CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 864 DE 24 DE OUTUBRO DE 2018

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Ano 4 | nº 864 | 24 de Outubro de 2018

NOTÍCIAS

Carne bovina: vendas fracas no varejo

No varejo, os preços dos cortes bovinos cederam, em média, 0,4% em São Paulo e 0,3% em Minas Gerais na última semana. Já no Rio de Janeiro e no Paraná os preços subiram 1,0% e 0,6%, respectivamente, no mesmo período

Por mais que haja maior controle dos estoques neste elo, estas variações negativas dos preços em São Paulo e em Minas Gerais refletem a demanda mais enfraquecida, típica da última quinzena do mês. No Rio de Janeiro e no Paraná, apesar do consumo também estar patinando, a menor oferta de matéria-prima tem sustentado o preço da carne bovina nestes estados.

SCOT CONSULTORIA

Lento escoamento da carne dita ritmo no mercado do boi gordo

Com a queda do consumo interno, sazonal para este período de fim de mês, o escoamento da carne está lento. Associado a esse fator, a melhora da oferta de boiadas vista nas últimas semanas, garantiu aos frigoríficos um “fôlego” para os estoques

Sendo assim, as ofertas de preços abaixo das referências estão ganhando força e, consequentemente, já se nota uma maior pressão de baixa para arroba do boi gordo em algumas regiões. É o caso do Paraná, onde na última terça-feira (23/10) a referência para a arroba do boi gordo ficou em R$149,50, à vista, livre de Funrural. Houve tentativas de compras de até R$2,00 abaixo desta referência, mas vale destacar que nestes patamares menores os negócios travaram. Rondônia é outra praça que merece destaque, nos últimos sete dias a arroba se desvalorizou 2,9% e a referência ficou em R$132,00/@, à vista livre de Funrural. Por lá o mercado está frio, com poucos negócios efetivados devido à pressão de baixa. No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estão estáveis frente ao último levantamento (22/10). A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$9,63/kg.

SCOT CONSULTORIA

Desempenho externo das carnes na 3ª semana de outubro

Dados indicam que, para a exportação de carnes foi a pior do mês. Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, as três carnes continuam registrando significativa queda de preço. A carne bovina, de 6,8%; a de frango, de quase 10%; e a suína, de praticamente 28%.

Os dados da SECEX/MDIC indicam que, para a exportação de carnes, a terceira semana de outubro (14 a 20, cinco dias úteis) foi a pior do mês, pois a receita cambial retrocedeu ao menor nível das últimas três semanas. Em consequência, a média dos quatorze primeiros dias úteis de outubro (de um total de 22 dias úteis) ficou em US$64,662 milhões, colocando-se 10,6% e 1,7% abaixo do que foi registrado há um mês (US$72,292 milhões/dia em setembro passado) e há um ano (US$65,765 milhões em outubro de 2017). As reduções na receita, porém, não implicam queda no volume. Carne suína: aumento de cerca de 22% sobre setembro passado e de quase 20% sobre outubro de 2017, o que significa chegar às 58,5 mil toneladas; Carne bovina: a despeito de ligeira redução (menos de 1%) sobre setembro passado, aumento de mais de 25% sobre outubro de 2017 e um volume mensal próximo de 150 mil toneladas – o que, se confirmado, corresponderá ao segundo maior volume mensal já exportado pelo setor. Carne de frango: perspectiva de chegar-se às 361 mil toneladas, resultado que irá corresponder a um aumento de quase 8% tanto sobre setembro último como sobre outubro de 2017, meses em que o volume de produto in natura embarcado ficou pouco acima das 335 mil toneladas. Em relação ao mês passado a carne suína é a única exceção, com valorização de 1,1%. Já carne de frango e bovina enfrentam redução de, respectivamente, 2,2% e 0,4%.

AGROLINK

ECONOMIA

IPCA-15 sobe para 0,58% e tem maior resultado para outubro desde 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, apresentou alta de 0,58% em outubro, após aumento de 0,09% do mês anterior. É o maior resultado para um mês de outubro desde 2015 (0,66%), informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A prévia da inflação acumulada em 12 meses acelerou de 4,28% em setembro para 4,53% em outubro. No acumulado do ano, o índice registra elevação de 3,83%. Para o acumulado em 12 meses, os analistas previam inflação de 4,56%. A prévia do chamado “IPCA cheio” — para o qual são estabelecidas as metas de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) — está no centro da meta do governo para 2018, de 4,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. Após recuarem em setembro, os preços dos combustíveis e dos alimentos voltaram a subir no antepenúltimo mês de 2018. Os combustíveis, que tinham declinado 0,19% em setembro, avançaram 4,74% em outubro. O litro da gasolina ficou 4,57% mais caro no mês, o maior impacto individual no IPCA, de 0,21 ponto percentual. Além da gasolina, o litro do etanol subiu, em média, 6,02% em outubro. Desta forma, o grupo de Transporte — no qual os combustíveis estão inseridos — apresentou alta de 1,65% em outubro, a maior dos grupos pesquisados pelo IBGE. Essa classe de despesa contribuiu com metade (0,30 ponto) da inflação do mês. Alimentação e bebidas, que tinham apresentado deflação de 0,41% em setembro, avançaram 0,44% em outubro. Segundo o IBGE, a aceleração da inflação de alimentação e bebidas foi liderada por preços de produtos adquiridos para o consumo em casa com alta de 0,52%, após queda de 0,70% de setembro. Entre os itens com elevação mais expressiva, apareceram tomate (16,76%), frutas (1,90%) e carnes (0,98%).

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa fecha em queda com Vale e Petrobras

A bolsa brasileira fechou no vermelho na terça-feira, com o Ibovespa pressionado pelas ações de Vale e Petrobras, embora as perdas tenham sido atenuadas com a influência de Wall St, na sessão que antecede o início da temporada de resultados no país

O Ibovespa encerrou em baixa 0,35 por cento, a 85.300,03 pontos, após ter recuado 1,8 por cento no pior momento da sessão. O giro financeiro no pregão somou 13,5 bilhões de reais. A queda veio após o Ibovespa ter subido pouco mais de 2 por cento nos últimos dois pregões. No mês até a véspera, o índice acumulava alta de quase 8 por cento. Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou em baixa de 0,55 por cento, também longe do pior momento da sessão, quando recuou mais de 2 por cento, reflexo de compras por investidores em busca de barganhas, enquanto previsões menos otimistas de algumas empresas seguiram pesando nos negócios. De acordo com o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech, expectativas também cautelosas para empresas brasileiras, em meio ao começo da temporada de balanços no país na quarta-feira, impediram uma melhora mais vigorosa. Fibria, Localiza, Vale, Via Varejo e WEG abrem no próximo pregão a temporada de balanço entre os papéis do Ibovespa. De acordo com prévias compiladas pela Reuters, a temporada do terceiro trimestre deve mostrar resultados sólidos de empresas atreladas a commodities e ao exterior, enquanto aquelas com foco doméstico podem refletir a cena político-econômica ainda difícil no país, mas com exceções.

REUTERS

Dólar sobe ante real com maior aversão ao risco no exterior

O dólar encerrou a terça-feira em alta ante o real, após duas quedas consecutivas, em sintonia com o movimento de maior aversão ao risco no exterior, com preocupações com China, Itália e Brexit. O dólar avançou 0,27 por cento, a 3,6970 reais na venda, depois de cair 1,01 por cento nas duas sessões anteriores

Na máxima, a moeda foi a 3,7239 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,20 por cento. O dólar recuou 0,74 por cento, a 3,6872 reais na venda, depois de cair 1,01 por cento nas duas sessões anteriores. Na máxima, a moeda foi a 3,7239 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,30 por cento. No exterior, o dólar tinha leve baixa ante a cesta de moedas, e operava misto ante divisas emergentes, em alta ante o peso argentino, rublo e com destaque para a lira turca, em meio à expectativa de que um discurso do presidente turco, Tayyip Erdogan, forneça mais detalhes sobre a investigação do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul. Também estavam preocupando os agentes o desempenho da economia chinesa e o impasse para a saída do Reino Unido da União Europeia, além da situação italiana. A Comissão Europeia rejeitou nesta terça-feira a proposta orçamentária da Itália para 2019 porque o plano infringe as regras da União Europeia de forma “nunca vista antes”, e pediu que Roma envie uma nova proposta dentro de três semanas ou enfrente medida disciplinares. A Itália, por sua vez, reconheceu que seu plano de orçamento viola as regras da UE, mas insistiu que ainda seguirá em frente com ele.

REUTERS

EMPRESAS

Marfrig obtém aprovação do Japão para vender Keystone à Tyson

A Marfrig Global Foods informou ontem, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o órgão antitruste do Japão aprovou a venda da subsidiária Keystone à americana Tyson Foods

A conclusão da transação agora só depende do aval dos órgãos antitruste da China e da Coreia do Sul. Conforme a Marfrig já havia informado, o órgão antitruste dos Estados Unidos também aprovou a transação, assim como a BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco é o segundo principal acionista da empresa brasileira. A Marfrig anunciou a venda da Keystone à Tyson no fim de agosto, por US$ 2,4 bilhões. Com o negócio, a empresa brasileira pretende reduzir o endividamento.

VALOR ECONÔMICO

Surto de salmonela ligado a produtos da JBS se espalha nos EUA

Segundo autoridades de saúde do país, já foram notificados 120 casos de infecção pela bactéria

Um surto de salmonela ligado a produtos de uma subsidiária da JBS nos Estados Unidos se espalhou pelo país e o número de casos mais do que dobrou, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Segundo autoridades de saúde do país, já foram notificados 120 casos de infecção pela bactéria em 22 Estados. No começo deste mês, quando foi anunciado o surto, havia 57 casos registrados em 16 Estados. A JBS Tolleson, que faz parte da JBS USA, subsidiária da brasileira JBS, começou a recolher no início de outubro cerca de 3 mil toneladas de produtos de carne bovina crua, incluindo carne moída, por causa de uma possível contaminação por salmonela. Na ocasião, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que o fato de muitos consumidores congelarem os produtos era motivo de preocupação. Os produtos incluídos no recall foram embalados entre 26 de julho e 7 de setembro e enviados para varejistas de todo o país, como Sprouts, Walmart, Sam’s Club e Piggly Wiggly. Autoridades no Arizona emitiram um alerta a moradores do Estado e disseram que 21 casos de salmonela estão ligados à carne produzida pela JBS Tolleson, de acordo com o jornal The Arizona Republic.

ESTADÃO CONTEÚDO

FRANGOS & SUÍNOS

Frigoríficos estão há quatro meses sem receber por exportação a Cuba

A ilha não vem conseguindo garantir os pagamentos em razão dos impactos do furacão que atingiu a ilha em maio

Os pagamentos atrasados somam US$ 28 milhões, o equivalente a R$ 106 milhões. Oito indústrias processadoras de carne de frango, ovos e derivados intensificaram as cobranças em Brasília e acionaram o Ministro das Relações Exteriores, o chanceler Aloysio Nunes. No grupo dos que estão sem receber, há desde empresas de pequeno porte até gigantes como a BRF. Em média, o atraso nos pagamentos é de 90 dias, mas há empresas que estão há 120 dias sem receber, com passivos que variam de US$ 1,5 milhão a até US$ 8 milhões por companhia. Essas transações fazem parte do programa Proex, do governo federal, que financia exportações de companhias brasileiras para diversos países. As vendas são feitas pelos exportadores brasileiros, que posteriormente teriam que receber por meio do Banco do Brasil. O BB funciona como repassador dos pagamentos feitos por importadores cubanos. Francisco Turra, Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), explica que, nesse episódio específico, os importadores cubanos contratam o crédito e o governo de Cuba é quem entra como avalista da operação. Tanto as empresas de alimentos como o governo brasileiro descartam por enquanto quadro de calote por Cuba (default).

VALOR ECONÔMICO

Frango vivo enfrenta nova queda de preço em São Paulo

Frango vivo negociado no interior paulista sofreu nova queda de preço, sendo comercializado por R$3,10/kg

Na segunda-feira, 22, o frango vivo negociado no interior paulista sofreu nova queda de preço, sendo comercializado por R$3,10/kg, valor quase 17% superior aos R$2,65/kg de um ano atrás, mas perto de 5% inferior aos R$3,25/kg do mês passado, cotação que persistiu por mais de 30 dias. Esse foi o terceiro ajuste negativo do frango vivo em apenas quatro dias de negócios. Ou seja: a primeira redução, de cinco centavos, ocorreu na última quinta-feira, mantendo-se na sexta o valor de R$3,20/kg. A segunda queda, também de cinco centavos, foi registrada no sábado, 20, ocasião em que a cotação do produto recuou para R$3,15/kg. O problema se concentra na demanda, não na oferta que, ao que tudo indica, segue sem maiores variações em relação a períodos anteriores. Em decorrência, novas baixas podem ocorrer antes da virada do mês. Em Minas Gerais o mercado permanece firme e o preço se mantém em R$3,20/kg. Ontem completou 43 dias corridos de vigência.

AGROLINK

Suíno Vivo: alta de 0,84% em SC

Na terça-feira (23), o suíno vivo anotou alta de 0,84% em Santa Catarina, a R$3,60/kg. As demais praças permaneceram estáveis

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (22), trouxe estabilidade para quase todas as praças, com exceção de Santa Catarina, que teve queda de -0,32%, a R$3,15/kg. A Scot Consultoria avaliou na semana anterior que, passada a primeira quinzena do mês, o ritmo das vendas deve desacelerar e os preços devem perder a firmeza.

Notícias Agrícolas

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