CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2195 DE 04 DE ABRIL DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2195 |04 de abril de 2024

 

NOTÍCIAS

Preços estáveis na praça paulista

Com o início do mês, os compradores estão buscando boiadas apenas para completarem suas escalas, comprando vagarosamente. Do lado da oferta vendedora, a condição das pastagens, apesar da entrada do outono, ainda permite a negociação de boiadas cadenciada

O escoamento de carne para o mercado interno durante o feriado foi bom e, com o recebimento dos salários, há expectativa de que a demanda siga favorável. Sendo assim, a cotação está estável na praça. A arroba do boi comum está apregoada em R$227,00, a da vaca gorda em R$205,00 e a da novilha gorda em R$217,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está cotado em R$235,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$8,00/@. No Mato Grosso do Sul, neste início de mês, a cotação está estável para todas as categorias do estado. Para a região de Dourados, a arroba do boi gordo está sendo negociada em R$218,00, a da vaca em R$202,00 e a da novilha em R$210,00, preços brutos e a prazo. Para a região de Campo Grande, o boi gordo está precificado em R$216,00/@, a vaca em R$197,00/@ e a novilha em R$207,00/@, preços brutos e a prazo. Para a região de Três Lagoas, a arroba do boi gordo está apregoada em R$217,00, a da vaca em R$195,00 e a da novilha em R$205,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está cotado em R$220,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$2,00/@, para a região de Dourados, R$4,00/@, para a região de Campo Grande e R$3,00/@ para a região de Três Lagoas. No Acre, cotação estável para todas as categorias. A cotação do boi gordo está em R$195,00/@, a da vaca gorda em R$178,00/@ e a da novilha em R$180,00/@, preços brutos e a prazo. Não há referência para “boi China” na região. Em Santa Catarina, as cotações estão estáveis na região. A referência para o boi gordo está em R$238,00/@, a arroba da vaca gorda está em R$215,00 e a da novilha gorda em R$225,00, preços brutos e a prazo. Não há referência para “boi China” na região.

Scot Consultoria

Preços do boi gordo seguem firmes no mercado físico

Analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, diz que os frigoríficos continuam tentando segurar os preços pagos pelas boiadas

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, os frigoríficos continuam tentando segurar os preços pagos pelas boiadas, com escalas confortavelmente posicionadas. Por outro lado, as boas condições das pastagens permitem que os pecuaristas cadenciem o ritmo dos negócios. “Então, esse cenário está fazendo com que algumas indústrias paguem um pouco mais pela arroba do boi. No geral, estamos vendo o mercado com níveis mais altos de preços, mas nada muito agressivo”, diz Iglesias. Preços do boi gordo; São Paulo (SP): R$ 229. Goiânia (GO): R$ 218. Uberaba (MG): R$ 223. Dourados (MS): R$ 220. Cuiabá (MT): R$ 206. O mercado atacadista apresentou preços firmes. O viés ainda é de alta diante de um bom escoamento no início do mês e após uma forte demanda ao longo do feriadão de Páscoa. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 13,40 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,20 por quilo. O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,64 por quilo.

Agência Safras

Preço do boi gordo recua em Mato Grosso

O mercado do boi gordo em Mato Grosso continuou a enfrentar pressão em março, impulsionada pela oferta abundante de gado. O indicador Cepea registrou um declínio de 2,2% até o dia 22 (R$ 233,15/@), em comparação com fevereiro de 2024. Os dados estão disponíveis no Radar Agro Mensal, relatório divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA

Os preços da carcaça casada no atacado também diminuíram, embora em menor proporção que os do animal vivo, resultando em um spread mais favorável para os frigoríficos, atingindo 6,9%, o maior já registrado para o mês de março. Os dados de abates fornecidos pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) revelam um volume expressivo de gado. Em fevereiro de 2024, foram abatidos 615 mil cabeças, um aumento de 37% em relação a fevereiro de 2023, considerando o número de dias úteis. As projeções para março indicam um crescimento ainda mais acentuado, com um volume significativo de fêmeas. Embora isso represente uma pressão na oferta no curto prazo, também contribuirá para uma redução na produção de crias no próximo ano, o que potencializará a recuperação dos preços do bezerro. No segmento de exportações, o spread também está se recuperando, não devido a uma melhoria nos preços da carne exportada, que apenas estagnaram nos últimos meses, mas sim devido à queda no custo do boi. Em fevereiro, o volume embarcado de carne bovina in natura alcançou 179 mil toneladas, registrando o melhor desempenho para o mês na história, o que resultou em um crescimento de 25,9% nas exportações do primeiro bimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo análise do Itaú BBA, os próximos meses devem manter uma boa disponibilidade de gado devido ao período de safra, com oferta geralmente favorável até junho. Por outro lado, as exportações têm potencial para continuar contribuindo para o enxugamento da oferta.

Itaú BBA

Arroba do boi gordo sobe com pecuarista segurando oferta

Em 2024, cotações caíram quase 10% em SP; segundo a StoneX, valores devem seguir pressionados. Em Mato Grosso do Sul, preço subiu 1% em um dia. O mercado físico do boi gordo dá sinais de que os pecuaristas estão conseguindo segurar de maneira mais efetiva o gado, indica a Agrifatto. A consultoria afirma que a arroba do boi subiu 1% na terça-feira (3/4) em Mato Grosso do Sul, na comparação diária, para R$ 219,90

Na B3, a maioria dos contratos continua se valorizando. O vencimento para abril de 2024 terminou cotado a R$ 231,85 por arroba, um aumento de 0,74% no dia. Em relação à demanda por carne, o mercado varejista projeta um crescimento sazonal do consumo doméstico na primeira quinzena do mês, devido ao pagamento de salários. No entanto, os pedidos para reposição de estoques do varejo ainda se mostram “praticamente inexistentes”, na leitura da Agrifatto. As carcaças casadas do macho castrado e do inteiro estão cotadas a R$ 16 e R$ 15 por quilo, respectivamente. No entanto, apesar da alta momentânea, a ampla oferta de gado terminado, impulsionada pelo descarte de fêmeas, deve continuar pressionando as cotações do boi gordo, escreveram os analistas Felipe Sawaia e Tomás Pernías, da StoneX, em relatório. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a arroba negociada em São Paulo caiu 9,4% desde a virada do ano, cotada a R$ 228,60. Segundo eles, os patamares de preço do bezerro não têm sido suficientes para estimular a retenção de fêmeas, e o pecuarista brasileiro demonstra desinteresse em ampliar o rebanho após as quedas dos valores da arroba em 2023. A demora para a chegada das chuvas no fim de 2023 postergou a formação de pastagens e a engorda de animais. Por conta disso, o gado que deveria ter sido disponibilizado nos primeiros meses do ano deve chegar ao mercado daqui para frente. “Isso pode manter a oferta de animais relativamente elevada no curto prazo, dificultando a consolidação de teses altistas”, avaliam os analistas da Stonex. Agora, o aumento do volume de chuva em praças importantes pode ajudar o produtor rural a segurar o gado no pasto e reduzir custos com a engorda dos animais. Sawaia e Pernías afirmam que a expectativa de parte do setor produtivo de uma redução da oferta de gado não deve se concretizar. “Até o presente momento, 2024 dá mais sinais de continuidade do que de uma virada do ciclo”, dizem. Segundo eles, a melhora da relação de troca entre o boi e os animais de reposição, verificada no final de 2023, somada ao barateamento do milho, que trouxe uma redução dos custos nutricionais envolvidos no regime intensivo, é uma combinação que pode favorecer o aumento dos animais em confinamento no Brasil. A StoneX avalia que o ritmo de compra de gado pelos frigoríficos “não impressiona”. No mercado interno, não há perspectiva clara de um aumento no consumo de carne, e as indústrias têm optado por recompor as suas escalas apenas na medida de suas necessidades mais imediatas. Mas o cenário de longo prazo é positivo: reduções na taxa de desemprego e o aumento da renda média no Brasil são fatores possivelmente benéficos para o setor. Outra notícia positiva para o pecuarista é que as exportações vão bem, superando os volumes embarcados no mesmo período do ano passado.

Globo Rural

Projeto quer aumentar imposto sobre exportação de gado vivo

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 786/24 eleva para 50% a alíquota mínima do imposto de exportação de animais vivos, como gado e equinos

O autor do projeto, deputado Nilto Tatto (PT-SP), argumenta que desestimular a prática, frequentemente associada ao sofrimento animal durante o transporte. Atualmente, a alíquota básica de exportação é de 30%, podendo ser ajustada pelo governo de acordo com as necessidades econômicas e comerciais do país. O PL 786/24 exclui apenas as operações sem fins lucrativos, como as destinadas a instituições que garantem o bem-estar animal, da elevação do imposto. Segundo ele, o título de “maior exportador de gado em pé do mundo”, com mais de 600 mil cabeças vendidas anualmente, mascara o sofrimento dos animais. O PL 786/24 será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após a aprovação pelas comissões, o projeto seguirá para o plenário da Câmara dos Deputados para votação final.

Canal Rural

ECONOMIA

Dólar cai após dados de serviços nos EUA e fala de Powell reduzirem pressão nos Treasuries

O dólar à vista fechou a quarta-feira em queda ante o real, após dados do setor de serviços norte-americano e declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reduzirem a pressão sobre o mercado de Treasuries, tirando força da moeda norte-americana também no exterior.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0418 reais na venda, em baixa de 0,34%. Às 17h10, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,57%, a 5,0535 reais na venda. Pela manhã, o dólar demonstrava força ante o real e em relação a boa parte das demais divisas no exterior, em movimento que acompanhava a alta dos rendimentos dos Treasuries. Por trás disso estava a percepção, reforçada por alguns dados desta quarta-feira, de que o Fed poderá adiar para julho ou para depois disso o início do processo de cortes de juros. No início da sessão, números do relatório da ADP mostraram que foram abertas 184.000 vagas de emprego no setor privado dos EUA no mês passado, após 155.000 vagas em fevereiro, em dado revisado. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 148.000 vagas no mês passado. Em sintonia com a alta dos yields e do dólar no exterior, a moeda norte-americana à vista atingiu a cotação máxima de 5,0929 reais (+0,67%) às 10h56. O cenário começou a mudar às 11h, quando saíram os números do setor de serviços norte-americano do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês). O Índice de Gerentes de Compras (PMI) não manufatureiro do ISM caiu de 52,6 em fevereiro para 51,4 em março, no segundo declínio mensal consecutivo do indicador. “Na prática, Powell ainda sinaliza com a perspectiva de corte de juros em junho. Ele não descartou três cortes este ano, o que fez o dólar acelerar a queda depois do almoço”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. Pela manhã, o mercado monitorou ainda as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento em São Paulo. Além de tratar da política monetária, ele afirmou que a intervenção cambial feita pela autoridade monetária nesta semana “não teve nada a ver” com o movimento do câmbio, que é flutuante. “A nossa intervenção não teve nada a ver com o movimento do câmbio, a gente sempre diz que o câmbio é flutuante, é importante ser flutuante porque funciona como um elemento que absorve choques e redistribui os recursos de forma mais eficiente, mas a gente tinha uma NTN-A que ia vencer que achávamos que era grande e poderia ter alguma disfunção no dia”, afirmou.

Reuters

Ibovespa fecha em baixa, mas distante da mínima com alívio nos Treasuries

O Ibovespa fechou com um declínio modesto na quarta-feira, pressionado pelo recuo das ações da Vale, enquanto a acomodação nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos reduziu as perdas no pregão brasileiro, em mais uma sessão com a agenda norte-americana centralizando as atenções

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,18%, a 127.318,39 pontos. O volume financeiro somou 21,97 bilhões de reais. Em comentários publicados no começo da tarde, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou que o banco central da maior economia do mundo tem tempo para deliberar sobre seu primeiro corte na taxa de juros dada a força da economia e as recentes leituras de inflação elevada. Ele, porém, repetiu que se a economia evoluir de forma geral como os integrantes do Fed esperam, eles concordam que uma taxa mais baixa será apropriada “em algum momento deste ano”. Em paralelo, dados mostraram que o setor de serviços dos EUA desacelerou em março, e uma medida dos preços pagos pelas empresas por insumos caiu a uma mínima em quatro anos. A abertura de vagas no setor privado vista pela ADP, por sua vez, mostrou um mercado de trabalho ainda forte no mês passado. No final da tarde, o rendimento do Treasury de 10 anos cedia a 4,3492%, após avançar a 4,429% na máxima da sessão, de 4,365% na véspera. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 0,14%, segundo dados preliminares. De acordo com o chefe da EQI Research, Luís Moran, o mercado brasileiro continua como um “passageiro”, uma vez que sua direção tem sido comandada pelo comportamento dos Treasuries. “É o que está fazendo preço”, argumentou, ressaltando que há uma ansiedade sobre o começo do corte de juros nos EUA. Ele afirmou que a mudança na precificação de um corte em março para meados do ano justifica um ajuste, mas não é uma reversão de cenário, uma vez que ainda se espera uma redução dos juros neste ano. “Mas o mercado está ansioso.”

Reuters

Setor de serviços do Brasil ganha força em março e atinge pico de 20 meses, mostra PMI

O setor de serviços brasileiro ganhou força em março com impulso das vendas e cresceu no ritmo mais forte em 20 meses, o que abriu espaço para as empresas ampliarem os quadros de funcionários à taxa mais intensa em quase um ano e meio, apontou na quarta-feira Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês)

O PMI do setor compilado pela S&P Global subiu para 54,8 em março de 54,6 em fevereiro, o que ajudou o setor a registrar o melhor desempenho trimestral desde os três meses até junho de 2022. A marca de 50 separa crescimento de contração. “O crescimento mais forte da atividade de serviços significa que a economia do Brasil terminou o primeiro trimestre em tom positivo”, destacou em nota a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. As condições favoráveis da demanda e a entrada de novos negócios foram citadas como os principais determinantes para o crescimento da produção. As empresas registraram o segundo maior aumento das vendas desde outubro de 2022, atrás apenas de fevereiro. A melhora das vendas somada a projeções otimistas alimentou a criação de empregos entre os fornecedores de serviços no Brasil no ritmo mais forte desde outubro de 2022. Custos mais altos de mão de obra e de materiais elevaram a inflação de insumos em março, junto com contas mais caras de eletricidade e água. A taxa de inflação foi a mais elevada em cinco meses, com mais de 23% dos participantes da pesquisa informando aumento nos gastos gerais, e menos de 1% indicando queda. Ainda assim, a inflação de preços cobrados se atenuou ante o pico de nove meses de fevereiro –enquanto alguns repassaram os aumentos de custos a clientes, outros evitaram esse movimento na tentativa de manter os clientes. “A recente aceleração da demanda aconteceu ao custo de pressões inflacionárias mais altas no setor, … e é provável que os consumidores vejam aumentos mais pronunciados dos preços cobrados pelo fornecimento de serviços nos próximos meses”, disse De Lima. Os fornecedores de serviços mantiveram-se otimistas sobre as perspectivas de crescimento, com 52% prevendo aumento na produção ao longo dos próximos 12 meses, enquanto menos de 3% previam redução. As empresas indicaram que o aumento do emprego, os incentivos governamentais e as tendências positivas de demanda devem sustentar o crescimento da produção. A expansão do setor de serviços somada à leve perda de força da indústria levou o PMI Composto do Brasil a repetir em março a taxa de 55,1 de fevereiro.

Reuters

Produção industrial no Brasil recua pelo 2º mês em fevereiro

A indústria no Brasil frustrou as expectativas e registrou retração de 0,3% em fevereiro, marcando o segundo mês seguido no vermelho e acendendo sinal de alerta.

Nos dois primeiros meses do ano o setor acumula perdas de 1,8%, o que elimina parte do saldo positivo de 2,7% visto de agosto a dezembro, informou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A indústria ainda está 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 17,7% abaixo do nível recorde da série, alcançado em maio de 2011. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teve avanço de 5,0%, sétima leitura positiva seguida. Os resultados foram bem piores do que as expectativas levantadas em pesquisa da Reuters com economistas, de alta de 0,3% na base mensal e de 5,6% na anual. “Essas duas quedas ligam o sinal de alerta para a indústria. Há uma perda de ritmo de produção, mas com a peculiaridade de que são duas quedas mais concentradas (em poucos ramos)”, destacou André Macedo, gerente da pesquisa no IBGE. “A melhora da conjuntura e do mercado doméstico ainda não foi suficiente para manter a indústria em um nível positivo”, completou. Analistas consideram que a indústria deve crescer neste ano, ainda que a passos lentos, com retomada gradual principalmente em segmentos dependentes das condições de crédito, favorecida pela queda dos juros. O Banco Central decidiu no mês passado fazer nova redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 10,75% ao ano, mas encurtou sua indicação sobre cortes futuros ao citar uma ampliação de incertezas, afirmando que sua diretoria antevê corte na mesma intensidade apenas na próxima reunião, em maio. “Nossa perspectiva é de uma indústria relativamente positiva neste ano. Entre os fatores que colocam um viés altista estão: recuperação do setor manufatureiro global, balança comercial robusta … e políticas de estímulos à atividade econômica por parte do governo”, disse Igor Cadilhac é economista do PicPay. O IBGE destacou que, em fevereiro, 10 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção em relação ao mês anterior. As principais influências negativas foram exercidas por produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%). “Se no ano passado a indústria extrativa teve um papel central para o crescimento do setor no geral, para este ano, a tendência é que haja uma retomada de outros segmentos, … muito em função da queda da Selic e das melhores condições de crédito”, avaliou Rafael Perez, economista da Suno Research. Na outra ponta, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) apresentaram aumento na produção em fevereiro. “As questões conjunturais estão presentes, como queda dos juros, redução da inadimplência, melhora no mercado de trabalho, e isso tudo aparece em veículos automotivos, que dependem muito de crédito e juros”, disse Macedo. Entre as categorias econômicas, somente Bens Intermediários apresentaram queda, de 1,2%. A fabricação de Bens de Capital aumentou 1,8% no mês e a de Bens de Consumo cresceu 1,3%.

Reuters

EMPRESAS

MP do Maranhão investiga cartel entre frigoríficos e mercados

O Ministério Público do Maranhão iniciou um inquérito civil, coordenado pela 11ª Promotoria de Justiça Especializada de São Luís para investigar um suposto cartel no setor de carnes por parte de empresas locais

Entre as investigadas estão a Fribal (Rio Grande Comércio de Carnes Ltda.), Frigotil (Frigorífico de Timon S/A), Fribal Franchising Ltda. – EPP e Mateus Supermercados S/A, sob suspeita de manipulação de preços da carne bovina, o que pode caracterizar abuso comercial. O inquérito, originado do Procedimento Preparatório nº 009579-500/2023, busca esclarecer se houve prática de elevação dos preços sem causa justificável, em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor, implicando potenciais violações das normas de proteção ao consumidor e afetando diretamente a dignidade e a segurança alimentar dos maranhenses. Alega-se que pode ter ocorrido um acordo entre os frigoríficos para aumentar os preços de forma injustificada, prejudicando os consumidores com vantagens excessivas para as empresas. Confirmadas as irregularidades, o Ministério Público do Maranhão poderá optar pela proposição de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou pelo ajuizamento de Ação Civil Pública contra as entidades envolvidas. Em nota distribuída à imprensa um dos acusados, o Grupo Fribal, nega as acusações.

Pecuaria.com.br

FRANGOS & SUÍNOS

Suíno vivo cai 1,06% na quarta-feira (3) em São Paulo

Segundo pesquisadores do Cepea, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,90/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (2), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,37/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 6,13/kg). Houve queda de 0,64% no Paraná, chegando a R$ 6,25/kg, baixa de 0,66% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,03/kg, e de 1,06% em São Paulo, fechando em R$ 6,56/kg.

Cepea/Esalq

Cotações estáveis predominam no mercado do frango nesta quarta-feira (3)

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve aumento de 0,30%, valendo R$ 6,62/kg

Na cotação do animal vivo, o Paraná não mudou, valendo R$ 4,56/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (2), tanto a ave congelada quanto o frango na granja ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,21/kg e R$ 7,33/kg.
Cepea/Esalq

INTERNACIONAL

A gripe aviária atinge vacas leiteiras, galinhas e humanos do Texas enquanto os patos migram

As aves aquáticas migratórias são culpadas pelo aumento dos surtos de gripe aviária em vacas e aves do Texas, e as aves selvagens portadoras do vírus devem seguir para o norte em breve, disse o comissário estadual de Agricultura, Sid Miller, na terça-feira

O governo dos EUA relatou desde a semana passada casos da doença em sete rebanhos leiteiros no Texas e em uma pessoa que teve contato com vacas, tornando-o o estado mais afetado pelos primeiros surtos em bovinos do país. O Texas é o maior produtor de gado dos EUA.

Reuters

Gripe aviária nos EUA avança para rebanho leiteiro no Novo México

Ocorrências foram registradas também nos Estados do Texas, Kansas e Michigan. Rebanho leiteiro nos EUA. Variante da gripe aviária preocupa produtores

Após ocorrências no Texas, Kansas e Michigan, a gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) foi detectada em um rebanho leiteiro no Estado americano de Novo México, segundo informações do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Há também testes pendentes de análises dos Laboratórios Nacionais de Serviços Veterinários (NVSL) do país, para casos possivelmente positivos para um rebanho de Idaho. Quando encontrada em vacas leiteiras, a doença causa diminuição da lactação, baixo apetite e outros sinais clínicos. Acredita-se que o vírus tenha sido introduzido em rebanhos pela presença de aves selvagens contaminadas. Do ponto de vista de mercado, o USDA acredita que a perda de leite resultante de bovinos sintomáticos é, até o momento, pequena para ter algum impacto importante na oferta e não deverá ter qualquer efeito para o preço do leite ou de outros produtos lácteos. Os EUA normalmente têm uma oferta de leite suficiente nos meses da primavera, devido à produção sazonalmente mais elevada. Apesar dos casos, o USDA destacou que não há preocupação sobre eventuais riscos para o consumidor ou no fornecimento comercial de leite, porque os produtos são pasteurizados antes de entrarem no mercado. Os laticínios são obrigados a enviar apenas leite de animais saudáveis para processamento antes do consumo humano. “O leite dos animais afetados é desviado dos tanques comerciais de leite ou destruído para que não entre no abastecimento alimentar humano. Além disso, a pasteurização tem comprovado continuamente a inativação de bactérias e vírus, como a gripe, no leite”, disse órgão em nota. A pasteurização é obrigatória para qualquer leite que entre no comércio interestadual americano para consumo humano. Autoridades dos EUA reforçam aos consumidores sobre os riscos associados ao consumo de leite cru, não pasteurizado, dadas as detecções de GAAP. “Devido à informação limitada disponível sobre a transmissão de GAAP no leite cru, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) recomenda que a indústria não fabrique ou venda leite cru ou queijo e derivados de leite cru/não pasteurizado feitos com leite de vacas que apresentem sintomas de doença, incluindo aquelas infectadas com gripe aviária ou expostos a pessoas infectadas com gripe aviária”, alertou o USDA. Além dos casos em bovinos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA informou na segunda-feira (1/4) que uma pessoa no Texas testou positivo para o vírus da gripe aviária H5N1. O órgão ressaltou que esta infecção não altera a avaliação do risco da doença para a saúde humana, que ainda é considerado baixo. “No entanto, as pessoas com exposições próximas ou prolongadas e desprotegidas a aves ou outros animais infectados (incluindo gado), ou a ambientes contaminados por aves ou outros animais infectados, correm maior risco de infecção”, admitiu o USDA. O órgão americano reforçou que as agências federais também estão trabalhando com parceiros estaduais e industriais para incentivar os produtores e veterinários a relatarem rapidamente doenças no gado, para monitoramento de possíveis casos adicionais e redução de impacto e riscos para agricultores, trabalhadores agrícolas, consumidores e outros animais.

Valor Econômico

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