Ano 6 | nº 1241| 22 de maio de 2020
ABRAFRIGO
MAPA VAI PROMOVER EM JUNHO CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA H1N1 NOS FRIGORÍFICOS
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estará deflagrando em junho uma campanha da vacinação contra a gripe H1N1 e está solicitando às associações e empresas que enviem informações sobre número de empregados e a quantidade de doses necessária para a cobertura vacinal no setor de frigoríficos. O MAPA anunciou que recebeu 2 milhões de doses desta vacina do Ministério da Saúde para a realização da campanha. Para informações e envio de dados, a responsabilidade dentro do MAPA é do Departamento de Estudos e Prospecção (DEP/SPA) cujo diretor, Luis Eduardo Pacifici Rangel, faz esta convocação para participação por este vídeo que pode ser visto no link:
https://drive.google.com/open?id=1TKoDVspKda194WYgYuJ9LoLk-yZxRJ9Y
O DEP/SPA está instalado na Esplanada dos Ministérios, Bloco D, 50 andar – Sala 514 CEP 70.043 900 e telefone número (61) 3218-2644
NOTÍCIAS
Preços da carne bovina recuaram no varejo
Como já era esperado, o consumo está fraco nessa segunda quinzena do mês. Diante desse cenário, o preço da carne bovina caiu no varejo na comparação semanal
Na média dos cortes pesquisados pela Scot Consultoria, houve queda de 0,38% nesta semana, na comparação com a semana passada, com destaque para o Paraná, que apresentou recuo de 1,08%. São Paulo teve queda de 0,47% e no Rio de Janeiro o preço caiu 0,29% no período analisado. A única alta foi em Minas Gerais, de 0,31%. Para os próximos dias, a expectativa é de que o consumo siga retraído no mercado doméstico.
SCOT CONSULTORIA
Fim de safra não tem pressionado o mercado do boi gordo
É fato que a oferta de boiadas tem aumentado com a chegada do período seco. No entanto, este aumento, mesmo já observado há algumas semanas, não tem sido forte ao ponto de pressionar as cotações do boi gordo, em um cenário geral
Os testes de preços menores pelos compradores são observados, mas as exportações colaboram com o escoamento e, consequentemente, com os preços. Quando o destino é a China, principal comprador, o ágio gira em torno de R$10,00/@. Em algumas semanas, após a passagem deste final de safra, com a redução de oferta, o patamar cambial ajudando as exportações, é possível que seja observado um mercado mais firme para o boi gordo.
SCOT CONSULTORIA
CEPEA: Ritmo de negócios diminui, mas preço da arroba segue firme
Ainda que o ritmo de negócios envolvendo boi gordo para abate tenha diminuído nos últimos dias, os preços da arroba seguem firmes em muitas praças acompanhadas pelo Cepea
Em São Paulo, o Indicador do boi CEPEA/B3 fechou a R$ 202,15 na quarta-feira, 20, com alta de 1,66% no acumulado parcial de maio (até o dia 20). No geral, os primeiros meses de 2020 foram marcados por preços firmes da arroba bovina. Além do ritmo recorde das exportações brasileiras da proteína no período, a menor oferta de animais prontos para abate no campo sustentou os valores do boi gordo. Dados preliminares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o número de cabeça de bovinos abatido pelo País no primeiro trimestre de 2020 foi o mais baixo desde 2011.
Cepea
Boi gordo tem alta pontual nos preços na quinta-feira
A China permanece muito atuante no mercado, comprando volumes significativos de proteína animal, mas o mercado doméstico segue enfraquecido
O mercado físico do boi gordo teve altas pontuais nos preços nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos têm dificuldades de pressionar o pecuarista, resultado de uma oferta mais discreta no final da safra marcada pela retenção de matrizes. “A demanda doméstica de carne bovina, contudo, permanece enfraquecida, ainda um desdobramento das estratégias de distanciamento social que vigoram em relevantes centros de consumo, a exemplo de São Paulo. A China permanece muito atuante no mercado, comprando volumes significativos de proteína animal neste ano, prerrogativa que deve se sustentar no curto e no médio prazo”, assinalou. Em São Paulo, capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193 a arroba, estáveis na comparação com a quarta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, permaneceram em R$ 184. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 176 a arroba, contra R$ 174 – R$ 175,00 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 180 arroba, inalterado. Já em Cuiabá, Mato Grosso, o preço ficou em R$ 171. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. A tendência de curto prazo aponta para alguma alta nos cortes menos nobres diante das alterações nos padrões de consumo provocadas pelo distanciamento social. O fechamento de bares, restaurantes e redes hoteleiras reduziu o consumo dos cortes nobres. A ponta de agulha ficou em R$ 10,75 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,50 o quilo, e o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 13,40 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar tem mínima em mais de 2 semanas com BC e noticiário político
O dólar teve mais um dia de forte queda na quinta-feira, renovando mínimas desde o começo do mês num pregão de fraqueza da moeda norte-americana ante divisas emergentes próximas do real e de noticiário doméstico mais tranquilizador
“O prêmio de risco está caindo hoje devido à redução do ruído político após a reunião (de Jair Bolsonaro) com os governadores”, disse um gestor. Os embates políticos entre Bolsonaro e governadores —e recentemente até mesmo com o Presidente da Câmara— elevaram as tensões no mercado por sinalizarem falta de consenso que poderia atrasar a recuperação econômica pós-pandemia e a volta de discussões sobre ajuste fiscal. O mercado também citou declarações na véspera feitas pelo Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como fator de suporte ao câmbio. Em live, ele afirmou que a autarquia poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário. Campos Neto comentou ainda sobre política fiscal e juros, e suas frases a respeito foram entendidas como recado de que a Selic não poderia cair muito mais em caso de deterioração ainda maior das contas públicas. “A fala de Roberto Campos Neto ainda reforça postura agressiva do BC frente ao câmbio em meio à crise”, disse a Guide Investimentos em nota. O dólar à vista fechou em baixa de 1,89%, a 5,5824 reais na venda, menor patamar desde 4 de maio (5,5224 reais). Na véspera, a cotação já havia cedido 1,23%. É a terceira firme queda do dólar em quatro sessões. Na B3, o dólar futuro desvalorizava 2,22%, a 5,5700 reais, às 17h38. No exterior, o dólar perdia 1,3% contra o peso mexicano, 1,2% ante a moeda da Colômbia e 1,8% frente ao rand sul-africano. O novo dia de valorização das commodities deu gás a ativos de países exportadores de matérias-primas, com destaque para os mercados da América Latina.
REUTERS
Ibovespa fecha acima de 83 mil pontos com trégua na cena política
Entre as companhias de proteínas, MARFRIG ON cedeu 4,21%, MINERVA ON caiu 3,65% e JBS ON teve declínio de 3,09%
O Ibovespa subiu mais de 2% nesta quinta-feira, acima dos 83 mil pontos pela primeira vez desde o fim de abril, com o desfecho de reunião entre o Presidente Jair Bolsonaro e governadores agradando, em meio a um ambiente ainda volátil nos mercados por causa da pandemia de Covid-19. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 2,1%, a 83.027,09 pontos. Na máxima da sessão, chegou a 83.308,96 pontos. O volume financeiro somou 27,7 bilhões de reais. Em reunião com Bolsonaro, a maioria dos 27 governadores pediu o veto à possibilidade de reajuste salarial a categorias de servidores públicos, corroborando a intenção do governo federal de não manter a autorização aprovada pelo Congresso, enquanto o Presidente disse que pretende sancionar a ajuda a Estados e municípios o mais breve possível. O tom mais amistoso do encontro também repercutiu positivamente, com os governadores e os presidentes da Câmara e do Senado fazendo questão de ressaltar a necessidade de uma atuação conjunta de todos. “Não é possível dizer que a partir daí teremos calmaria nas relações entre o presidente e o Congresso, ou mesmo entre o presidente e governadores. Porque os interesses divergentes entre eles permanecem. Mas se trata de ter aberto canais de diálogo, que se forem usados podem controlar melhor os problemas futuros”, ressaltou a equipe da XP Política a clientes. Relatório do Goldman Sachs apontou que a América Latina oferece o maior valor entre ações de mercados emergentes, com a bolsa paulista sendo provavelmente a melhor candidata a recuperação. “As ações brasileiras em dólares têm sido o ativo com o pior desempenho em meio ao ‘sell-off’ de mercados emergentes, e recomendamos a investidores que comprem Bovespa”, afirmaram os estrategistas.
REUTERS
Arrecadação federal cai 28,95% e tem pior abril da série histórica por coronavírus
A arrecadação do governo federal teve queda real de 28,95% em abril, a 101,154 bilhões de reais, pior dado para o mês da série histórica da Receita Federal, com início em 2007, conforme dados divulgados na quinta-feira
Em função da crise com o coronavírus, o governo possibilitou o atraso no pagamento de uma série de tributos para dar alívio de caixa às empresas e famílias. Segundo a Receita, esse diferimento teve um impacto de 35,111 bilhões de reais nas contas de abril. A redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de crédito, outra medida tomada no âmbito do enfrentamento à crise, respondeu por uma diminuição de 1,567 bilhão de reais na arrecadação. Também houve um crescimento de 25,2% no volume de compensações tributárias em relação mesmo mês do ano passado, o que diminuiu a arrecadação em 10,901 bilhões de reais em abril. No mesmo mês do ano passado, as compensações foram de 8,707 bilhões de reais. A diferença, de 2,194 bilhões de reais, é atribuída pela Receita aos desafios impostos pela pandemia. Desde março, as empresas já vinham lançando mão de compensações tributárias para preservarem seu fluxo de caixa antevendo as dificuldades à frente por conta da paralisação dos negócios. Durante coletiva de imprensa, o chefe do centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, também estimou que a parada na economia por conta das medidas de isolamento impactaram a arrecadação em 4,208 bilhões de reais em abril. A expectativa é que os próximos meses sigam marcados por profunda queda no recolhimento de impostos. Segundo a Receita, somente com as medidas de diferimento adotadas o impacto total na arrecadação será de 119,328 bilhões de reais considerando todo o período de vigência das ações. Ainda em março, o governo anunciou o diferimento, por três meses, para pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), PIS e Cofins e contribuição previdenciária das empresas do Simples.
REUTERS
EMPRESAS
Marfrig e Minerva registram casos de Covid-19 em unidades de bovinos no Brasil
A Marfrig Global Foods e a Minerva Foods registraram, nesta semana, casos expressivos de contaminação de funcionários por coronavírus em unidades do Brasil, marcando o primeiro surto da doença no setor de bovinos, embora os frigoríficos sigam em operação
A Marfrig disse em nota que foi notificada sobre o teste positivo para Covid-19 de 14 colaboradores da unidade de Várzea Grande (MT). Segundo a companhia, foram os primeiros casos de funcionários no Brasil. Já a Minerva informou que, em vista do avanço no número de casos na população de Araguaína (TO), cuja cidade encontra-se em lockdown decretado pelo governo do Estado, realizou testes nos 730 funcionários de uma planta localizada no município e detectou, via teste rápido, 55 trabalhadores contaminados assintomáticos. Até o momento, haviam sido identificados surtos expressivos da Covid-19 em trabalhadores de plantas de aves e suínos da JBS e BRF na região Sul. A JBS chegou a ter casos de contaminação em unidades de bovinos, mas “sem números significativos e em uma realidade totalmente diferente da verificada nas plantas do Sul”, disse uma fonte a par do assunto sob condição de anonimato. Assim que o problema foi identificado na Marfrig, a companhia disse que, imediatamente, adotou todos os procedimentos estipulados em seu plano de contingência. “Realizou o inquérito epidemiológico e prontamente afastou de maneira preventiva todos os contactantes diretos e indiretos que estão em isolamento domiciliar.” Além das medidas preventivas que vinham sendo tomadas, a empresa disse que reforçou a equipe médica para intensificar o monitoramento dos casos e fortaleceu o uso de equipamentos de proteção individual. “Como mais uma maneira de fortalecer as medidas preventivas a companhia realizou a desinfecção total da unidade e todos os colaboradores estão sendo vacinados contra H1N1”, ressaltou a Marfrig. No caso da Minerva, a empresa afirmou que, como a identificação foi feita via teste rápido, os colaboradores foram afastados e foram solicitados exames de contraprova. A unidade de Araguaína já vinha de um processo de redução no volume de abates iniciado em março.
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JBS retoma abates em unidade de Passo Fundo após surto de coronavírus
A JBS informou na quinta-feira que sua unidade de aves em Passo Fundo (RS) foi autorizada a retomar as operações após um período de fechamento desde 24 de abril causado por contaminações de funcionários por coronavírus
Segundo comunicado, os abates foram retomados na quarta-feira, na fábrica que tem capacidade para processar 320 mil aves por dia. A empresa disse que “promoveu um rigoroso processo de triagem para atestar que somente os colaboradores em plena condição de saúde retornassem ao trabalho”. Somente nesta unidade, a JBS emprega mais de 2.600 pessoas, além de 600 produtores integrados, disse o comunicado. A unidade de Passo Fundo opera há mais de 35 anos na região, acrescentou a JBS.
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Minerva cria fundo de R$ 30milhões para apoiar clientes
Companhia disponibilizará crédito com até um ano de carência e juros baixos
A Minerva Foods, terceira maior indústria de carne bovina do país, lançará em breve um fundo de cerca R$ 30 milhões para apoiar clientes do pequeno e médio varejo no Brasil e, com isso, ajudá-los a atravessar a crise. Trata-se do primeiro fundo de alívio (“relief fund”) com foco na cadeia produtiva de carne. Com recursos próprios, a Minerva vai atender 1,2 mil clientes selecionados a partir do relacionamento que possuem com o grupo. A companhia disponibilizará até R$ 30 mil em crédito para capital de giro. O montante não está atrelado à compra de carne. De acordo com o Diretor Financeiro da Minerva, Edison Ticle, os recursos serão emprestados com até um ano de prazo de carência, e poderão ser pagos em 12 parcelas mensais. As taxas de juros ainda não estão definidas, mas serão abaixo das taxas de mercado, disse o executivo. “Não é um investimento para ganhar dinheiro”, afirmou Ticle, ressaltando a importância de preservar a saúde financeira dos clientes no país. A Minerva conta com o apoio do BTG Pactual. O banco estruturará o Fundo de Investimentos em Direito Creditório (FDIC) pelo qual a companhia de carne bovina viabilizará o apoio aos clientes. O fundo deve entrar em operação dentro de um mês, acrescentou Ticle. Todo o processo de contratação de crédito pelos clientes será realizado de forma digital, agilizando o processo. Com faturamento anual superior a R$ 18 bilhões, a companhia obtém cerca de 30% das vendas nos mercados internos nos quais atua — além do Brasil, a Minerva possui unidades na Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia. O grupo lidera a produção de carne bovina argentina, e é um dos principais exportadores da América do Sul. No mercado brasileiro, a Minerva tem mais de 50 mil clientes, e o Estado de São Paulo concentra 49% da receita no país, conforme apresentação feita pela empresa a investidores no fim do ano passado. À época, pequeno e médio varejo eram responsáveis por 44% das vendas no Brasil, e o food service representava 53%. No segmento de alimentação fora do lar, que vem sofrendo com os desafios do distanciamento social, os restaurantes buffet significavam 67%.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Casos de Covid-19 disparam em SC, líder na exportação de carnes suína e de aves
Santa Catarina, maior exportador de carnes de frango e suína do Brasil em faturamento, teve aumento de 170% nos casos de coronavírus nos últimos 30 dias até terça-feira, com apenas dois polos produtores respondendo por cerca de um quinto das ocorrências da doença no Estado, o que preocupa autoridades e a indústria quanto ao eventual fechamento de unidades
Chapecó e Concórdia, tradicionais sedes das indústrias de carnes do Estado, maior produtor de proteína suína e segundo em aves, aparecem entre as dez cidades com os maiores números de casos confirmados da Covid-19, com 605 e 278, respectivamente, segundo dados de quarta-feira. Chapecó é o município líder em contaminações. A região abriga importantes unidades de BRF, JBS e Aurora, gigantes do setor de proteína animal. “Existe a preocupação de que esse crescimento no número de casos da Covid-19 nessas regiões produtoras possa afetar tanto o produtor, como outros elos da cadeia”, disse à Reuters o analista de socieconomia da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Alexandre Giehl. Já o Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi. Afirmou que “não queremos chegar ao que vimos nos Estados Unidos, onde fizeram sacrifício de suínos para evitar acúmulo no plantel”. Mas ele ponderou que a possibilidade de descarte de suínos é menor no Brasil, devido à estrutura mais pulverizada de unidades de abate, em relação ao modelo norte-americano. Nesta semana, uma unidade de aves da Seara, controlada pela JBS, localizada em Ipumirim, vizinha de Concórdia, foi fechada devido à contaminação de funcionários por coronavírus. Para o dirigente da ACCS, a alta no número de casos no Estado pode estar relacionada à liberação do comércio e ao aumento nos testes realizados na população. O Laboratório de Conservação e Gestão Costeira da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) realizou uma análise sobre o assunto com base em dados oficiais e destacou dois momentos de abril que impulsionaram a disseminação da Covid-19: a abertura controlada dos setores de serviços no dia 13 e a abertura ampliada no dia 21. Nas chamadas regiões do grande oeste e meio-oeste catarinense, onde cerca de 80% da produção de suínos está concentrada, há quase 1.500 pessoas contaminadas. Dados do último boletim epidemiológico do governo de Santa Catarina sobre o coronavírus mostram que o número de casos confirmados da doença saiu de 2.028 em 18 de abril para 5.499 em 20 de maio, e os óbitos chegaram a 94. Os primeiros casos foram identificados em 28 de fevereiro.
REUTERS
Carcaça de frango recuou 4,5% no atacado nesta semana
Após um aumento nas granjas paulistas na semana passada, o preço do frango terminado voltou a estabilizar. Atualmente a referência está em R$3,00 por quilo em São Paulo
No atacado, o produto segue em queda. A terceira semana de maio fechou com média de R$3,65 por quilo, um recuo de 4,5% na semana. Em um período de compras retraídas, na segunda quinzena do mês, o mercado continua a apresentar sinais de vulnerabilidade.
SCOT CONSULTORIA
Preço do suíno vivo segue em alta
Com valorização do vivo maior que a dos insumos, poder de compra no suinocultor aumenta
Mesmo com a alta nas cotações dos principais insumos utilizados na suinocultura, milho e farelo de soja, o poder de compra do suinocultor neste acumulado de maio aumentou, devido à valorização mais intensa do animal vivo. Vale ressaltar que, apesar desse cenário, o poder de compra ainda está em patamares muito abaixo dos registrados em 2019. Os preços do suíno vivo estão em alta há três semanas, devido às vendas aquecidas tanto no mercado doméstico quanto no externo, segundo colaboradores do Cepea. Quanto aos insumos, no mercado de milho, vendedores estão preocupados com a segunda safra, porque a irregularidade das chuvas pode limitar o potencial produtivo das lavouras. Assim, a oferta do cereal está limitada no mercado doméstico, sustentando os preços. Para o farelo de soja, as cotações da matéria-prima seguem em patamar nominal recorde, fazendo com que as indústrias esmagadoras busquem repassar as altas para os derivados, óleo e farelo, a fim de garantir suas margens.
CEPEA/ESALQ
INTERNACIONAL
Estoques de carne dos EUA recuam com frigoríficos fechados por coronavírus
Os estoques de carne suína congelada dos Estados Unidos recuaram em abril, mês em que costumam crescer, e as reservas da proteína bovina tiveram queda maior que o normal no período, à medida que a pandemia de coronavírus fecha unidades de processamento e força a limitação de compras por consumidores, mostraram dados do governo na quinta-feira
Cerca de 20 frigoríficos foram fechados no mês passado nos EUA, enquanto consumidores estocavam alimentos durante os lockdowns relacionados à pandemia. O Presidente Donald Trump ordenou que as unidades permanecessem abertas após empresas alertarem para a escassez de oferta. Os estoques totais de carne de suína congelada caíram em cerca de 2 milhões de libras-peso em abril, para 614,8 milhões de libras-peso, na comparação com o mês anterior, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês). Normalmente, as ofertas têm alta de 27 milhões de libras-peso entre março e abril, de acordo com Rich Nelson, estrategista-chefe da corretora Allendale. Já os estoques totais de carne bovina do país recuaram em cerca de 12 milhões de libras-peso no mês passado, atingindo 490 milhões de libras-peso e superando o declínio médio de cerca de 6 milhões de libras-peso visto entre março a abril. “Havia uma expectativa de uma queda moderada para a carne suína”, disse Nelson. “Não foi nada como uma catástrofe.” Grande parte da carne congelada dos EUA é destinada aos mercados de exportação, e não aos supermercados norte-americanos, segundo analistas. A China tem sido uma importante compradora de carne suína dos EUA neste ano, mas cancelou aquisições de 12.561 toneladas na semana passada, segundo dados divulgados à parte pelo USDA. Ainda assim, as exportações do produto dos EUA para a China seguiram fortes, com 19.808 toneladas embarcadas.
REUTERS
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