, Marfrig e Mato Grosso Bovinos foram as empresas mais acionadas pelos trabalhadores na Justiça do Trabalho de Mato Grosso em 2016, segundo levantamento apresentado pelo Tribunal Regional do Trabalho nesta semana

Essas empresas são as quatro primeiras colocadas no ranking daquelas com maior número de processos trabalhistas no estado no ano passado, com um total de 7.067 processos. A BRF teve de responder por 4.321 processos nas varas do trabalho do estado em 2016. A JBS respondeu a 1.234 ações e a Marfrig teve 918 casos. O frigorífico Mato Grosso Bovinos respondeu por outros 594 processos. Segundo a Justiça do Trabalho, a grande rotatividade de mão de obra na atividade em frigoríficos contribuiu para elevar o número de ações. Após os quatro frigoríficos, o Estado de Mato Grosso foi o quinto colocado com maior número de ações na Justiça do Trabalho, com 549 casos.

CARNETEC 

Com ofertas de compra abaixo da referência, frigoríficos pressionam o mercado do boi

As pressões dos frigoríficos no mercado do boi gordo começam a aumentar

Destaque para a região Centro-Oeste, onde há uma maior oferta de animais terminados e as tentativas de negócios abaixo da referência pressionam as cotações. Onde há um menor volume de oferta, os negócios seguem travados e o mercado caminha de lado, com preços estáveis. Em São Paulo houve queda nas duas praças e a referência para o boi gordo ficou em R$151,00/@, a prazo (19/1). O baixo consumo de carne interferiu mais uma vez no mercado atacadista gerando queda na referência. O boi casado de animas castrados fechou cotado em R$9,50/kg.

SCOT CONSULTORIA

Retenção de fêmeas permite aumento em quase 1 mi de cabeças no rebanho bovino e bubalino em Mato Grosso

Os números foram apresentados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea)

Mato Grosso encerrou 2016 com um rebanho bovino e bubalino de 30.230.624 cabeças, um incremento de 970.794 animais em comparação a contabilização em 2015. O aumento é decorrente a retenção de fêmeas, comprovado pelo recuo de 53.200 vacas enviadas a menos para o abate. O volume do rebanho bovino e bubalino mato-grossense consta no relatório de vacinação contra a febre aftosa da etapa de novembro, quando animais de mamando a caducando são imunizados. Em 2016, a vacinação contra a febre aftosa atingiu 99,62% do rebanho. Desde 2005 as duas etapas de imunização têm alcançado índices acima de 99%. Os números foram apresentados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) nesta quarta-feira, 18 de janeiro. De acordo com os números apresentados, foram abatidos em Mato Grosso 4.785.230 animais. O volume supera em 84.707 cabeças o total de animais encaminhados para a indústria frigorífica mato-grossense em 2015 de 4.700.523 cabeças. Segundo o Indea, foram enviados aos frigoríficos 1.862.192 cabeças de fêmeas e 2.923.038 de machos em 2016. Já em 2015 haviam sido 2.785.111 machos e 1.915.412 fêmeas. “Os números retratam a tendência de rebanho que temos com a retenção de fêmeas e oferta de animais. Para o mercado é importante, pois impacta nos preços e ofertas e demandas. A retenção de fêmeas nos últimos dois anos permitiu esse incremento”, destaca o presidente do Indea, Guilherme Nolasco. Nolasco afirma ainda que a defesa sanitária é a união de forças do governo federal, do Estado, entidades, produtores e fundos ligados ao setor. O Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, pontua que o aumento do rebanho já era esperado, uma vez que a pecuária mato-grossense vinha de um ciclo de retenção de matrizes. Manzi observa que embora a pecuária nos últimos 3 a 4 anos tenha perdido cerca de um milhão de hectares para a agricultura, houve ganho de produtividade motivada melhora em genética, alimentação e tecnificação. O trabalho desempenhado pelos produtores, entidades e pelos governos Federal e do Estado, conforme o Secretário-Adjunto de Agricultura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Alexandre Possebom, é importante para a economia de Mato Grosso. Ele salienta que “é garantia de abertura de mercado. A base para conquistar um mercado é a defesa sanitária”. O Superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José de Assis Guaresqui, lembra que o Brasil tem o desafio de elevar de 7% para 12% a sua participação no mercado internacional. O desafio foi imposto pelo ministro Blairo Maggi ao assumir a pasta em maio de 2016. “Mato Grosso é uma aposta para isso”.

Olhar Direto 

Pressão de baixa sobre os preços do sebo bovino no Brasil Central

No Brasil Central o preço do sebo bovino caiu 2,0% nesta semana, em relação a semana passada. O quilo do produto está cotado em R$2,50, segundo levantamento da Scot Consultoria

A desvalorização da soja e, consequentemente, de seus subprodutos, vem exercendo pressão de baixa no mercado do sebo, uma vez que o óleo de soja compete com a gordura animal na produção de biodiesel. No Rio Grande do Sul o mercado permanece estável, com oferta e demanda ajustadas. No estado, o sebo está cotado em R$2,60/kg. Com a colheita da soja em andamento e aumento da disponibilidade do óleo de soja, para o curto prazo a perspectiva é de que a competição com o sebo continue, com consequente pressão de baixa para o derivado bovino.

SCOT CONSULTORIA 

SP: custo com pastagem caiu 7% no último trimestre de 2016

Preços do calcário e do adubo supersimples contribuíram para a queda do custo de produção

O custo da produção de pastagens em São Paulo caiu 7% no último trimestre de 2016 e está animando os pecuaristas de corte e de leite. Segundo o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Thiago Rodrigues, os preços do calcário e do adubo supersimples foram os principais responsáveis por essa redução. O assessor ressalta que o custo poderia ter caído ainda mais se não fosse pela alta dos preços das sementes de braquiária. O El Niño afetou o desenvolvimento da safra de sementes, que teve uma alta de até 100% no preço da saca em algumas regiões. Thiago Diaz ainda que, no geral, essa é uma boa notícia para o setor, principalmente para os produtores de leite que tiveram um ano difícil e precisaram reduzir a margem de lucro.

CANAL RURAL 

EMPRESAS

Empresários baianos conquistam pela primeira vez mercado internacional de exportação de carne

Os empresários possuem dois matadouros frigoríficos, que geram em média 400 empregos diretos

Empresa genuinamente baiana, da região de Itapetinga, fechou o primeiro contrato para exportar 250 toneladas de carne bovina para Hong Kong. O contrato é de seis meses, podendo ser renovado, e o embarque da primeira carga aconteceu no mês de dezembro de 2016, via Porto de Salvador. Os empresários possuem dois matadouros frigoríficos, que geram em média 400 empregos diretos. Desde o início da implementação das unidades, os empresários receberam o apoio da Secretaria da Agricultura (SEAGRI), e da vinculada Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), e estiveram reunidos com o secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, na tarde desta segunda-feira (17), para falar sobre a abertura dos novos mercados. “A China é um mercado promissor, que vai demandar cada vez mais a aquisição de alimentos de outros países, uma grande oportunidade para o Brasil. É muito bom ver o crescimento de uma empresa baiana, que nasceu com o apoio da SEAGRI, e hoje, em tempos de crise, vive um momento de expansão”, comemorou Bonfim. Alber Rezende, um dos proprietários, explica que “além de carne e vísceras, partes do boi comumente consumidas aqui, foram exportados subprodutos que para nós possuem pouco valor, como membrana e diafragma, porém na China são iguarias, base de pratos tradicionais. Com a abertura dos novos mercados vamos ampliar a capacidade de abate e a parte frigorífica de armazenamento”. O empresário contou que já estão se adaptando para exportar para o mercado Árabe, e realizar o abate halal. Esse tipo de abate deve obedecer a exigências específicas da tradição islâmica, como ser realizado em separado tradicional, e executado por um muçulmano conhecedor dos fundamentos do abate de animais no Islã. Os equipamentos e utensílios utilizados devem ser próprios para o Abate halal, entre outras exigências. A unidade situada em Itapetinga atualmente está abatendo 250 animais dia, com meta de ampliação até o final deste ano para 350. O outro matadouro, localizado em Vitória da Conquista, é um equipamento multifuncional, que também abate cerca de 2000 suínos/mês, e trabalha com capacidade de 300 bois por dia, com expectativa de ampliação deste volume para 450. Os bois são comprados de criadores principalmente da região de Itapetinga, e comercializados para o extremo sul, sul e sudoeste da Bahia. O matadouro de Itapetinga é credenciado pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura (Mapa), o que o torna apto a comercializar seus produtos em todo o território brasileiro e no exterior. A certificação assegura a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis. A unidade de Vitória da Conquista foi credenciada em dezembro do ano passado, pela ADAB, no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI), responsável por padronizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, que garantem a inocuidade e segurança do alimento, permitindo a venda dos produtos para todo o Brasil.

SEAGRI – BA

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