CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2450 DE 22 DE ABRIL DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2450 | 22 abril de 2025

 

 NOTÍCIAS

Boi gordo: ambiente de negócios sugere reajustes no curto prazo, vislumbrando bom consumo no decorrer do feriado

Na quinta-feira (17/4), véspera do feriado prolongando, o preço do boi gordo “comum” e do “boi-China” subiu R$ 3/@ na praça de São Paulo, para R$ 330/@, R$ 335/@, no prazo.

Isso foi reflexo da melhora no escoamento de carne bovina (tanto interno quanto no mercado externo) e, consequentemente, um avanço da procura por bovinos machos, segundo apuração da Scot Consultoria. Ainda nas regiões paulistas, a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 290/@ e R$ 310/@, acrescentou a Scot.

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo registrou alta em São Paulo

Valorização, segundo a Scot, reflete a melhora no escoamento de carne bovina e uma maior procura por bovinos machos. Valor subiu R$ 3 nas principais praças pecuárias e foi negociado a R$ 330

O preço médio do boi gordo registrou alta de R$ 3 nas principais praças pecuárias de São Paulo nesta quinta-feira (17/4), negociado a R$ 330 a arroba a prazo em Barretos e Araçatuba, segundo levantamento da Scot Consultoria. A valorização, segundo a Scot, reflete a melhora no escoamento de carne bovina e uma maior procura por bovinos machos na véspera de feriado. Ao analisar os preços para o consumidor, o Cepea destacou na semana que o movimento de alta da carne bovina ocorreu em plena semana santa. “No comparativo com a carne de frango, de suíno e até mesmo de tilápia – mercados também pesquisados pelo Cepea –, a bovina está “cara”, o que desestimularia o seu consumo e não justificaria os aumentos recentes”, destaca o Centro de Estudos. Segundo o Cepea, o preço da carcaça negociada no atacado da Grande São Paulo registrou alta de 4,5% nos primeiros quinze dias de abril, negociada a R$ 26,68 o quilo no último dia 15.

Globo Rural

Boi gordo teve dia de queda, mas mercado deve mudar

Escoamento da carne durante o feriado prolongado deve ser fundamental à formação de preços no curto prazo

O mercado físico do boi gordo encerra a semana apresentando tentativas de compra em patamares mais baixos, movimento observado em estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias, isso é consequência da estratégia das indústrias, que elevaram de forma agressiva seus preços na compra de gado durante a última terça-feira (15), conseguiram avançar suas escalas e no restante da semana passaram a pressionar preços. “Já na quinta-feira foi pautada por inexpressivo fluxo de negócios. É importante mencionar que o escoamento da carne durante o feriado prolongado ocupa um papel relevante para a formação de tendência no curto prazo”, assinalou. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 330,25 – ontem: R$ 331,83. Goiás: R$ 326,25 – na quarta: R$ 320,36. Minas Gerais: R$ 325,29 – anteriormente: R$ 324,41. Mato Grosso do Sul: R$ 319,32 – ontem: R$ 319,77. Mato Grosso: R$ 329,26 – na quarta: R$ 329,73. O mercado atacadista registra alguma elevação de preços da carne bovina no decorrer da quinta-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo, vislumbrando a perspectiva de bom consumo no decorrer do feriado prolongado. As exportações seguem em ótimo nível ao longo da atual temporada. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 20,00 por quilo, o traseiro segue a R$ 26,00 e a ponta de agulha agora é cotada a R$ 18,50 por quilo, alta de R$ 0,50.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Região Norte – Minas Gerais)

A semana foi marcada por alta nas cotações de todas as categorias de bovinos, reflexo de uma menor disponibilidade de bovinos terminados no estado, movimento semelhante nas demais praças monitoradas pela Scot Consultoria.

Com isso, na comparação semanal, para a cotação do boi gordo a alta foi de 4,1%, ou R$12,00/@, cotado em R$302,50/@. A vaca teve um aumento de 1,9%, ou R$5,00/@, negociada em R$271,00/@. Para a novilha, a alta registrada foi de 1,8%, ou R$5,00/@, apregoada em R$285,50/@, segundo o levantamento da Scot Consultoria. Os preços são a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$22,50/@, ou menos 7,4%, com o boi cotado em R$325,00/@ nas praças paulistas, considerando o preço a prazo e livre de impostos.

Scot Consultoria

Boi/Cepea: Oferta limitada e demanda firme sustentam preços

O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada” de animais para abate e pela demanda externa aquecida, que enxuga a disponibilidade doméstica

Segundo pesquisadores do Cepea, essa combinação justifica a valorização dos animais no campo e da carne tanto no atacado doméstico quanto no mercado internacional – influenciado também por outros fatores. Como resultado, conforme o Centro de Pesquisas, o volume posto à disposição do consumidor brasileiro se mostra abaixo da demanda, cenário que vem resultando, desde a última semana de março, em sucessivas altas nos preços da carne com osso e de cortes negociados no atacado da Grande São Paulo. Esse comportamento tem reduzido a competitividade da carne bovina frente às principais concorrentes, a carne suína e de frango, e diante da tilápia, ainda conforme levantamentos do Cepea. No front externo, o Brasil embarcou até a segunda semana de abril, 10,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, média 15,6% superior à de abril/24, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.

Cepea

Exportadores de carne do Brasil não se intimidam com tarifas dos EUA e vendas devem crescer

As tarifas mais altas dos Estados Unidos não prejudicarão as vendas de carne bovina do Brasil para seu segundo maior destino de exportação, segundo analistas e associações do setor.

As importações brasileiras de carne bovina que excedem uma cota predeterminada pagam uma tarifa de 26,4%, mas uma taxa adicional de 10% foi aplicada, elevando o total para 36,4% depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou sua guerra comercial. Para o consumidor americano, a carne bovina ficará mais cara, pois os importadores arcarão com o ônus dos impostos mais altos. Hoje, só a China compra mais carne bovina do Brasil que os Estados Unidos. João Figueiredo, analista da consultoria Datagro, disse que a demanda dos EUA é tão forte que o Brasil preencheu uma cota anual de 65.000 toneladas livre de tarifas em apenas 14 dias este ano, o que nunca havia ocorrido. Mesmo com tarifas mais altas, a carne bovina brasileira continua competitiva porque os preços do gado nos EUA dobraram em relação ao Brasil, em meio a estoques historicamente baixos no país, segundo analistas. Além disso, os pecuaristas brasileiros estão em condições de aumentar a oferta, disse Figueiredo, destacando a ampla disponibilidade de gado no Estado do Mato Grosso. Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, estima que as importações de carne bovina brasileira pelos EUA este ano crescerão quase 14%, chegando a 428.000 toneladas (peso equivalente de carcaça). Enquanto isto, a carne bovina australiana também continua sendo uma opção atraente para o mercado dos EUA após a tarifa de 10% anunciada este mês. Este país e o Brasil, que já responde por mais de 30% do comércio global de carne bovina, também estão aptos a aumentar as vendas para a China depois que Pequim não renovou o registro de centenas de instalações de carne dos EUA. As vendas totais de carne bovina brasileira para os EUA no primeiro trimestre atingiram US$557,15 milhões, um aumento de 67% em valor, de acordo com dados de comércio exterior compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). As exportações para os EUA representaram 17% do total das vendas externas brasileiras no período, enquanto o preço médio de venda para o mercado norte-americano subiu de US$2.943 para US$3.384 por tonelada, segundo dados da Abrafrigo.

Reuters

ECONOMIA

Dólar caiu 1% antes do feriado com esperança de acordo entre EUA e China

O dólar à vista fechou a quinta-feira pré-feriado em baixa firme no Brasil, se reaproximando dos R$5,80, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, em meio à expectativa de que os Estados Unidos possam chegar a acordos com a China e outros países na guerra tarifária.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,00%, aos R$5,8069. Na semana — encurtada pelo feriado da Sexta-feira Santa — a moeda norte-americana acumulou queda de 1,07%. Em abril, no entanto, a divisa acumula elevação de 1,75%. Às 17h05, na B3, o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,06%, aos R$5,8165. A sessão da quinta foi marcada por certo apetite dos investidores por risco, o que se traduziu na busca por moedas de países emergentes e exportadores de commodities. O movimento se intensificou no início da tarde, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que espera progresso nas negociações comerciais com outros países e dizer que espera fazer um acordo comercial com a China — seu principal adversário na guerra tarifária. “Estamos vendo uma queda um pouco mais acentuada da taxa de câmbio aqui, e o movimento está ligado ao cenário externo. Outras moedas emergentes também estão se favorecendo”, afirmou Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank. Outro fator para a queda do dólar no Brasil, conforme Quartaroli, era o avanço firme do petróleo no mercado internacional, superior a 3%. Como o país é exportador da commodity, o real foi favorecido. Internamente, o mercado também seguia especulando sobre os possíveis impactos da guerra comercial sobre a economia brasileira. De acordo com Laís Costa, analista da Empiricus Research, os economistas aparentemente estão revisando para baixo a expectativa de inflação para 2025, ainda que possam elevar a projeção para 2026. “A inflação um pouco menor para este ano significa a possibilidade de se ganhar um juro real absurdo. Então, isso está aumentando a atratividade do Brasil para os investidores”, disse Costa. Na quarta-feira, o Itaú revisou para baixo sua estimativa para a inflação neste ano, de 5,7% para 5,5%. No caso de 2026, a projeção passou de 4,5% para 4,4%. Nesta terça-feira, após o feriado prolongado, investidores estarão atentos à atualização das expectativas dos economistas no boletim Focus do Banco Central, já em um cenário global mais conflituoso e incerto.

Reuters

Ibovespa fechou em alta puxado por Petrobras

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, superando os 130 mil pontos no melhor momento, em movimento puxado pelas ações da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior e corte conservador no preço do diesel

A sessão também teve como pano de fundo declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que espera fazer um acordo comercial com a China, embora ele não tenha dado detalhes ou indicações de como as negociações serão iniciadas. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,04%, a 129.650,03 pontos, chegando a 130.090,65 pontos na máxima e marcando 127.973,14 pontos na mínima da sessão. Na semana, acumulou alta de 1,54%. O volume financeiro nesta quinta-feira totalizou apenas R$22 bilhões, mesmo em pregão marcado pelo vencimento de opções sobre ações, dada a cautela com o feriadão no Brasil. Na visão do estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a bolsa refletiu um movimento clássico de diminuição de liquidez e predisposição a risco, em razão dos feriados. Ele destacou o desempenho das petrolíferas, conforme o petróleo recuperou terreno, com o Brent fechando a US$67,96 o barril, após ser negociado abaixo dos US$60 na semana passada. Na mínima intradia do último dia 9, marcou US$58,40. Em um ambiente marcado por receios de uma nova escalada ou um prolongamento das tensões comerciais entre EUA e China, Trump afirmou que fará um acordo com Pequim, mas não deu detalhes. Mais cedo, o Ministério do Comércio da China pediu aos EUA que parassem de exercer “pressão extrema” sobre a segunda maior economia do mundo e exigiu respeito em qualquer negociação comercial. A ausência de detalhes e o impasse sobre quem deveria começar as negociações, contudo, atenuou o efeito da declaração nos mercados. De acordo com a equipe de pesquisa macroeconômica do Itaú, chefiada pelo ex-diretor do BC Mario Mesquita, os desdobramentos relacionados às tarifas comerciais seguirão ditando o grau de aversão a risco dos mercados na próxima semana.

Reuters

Inflação desacelera para todas as faixas de renda em março

A inflação desacelerou em março para todas as faixas de renda, na comparação com fevereiro. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para a classe de renda muito baixa, o recuo foi de 1,59% para 0,56%. Para a classe de renda alta, de 0,9% para 0,6%.

O Ipea explica que a desaceleração da inflação para as classes de renda menor pode ser explicada pelo reajuste baixo das tarifas de energia elétrica (0,12%) e as quedas nos preços das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e do metrô (-1,7%). Em relação às famílias de renda alta, a melhora das taxas do grupo educação, de 0,90% em fevereiro para 0,60% em março, foi mais determinante. O dado traduz principalmente o fim do impacto dos reajustes das mensalidades escolares em fevereiro. Por outro lado, grupos de menor renda tiveram de lidar com taxas mais altas nos preços dos alimentos no domicílio. As altas mais expressivas de inflação vieram dos ovos (13,1%), do café (8,1%), do leite (3,3%) e do tomate (22,6%). Alguns alívios aconteceram em itens como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%). A classe de renda alta foi mais impactada em segmentos de transporte e de despesas pessoais. É o caso dos reajustes de 6,9% das passagens aéreas e de 1,2% dos serviços ligados à recreação e lazer. Na comparação entre março de 2025 e março de 2024, a inflação acelerou para todas as faixas de renda, com um impacto mais significativo nas classes de rendas mais altas. Quando se considera o acumulado de 12 meses, a faixa de renda muito baixa teve a menor inflação (5,24%). O segmento de renda alta apresentou a taxa mais elevada (5,61%). Nos últimos 12 meses, as principais pressões inflacionárias vieram dos grupos alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais. Os aumentos mais significativos foram em carnes (21,2%), aves e ovos (12,1%), óleo de soja (24,4%), leite (11,9%) e café (77,8%). Em saúde e cuidados pessoais, os maiores impactos vieram dos produtos farmacêuticos (4,8%), itens de higiene (4,8%), serviços de saúde (7,8%) e planos de saúde (7,3%). No grupo transportes, os destaques foram tarifas de ônibus urbano (5,1%) e interestadual (6,4%), transporte por integração (10%) e por aplicativo (18,3%), além dos reajustes da gasolina (10,9%) e do etanol (20,1%).

Agência Brasil

Agroindústria cresceu no primeiro bimestre

Produção agroindustrial acumulou alta de 0,6% nos dois primeiros meses de 2025, diz FGV Agro. Agroindústria repetiu crescimento do primeiro mês do ano

A agroindústria brasileira repetiu o desempenho que teve no primeiro mês do ano e cresceu 0,6% em fevereiro, de acordo com o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). Com avanço de 2,8%, o segmento de produtos não-alimentícios puxou o resultado. Entre as fabricantes de itens não-alimentícios, a expansão mais acentuada foi a da indústria de insumos, que cresceu 21,6%. Outro destaque foi a indústrias de produtos têxteis, que encerrou fevereiro com avanço de 4,8%. No acumulado nos primeiros dois meses de 2025, a expansão da agroindústria em relação ao mesmo período de 2024 foi de 0,6%. Os pesquisadores observaram que o desempenho foi inferior ao da indústria de transformação, que avançou 2,5%. Por outro lado, o FGV Agro registrou que, ainda que o crescimento da produção agroindustrial tenha sido modesto em fevereiro, o aumento ocorreu sobre uma base de comparação elevada. Em fevereiro de 2024, a agroindústria havia tido uma expansão significativa, de 6,5%.

FGV Agro

EMPRESAS

BRF e HPDC anunciam investimento de US$160 mi em nova fábrica de alimentos na Arábia Saudita

A processadora brasileira de carnes BRF e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), anunciaram na segunda-feira um investimento de US$160 milhões em uma nova fábrica de alimentos na Arábia Saudita, informou a BRF em um comunicado.

A fábrica, programada para começar a operar em meados de 2026, será construída na cidade de Jeddah por meio da BRF Arabia Holding Company, uma joint venture entre a BRF e a HPDC estabelecida em 2023. A produção se concentrará em alimentos processados com uma capacidade de aproximadamente 40.000 toneladas por ano. O atendimento ao mercado saudita é a prioridade inicial, mas a exportação para outros países da região também é uma possibilidade, segundo a BRF. “O investimento representa mais um avanço consistente em nossa estratégia de presença global e fortalece nossa atuação em um mercado altamente estratégico”, disse, controlador e presidente dos conselhos de Marfrig e BRF Marcos Molina.

A nova instalação marca a sétima unidade de produção da BRF no Oriente Médio e a terceira na Arábia Saudita.

Reuters

INTERNACIONAL

Produção de carne suína da China no primeiro trimestre cresce 1,2% em relação a 2024 para 16,02 milhões de toneladas métricas

A produção de carne suína da China aumentou 1,2% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao ano anterior, para 16,02 milhões de toneladas métricas, ajudada pelo aumento de porcas reprodutoras no ano passado, abates antes do feriado e pesos maiores de suínos.

Mas analistas alertam que o setor continua sob pressão, com excesso de oferta e demanda lenta continuando a pesar sobre os preços e lucros. Por que isso é importante: A China, grande importadora de carne suína canadense, atualmente aplica tarifas de 25% sobre as importações de carne suína canadense. Um total de 194,76 milhões de suínos foram abatidos de janeiro a março, um aumento de 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas na quarta-feira. “O crescimento da produção neste trimestre é impulsionado pela expansão das matrizes suínas no ano passado, embora lenta, pela prevenção eficaz de doenças no inverno e pelo maior peso de abate”, disse Pan Chenjun, analista sênior de proteína animal do Rabobank em Hong Kong. Em 2025, a produção deverá crescer ligeiramente em relação ao ano anterior, com o rebanho de matrizes provavelmente se expandindo lentamente, já que os produtores permanecem cautelosos em meio aos preços persistentemente baixos, enquanto a demanda geral permanece estável, acrescentou Pan. Normalmente, a produção de carne suína aumenta no primeiro trimestre devido ao aumento dos abates antes do feriado do Ano Novo Lunar. A China, maior consumidora de carne suína do mundo, continua lutando contra o excesso de oferta enquanto a produção de suínos se recupera da peste suína africana. A expansão excessiva do mercado, combinada com o abrandamento do crescimento económico, reduziu os preços e reduziu as margens em todo o setor pecuário. Em fevereiro, um pesquisador do setor alertou que o consumo de carne suína na China provavelmente atingiu o pico, aconselhando as empresas a adiarem a expansão da capacidade de matrizes reprodutoras e, em vez disso, se concentrarem em cortar custos e melhorar a eficiência. As autoridades tomaram medidas para conter o excesso de oferta: em 2024, Pequim reduziu a meta nacional de retenção normal de porcas reprodutoras de 41 milhões para 39 milhões. Apesar do cenário desafiador, a grande produtora Muyuan Foods relatou uma forte recuperação em 2024, registrando um lucro líquido de 17,9 bilhões de yuans (C$ 3,4 bilhões) após o prejuízo do ano anterior. A gigante da carne suína espera que o lucro do primeiro trimestre fique entre 4,3 e 4,8 bilhões de yuans. No final de março, o rebanho suíno do país era de 417,31 milhões de cabeças, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior, mostraram os dados.

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Custos de produção de frangos de corte e de suínos variam de forma distinta em março

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos variaram de maneira distinta em março de 2025 nos principais estados produtores e exportadores, conforme estudos conduzidos pela Embrapa Suínos e Aves através de sua Central de Inteligência de Aves e Suínos (embrapa.br/suínos-e-aves/cias).

O custo de produção do quilo do frango de corte baixou para R$ 4,86 no Paraná, ou -0,17% em relação ao mês de fevereiro. O aumento acumulado em 2025 é de 1,58% e, nos últimos 12 meses, é de 13,86%, com o ICPFrango alcançando 376,48 pontos. A ração se destacou como o principal componente de custo em março, com queda de 0,88% no mês, apesar de ter subido 15,97% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 67,62% no custo total de produção. Já o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 6,42 em Santa Catarina, representando uma elevação de 0,78% em relação ao mês de fevereiro. No ano, o ICPSuíno já subiu 3,38%, e o acumulado nos últimos 12 meses é de 14,31%, com o índice da Embrapa chegando aos 367,08 pontos. A ração dos animais se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 0,31% no mês e 13,33% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 72,29% no custo total de produção.

Embrapa Suínos e Aves

Preços no mercado de suínos com leves ganhos

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 160,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,60/kg, em média.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (16), houve aumento de 0,60% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,38/kg, e de 1,36% no Paraná, custando R$ 8,20/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 8,11/kg), Santa Catarina (R$ 8,02/kg) e São Paulo (R$ 8,61/kg).

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: mercado elevou preços do animal na véspera do feriadão

Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 19.750 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

No mercado mineiro, o preço teve elevação, passando de R$ 8,40/kg vivo para R$ 8,60/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,18/kg vivo para R$ 8,31/kg vivo. No estado do Paraná, entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias 10/04/2025 a 16/04/2025, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,87%, fechando a semana em R$ 8,23/kg.

APCS/ Asemg/ ACCS/Lapesui

Suínos/Cepea: Boletim destaca queda nos preços em março e custos de produção em alta

Após a recuperação observada em fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair ao longo de março. Mesmo com a desvalorização, as médias mensais seguiram mais de 20% acima das registradas em março/24 em algumas praças monitoradas pelo Cepea

Segundo levantamentos do Centro de Pesquisas, o suíno vivo posto na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi cotado à média de R$ 8,56/kg em março, 3,3% abaixo da de fevereiro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o animal está 17,9% mais valorizado, em termos reais (deflacionado pelo IGP-DI de março/25). Em março, o Brasil exportou 114,7 mil toneladas de carne suína (in natura e produtos industrializados em março), aumento de 1,4% em relação ao volume de fevereiro/25 e significativos 26,5% acima do de março/24, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Destaca-se que a média diária de embarques em março foi a segunda maior da série histórica da Secex, iniciada em 1997, sendo de 5,4 mil toneladas, 6,9% superior à de fevereiro/25 e 37,1% acima da de março/24. Em março, o setor suinícola nacional enfrentou um cenário desafiador diante da valorização do milho e da queda no preço do suíno vivo. No mês, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP) atingiu a casa dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal que não era observado pelo Cepea desde abril de 2022. As vendas de carne suína estiveram lentas ao longo de março, enquanto a oferta de animais para abate – e, consequentemente, de proteína no atacado – permaneceu ligeiramente elevada. Esse cenário resultou em quedas nos preços médios mensais das carcaças especial suína comercializada no mercado atacadista. Os valores médios das principais carnes substitutas, a bovina e a de frango, também caíram de fevereiro para março, mas os movimentos de baixa ocorreram de forma menos intensa do que o observado para a proteína suína.

Cepea

Estabilidade predominou no mercado do frango

Os feriados reduziram os dias de programação de abate, o que, por sua vez, resulta em menor disponibilidade de carne no mercado interno. As demandas interna e externa também se mostram aquecidas.

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto ave no atacado subiu 0,24%, custando, em média, R$ 8,40/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (16)), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, ambas, R$ 8,77/kg.

Cepea/Esalq

Abertura de mercado no Peru para exportação de óleo de aves

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 349 oportunidades de negócios desde o início de 2023

O governo brasileiro e o governo peruano concluíram negociação para que o Brasil possa exportar óleo de aves destinado à alimentação animal para aquele país. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 755 milhões em produtos agropecuários para o Peru, com destaque para produtos florestais, carne de frango, cereais, óleo de soja e café. Com população de 34 milhões de habitantes e pecuária em constante expansão, o Peru tem demanda crescente por insumos voltados à nutrição animal. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança a 49ª abertura de mercado em 2025, totalizando 349 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Mapa

Frango/Cepea: Competitividade aumenta frente à carne bovina, mas cai para suína

A carne de frango vem ganhando competitividade frente à bovina, mas perdendo em relação à suína neste mês, segundo apontam levantamentos do Cepea

De acordo com o Centro de Pesquisas, enquanto as proteínas avícola e de boi se valorizam, em relação a março, a suinícola registra queda de preços. Para a carne de frango, pesquisadores do Cepea explicam que, além de uma demanda mais firme, os feriados da sexta-feira, 18 (Sexta-feira Santa), e da próxima segunda-feira, 21 (Tiradentes), reduzem os dias de programação de abate, o que, por sua vez, resulta em menor disponibilidade de carne no mercado interno. E a demanda externa também se mostra aquecida. De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, nos primeiros nove dias úteis de abril, o setor avícola exportador registrou média diária de embarques de 22,4 mil toneladas, 9% acima da de abril do ano passado.

Cepea

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

POWERED BY NORBERTO STAVISKI EDITORA LTDA

041 3289 7122

041 996978868

 

abrafrigo

Leave Comment