CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2449 DE 17 DE ABRIL DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2449 | 17 abril de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado pecuário abriu a quarta-feira (16/4) em alta em algumas das principais praças brasileiras

Nas regiões do Estado de São Paulo, o boi gordo “comum” e “boi-China” subiram R$ 2/@ e a novilha gorda teve alta diária de R$ 3/@, para R$ 327/@, R$ 332/@ e R$ 310/@, respectivamente, de acordo com apuração da Scot Consultoria. Para a vaca gorda paulista, a cotação não mudou, ficando em R$ 290/@.

Segundo a Scot, todos os Estados registraram acréscimos nos preços dos animais terminados. Na região Norte, o boi gordo subiu R$ 5/@, para R$ 325/@, enquanto a vaca e novilha tiveram elevação de R$ 3/@, fechando a quarta-feira em R$ 303/@ e R$ 308/@, respectivamente. Na região Sudoeste de MT, todas as categorias registraram aumento de R$ 2/@, informa a Scot. Dessa forma, o boi gordo está valendo R$ 327/@, a vaca é vendida por R$ 307/@ e a novilha é negociada por R$ 317/@. Na região de Cuiabá, destaque para o avanço de R$ 2/@ no preço da vaca gorda, negociada em R$ 302/@, relata a Scot. Na região Sudeste de MT, houve alta diária de R$ 5/@ para o boi gordo e para a novilha gordas, vendidos agora R$ 325/@ e R$ 310/@, respectivamente. Para a vaca, o acréscimo na mesma região foi de R$ 3/@, agora cotada em R$ 303/@. Ainda em relação às praças de MT, o “boi China” está valendo R$ 328/@, com ágio de R$ 3/@ nas regiões Norte, Sudeste e Cuiabá. Para a região Sudoeste, o prêmio do boi-exportação está em R$ 1/@.

Scot Consultoria

Boi gordo: indústria reage e cotações têm queda

Frigoríficos conseguiram colocar uma quantidade significativa de animais na escala, o que permitiu o recuo da remuneração por arroba

O mercado físico do boi gordo se deparou com tentativas de compra abaixo da referência média no decorrer da quarta-feira (16), com destaque para o posicionamento da indústria frigorífica em São Paulo e Mato Grosso do Sul, informa a consultoria Safras & Mercado. “Após um dia de intensa alta, as indústrias conseguiram colocar uma quantidade significativa de animais na escala, o que permitiu um rápido recuo dos preços. O fato é que a continuidade ou não do movimento de alta depende do escoamento da carne no feriado prolongado, e de que maneira esse escoamento vai impactar nas estratégias das indústrias”, disse Fernando Henrique Iglesias, analista da empresa. Média da arroba do boi gordo: São Paulo: R$ 331,83 – ontem: R$ 333. Goiás: R$ 320,36 – na terça: R$ 321,96. Minas Gerais: R$ 324,41 anteriormente: R$ 320,88. Mato Grosso do Sul: R$ 319,77 – ontem: R$ 328,75. Mato Grosso: R$ 329,73 – na terça: R$ 331,35. O mercado atacadista segue com preços firmes para a carne bovina, ainda em perspectiva de alta, com projeção de bom escoamento no decorrer da semana em função do feriado prolongado. “Mais uma vez é importante mencionar que as exportações seguem em altíssimo nível, em um ano em que o Brasil pode estabelecer um novo recorde de embarques na atual temporada”, assinalou Iglesias. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 20,00 por quilo, o traseiro é cotado a R$ 26,00 por quilo e a ponta de agulha permanece a R$ 18,00 por quilo.

Agência Safras

Preço da arroba do boi gordo registra alta de R$ 2 em São Paulo

Valorização é atribuída a uma oferta restrita em meio a demanda firme pela carne bovina. Ao longo de abril, o ritmo de compra dos frigoríficos indica abates moderados, enquanto a exportação segue aquecida

O preço do boi gordo registrou alta de R$ 2 nas principais praças pecuárias de São Paulo nesta quarta-feira (16/4), negociado a R$ 327 a arroba a prazo em Barretos e Araçatuba, segundo levantamento da Scot Consultoria. A valorização tem sido atribuída a uma oferta restrita em meio a demanda firme pela carne bovina brasileira. Após bater recorde em março, as exportações seguem aquecidas em abril, com quase 11 mil toneladas embarcadas por dia. O volume é 15,6% superior ao registrado em igual período do ano passado.

Globo Rural

Carne bovina: Brasil vai bater recorde nas exportações em 2025; EUA reduzirá em 11% os embarques, prevê USDA

Novo relatório de abril/25 do departamento norte-americano destaca o protagonismo da proteína brasileira (e australiana) no comércio mundial

As exportações de carne bovina do Brasil, líder mundial neste segmento, e da Austrália, segundo maior, devem crescer em 2025, compensando amplamente a oferta mais restrita da proteína em outros tradicionais fornecedores globais, prevê o novo relatório estimativo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de abril/25. “A demanda firme em mercados-chave provavelmente impulsionará ambos os países a novos recordes de exportação de carne bovina em 2025”, acrescenta. Pela previsão do USDA, as exportações do Brasil também devem crescer 3% este ano, para 3,75 milhões de toneladas, na comparação com o resultado de 2024, de 3,64 milhões de toneladas. “A forte demanda de parceiros comerciais importantes – incluindo Estados Unidos, Chile e Filipinas – deve impulsionar os embarques brasileiros para um recorde em 2025”, ressalta o relatório. As exportações da Austrália também devem registrar um avanço anual de 3%, estimuladas pelo crescimento da oferta e os preços competitivos em mercados da América do Norte e o Leste Asiático. O USDA prevê vendas externas de carne bovina australiana de 1,96 milhão de toneladas em 2025, ante 1,898 milhão em 2024. Os embarques de carne (de búfalo) da Índia devem aumentar 2% este ano, para 1,56 milhão de toneladas, devido à forte demanda dos mercados do Sudeste Asiático e Oriente Médio. Por sua vez, prevê o relatório de abril/25, as exportações de carne bovina dos EUA devem atingir 1,218 milhão de toneladas este ano, uma queda de 11% sobre o resultado obtido em 2024, de 1,366 milhão de toneladas. Segundo destaca o USDA, ao longo de 2025, os embarques norte-americanos de carne bovina para a China serão limitados devido à caducidade dos registros de exportação frigoríficos dos EUA e às tarifas retaliatórias. Além disso, continua o relatório, a ampla oferta exportável na Austrália e no Brasil provavelmente aumentará a concorrência em mercados-chave dos EUA. A previsão do USDA é de que as exportações globais de carne bovina aumentem 1% em 2025, para 13,1 milhões de toneladas, com os avanços dos embarques do Brasil, Índia e Austrália compensando a queda nas exportações dos EUA. As importações de carne bovina da China devem crescer 2% em 2025, um ritmo mais lento do que em anos anteriores, devido principalmente à menor demanda do consumidor local, prevê o relatório. As importações dos EUA devem aumentar 5%, já que a demanda por carne magra permanece alta. “A forte demanda de importação dos EUA sustentará o aumento das exportações da Austrália, Brasil e Nova Zelândia”, relata o USDA. Segundo o USDA, a produção global de carne bovina em 2025 deverá permanecer praticamente estável em relação ao volume de 2024, em 61,6 milhões de toneladas, já que a queda nas ofertas nos EUA e na UE será compensada por aumentos no Brasil, Índia e Austrália. A produção brasileira de carne bovina deverá ser ligeiramente superior ao resultado do ano passado, atingindo um recorde de 11,9 milhões de toneladas em 2025, diz o relatório. Na Austrália, o abate total deverá aumentar 2%, impulsionando a produção de carne bovina em 3%, atingindo um recorde de 2,7 milhões de toneladas este ano. A oferta da União Europeia, projeta o USDA, deverá cair 1%, já que os altos custos dos insumos e a pressão regulatória limitam o crescimento. Na Argentina, a previsão é de queda de 4% no abate total, resultando em uma baixa de 3% na produção de carne bovina em 2025. “A menor lucratividade e as más condições climáticas levaram os pecuaristas (da Argentina) a reduzir seus rebanhos nos últimos anos”, justifica o USDA. A produção de carne bovina dos EUA deve atingir 12,2 milhões de toneladas em 2025, uma queda de 1% sobre o ano passado. “Embora a previsão seja de aumento no peso médio dos animais abatidos nos EUA, esse crescimento não compensará a queda no número de animais levados aos ganchos”, relata o USDA.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar fecha em queda ante o real, mas em intensidade menor do que em mercados pares

Os agentes financeiros seguiram atentos ao desenrolar da disputa comercial entre Estado Unidos e China

O dólar à vista registrou queda frente ao real na quarta-feira, em um movimento semelhante ao observado no exterior, de depreciação generalizada da moeda americana. Os agentes financeiros seguiram atentos ao desenrolar da disputa comercial entre Estados Unidos e China. Ontem, todas as moedas de mercados emergentes exibiram recuperação consistente, mas o real não apresentou o mesmo fôlego. Operadores entendem que a moeda brasileira já exibia uma performance superior antes do anúncio das medidas tarifárias do presidente Donald Trump, e agora o que ocorre é mais um equilíbrio do real com seus pares. Encerradas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial registrou queda de 0,44%, cotado a R$ 5,8645. Já o euro comercial exibiu valorização de 0,44%, a R$ 6,6764. Desde o início da sessão, todas as moedas mais líquidas avançavam contra o dólar. No começo da tarde, a moeda americana aprofundou sua queda globalmente, estendendo a dinâmica até o fim das negociações do mercado à vista. O desempenho mais contido do real estaria justificado no fato de a moeda brasileira ter registrado um bom desempenho nas semanas anteriores às medidas tarifárias de Trump. Se avaliado o acumulado do ano, o real continua a apresentar um desempenho melhor que os pares da América Latina e da Ásia, perdendo apenas para moedas de mercados emergentes da Europa — o que se justifica pela narrativa de possível maior crescimento com impulso fiscal na região. Até a data de hoje, o dólar recua 5,10% ante o real neste ano. André Valério, economista sênior do Inter, lembra, em nota, que desde o dia 02 de abril, o euro e o iene já valorizam quase 4%, enquanto o dólar desvalorizou quase 3% globalmente. O chefe de investimentos (CIO) da Porto Asset, Izak Benaderet, ressalta que o ambiente sobre as tarifas está muito incerto, o que dificulta montar cenários e apontar direções para os mercados. Apesar disso, ele afirma que o dólar deve se manter forte, permanecendo a reserva de valor mundial. Além disso, não há hoje uma moeda substituta para o dólar como reserva de valor.” Ainda segundo o CIO da Porto Asset, nem mesmo o afrouxamento na política monetária pelo Federal Reserve (Fed) deveria enfraquecer o dólar globalmente, dado que à medida que o BC americano começar a cortar suas taxas, outras autoridades terão espaço também para reduzir seus juros. Em atualização de cenário, o Itaú Unibanco aponta que o real tem respondido majoritariamente a fatores internacionais, especialmente movimentos de aumento ou de redução de aversão ao risco. “No entanto, a escalada da guerra comercial, com retaliações e consequente recessão global tenderia a aumentar a aversão ao risco e resultar numa taxa de câmbio mais depreciada”, afirma o Itaú, que, no momento, manteve a projeção do dólar a R$ 5,75 no fim deste ano e do próximo.

Valor Econômico

Ibovespa fecha em queda com Vale e NY

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, pressionado principalmente pela Vale, após dados de produção e vendas da mineradora no primeiro trimestre, mas também contaminado por Wall Street, que teve desempenho minado por preocupações sobre o efeito da política comercial de Trump na economia norte-americana.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,68%, a 128.363,5 pontos, de acordo com dados preliminares, chegando a 128.149,1 pontos na mínima e marcando 129.605,01 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$22,1 bilhões antes dos ajustes finais, em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice, além de véspera de vencimento de opções sobre as ações, uma vez o exercício foi antecipado em razão do feriado na sexta-feira.

Reuters

Brasil fica em último lugar em novo ranking de competitividade industrial

Estudo da CNI comparou Brasil com outros 17 países que competem no mercado internacional; ambiente econômico, educação, desenvolvimento humano e trabalho pesaram negativamente. Impactado negativamente por fatores como ambiente econômico e educação, o Brasil ficou em último lugar no mais recente ranking de competitividade industrial elaborado pela Confederação Nacional da Indústria.

Os três aspectos que mais pesaram negativamente no resultado foram Ambiente Econômico; Desenvolvimento Humano e Trabalho; e Educação. Em todos eles, o Brasil ocupou o último lugar no ranking. No primeiro, o custo alto de financiamento no País figura como um dos empecilhos históricos para a indústria. No momento, o alto patamar da Selic, em 14,25% ao ano, reforça esse efeito. Em levantamento, Brasil se saiu melhor no desempenho de Baixo Carbono e Recursos Naturais, ocupando a 12ª posição. O ambiente tributário foi outro aspecto que ajudou a jogar o Brasil para a última posição no ranking de Ambiente Econômico. Nesse caso, a CNI entende que o País viverá um avanço significativo com a reforma tributária. Mas alerta que é preciso cuidado com as regulamentações, especialmente para que exceções tributárias não façam a alíquota média do novo imposto sobre o consumo ser muito alta. O estudo da CNI mostra que, em nenhum dos macros indicadores que compõem o ranking, o País figurou na primeira metade da classificação. No aspecto em que o País se sai melhor é no desempenho de Baixo Carbono e Recursos Naturais, ocupando a 12ª posição. O destaque positivo ficou no subfator de descarbonização, com o 2º lugar no ranking. Segundo a CNI, ainda seria necessário o País avançar em termos de economia circular, subfator no qual o Brasil se desempenhou mal. A CNI publica o ranking desde 2010. Nesta edição, a entidade trouxe alterações metodológicas, com a redefinição de países que competem com o Brasil. Agora, o estudo destaca as economias que possuem uma cesta de produção mais próximas à do País e que estão presentes nos mesmos mercados, tanto no nível de importação quanto de exportação. As comparações foram feitas com Coreia do Sul, Países Baixos, Canadá, Reino Unido, China, Alemanha, Itália, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Turquia, Chile, Índia, Argentina, Peru, Colômbia e México. No fator de Desenvolvimento Humano e Trabalho, em que o País também figurou na última posição, quem lidera entre os países é a Coreia do Sul. Relações de trabalho, que aponta o Brasil em 16º; Saúde e Segurança, em que o País figura em 15º; e Diversidade, Equidade e Inclusão, no qual ocupa o penúltimo lugar, são os subfatores considerados na classificação. No primeiro, por exemplo, foram analisados os temas sobre razão de dependência e impacto das regulamentações trabalhistas na atividade empresarial.

Já no sub-ranking Educação, que também levou o Brasil para o último lugar do levantamento, problemas da formação educacional, como baixa adesão ao ensino técnico e volume baixo de formação de profissionais ligados à ciência e tecnologia, foram quesitos que afetaram negativamente o País. Nesse fator, quem ocupa o primeiro lugar é a Alemanha. “A baixa qualidade da educação impacta diretamente no mercado de trabalho e no desenvolvimento sustentável econômico. O caminho é desafiador e inclui a necessidade de recuperação de problemas trazidos pela pandemia e pela guerra, a redução do Custo Brasil, como também o aumento da produtividade e da inovação em todas as camadas da economia”, comentou o presidente da CNI, Ricardo Alban. Em outros cinco indicadores, o Brasil também esteve abaixo da média no ranking da competitividade industrial. No desempenho de Comércio e Integração Internacional, liderado pelos Estados Unidos, o Brasil ficou em 14º lugar. Nesse caso, há desafios em questões como a integração da indústria ao comércio internacional, participação nas exportações da indústria de transformação e exportação de média e alta tecnologia. Na infraestrutura, em que os brasileiros convivem com problemas crônicos, o País ocupa a 15ª posição. “Os pontos de maior necessidade de melhoria são a qualidade das rodovias, a densidade da malha ferroviária e a eficiência nos portos”, aponta a CNI. O Brasil ficou no mesmo lugar no ranking de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Tecnologia. Mas, no subfator de ciência, tecnologia e inovação, o País se saiu melhor, na 12ª posição, em que se tem os indicadores de complexidade econômica associado à pesquisa e o de investimento em pesquisa e desenvolvimento, ocupando a 9ª e 11ª posição, respectivamente.

O Estado de São Paulo

MEIO AMBIENTE

União Europeia simplifica aplicação da lei antidesmatamento

Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, anunciou medidas para reduzir e carga burocrática, com o objetivo de reduzir custos para as empresas. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ILPF em fazenda do interior paulista. Carne bovina é um dos produtos sujeitos à lei antidesmatamento da União Europeia

A Comissão Europeia anunciou medidas para reduzir a carga burocrática na implementação de sua legislação antidesmatamento, que entrará em vigor no fim do ano. Visa a reduzir custos para as empresas, e terá certamente impacto positivo no fluxo de vendas brasileiras. A flexibilização reflete também o novo contexto geopolítico. A lei antidesmate visa a interditar acesso ao mercado comunitário de sete commodities – soja, carne bovina, café, madeira, óleo de palma, borracha e cacau, e alguns de seus produtos derivados como couro, chocolate, pneus ou móveis– produzidas em zonas desmatadas após o final de 2020. Exportadores terão que apresentar provas documentais de que sua produção não envolveu desmatamento insustentável antes de poderem comercializar seus produtos nos 27 países membros da UE. Agora, a Comissão Europeia, sob pressão de seus importadores, adotou um pacote de simplificação que, segundo Bruxelas, resultará numa redução estimada em 30% dos custos e encargos administrativos para as empresas demonstrarem que seus produtos são livres de desmatamento. São medidas para diminuir a quantidade de vezes em que os operadores precisam apresentar os elementos de prova relativos à inexistência de desmatamento associado aos produtos. Diz que isso garantirá uma implementação simples, justa e econômica ‘dessa peça fundamental da legislação’. As principais medidas de simplificação: As grandes empresas podem reutilizar as declarações de ‘due diligence’ existentes quando as mercadorias, anteriormente no mercado da UE, forem reimportadas. Isso significa que menos informações precisam ser enviadas ao sistema de Tecnologia da Informação (TI); Um representante autorizado agora pode enviar uma declaração de ‘due diligence’ em nome de membros de grupos de empresas; As empresas poderão enviar declarações de ‘due diligence’ anualmente, em vez de a cada remessa ou lote de commodity que entra no mercado da UE; Esclarecimento sobre a “verificação” de que a ‘due diligence’ foi realizada, de modo que as grandes empresas se beneficiem de obrigações simplificadas (agora se aplica uma obrigação legal mínima de coletar números de referência de declarações de due diligence (DDS) de seus fornecedores e usar essas referências para seus próprios envios de DDS). A Comissão diz estar finalizando o sistema de benchmarking de país, ou seja, qual país é considerado com mais risco de desmatamento, o que tem efeito no controle de seus produtos. Esse sistema será adotado até 30 de junho de 2025, após discussões com os Estados-Membros. A legislação antidesmate teria impacto sobre 34% das exportações brasileiras para a UE, atingindo embarques que representaram US$ 17,5 bilhões em negócios em 2022, conforme cálculos apresentados no ano passado pelo governo brasileiro.

Globo Rural

GOVERNO

Governo Lula mantém meta de fechar contas no azul em 2026 e prevê salário-mínimo de R$ 1.630

Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) será enviado ao Congresso com superávit de 0,25% do PIB no último ano do mandato de Lula; governo piora projeção de trajetória da dívida

O governo do presidente Lula decidiu manter a meta de atingir um superávit nas contas públicas de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026 – último período do mandato atual do petista, o que equivale a um resultado positivo de R$ 34,3 bilhões. Com isso, a administração diz que pode fechar as contas no azul no ano que vem. O anúncio foi feito na terça-feira, 15, durante o envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que define as regras do Orçamento do ano que vem. A meta de resultado primário representa o equilíbrio desejado entre despesas e receitas públicas, sem contar as despesas com juros da dívida. O objetivo fixado pelo governo, no entanto, tem uma tolerância para baixo que admite um déficit zero, sem superávit, em 2026. Além disso, uma parte das despesas com dívidas judiciais da União (os chamados precatórios) continuará fora da contabilidade da regra. Na prática, o governo poderá fechar as contas no vermelho e ainda assim cumprir a meta formalmente. O projeto da LDO prevê ainda um salário-mínimo de R$ 1.630 em 2026. Neste ano, o valor é de R$ 1.518. O piso impacta nas despesas com benefícios da Previdência Social, abono salarial e seguro-desemprego. No ano passado, o governo aprovou um pacote de corte de gastos que diminuiu o ganho real do salário-mínimo. O ajuste é feito com base na inflação do ano anterior e no crescimento do PIB de dois anos antes, mas ficou limitado a uma taxa real de 2,5%, assim como o teto do arcabouço fiscal. O valor final do salário-mínimo de 2026 ainda depende do comportamento da inflação e só será definitivamente conhecido.  Como mostrou o Estadão, o pagamento de precatórios deve somar R$ 115,7 bilhões em 2026 e desafia o governo Lula a propor alguma solução para a fatura, que deve voltar integralmente para o limite de gastos do arcabouço fiscal a partir de 2027. Dos R$ 115,7 bilhões em gastos com esses pagamentos, R$ 55,7 bilhões ficarão fora do limite e da contabilidade da meta. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou os pagamentos fora dos limites até 2026. O governo ainda não anunciou que proposta fará para sustentar o arcabouço a partir do ano seguinte. Com os gastos crescentes, a trajetória da dívida pública projetada pelo governo – que é sensível à alocação das despesas dentro ou fora das regras fiscais – piorou. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que reúne governo federal, INSS, Estados e municípios, está em 76,2% do PIB atualmente, deve atingir o pico de 84,2% do PIB em 2028 e só depois começar a se estabilizar, chegando a 81,6% do PIB em 2035, de acordo com os parâmetros estipulados na proposta. Há um ano, o Poder Executivo tinha um cenário mais otimista em mãos e esperava que o pico da dívida fosse de 79,7% do PIB em 2027, diminuindo nos anos seguintes e terminando o ciclo em 74,5% em 2034.

O Estado de São Paulo

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