Ano 11 | nº 2460 | 07 maio de 2025
NOTÍCIAS
Preços estáveis no mercado do boi gordo nas praças paulistas
A cotação não mudou em relação a ontem, para todas as categorias. Oferta e procura estão equilibradas. As escalas de abate atendem, em média, nove dias.
No Mato Grosso do Sul, com o fraco escoamento de carne e a oferta em ritmo normal, a cotação do “boi China” caiu R$3,00/@. Em Rondônia, região Sudeste, as ofertas estão subindo, mas ainda não o suficiente para alterar os preços. Em Goiás, região de Goiânia, após as quedas registradas ontem, hoje os preços não mudaram. O mercado segue atento à evolução das escalas de abate e ao comportamento da demanda, tanto no mercado interno quanto externo, enquanto as indústrias buscam sustentar as margens diante do cenário de oferta controlada.
Scot Consultoria
Arroba do boi gordo despenca em Minas e Mato Grosso do Sul
Frigoríficos seguem com escalas de abate confortáveis e buscam compras em patamares mais baixos
O mercado físico do boi gordo teve preços em queda na terça-feira (6), com destaque para o Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias destaca que os frigoríficos ainda se deparam com escalas de abate confortáveis e seguem realizando tentativas de compra em patamares mais baixos. “Mesmo assim, há avanço das escalas de abate. Por outro lado, a demanda aquecida durante a primeira quinzena de maio é um elemento importante de sustentação dos preços, limitando movimentos mais contundentes de queda”, disse. Média da arroba do boi: São Paulo: R$ 318,75 – (R$ 319,58 ontem). Goiás: R$ 298,21 (R$ 299,11 na segunda). Minas Gerais: R$ 303,53 (R$ 311,18 anteriormente). Mato Grosso do Sul: R$ 314,43 (R$ 320,34 ontem). Mato Grosso: R$ 318,04 (R$ 318,85 na segunda). O mercado atacadista ainda se depara com preços firmes para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por elevação de preços no curto prazo, considerando que além da entrada dos salários na economia há também o adicional de consumo relacionado ao Dia das Mães, que historicamente motiva o consumo de carne bovina. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 25,00 por quilo, o dianteiro segue no patamar de R$ 20,50 por quilo e a ponta de agulha ainda é cotada a R$ 18,50, por quilo.
Agência Safras
Preços do boi gordo e da vaca gorda registram recuo semanal de 1% e 2,6% em MT
A tendência é de que os preços continuem pressionados nas próximas semanas, avalia o Imea
No comparativo semanal (entre 28/04 e 02/05), as cotações médias do boi gordo e da vaca gorda em Mato Grosso atingiram R$ 322,94/@ e R$ 299,87/@, respectivamente, o que significou uma queda de 1,02% e 2,64% sobre os preços médios da semana anterior, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). “A tendência é de que os preços continuem pressionados nas próximas semanas, em função do aumento na oferta de animais de pasto”, prevê o instituto, referindo-se ao período de “desova” da safra por causa da chegada do clima mais seco. Preço médio da vaca subiu quase 10% no mês passado. Em abril, diz o Imea, o preço da vaca gorda de MT fechou valendo, em média, a R$ 300,82/@, no prazo, um acréscimo de 9,02% sobre o valor médio de mar/25, de R$ 275,93/@. Escalas de abate avançam na última semana. Com a maior oferta do gado, as escalas de abates dos frigoríficos mato-grossenses avançaram 6,45% na última semana, e ficaram na média de 9,61 dias, informou o Imea.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar tem alta em ajuste na véspera de decisão do Fed e BC
Apesar da apreciação do dólar hoje, operadores e economistas entendem que a moeda americana pode ficar mais fraca frente ao real até metade do ano
O dólar à vista exibiu valorização frente ao real na sessão da terça-feira, com ajustes no câmbio, dadas as incertezas no cenário global e a expectativa em torno da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central, hoje. A guerra comercial também influenciou o mercado. Apesar da apreciação do dólar hoje, operadores e economistas entendem que a moeda americana pode ficar mais fraca frente ao real até metade do ano, mas já a partir do segundo semestre a dinâmica deve mudar. Encerradas as negociações desta terça-feira, o dólar à vista subiu 0,63%, cotado a R$ 5,7250, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6929 e encostado na máxima de R$ 5,7374. Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,85%, a R$ 6,4923. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,33%, aos 99,505 pontos. Desde o começo das negociações de hoje, o dólar exibiu valorização. Pela manhã, outras divisas de mercados emergentes na América Latina e na Europa depreciavam ao lado do real, mas no fim do dia, a moeda brasileira tinha o quarto pior desempenho da sessão, ao lado de divisas asiáticas. No caso do ambiente doméstico, operadores apontam que, enquanto predomina incerteza em torno das medidas tarifárias, mercados emergentes ficam mais vulneráveis, diante da maior aversão a risco. “Também vimos uma reprecificação dos Treasuries, com a curva de juros dos Estados Unidos abrindo [taxas em alta] pela expectativa de que o Federal Reserve não vá ceder tão cedo no corte de juros”, aponta um profissional de câmbio de um grande banco. “Em relação ao ambiente local, o mercado pode estar com receio de o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) vir mais ‘dovish’. Por isso, o investidor acaba comprando dólar para proteger possíveis posições doadas em juros”, afirma. “Também estamos chegando perto do novo relatório do Orçamento. Será que o governo vai anunciar um contingenciamento?” Tanto economistas quanto operadores de câmbio veem ainda espaço para o real apreciar daqui até o meio do ano, dado o fluxo comercial ainda positivo no período e com alguma ajuda do diferencial de juros e da perspectiva de alta da Selic. “Ainda temos um fluxo de agro até metade do ano. A meu ver, o cenário deve piorar mais no segundo semestre, principalmente no último trimestre, devido às remessas para o exterior e diante das incertezas políticas”, diz o gerente de câmbio da Tullet Prebon, Ítalo Abucater.“Teremos a sazonal fuga de capital do período, porém com um tempero novo, com as candidaturas presidenciais até lá possivelmente definidas.” A economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, tem uma leitura semelhante. “Há grande probabilidade de vermos um repeteco de 2024”, diz a economista. “Acredito que as contas públicas vão acabar se ajustando dentro da margem, mas, até isso ocorrer, vamos ver bastante volatilidade. Se o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 2% ou mais de 2% e tivermos uma inflação de 5,6%, a arrecadação vai surfar novamente, e o governo vai conseguir ficar dentro do arcabouço, e isso deve reduzir a aversão ao risco”, afirma.
Valor Econômico
Ibovespa fecha estável antes do Copom e do Fed; Petrobras tem dia de recuperação
À véspera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o Ibovespa teve dificuldade para uma tendência única e variou entre perdas e ganhos nesta terça-feira, oscilando entre os 133.260 pontos e os 134.135 pontos.
No fim do dia, o índice encerrou próximo à estabilidade com um avanço de 0,02%, aos 133.516 pontos. A recuperação das ações da e a leve alta dos papéis da ajudaram a limitar as perdas. Depois de fechar no valor mais baixo do ano, ontem, os papéis preferenciais da terminaram com alta de 1,65%, a R$ 30,15. Já os ordinários encerraram com ganho de 1,57%, a R$ 32,27. A correção foi impulsionada pela alta expressiva dos contratos futuros de petróleo depois da queda mais forte vista na véspera. As ações da também terminaram o dia com ganho de 0,08%, mesmo diante de indefinições sobre um acordo entre Estados Unidos e China. Ontem, o presidente americano, Donald Trump, minimizou as dificuldades das negociações comerciais e disse que ditará os termos para um acordo com os países que queiram evitar tarifas mais altas. Por outro lado, o dia foi negativo para blue chips de bancos, com destaque para as ações ordinárias do Bradesco, que recuaram 0,92%. A instituição financeira apresenta o seu resultado após o fechamento do mercado, amanhã. Para Leonardo Morales, sócio e gestor da SVN Gestão, a guerra tarifária tem favorecido mercados emergentes, inclusive o Brasil. Segundo ele, o movimento deve ter uma continuidade ao longo do primeiro semestre e, talvez, do ano. Entre as mudanças recentes feitas pelo gestor estão a diminuição marginal da alocação em ações domésticas após a forte alta das últimas semanas. Mesmo assim, ele diz que mantém a preferência por papéis voltados à economia local, considerando que o fim do ciclo de aperto monetário se aproxima. “Estamos falando em corte de juros, tanto lá fora quanto possivelmente pelo Banco Central do Brasil, e isso pode continuar favorecendo as ações locais” , destaca o gestor. “Essa expectativa é que o faz com que a bolsa realmente continue performando bem.” Já outras casas estão mais cautelosas quanto ao corte de juros. Na visão do sócio-diretor da MAG Investimentos, Claudio Pires, o Banco Central não tem argumentos técnicos para ser mais dovish (menos inclinado ao aperto monetário) e sinalizar uma interrupção do ciclo. Para ele, o início do ciclo de flexibilização monetária não deve ocorrer antes de março do ano que vem. “Acho que o BC deveria ser um pouco mais duro. Acho prematuro o corte que temos na curva de juros. É bem provável que ele [BC] espere os efeitos da isenção do IR para ter uma visão melhor do que fazer”, diz. No pregão de ontem, o volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 17,2 bilhões e R$ 22,0 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices americanos tiveram queda: o Dow Jones recuou 0,95%; Nasdaq cedeu 0,87%; e o S&P 500 teve perdas de 0,77%.
Valor Econômico
Setor de serviços do Brasil volta a contrair em abril por demanda fraca, mostra PMI
A atividade de serviços no Brasil voltou a contrair em abril pela primeira vez desde o início do ano, uma vez que a fraqueza da demanda provocou nova queda na produção, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) na terça-feira.
O PMI compilado pela S&P Global caiu a 48,9 em abril, de 52,5 em março, voltando a ficar abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pela primeira vez desde janeiro e interrompendo dois meses de ganhos. Tanto o nível de atividade quanto a entrada de novos negócios recuaram no mês, com os participantes da pesquisa citando que a competição, restrições financeiras e desaceleração da demanda contribuíram para as quedas. Em resposta à entrada menor de novos negócios, as empresas seguraram as contratações, e o aumento do nível de emprego no setor foi o mais fraco desde janeiro. Em relação aos preços, os participantes da pesquisa citaram como fontes de pressões aumento nos custos de alimentos, combustíveis, materiais e aluguéis, bem como a depreciação cambial. Ainda assim, os custos de insumos subiram no ritmo mais fraco em quatro meses. Os fornecedores de serviços continuaram repassando os aumentos de custos aos clientes, o que resultou em uma alta sustentada dos preços cobrados, ainda que a mais fraca em cinco meses em meio à disposição de dar descontos. “As pressões inflacionárias continuaram historicamente elevadas, apesar de um alívio pelo segundo mês seguido”, destacou Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence. “Embora a inflação persistentemente alta e a taxa de juros elevada possam continuar desencorajando o consumo, os fornecedores de serviços se tornaram um pouco mais otimistas em relação à produção do que em março”, completou ela. A confiança se fortaleceu, com expectativas de condições melhores de demanda e de pressões inflacionárias mais contidas, embora alguns entrevistados tenham citado desafios econômicos e questões políticas. Com a fraqueza do setor de serviços e a quase estagnação da indústria, o PMI Composto do Brasil caiu a 49,4 em abril, de 52,6 em março, mostrando leve contração.
Reuters
EMPRESAS
Minerva conclui oferta de R$ 2,25 bilhões em debêntures
Operação foi dividida em cinco séries e a companhia optou por fazer swap em três séries. A Minerva Foods concluiu a oferta da 16ª emissão de debêntures simples
A Minerva Foods concluiu na segunda-feira (5/5) a oferta da 16ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 2,25 bilhões, conforme comunicado ao mercado. A operação foi dividida em cinco séries e a companhia optou por fazer swap em três séries. A primeira série da emissão tem o valor de R$ 655,47 milhões, com vencimento para abril de 2030. A segunda série foi de R$ 888,74 milhões, com o mesmo vencimento. As debêntures da terceira e quarta séries vencem em abril de 2032, nos valores de R$ 95,17 milhões e R$ 164,95 milhões, respectivamente. Já a quinta série da emissão tem o valor de R$ 447,41 milhões, com vencimento para abril de 2035. “Vale ressaltar que a emissão teve uma demanda de 1,13x a oferta inicial. Ademais, com o objetivo de otimizar seu perfil financeiro, a Minerva realizou o swap da 2ª, 4ª e 5ª séries, indexando-as ao CDI, reforçando seu compromisso com a gestão estratégica dos custos financeiros e a mitigação de riscos com indexadores menos voláteis”, disse a empresa no comunicado.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos teve leves altas na terça-feira
Viés altista para as cotações no mercado de suínos na terça-feira (6). Segundo análise do Cepea, os negócios seguem em fluxo normal, sem sinais de cancelamento de carga, sobretudo no encerramento de abril.
No comparativo anual, a forte valorização reflete o cenário de oferta controlada e demanda aquecida, principalmente externa, ainda conforme o Centro de Pesquisas. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,79%, fechando em R$ 12,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (5) houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,5¨%, chegando a R$ 8,57/kg. Houve aumento de 0,23% em Minas Gerais, atingindo R$ 8,56/kg, avanço de 0,12% no Paraná, com valor de R$ 8,26/kg, incremento de 0,12% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,13/kg, e de 0,49% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,17/kg.
Cepea/Esalq
Frango no atacado em São Paulo subiu 1,60% na terça-feira
Esta terça-feira (6) foi de preços em elevação para o mercado do frango. Segundo análise do Cepea, o cenário de alta nas praças paulistas esteve relacionado aos recentes feriados, que reduziram os dias de abate, provocando uma menor oferta de carne no mercado interno
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,60%, custando, em média, R$ 8,28/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, da mesma maneira que no Paraná, valendo R$ 5,10/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (5), a ave congelada teve alta de 1,52%, atingindo R$ 8,70/kg, enquanto o frango resfriado subiu 1,50%, fechando em R$ 8,79/kg.
Cepea/Esalq
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