CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2500 DE 03 DE JULHO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2500 | 03 de julho de 2025

 

NOTÍCIAS

Estabilidade nas cotações em São Paulo

A oferta de bovinos tem atendido à demanda dos frigoríficos, e as escalas de abate têm sido suficientes. No entanto, o escoamento da carne bovina no mercado interno está lento. Com o pagamento dos salários a partir do quinto dia útil, espera-se melhora nas vendas. Já os frigoríficos exportadores estão firmes nas compras.

O boi gordo está sendo negociado em R$310,00/@ em São Paulo, a vaca em R$283,00/@ e a novilha em R$295,00/@. O “boi China” está sendo comercializado em R$315,00/@. Ágio de R$5,00/@. As escalas de abate atendem, em média, a onze dias. Todos os preços são brutos e com prazo. No Mato Grosso, aumentou a oferta de bovinos, principalmente devido ao avanço do inverno e redução da capacidade de suporte das pastagens. Na região Norte, a cotação se manteve estável para todas as categorias. Com isso, o boi gordo está comercializado em R$310,00/@, a vaca em R$285,00/@ e a novilha em R$290,00/@. Na região Sudoeste, a cotação do boi gordo se manteve estável, e a da vaca e a da novilha caiu R$2,00/@. O boi gordo está sendo negociado em R$312,00/@, a vaca em R$283,00/@ e a novilha em R$303,00/@. Na região de Cuiabá, a cotação do boi gordo e da vaca não mudou, e a da novilha caiu R$2,00/@. O boi gordo está cotado em R$312,00/@, a vaca em R$285,00/@ e a novilha em R$300,00/@. Na região Sudeste, a cotação não mudou em relação a ontem para todas as categorias. Dessa forma, o boi gordo está cotado em R$312,00/@, a vaca em R$285,00/@ e a novilha em R$300,00/@. A cotação do “boi China” caiu R$5,00/@, sendo comercializado por R$315,00/@. Ágio de R$5,00/@ na região Norte e R$3,00/@ nas demais regiões. Todos os preços são brutos e com prazo. No Espírito Santo, a cotação do boi gordo, do “boi China”, da vaca e a da novilha se manteve estável em relação à ontem. O boi gordo está negociado em R$288,00/@, a vaca em R$265,00/@ e a novilha em R$275,00/@. O “boi China” está sendo comercializado em R$292,00/@. Ágio de R$4,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo.

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo segue com movimento de baixa

Aumento da disponibilidade de animais aos frigoríficos ajuda a explicar tendência de baixa nos patamares

O mercado físico do boi gordo volta a apresentar preços mais fracos na maioria das regiões. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o crescimento da oferta é a grande justificativa para o movimento, considerando a chegada da frente fria, que trouxe ao mercado oferta residual de animais terminados a pasto. “A expectativa é de boa disponibilidade de animais terminados em regime intensivo no decorrer de julho, com boa incidência de animais de parceria (contratos a termo), além da utilização de confinamento próprio”, disse. De acordo com ele, por outro lado, as exportações agressivas de carne bovina são a grande variável sob o prisma da demanda, reduzindo a intensidade do movimento de queda nos preços da arroba do boi gordo. Média da arroba do boi: São Paulo: R$ 311,67 — ontem: R$ 315,08. Goiás: R$ 293,75 — R$ 294,64. Minas Gerais: R$ 299,41 — R$ 299,71. Mato Grosso do Sul: R$ 312,39 — R$ 313,52. Mato Grosso: R$ 317,30 — R$ 318,11. O mercado atacadista volta a se deparar com preços acomodados para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma elevação dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “Mas vale destacar que o baixo poder de compra da população brasileira ainda direciona a demanda para proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne frango, ovos e embutidos”, pontuou Iglesias. O quarto traseiro permanece precificado a R$ 23 por quilo, o dianteiro ainda é cotado a R$ 19 por quilo e a ponta de agulha segue precificada a R$ 18,50 por quilo.

Agência Safras

Mercado do boi gordo mantém preços estáveis, mas vendas de carne seguem fracas

Com escalas confortáveis, frigoríficos negociam sem pressão e carcaça casada cai para menos de R$ 22/kg, menor valor desde primeira quinzena de junho

A liquidez do mercado de boi gordo na terça-feira (1°) foi um pouco melhor do que no dia anterior, de acordo com o boletim Bom dia do Boi Cepea, preparado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP. Ainda assim, não foi um período de grande movimento de negócios. Com escalas confortáveis, os frigoríficos não forçam compra e negociam lotes, em geral pequenos, nos mesmos patamares de preços que vinham sendo praticados ou com alguma redução. A maioria das vendas é fechada a valores estáveis, segundo o Cepea. Em São Paulo, os negócios têm saído principalmente entre R$ 310 e R$ 315 por arroba, com alguns em até R$ 305. As escalas estão entre 9 e 15 dias na maioria dos casos. No segmento da carne, as vendas estão fracas e todos os cortes com osso recuaram 0,5%. A carcaça casada de boi teve média de R$ 21,95/kg à vista. O preço abaixo de R$ 22 não acontecia desde o fim da primeira quinzena de junho. A expectativa dos analistas do Cepea é de que hoje o mercado tenha algum aquecimento, como costuma ocorrer às quartas-feiras. Além disso, entre esta e a próxima semana aumenta o ritmo de compras no supermercado, e as vendas de carne tendem a se ampliar.

Cepea/Esalq

Em Goiás, golpistas emitiram quatro mil GTAs falsas e movimentaram 200 mil bovinos

Grupo é suspeito de acessar contas de produtores rurais para cometer crimes e sonegar impostos. Prejuízo é estimado em R$ 60 milhões

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) na quarta-feira, 02, mais de 200 mil bovinos foram movimentados e mais de quatro mil GTAs (Guia de Trânsito Animal) emitidas de forma suspeita pelo grupo investigado pela Operação Paper Ox. A ação foi coordenada pela PCGO, com apoio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A megaoperação realizada na terça-feira, 1º, em 15 cidades de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal cumpriu 26 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva, em razão de fraudes na emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e notas fiscais relacionadas à movimentação irregular de gado. Segundo a polícia, foram determinados o sequestro e o bloqueio de R$ 80 milhões de ativos financeiros, como saldos bancários, investimentos, aplicações, valores que circulam no sistema financeiro nacional, e veículos de luxo, caminhões e fazendas. A estimativa total é de R$ 127 milhões. Questionada pelo Agro Estadão sobre prejuízos e o risco sanitário ao setor produtivo, a Agrodefesa informou que não houve risco concreto à área sanitária em Goiás, “mas houve a concorrência desleal com os produtores que atuam de forma lícita, pagando impostos em dia e cumprindo as medidas sanitárias. Além de prejuízo de R$ 60 milhões em arrecadação para o estado de Goiás”. De acordo com a PCGO, a operação investiga o uso indevido de credenciais de produtores rurais para a emissão fraudulenta de GTAs por meio do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). Segundo comunicado, “a prática viabiliza crimes como sonegação fiscal, fraudes bancárias e a regularização de rebanhos sem origem comprovada”. Na mesma ocasião, a Agrodefesa realizou fiscalizações em propriedades rurais ligadas aos investigados. A investigação teve início a partir do trabalho do setor de inteligência e tecnologia da própria agência, que identificou inconsistências no uso do Sidago. Segundo nota oficial emitida pela agência de defesa sanitária, foi constatado que uma organização criminosa obteve acesso indevido às credenciais de produtores rurais, utilizando essas informações para emitir GTAs fraudulentas. Os documentos eram empregados para encobrir operações irregulares, como sonegação de impostos, fraudes em empréstimos bancários e a legalização de rebanhos sem origem comprovada. A Agrodefesa ressaltou que não houve falha na segurança do sistema Sidago, mas sim uso inadequado das credenciais por parte de alguns usuários. “Ressaltamos que não houve quebra na segurança do sistema e sim falha no uso das credenciais por parte de usuários que, por algum motivo, compartilharam suas senhas pessoais — o que contraria as boas práticas de segurança digital e os termos de uso da plataforma”, destacou a agência.

O Estado de São Paulo/Agro

ECONOMIA

Dólar cai ao menor valor desde agosto no Brasil, aos R$5,4191

O dólar voltou a ceder ante o real na quarta-feira e encerrou a sessão no menor valor desde agosto do ano passado, retomando o movimento mais recente de baixas em meio à derrubada do decreto do IOF no Congresso e ao ambiente de juros elevados no Brasil.

A moeda norte-americana à vista fechou com baixa de 0,77%, aos R$5,4191, na menor cotação desde 19 de agosto do ano passado, quando encerrou aos R$5,4134. Em 2025, a divisa acumula baixa de 12,30%. Às 17h28, na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,57%, aos R$5,4615. Internamente, ainda repercutia no mercado a derrubada do decreto de elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Congresso, na quarta-feira da semana passada. Desde então, a cotação do dólar já cedeu 14 centavos de real, com os agentes permanecendo atentos aos desdobramentos da questão em Brasília. Um dia após a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o decreto que elevava as alíquotas do IOF, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira que as discussões sobre o tema não são políticas, mas jurídicas. O recuo do dólar ante o real também era justificado pela leitura de que o país, com uma taxa básica Selic de 15%, segue atrativo ao capital externo, ainda mais com a perspectiva de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros nos EUA no curto prazo.

No início do dia, o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que foram perdidas 33.000 vagas de emprego no setor privado dos EUA no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 95.000 empregos. Naquele momento, os números reforçaram as apostas de que o Fed iniciará o processo de corte de juros já no fim de julho. este cenário, o dólar à vista cedeu à mínima de R$5,4155 (-0,83%) às 16h46, já na reta final da sessão. Durante evento do Citi em São Paulo no meio do dia, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, disse que “onde o câmbio vai parar” tem muito mais a ver com o comportamento do dólar no mundo do que com o desempenho do real. David afirmou que o BC não interveio na moeda neste ano e não vai intervir se não for necessário. Segundo ele, atuações cambiais da autarquia buscam corrigir disfuncionalidades e não têm relação com preço. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$3,711 bilhões em junho até o dia 27.

Reuters

Ibovespa fecha em queda após se aproximar de recorde; Vale e Petrobras sobem

O Ibovespa fechou com uma queda modesta na quarta-feira, após superar os 140 mil pontos na primeira etapa do pregão, em dia marcado por performance robusta de Vale e Petrobras, enquanto empresas sensíveis à economia brasileira ocuparam a coluna negativa na esteira da alta nas taxas dos DIs.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, O Ibovespa cedeu 0,36%, a 139.050,93 pontos, após marcar 140.048,83 pontos na máxima do dia, perto do topo histórico intradia de 140.381,93 pontos. Na mínima, recuou a 138.383,54 pontos. O volume financeiro somou R$24,02 bilhões. Na visão do analista Leandro Ormond, da Aware Investments, há um aumento na aversão a risco, que no Brasil está relacionado ao clima político ainda conturbado, com impasses entre governo e Congresso sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que adicionou incertezas aos mercados. No exterior, Wall Street fechou com o S&P 500 e o Nasdaq em alta, mas o Dow Jones ficou quase estável, com as atenções voltadas a dados da ADP sobre a criação de vagas de emprego nos Estados Unidos antes do relatório do governo sobre aquele mercado de trabalho, na quinta-feira.

Reuters

Queda na indústria mostra perda de tração do PIB no segundo trimestre, dizem economistas

Segundo o IBGE, o volume de produção industrial caiu 0,5% em maio ante o mês anterior, com ajuste sazonal, e houve revisão no resultado de abril, passando de alta de 0,1% para queda de 0,2%

O volume de produção indústria brasileira caiu em maio, ante abril, puxado principalmente por bens de capital e bens de consumo duráveis. Sob peso de incertezas macroeconômicas e alta taxa de juros, o setor mostra segunda contração consecutiva e, segundo economistas, reforça cenário esperado de perda de tração no segundo trimestre, não somente na produção industrial como no Produto Interno Bruto (PIB). A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada na quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o volume de produção industrial caiu 0,5% em maio ante o mês anterior, com ajuste sazonal. Em abril, a produção industrial caiu 0,2% em igual critério. Houve revisão do dado anterior de abril, que antes mostrava alta de 0,1%. Na comparação com maio do ano passado, a atividade industrial avançou 3,3%. O desempenho da produção industrial de maio ante abril ficou em linha com a mediana das estimativas de 25 instituições financeiras e consultorias, ouvidas pelo VALOR DATA, de queda de 0,5%, livre dos efeitos sazonais. As projeções iam de queda de 1,3% a alta de 0,4%. Já o desempenho de maio ante igual mês do ano passado ficou abaixo mediana das estimativas de 26 instituições financeiras e consultorias, de alta de 3,6%. No acumulado do ano, a produção industrial cresceu 1,8%. A indústria, diz Stéfano Pacini, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), tende a sentir antes das demais atividades o processo de desaceleração da atividade e os dados de confiança de junho também apontam para esse cenário, com percepção de piora dos empresários. “Houve aumento grande da incerteza, o que traz receio ao empresário, que tende a adiar decisões de produzir mais ou de fazer investimentos. Há um cenário macroeconômico de alta incerteza, uma política monetária contracionista para segurar a atividade e as pressões de preço. A boa notícia continua sendo o mercado de trabalho, que tem apresentado bons resultados no decorrer do segundo trimestre.” Pacini chama a atenção para o desempenho ruim, na variação mensal de maio, de setores com grande peso no indicador. Pelos dados da PIM, a produção industrial mostrou recuo em 13 de 25 atividades. Houve recuos expressivos em veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%). Também foram destaques as contribuições negativas de produtos alimentícios (-0,8%), produtos de metal (-2,0%), de bebidas (-1,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,7%) e móveis (-2,6%). “Há sinais espalhados de arrefecimento, olhando para bens de capital, que são mais ligados a máquinas, equipamentos, enfim, bens de investimento, e dentro do consumo. A nossa expectativa ainda é de expansão do consumo das famílias, da formação bruta de capital fixo no segundo trimestre e no curto prazo, de forma geral, mas a um ritmo bem mais moderado do que o observado nos últimos trimestres”, diz Rodolfo Margato, economista da XP.  Segundo a pesquisa, três das quatro grandes categorias da pesquisa tiveram queda na atividade em maio ante abril. Os bens de capital tiveram recuo de 2,1% no período. No entanto, na comparação com maio do ano passado, a produção nessa categoria avançou 0,8%. Já a produção de bens intermediários apresentou crescimento de 0,1% na passagem de abril a maio, comportamento atribuído pelos economistas pelo melhor desempenho da indústria extrativa. Em bens de consumo duráveis houve queda de 2,9% em maio, na variação mensal, enquanto em bens semi e não duráveis a contração foi de 1%. Macedo, do IBGE, observa que, em maio, as indústrias de duráveis e de semiduráveis e não duráveis apresentaram quadro desfavorável, também como reflexo de trajetória pouco positiva nas produções industriais de eletrodomésticos e de “linha marrom”, com eletroeletrônicos, no mesmo período. Como ponto positivo, destaca Margato, da XP, está a indústria extrativa, com crescimento pelo quarto mês consecutivo, uma forte expansão na margem e na comparação com o mesmo período de 2024. Ele lembra que esse grupo decepcionou no ano passado, mas entrou numa trajetória de recuperação firme no início de 2025. ”Ainda vemos uma dinâmica bastante favorável nos setores menos sensíveis. Além da indústria extrativa, a agricultura continua forte, puxada por safra recorde de soja, de milho, e o mercado de trabalho aquecido, que leva a um aumento contínuo da massa de renda disponível às famílias.” A projeção da XP é de alta de PIB de 0,5% para o segundo trimestre de 2025, com média de 0,3% de alta no segundo semestre.

Valor Econômico

Agroindústria tem alta de 1% em abril, revela FGVAgro

Uma pesquisa sobre o volume de produção agroindustrial, do FGVAgro, revela que a Agroindústria registrou um nível de alta de 1% em abril ante março (já considerando os ajustes sazonais). Esse resultado foi puxado, principalmente, pelo segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas (1,7%). O segmento de Produtos Não Alimentícios também registrou expansão, mas em um ritmo bem menor: 0,2%.

Em contrapartida, ao analisar a comparação interanual, a Agroindústria, em abril ante o mesmo mês do ano passado, registrou queda (-3,5%). Contudo, é importante ressaltar que tivemos um mês de abril mais curto. Enquanto em 2025 o mês de abril contou com 20 dias úteis, o de 2024 teve 22 dias úteis. Naturalmente, essa diferença de 10% no número de dias úteis influencia nas variações sem controle do efeito-calendário, tal como a variação interanual. O resultado negativo foi derivado tanto do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas (-3,7%), quanto de Produtos Não Alimentícios (-3,3%). No acumulado do ano, a produção agroindustrial teve uma ligeira alta de 0,3% frente ao mesmo período de 2024. Até março, o crescimento acumulado no ano foi de 1,7%, ou seja, o crescimento desacelerou de forma significativa entre março e abril de 2025. Segundo análise do FGVAgro, como a maioria dos setores da agroindústria apresentou o mesmo comportamento, a questão permanece: a Agroindústria está desacelerando, tal qual os demais segmentos da economia brasileira ou houve apenas uma contração decorrente de um mês de abril mais curto (isto é, com menor número de dias úteis)? Apenas os dados do próximo mês poderão responder essa questão.

FGVAgro

CEPEA: IPPA cai 4% em maio, mas acumula alta de 20% no ano

Levantamentos do Cepea mostram que, em maio, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) recuou 4,2% em relação ao mês anterior. 

Segundo o Centro de Pesquisas, esse desempenho refletiu quedas em todos os grupos de alimentos: o IPPA-Grãos caiu 4,5%, o IPPA-Pecuária, 4,1%, o IPPA-Hortifrutícolas, 12,7%, e o IPPA-Cana-Café, 1,8%. No mesmo período, o Índice de Preços por Atacado de Produtos Industriais (IPA-OG-DI), calculado pela FGV, teve baixa de 0,7%, indicando que, de abril para maio, os preços agropecuários se desvalorizaram em relação aos industriais na economia brasileira. No cenário internacional, os preços dos alimentos convertidos em Reais recuaram 2,4%, reflexo da combinação entre a queda do dólar frente ao Real, de 2%, e a ligeira retração dos valores internacionais dos alimentos (-0,4%). No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, levantamento do Cepea aponta que o IPPA registrou expressivo avanço de 20% em comparação a igual intervalo de 2024, impulsionado pelas significativas altas nos grupos IPPA-Grãos (10,7%), IPPA-Pecuária (27,9%) e IPPA-Cana-Café (35,6%). Em sentido oposto, o IPPA-Hortifrutícolas caiu 9,7% no período. Ainda nessa base de comparação, o IPA-OG-DI subiu 5,9%, enquanto os preços internacionais dos alimentos convertidos em Reais se elevaram 10,5%, resultado da valorização de 15,4% do dólar e do aumento de 1,2% nos preços internacionais dos alimentos.

Cepea

GOVERNO

Conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre o MERCOSUL e a EFTA

O Acordo MERCOSUL-EFTA conformará mercado de aproximadamente 290 milhões de consumidores e PIB de mais de US$ 4,3 trilhões

O MERCOSUL anunciou a conclusão definitiva das negociações do acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco integrado por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein. Sob a liderança do Presidente Lula, o lado brasileiro buscou concluir um acordo moderno e equilibrado, que gere novas oportunidades para empresas e cidadãos brasileiros e contribua para uma melhor inserção do MERCOSUL na economia internacional. O Acordo MERCOSUL-EFTA conformará mercado de aproximadamente 290 milhões de consumidores e PIB de mais de US$ 4,3 trilhões. Considerados os universos agrícola e industrial, o acesso em livre comércio de produtos brasileiros aos mercados da EFTA chegará a quase 99% do valor exportado. O Acordo com a EFTA conferirá ao MERCOSUL acesso preferencial à quase totalidade dos mercados europeus, quando considerado em conjunto com o Acordo MERCOSUL-União Europeia. Diante do contexto internacional de crescente protecionismo e unilateralismo comercial, o Acordo MERCOSUL-EFTA é uma sinalização em favor do comércio internacional como fator para o crescimento econômico. As negociações com a EFTA foram lançadas em 2017 e, desde 2024, o Brasil procurou tornar o texto mais adequado ao interesse do governo brasileiro de garantir espaço para políticas públicas em áreas como acesso à saúde e desenvolvimento científico e tecnológico, assim como atração de investimentos sustentáveis. Esse objetivo se refletiu especialmente nos resultados alcançados nos compromissos em propriedade intelectual, compras governamentais, serviços e investimentos. Ademais, foram incluídos novos compromissos, tornando o acordo mais moderno, especialmente na área de comércio e desenvolvimento sustentável. A conclusão das negociações com a EFTA reforça o dinamismo da agenda de negociações comerciais extrarregionais do MERCOSUL, que em 2023 levou à assinatura do Acordo MERCOSUL-Singapura e, em 2024, à conclusão da negociação com a União Europeia. Esses entendimentos aumentam em 2,5 vezes a corrente de comércio brasileira coberta por acordos de livre comércio, passando de US$ 73,1 bilhões para US$ 184,5 bilhões. Em 2024, o Brasil exportou US$ 3,1 bilhões e importou US$ 4,1 bilhões em bens da EFTA. O acordo contribuirá para a diversificação do comércio do MERCOSUL, ao ampliar oportunidades comerciais nos mercados dos países da EFTA. Os países da EFTA estão entre os maiores PIB per capita do mundo. A Suíça é o décimo primeiro maior investidor estrangeiro direto no Brasil, com estoque de US$ 30,5 bilhões, e a Noruega é o principal doador do Fundo Amazônia, com contribuições da ordem de R$ 3,4 bilhões. MERCOSUL e EFTA trabalham para assinar o acordo ainda em 2025. Os textos negociados encontram-se na etapa de revisão legal e devem ser divulgados em agosto de 2025.

MAPA

INTERNACIONAL

EUA reabrem postos de importação de gado do México

A secretária de Agricultura, Brooke L. Rollins, afirmou que a decisão é resultado de semanas de colaboração intensiva com as autoridades mexicanas no combate à Screwworm (NWS, sigla em inglês, ou mosca-da-bicheira do novo mundo) — um parasita devastador que ataca animais e que levou ao fechamento de todos os portos da fronteira sul em 11 de maio.

O fechamento prolongado dos portos de importação de animais vivos interrompeu uma relação comercial crítica entre os EUA e o México, afetando pecuaristas e operações de gado em ambos os lados da fronteira. A NWS representa uma ameaça existencial à agricultura americana — a mosca parasita deposita ovos em feridas abertas dos animais, produzindo larvas que penetram na carne viva, causando ferimentos graves e muitas vezes a morte. O USDA erradicou com sucesso a NWS dos EUA em 1966, mas seu retorno devastaria a indústria pecuária e ameaçaria a segurança alimentar do país. As consequências econômicas são significativas. Um surto semelhante na Flórida, em 2016, exigiu a eutanásia de 102 animais infectados, demonstrando o potencial destrutivo do parasita, mesmo em situações controladas. A ameaça atual representa o avanço do parasita rumo ao norte através da América Central nos últimos dois anos, chegando ao México em novembro de 2024 e se espalhando até 700 milhas (cerca de 1.100 km) da fronteira dos EUA. A NWS já passou sistematicamente por Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, El Salvador, Belize e agora México, com casos detectados nos estados mexicanos de Oaxaca e Veracruz. A reabertura acontecerá ao longo de três meses, com cinco postos retomando as operações gradualmente. Cada reabertura será avaliada quanto a efeitos adversos antes da próxima fase. A rápida disseminação do parasita pelo México levou à suspensão de maio, depois que uma tentativa anterior do USDA, em fevereiro, de retomar as importações com protocolos de inspeção reforçados, se mostrou insuficiente. A resposta do departamento incluiu operações de liberação de moscas estéreis, com mais de 100 milhões de moscas estéreis liberadas semanalmente para interromper o ciclo reprodutivo do parasita. Essa técnica — explicada anteriormente pela Newsweek pelo professor Phillip Kaufman, da Texas A&M — funciona porque a fêmea da NWS acasala apenas uma vez. Inundar a área com machos estéreis impede a reprodução bem-sucedida. Cinco equipes do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS) realizaram avaliações completas em campo no México neste mês para verificar os esforços de contenção. Protocolos rigorosos de importação agora regem a reabertura. Apenas bovinos e bisões nascidos e criados em Sonora ou Chihuahua, ou que tenham sido tratados conforme protocolos específicos contra a NWS, poderão ser importados inicialmente. Os portos do Texas só reabrirão quando os estados mexicanos de Coahuila e Nuevo León adotarem protocolos semelhantes. Equinos de qualquer parte do México poderão ser importados, mas precisarão cumprir quarentena de sete dias e seguir os protocolos sanitários específicos para equinos.

Newsweek

FRANGOS & SUÍNOS

CONAB: a maior retração no preço do frango vivo em junho ocorreu no Centro-Oeste

Os dados da CONAB apontam que, embora generalizada em todo o Centro-Sul do País, a queda de preços do frango vivo observada em junho passado foi mais incisiva na Região Centro-Oeste, onde o preço pago ao produtor recuou perto de 10,5% em relação ao mês anterior.

Essa foi a segunda queda mensal consecutiva, o que determinou, em apenas um bimestre, retração de preço da ordem de 14% na Região. No Sudeste, a redução ficou próxima, mas aquém, de 6,5%, enquanto na Região Sul foi bem menor, não indo muito além de 1,5%. Em contrapartida, o Sul foi a única Região a encerrar o semestre com preço inferior ao de um ano atrás (queda de 2,90%), pois o Centro-Oeste registrou valorização anual superior a 13%, índice que, no Sudeste, ficou próximo dos 18,5%.

Conab 

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