CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1242 DE 25 DE MAIO DE 2020

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Ano 6 | nº 1242| 25 de maio de 2020

 

ABRAFRIGO 

Pandemia: Relato sobre os dias confinamento

“Pior que o vírus, que é uma pandemia, é a epidemia da “praga do medo, disseminada a nível planetário através de todos os meios de comunicação possíveis e imagináveis, até filmes.

Gil Reis – Consultor em agronegócio

Veja no link:

https://agroemdia.com.br/2020/05/24/pandemia-relato-sobre-os-dias-confinamento/ 

NOTÍCIAS 

Carne bovina: mercado atacadista equilibrado

Após um aumento no consumo na primeira quinzena de maio, as vendas de carne bovina recuaram no mercado interno

Entretanto, como os frigoríficos estão trabalhando com a capacidade de abate reduzida, as margens são menores para variação nos preços. Na comparação semanal, na média dos cortes pesquisados pela Scot Consultoria, o preço da carne bovina no mercado atacadista teve queda de 0,08% e na comparação mensal, houve alta de 2,2%. O mercado de carnes segue sustentado pelas exportações, principalmente para a China. Analisando os cortes bovinos, os oriundos do dianteiro tiveram queda de 0,38%, enquanto os do traseiro subiram 0,01%.

SCOT CONSULTORIA 

Boi gordo: fim de safra com preços firmes

A pressão causada pelo aumento da oferta de boiadas está menor nesse final de safra em relação à safra de 2019, o que implica em estabilidade de preço, frente à demanda interna estável. As variações de preços registradas durante a semana passada em algumas regiões, positivas ou negativas, foram reflexo desse cenário. 

Outro ponto, é a menor atratividade para o confinamento em função da relação apertada entre os preços do boi gordo no mercado futuro e os preços vigentes para a reposição e, também, para os insumos, o que poderá afetar a oferta de gado gordo na entressafra, em especial de bovinos jovens, que atendem o mercado chinês. Para o curto prazo, a demanda interna é ponto de atenção, mas sem expectativa de melhora relevante, tendo em vista o período de quarentena e crise econômica. No mercado externo, apesar da queda do dólar nos últimos dias, o câmbio elevado associado à demanda firme, favorece o embarque de carne bovina.

SCOT CONSULTORIA 

Poder de compra do pecuarista frente ao milho caiu 18,1% na comparação anual

Considerando a praça de São Paulo, atualmente é possível comprar 3,56 sacas (60kg) de milho com o valor de uma arroba de boi gordo

A relação de troca tem se mantido por volta de 3,50 sacas por arroba desde março último no estado, os piores valores nos últimos meses. Em relação a maio do ano passado, o poder de compra do pecuarista em relação ao milho caiu 18,1% o equivalente a 0,8 saca a menos adquirida com o valor de uma arroba de boi gordo. Para o curto prazo, a expectativa é de mercado firme para o milho, devido às preocupações com o clima e segunda safra, mas com a pressão de alta limitada pela demanda interna fraca.

SCOT CONSULTORIA 

Boi gordo: desgaste das pastagens pressiona preços; veja tendência

Segundo a consultoria Safras, a demanda por carne bovina no mercado interno continua enfraquecida, o que também pesa nas cotações 

A arroba do boi gordo caiu e voltou a subir ao longo desta semana, terminando perto da estabilidade em parte do país, de acordo com a consultoria Safras. O analista Fernando Henrique Iglesias afirma que a capacidade de retenção das boiadas no pasto não é a mesma neste período de final de safra, diante do maior desgaste das pastagens. “Com isso, não resta outra alternativa ao pecuarista que não colocar o gado para a venda”, diz. No fim da semana houve um repique pontual nos preços em algumas regiões, com os frigoríficos enfrentando dificuldades para pressionar o pecuarista, resultado de uma oferta mais discreta no final de uma safra marcada pela retenção de matrizes. “A demanda doméstica de carne bovina, contudo, permanece enfraquecida, ainda um desdobramento das estratégias de distanciamento social que vigoram em relevantes centros de consumo, a exemplo de São Paulo. A China permanece muito atuante no mercado, comprando volumes significativos de proteína animal neste ano, prerrogativa que deve se sustentar no curto e no médio prazo”, afirma. Preços da arroba do boi gordo em 15 e 22 de maio:

São Paulo: ficaram em R$ 193, estáveis

Goiânia (GO): passaram de R$ 180 para R$ 183

Uberaba (MG): ficaram em R$ 185, estáveis

Dourados (MS): passaram de R$ 176 para R$ 177

Cuiabá (MT): ficaram em R$ 171, estáveis

AGÊNCIA SAFRAS 

ECONOMIA 

Dólar cai 0,15%, a 5,5739 reais

Na semana, o dólar à vista cedeu 4,54%

O alívio ocorreu pela combinação de maior otimismo nos mercados globais sobre reabertura das economias após o Covid-19 e por declarações do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, garantindo maior suporte ao câmbio se necessário. Já o dólar futuro virou e passou a operar em queda ante o real nas negociações na B3 nesta sexta-feira, com operadores avaliando que os trechos divulgados do vídeo de reunião ministerial não satisfazem as expectativas mais receosas até então. Os negócios com dólar futuro na B3 vão até as 18h (de Brasília). No mercado interbancário, com corte às 17h, o dólar caiu 0,15%, a 5,5739 reais. Na quarta-feira, Campos Neto afirmou que a autarquia tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário. A declaração ajudou na queda do dólar na quinta-feira. Para o Citi, esses foram alguns dos comentários “mais fortes” de Campos Neto sobre câmbio desde o começo da pandemia. “Se os comentários forem apoiados por uma intervenção adicional, o real deve operar com desempenho melhor que seus pares nos próximos dias”, disse o banco em nota. Em live na sexta-feira, o Diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, disse que o BC avalia ter as ferramentas necessárias para intervir no mercado em caso de disfuncionalidades via swaps, reservas e linhas e não considera ser necessário outro instrumento para tanto. Também nesta sexta, o BC vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em operação de rolagem do vencimento julho.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda, mas sobe em semana volátil com exterior

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, mas a semana terminou com resultado positivo, uma vez que o mercado brasileiro segue volátil em razão da pandemia de Covid-19 e cenário político movimentado no país

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,03%, a 82.173,21 pontos, mas teve ganho semanal de 5,95%, revertendo performance negativa nas duas semanas anteriores. O volume financeiro na sexta-feira somou 21,4 bilhões de reais. Para o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, foi um dia de realização para o mercado, após a alta na véspera e também por estar próximo da máxima desde abril, na faixa de 84 mil pontos, com ações de commodities pressionando em mais um capítulo da guerra comercial entre EUA e China. Investidores embarcaram para o fim de semana com o vídeo da reunião ministerial em que, segundo o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro teria tentado interferir no comando da Polícia Federal. A gravação foi liberada após o Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitir a divulgação. As primeiras imagens do vídeo foram divulgadas ainda durante o ajuste do Ibovespa, mas o índice teve pouca variação.

REUTERS 

Ministério da Economia vê dívida bruta saltar a 93,5% do PIB em 2020

O Ministério da Economia calculou que a dívida bruta do país chegará a 93,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e que a dívida líquida avançará a 67,6% do PIB, conforme apresentação divulgada na sexta-feira, que considera a estimativa oficial de contração de 4,7% para a economia

Em dezembro de 2019, esses números eram de 75,8% e 55,7% do PIB, respectivamente. As projeções levaram em conta o impacto de medidas ainda não formalmente aprovadas, como o projeto de ajuda a Estados e municípios. Sob esse critério, o déficit primário para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) foi estimado em 675,7 bilhões de reais —9,4% do PIB. Mais cedo, o relatório bimestral de receitas e despesas havia previsto um rombo primário de 540,534 bilhões de reais para o governo central em 2020, mas incorporando apenas as ações já respaldadas por lei, aprovadas e sancionadas. Para o setor público consolidado, incluindo Estados, municípios e estatais, o Ministério da Economia previu déficit primário de 708,7 bilhões de reais neste ano, equivalente a 9,9% do PIB.

REUTERS

EMPRESAS 

Ajustes em frigoríficos vieram para ficar, afirma especialista

Medidas de segurança adotadas vão perdurar, diz infectologista

A avaliação é do ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor associado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Adauto Castelo Filho. O infectologista assessora a JBS na estratégia de combate ao coronavírus no país. “Não há razão para diminuir essas barreiras”, disse Castelo Filho. As medidas, que incluem a instalação de anteparos de acrílico numa área onde os trabalhadores costumavam atuar ombro a ombro, devem permanecer seja porque a covid-19 tende a levar muito tempo para sair de cena e/ou também porque as outras doenças respiratórias poderão ser contidas dessa forma. Em entrevista ao Valor, Castelo Filho avaliou que as medidas adotadas fazem os abatedouros mais seguros que os hospitais. “Diria que [as medidas] implementadas nas unidades que acompanho são muito mais seguras que a grande maioria dos hospitais, até porque o risco inerente a unidade hospitalar é muito maior por causa do tipo de pessoa que procura”. A segurança, porém, não impede que frigoríficos sejam vistos como foco do espalhamento do vírus e tampouco que os trabalhadores passem ilesos. Na região Sul – especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina -, diversos frigoríficos tiveram surtos da doença. Em meio ao avanço do coronavírus, o Ministério Público do Trabalho (MTP) firmou acordos com algumas companhias (BRF e Aurora, por exemplo) estipulando medidas de proteção. Na entrevista ao Valor, Castelo Filho disse que as medidas de segurança implementadas não visavam eliminar o risco de casos da doença entre funcionários. “A pretensão nunca foi essa. Isso seria irrealístico. É a mesma coisa imaginar que num hospital que realiza cirurgias em pacientes com câncer teria zero de infecção hospitalar”, comparou o infectologista. É preciso considerar, de acordo com o professor da Unifesp, que os trabalhadores não estão sozinhos e também circulam. Além disso, cidades como Passo Fundo não ficaram em isolamento social rígido. “O comércio ficou aberto até 30 de abril. Existia um risco intrínseco na comunidade. Por mais que você elabore protocolos, eles não extrapolam o ambiente de trabalho”, ressaltou o médico infectologista. De toda maneira, as medidas adotadas estão em constante evolução. “Em janeiro, ninguém trabalhava com necessidade de máscara indiscriminadamente como trabalhamos nesse momento. Mas eles (a JBS) seguem de maneira muito cuidadosa o que está sugerido pelas melhores normas, pelas boas práticas de operação que estão listadas no centro de controle”, afirmou ele. Na construção do protocolo de segurança, o principal desafio foi reorganizar o fluxo dos trabalhadores que chegam aos frigoríficos. Não bastava reduzir pela metade a lotação dos ônibus que transportam os trabalhadores, mas também evitar que os veículos coletivos chegassem ao mesmo tempo. Também houve escalonamento nas áreas de descanso e refeições. “Isso é algo pressupõe uma mudança de engenharia por causa da linha de produção”, afirmou Castelo Filho. No segundo momento de evolução das políticas, a empresa também adotou o uso de máscaras, fornecidas pela JBS, antes da entrada do trabalhador no ônibus. Dentro da fábrica, a instalação das barreiras foi a alternativa para os lugares nos quais o distanciamento mínimo de dois metros não é possível, explicou o infectologista. “Colocou-se lâminas de acrílico entre um funcionário e outro para que, sem uma distância maior, tivessem menor risco de contaminação”, acrescentou.

VALOR ECONÔMICO 

Marfrig tem 25 casos positivos de covid-19 em funcionários de unidade de Várzea Grande (MT)

Uma funcionária morreu ontem por causa do novo coronavírus

A Marfrig Global Foods foi notificada sobre testes positivos para covid-19 em 25 funcionários de sua unidade em Várzea Grande (MT). A companhia informou que os resultados de 11 trabalhadores são novos e que 14 já haviam sido confirmados na semana passada. A companhia também confirmou a morte de um trabalhador que atuava na unidade na quarta-feira, por insuficiência respiratória. Ontem, morreu uma funcionária que estava de férias desde 4 de maio e que atuava na área de desossa do frigorífico – neste caso, foi confirmada que a causa da morte foi o novo coronavírus. Em nota, a companhia afirmou que adotou “todos os procedimentos estipulados em seu plano de contingência: realizou o inquérito epidemiológico e prontamente afastou de maneira preventiva todos os contactantes diretos e indiretos que estão em isolamento domiciliar”. A Marfrig disse que está seguindo as determinações da vigilância epidemiológica do município, que, na quinta-feira passada, dia 14 de maio, fez uma visita à planta e, após análise, aprovou todas as ações feitas e o plano de contingência para a unidade.  “A companhia adotou diversas medidas para a prevenção da doença em suas unidades, entre as quais, a aferição da temperatura de todos os colaboradores na entrada da empresa, o aumento do intervalo entre operações, a diminuição do fluxo no refeitório com diferentes intervalos para as refeições, o afastamento dos colaboradores com sintomas de gripe, grávidas, portadores de doenças crônicas e acima de 60 anos”. afirmou a empresa. Ainda conforme a nota, a Marfrig reforçou a equipe médica para intensificar o monitoramento dos casos, fortaleceu o uso de EPIs e intensificou a comunicação quanto às medidas de prevenção e uso correto das máscaras dentro da indústria.

VALOR ECONÔMICO

Aurora firma TAC nacional com MPT com medidas de prevenção contra a covid-19

Termo de Ajustamento de Conduta estabelece procedimentos para preservar a saúde dos funcionários

A catarinense Cooperativa Central Aurora Alimentos assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para implantar medidas de prevenção à covid-19 em todas as suas unidades no país. O acordo foi firmado na quarta-feira em Chapecó, no oeste de Santa Catarina. Um dos principais exportadores de carnes suína e de frango do Brasil, a cooperativa tem plantas em Chapecó e no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Somente em Chapecó são mais de 9 mil empregados. Um acordo regional já havia sido firmado em 30 de abril com o MPT gaúcho, que foi expandido e adaptado paras os demais Estados em que a Aurora atua. De acordo com o MPT, a produção será mantida mediante regras que evitem aglomerações com escalas de trabalho em sistema de rodízio ou revezamento, sendo possível, se necessário, a ampliação no número de turnos laborais. No setor produtivo, a distância entre os empregados não poderá ser inferior a 1 metro e a cooperativa terá que implantar anteparos físicos entre os postos de trabalho ou fornecer protetores faciais e máscaras de proteção, com troca periódica. A Aurora também está proibida de condicionar ou incentivar o comparecimento ao trabalho, seja normal ou extraordinário, a qualquer espécie de “bonificação”, “prêmio” ou outro incentivo pecuniário. O acordo também prevê um mecanismo de rastreamento de trabalhadores pertencentes ao grupo de risco ou com doenças pré-existentes e dos empregados com sintomas de síndrome gripal, para identificar casos de covid-19. Os colaboradores enquadrados como casos suspeitos ou prováveis de doença deverão ser afastados por 14 dias para realização de exames específicos. A empresa deve notificar imediatamente casos suspeitos e confirmados de covid-19 ou síndrome gripal às Vigilâncias em Saúde e ao MPT. A primeira companhia do segmento a firmar um TAC com abrangência nacional foi a BRF.

VALOR ECONÔMICO 

FRANGOS & SUÍNOS 

Preço do suíno subiu nas granjas paulistas

O mercado de suíno apresentou alta nos preços nas granjas. Em São Paulo, a valorização na última semana foi de 4,7%, com o animal terminado negociado, em média, em R$89,00 por arroba.

No atacado, apesar de algumas variações nos últimos dias, a semana passada finalizou com preços estáveis frente à semana anterior. A carcaça cotada, em média, em R$7,00 por quilo.

A consumo interno segue fraco durante a pandemia e, assim, o mercado poderá seguir mais frouxo em curto prazo.

SCOT CONSULTORIA

China espera recuperar capacidade de produção suína até fim do ano

Vice Ministro da Agricultura e Assuntos Rurais do país afirmou que a atual produção de suínos está mostrando uma tendência de desenvolvimento contínuo

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China espera que a recuperação do plantel de suínos do país ganhe ritmo até o fim do ano, segundo comunicado divulgado no site da pasta. Em encontro com autoridades do setor produtivo e de instituições financeiras, o Vice-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais do país, Yu Kangzhen, afirmou que a atual produção de suínos está mostrando uma tendência de desenvolvimento contínuo. Entretanto, Yu ponderou que a tarefa de estabilizar a produção e a oferta local, após a epidemia da peste suína africana, “ainda é árdua”. “Todas as localidades devem implementar os esforços para restaurar a recuperação do plantel para garantir que a capacidade de produção de suínos seja basicamente restaurada antes do fim deste ano a um nível próximo dos anos normais”, disse Yu. No encontro, o governo chinês destacou também que está discutindo com a Comissão Reguladora de Bancos do país medidas de apoio financeiro a produtores de suínos para recuperação do plantel doméstico. “O esforço visa implementar totalmente várias políticas de suporte financeiro ao desenvolvimento da produção de suínos, promover a recuperação acelerada dos plantéis e melhorar o fornecimento de produtos suínos”, destacou Yu.

ESTADÃO CONTEÚDO 

Com exportação firme, preço interno do frango sobe

Vendas domésticas de carne de frango também estiveram aquecidas nas últimas semanas

Os embarques de carne de frango in natura tiveram ritmo elevado nas duas primeiras semanas de maio, conforme dados parciais da Secex, diminuindo a disponibilidade interna dos produtos, principalmente congelados. Com isso, os preços domésticos subiram. Nos 10 primeiros dias úteis de maio, o Brasil embarcou 202 mil toneladas de carne de frango, com média diária de 20,2 mil toneladas, aumento de 25,9% frente à de abril e ainda 24,5% acima do ritmo observado em maio/19. Segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, a China tem sido a maior responsável pelo incremento dos embarques brasileiros, adquirindo também as principais carnes concorrentes, como suína e bovina. Além das exportações, as vendas domésticas de carne de frango também estiveram aquecidas nas últimas semanas. Neste caso, o impulso veio do aumento das compras de redes atacadistas e varejistas, que realizaram a reposição de estoques.

CEPEA/ESALQ 

INTERNACIONAL 

Investidores pressionam frigoríficos a ampliar proteção de trabalhadores

Movimento é crescente nos EUA, onde ao menos 30 funcionários do segmento já morreram por causa da covid-19

Os investidores estão comprando uma nova briga com os maiores frigoríficos do mundo, porque o novo coronavírus está deixando milhares de trabalhadores doentes. Após problemas como o uso de antibióticos, o bem-estar animal e as mudanças climáticas, as atenções estão se voltando para as unidades de produção das empresas do segmento, que se tornaram epicentros da covid-19. Investidores que administram US$ 2,3 trilhões em ativos querem que sejam adotadas nessas unidades recomendações que protejam os funcionários e amenizem seus próprios riscos financeiros e reputação. Os investidores estão conclamando empresas como Tyson Foods e JBS a adotarem medidas como o reforço do distanciamento social e o fornecimento de equipamentos pessoais de proteção, e pedindo que esses grupos, entre outros, desrespeitem quaisquer políticas federais ou estaduais que neguem auxílio desemprego ou ajuda aos funcionários que se recusarem a trabalhar por temerem contaminação. Todos esses pedidos constam de uma declaração do Interfaith Center on Corporate Responsibility (ICCR) assinada por mais de 100 investidores globais. Mais de 10 mil americanos que trabalham em frigoríficos já foram infectados pela covid-19, e pelo menos 30 morreram até agora, estima o sindicato United Food and Commercial Workers International Union. As condições de fábrica — sobretudo a dificuldade em manter o distanciamento nas linhas de produção — aumentam os riscos de contágio, conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). Grandes instalações foram forçadas a fechar, prejudicando o fornecimento de carne e elevando os preços das carnes bovina e suína. “As questões levantadas por essa declaração são temas de compromissos de longa data que não foram criados pela crise da covid-19, mas exacerbados por ela”, afirma Nadira Narine, Diretora Sênior do ICCR em Nova York. “As empresas são rápidas em afirmar publicamente que a saúde e a segurança de seus funcionários são uma alta prioridade, mas os trabalhadores da linha de frente do setor frigorífico dizem se sentir mais descartáveis do que essenciais.” A pandemia chamou a atenção para as condições de trabalho nos matadouros, onde o frio, a umidade e estações de trabalho com funcionários aglomerados tornam as doenças infecciosas particularmente difíceis de serem controladas.

Bloomberg

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