CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2445 DE 11 DE ABRIL DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2445 | 11 abril de 2025

 

NOTÍCIAS

Preço do boi gordo e “boi China” registram alta

Boi gordo registrou elevação nas cotações em diferentes praças pecuárias

Pelos dados da Scot Consultoria, os preços do boi paulista “comum” e do “boi-China” subiram mais R$ 1/@ na quinta-feira, para R$ 325/@ e R$ 328/@, no prazo, valores brutos. “A oferta de machos está contida, enquanto o volume de fêmeas supera o de bois, o que contribui para sustentar os preços na categoria”, justificou a Scot. Com isso, segundo a consultoria, os preços da vaca e novilha gordas se mantiveram estáveis na quinta-feira, em R$ 290/@ e R$ 305/@, respectivamente. O mercado do boi gordo registrou elevação nas cotações em diferentes praças pecuárias do país. De acordo com o informativo Tem Boi na Linha, a alta se concentrou, principalmente, nas categorias de machos, enquanto os preços das fêmeas mantiveram-se estáveis em parte das regiões analisadas. Em São Paulo, as escalas de abate seguem com média de sete dias no estado. No Tocantins, a limitação de oferta influenciou os preços nas duas principais regiões do estado. No Sul, o boi gordo teve alta de R$ 3,00 por arroba, e a novilha subiu R$ 2,00 por arroba. A vaca manteve o valor anterior. A média das escalas de abate foi de seis dias. Já na região Norte, as três categorias registraram alta: boi gordo e vaca subiram R$ 1,00 por arroba, enquanto a novilha teve acréscimo de R$ 2,00. Nesse caso, a média das escalas alcançou oito dias. Em Minas Gerais, o cenário variou conforme a localidade. No Triângulo Mineiro, apesar da menor oferta de boi gordo, o volume foi suficiente para atender à demanda imediata dos frigoríficos. Os preços do boi gordo e da vaca permaneceram estáveis, enquanto a novilha teve valorização de R$ 3,00 por arroba. A média das escalas de abate foi de oito dias. Já na região Norte do estado, não houve alteração nas cotações das categorias. Segundo a Scot Consultoria, o movimento de alta pontual reflete o equilíbrio entre oferta e demanda, especialmente nas praças com maior restrição de animais prontos para o abate.

Scot Consultoria

Demanda às exportações e aquecimento do mercado doméstico mantém preços em alta

O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais altos na quinta-feira (10).

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por novos reajustes no curto prazo, considerando a atual posição das escalas de abate, entre cinco e seis dias úteis na média nacional. “Soma-se a isso a demanda aquecida presente no mercado, em especial a demanda relacionada às exportações. O mercado doméstico também conta com seus predicados, considerando uma boa demanda durante a primeira quinzena do mês, somado ao feriado prolongado na próxima semana, que motivará a reposição ao longo da cadeia produtiva”, diz. Média da arroba do boi (a prazo). São Paulo: R$ 328,42, contra R$ 327,58 de ontem. Goiás: R$ 320,71, ante R$ 327,75 na quarta. Minas Gerais: R$ 320,88, anteriormente estava R$ 320,29. Mato Grosso do Sul: R$ 321,93, contra R$ 321,36 ontem. Mato Grosso: R$ 324,66, ante R$ 321,49 na quarta. O mercado atacadista confirmou as expectativas e apresenta alta generalizada dos preços. Segundo Iglesias, o movimento se mostrou mais consistente no dianteiro bovino. “A expectativa é de continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com boa propensão a reajustes no curto prazo, ainda considerando os efeitos da entrada dos salários na economia, somado ao adicional de consumo antecipado para o feriado prolongado”, assinalou. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 20,00, por quilo, alta de R$ 1,00. Já o quarto traseiro segue a R$ 26,00, enquanto a ponta de agulha ainda é cotada a R$ 18,00 por quilo.

Agência Safras

Abates de vacas e novilhas surpreendem e atingem volume recorde em março/25

Frigoríficos brasileiros com SIF (Selo de Inspeção Federal) recebem 1,06 milhão de fêmeas, o maior patamar em um único mês na história

Os abates de vacas e novilhas em plantas SIF (Selo de Inspeção Federal) brasileiras voltaram a ganhar força em março/25, com um avanço mensal de 3,55% e um aumento de 13,3% sobre o resultado obtido em março/24, informou a Agrifatto. Foram para os ganchos dos frigoríficos nacionais 1,06 milhão de cabeças, o maior patamar de fêmeas abatidas em um mês na história, detalha a consultoria. A participação das fêmeas no total abatido em março/25 atingiu 45,6%, um avanço de 1,61 ponto percentual. em relação ao quadro registrado no mês anterior. “Dado o comportamento histórico do setor, esse movimento sugere que março/25 pode ter marcado o pico de descarte de fêmeas neste ano”, observou a Agrifatto. O histórico do segmento, continua a consultoria, mostra que os primeiros meses do ano concentram os maiores percentuais de fêmeas no abate, com tendência de queda nos meses seguintes, até atingir os níveis mais baixos observados entre setembro e outubro. Por sua vez, os abates de machos totalizam 1,26 milhão de cabeças em março/25, com recuo mensal de 2,97% e uma baixa de 5,3% na comparação com igual mês de 2024. No total, foram abatidas 2,32 milhões de cabeças no mês passado, praticamente o mesmo volume de fevereiro/25 (ligeira queda mensal de 0,10%) e um acréscimo de 2,36% em relação ao volume registrado em março/24. Foi o maior patamar de abates da série histórica já registrado para um mês de março, destaca a Agrifatto. No acumulado de janeiro a março de 2025, foram abatidos 7,04 milhões de bovinos em plantas SIF, uma alta de 1,78% frente ao mesmo período de 2024, marcando um novo recorde histórico para o período. Os Estados que mais impulsionaram esse desempenho histórico foram Goiás, Minas Gerais e São Paulo, com crescimentos de 12,04 mil, 11,38 mil e 11,32 mil cabeças, respectivamente, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, aponta a Agrifatto.

Portal DBO

Custo de confinamento aumentou em março no Centro-Oeste e no Sudeste

Apesar da expectativa da maior safra de grãos, gastos com alimentação animal continuaram subindo. Com a arroba bovina em alta, a previsão é de crescimento de 18% na intenção de confinamento deste ano, estimado em 8 milhões de cabeças de gado

Após registrarem uma queda atípica em fevereiro, os custos de alimentação de bovinos em confinamentos registraram alta em março no Brasil, segundo o indicador Icap, calculado pela Ponta Agro. No Sudeste, o indicador ficou em R$ R$ 13,27, alta de 5,07% na comparação mensal, enquanto no Centro—Oeste o valor apurado pela empresa foi de R$ 13,91, alta de 1,16%. De acordo com a Ponta Agro, a antecipação da safra 2024/25 apontada como explicação da queda registrada em fevereiro não se confirmou. “Mesmo com a expectativa de recorde na produção de grãos no Brasil, os custos dos principais alimentos utilizados na nutrição de bovinos confinados continuaram subindo, puxados por estoques apertados e demanda firme tanto no mercado interno quanto externo”, observa a empresa em nota. Na região Centro-Oeste, a alta foi puxada pelo custo dos alimentos energéticos, que subiram 2,93% em média. Destaque para a casca de soja, que subiu 10,76% no período, e para a torta de algodão, cuja alta foi de 13,27%. No Sudeste, o aumento médio dos insumos energéticos foi de 6,62% e dos proteicos de 11,21%, puxados pela valorização de 10,51% do sorgo grão seco, 9,15% da casca de soja e de 8% do milho grão seco. Na comparação anual, o custo de confinamento registrou queda de 8,43% no Centro-Oeste e alta de 1,45% no Sudeste. A partir dos dados levantados, o custo total de engorda é estimado em R$ 204,13 e R$ 210,64 por arroba produzida para Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente, permitindo um lucro superior a R$ 820,00 por cabeça nas duas regiões. Segundo a Ponta Agro, o cenário atual revela uma conjuntura mais complexa em 2025 quando comparado a 2024. “Nem mesmo o recorde de produção de grãos na safra 2024/2025 foi capaz de conter a alta dos insumos utilizados na alimentação de bovinos em confinamento”, observa a empresa em nota. Com a arroba bovina em alta, a previsão é de crescimento de 18% na intenção de confinamento deste ano, estimado em 8 milhões de cabeças de gado. “Março de 2025 sinaliza um novo momento para o confinamento brasileiro: valorização da arroba, alta demanda externa e aumento no consumo e custo dos alimentos. O desafio agora é manter a produtividade e a eficiência diante de um cenário mais oneroso”, completa a Ponta Agro em nota.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar volta a subir no Brasil em meio à incerteza sobre impactos da guerra tarifária

Após forte recuo na sessão anterior, o dólar fechou a quinta-feira em alta no Brasil, pouco abaixo dos R$5,90, com o real sendo novamente penalizado pela incerteza sobre os impactos da guerra tarifária desencadeada pelos Estados Unidos

O dólar à vista fechou em alta de 0,89%, aos R$5,8990, após ter cedido 2,53% na véspera. Em abril a divisa acumula elevação de 3,37%. Às 17h29 na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 1,10%, aos R$5,9065. Após os ativos brasileiros terem reagido positivamente na véspera ao adiamento da cobrança de algumas tarifas pelos EUA, por 90 dias, nesta quinta eles foram penalizados, acompanhando as quedas das bolsas e das commodities no exterior, além do avanço do dólar ante divisas pares do real, como o peso chileno e o peso mexicano. O movimento refletiu a percepção de que, apesar do adiamento, o cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e China — os dois principais combatentes neste momento — não será necessariamente positivo para o Brasil. No mercado internacional o petróleo caía em torno de 3% e o farelo de soja cedeu mais de 1% — dois produtos importantes para a pauta exportadora brasileira. “A volatilidade da política comercial de Trump deve continuar sendo um fator de pressão negativo para as moedas emergentes, especialmente o real. A economia brasileira tem elevada sensibilidade à diminuição do crescimento da China e a taxa de câmbio vem sendo um dos principais mecanismos de transmissão desses riscos”, comentou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad. Durante a tarde a divisa dos EUA perdeu força ante o real, mas não o suficiente para virar para o negativo, em meio à incerteza no cenário global. No exterior, o dólar seguia no fim da tarde em alta ante moedas como o peso chileno e o peso mexicano, mas cedia em relação ao iene, ao euro e a libra — divisas que vêm sendo usadas como proteção em meio à guerra comercial. Às 17h28, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 1,82%, a 101,080.

Reuters

Ibovespa fecha em queda com receios sobre tarifas ainda pesando

O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, com a trégua da véspera tendo vida curta, uma vez que persistem preocupações e incertezas sobre os desdobramentos do conflito comercial deflagrado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, principalmente envolvendo a relação com a China

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,13%, a 126.354,75 pontos, chegando a 124.894,76 pontos na mínima e a 127.796,75 pontos na máxima. O volume financeiro no pregão somou R$25,96 bilhões. Na véspera, o Ibovespa avançou mais de 3%, após Trump reduzir temporariamente tarifas comerciais a vários países, com exceção da China, que teve a alíquota elevada ainda mais após troca de retaliações entre as duas maiores economias do mundo. Na quinta-feira, os pregões na Europa ajustaram-se à euforia da véspera, fechando com ganhos, tendo ainda no radar decisão da União Europeia de pausar as contramedidas para as tarifas dos EUA. Mas Wall Street voltou a trabalhar com o sinal negativo e o S&P 500 encerrou do dia em baixa de 3,46%. De acordo com o chefe da área de análise da Genial Investimentos, Eduardo Nishio, é normal o mercado voltar um pouco depois dos fortes ganhos da véspera, enquanto há ainda bastante incerteza em torno dos reflexos da nova política comercial dos EUA, notadamente a questão com a China. “Tem negociações com os outros países que não terminaram. (A aplicação das tarifas) foi só postergada… e tem a China. Esse impasse de China é importantíssimo para o mundo, porque hoje o maior comerciante mundial é a China, não os Estados Unidos”, observou.

Reuters

Agroindústria cresce apenas 0,3% em janeiro, revela FGV Agro

A expansão foi puxada por apenas três setores, que têm peso relevante no índice: Alimentos de Origem Animal (1,3%); Insumos Agropecuários (6,9%) e Produtos Têxteis (6,0%). Todos os demais registraram contração

A pesquisa sobre o volume de produção agroindustrial, do FGV Agro, revela que a Agroindústria teve um desempenho tímido em janeiro, com alta de 0,3% frente ao mesmo mês de 2024. Apesar do crescimento modesto, é a primeira expansão interanual desde outubro do ano passado. A expansão da Agroindústria foi puxada por apenas três setores agroindustriais, que têm peso relevante no índice: Alimentos de Origem Animal (1,3%); Insumos Agropecuários (6,9%) e Produtos Têxteis (6,0%). Todos os demais registraram contração. Entre os resultados negativos para janeiro, destaque para a produção de Alimentos de Origem Vegetal (-3,3%), Produtos Florestais (-2,0%) e Biocombustíveis (-4,4%). Os resultados confirmam as preocupações para o desempenho do setor em 2025, uma vez que os três últimos meses estão em linha com um cenário de desaceleração da economia brasileira.

FGV Agro

EMPRESAS

Masterboi é eleita para o Conselho Deliberativo do Protocolo do Cerrado

Compromisso com a transparência e sustentabilidade reforçam atuação da empresa na cadeia da carne

A Masterboi foi eleita para integrar o Conselho Deliberativo do Protocolo do Cerrado, uma importante iniciativa da cadeia da carne voltada para o monitoramento voluntário de fornecedores de gado no bioma. O objetivo do protocolo é facilitar a implementação de melhores práticas na região, promovendo uma produção mais sustentável. A eleição da Masterboi reforça o compromisso do grupo frigorífico com a transparência e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva, informou a empresa. A nomeação ocorre quando a Masterboi celebra 25 anos de crescimento, baseados em pilares sólidos e com a adoção das melhores práticas do setor. A head de ESG e Compliance da Masterboi, Sandra Catchpole, é uma das articuladoras do Protocolo do Cerrado desde os primeiros diálogos entre frigoríficos, criadores, instituições públicas e organizações não governamentais. “A Masterboi defende uma atividade baseada em princípios. Quando conduzida de forma responsável e coletiva, a pecuária pode ser sustentável no sentido mais amplo do termo”, disse Sandra Catchpole em comunicado. A Masterboi tem um histórico de atuação em favor da integridade da cadeia da carne. No mês passado, a empresa iniciou sua participação no Programa de Rastreabilidade Bovídea Individual no Pará, em uma articulação que envolve pecuaristas, Secretaria de Meio Ambiente do governo do estado, o Ministério Público e ONGs como Imaflora e Amigos da Terra. O Pará possui 26 milhões de cabeças de boi, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). Em 2024, a Masterboi foi eleita pelos seus pares para o Conselho Estratégico do Grupo de Trabalho de Fornecedores Indiretos (GTFI), iniciativa dedicada ao monitoramento de fornecedores indiretos de gado no Brasil. Além disso, foi reconhecida pelo GPA, um dos maiores grupos varejistas do Brasil, como fornecedora frigorífica de destaque por suas informações de rastreabilidade. O Protocolo do Cerrado foi lançado publicamente em abril de 2024 e representa um marco para o monitoramento voluntário de fornecedores de gado na região. O bioma abriga um rebanho estimado em 60 milhões de cabeças de gado, segundo dados do Ministério da Agricultura e do IBGE. O protocolo estabelece 11 critérios e define uma base comum de conformidade socioambiental para os criadores, servindo como um guia para a produção e compra responsável de gado no Cerrado. Os critérios adotados na região são similares aos já seguidos pelos frigoríficos na Amazônia, bioma no qual a Masterboi também possui ampla experiência em monitoramento e conformidade.

Carnetec

GOVERNO

Conab: Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas

O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Conab, representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24. Os dados estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/24 divulgado na quinta-feira (10) pela Companhia. O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à 2023/24, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares. Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectares, a maior já registrada no estado mato-grossense. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 kg/ha. Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho 2ª safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado. Só na segunda safra do grão é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado de uma maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinado com uma recuperação de 5,5% na produtividade média prevista em 5.794 quilos por hectare. A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve registrar uma alta de 14,7%, chegando a 12,1 milhões de toneladas. No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1%, podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares. Para o algodão, a expectativa de produção recorde vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior. Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de consumo de milho na safra 2024/25, uma vez que a produção total do cereal foi reajustada para 124,7 milhões de toneladas. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno. Já as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão. Cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.

CONAB

Brasil exporta US$ 15,6 bilhões em produtos do agronegócio em março

O resultado representa um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, diz o Mapa

O Brasil registrou, em março de 2025, o segundo maior valor de exportações do agronegócio para o mês desde o início da série histórica. Foram exportados US$ 15,6 bilhões. O resultado representa um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com o setor respondendo por 53,6% de todas as exportações brasileiras no mês. O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento dos volumes exportados, que cresceram 10,2%, enquanto os preços internacionais apresentaram alta de 2,1%. Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o agronegócio brasileiro tem se consolidado como um dos principais motores da economia nacional. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro. Entre os principais produtos exportados no mês estão a soja em grãos – US$ 5,7 bilhões (+7%), café verde – US$ 1,4 bilhão (+92,7%), carne bovina in natura – US$ 1,1 bilhão (+40,1%), celulose – US$ 988 milhões (+25,4%) e carne de frango in natura – US$ 772,3 milhões (+9,6%). Além dos produtos tradicionais, o governo brasileiro vem impulsionando oportunidades em segmentos com forte potencial de crescimento. Por meio de novos avanços, itens como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos atingiram recordes de exportação e podem ganhar maior protagonismo nos próximos meses, especialmente em mercados da Ásia, Europa e América do Norte. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024. China, União Europeia e Estados Unidos seguiram como os principais destinos, respondendo juntos por mais da metade das exportações do setor. Países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia também registraram aumento expressivo nas compras de produtos como soja, algodão, celulose e carnes. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, destacou o compromisso do governo em ampliar a presença internacional dos produtos brasileiros. “Os resultados de março demonstram o fortalecimento do agronegócio brasileiro no exterior, em um contexto de crescentes tensões comerciais, com foco na segurança alimentar global. A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável”, afirmou.

MAPA

FRANGOS & SUÍNOS

Direções diferentes no mercado de suínos na quinta-feira (10)

A quinta-feira (10) foi de cotações mistas para o mercado de suínos. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair em março, conforme apontam levantamentos do Cepea. Mesmo com a desvalorização, as médias mensais seguiram mais de 20% acima das registradas em março/24 em algumas praças monitoradas pelo Centro de Pesquisas.
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 158,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,40/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (9), o preço ficou estável somente em São Paulo (8,26/kg), e houve queda somente em Minas Gerais, na ordem de 0,12%, custando R$ 8,33/kg. Houve aumento de 0,13% no Paraná, chegando a R$ 8,00/kg, avanço de 0,91% em Santa Catarina, atingindo R$ 7,80/kg, e de 0,25% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 7,89/kg.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: cenário de preços melhorou na quinta-feira

Em São Paulo, o preço subiu, saindo de R$ 8,50/kg vivo para R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.600 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)

No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 8,40/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 7,93/kg vivo para R$ 8,18/kg vivo.

APCS/ Asemg/ ACCS

Suínos/Cepea: Médias voltam a cair em março, mas seguem acima das de um ano atrás

Os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair em março, conforme apontam levantamentos do Cepea

Mesmo com a desvalorização, as médias mensais seguiram mais de 20% acima das registradas em março/24 em algumas praças monitoradas pelo Centro de Pesquisas. O animal posto na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi cotado à média de R$ 8,56/kg em março, 3,3% abaixo da de fevereiro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o vivo está 17,9% mais valorizado, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de março/25). De acordo com agentes consultados pelo Cepea, a oferta de animais superou a demanda de frigoríficos por novos lotes. No mercado atacadista da Grande São Paulo, por sua vez, o Centro de Pesquisas observou baixa liquidez das vendas da proteína. De fevereiro para março, a carcaça especial suína comercializada no atacado da Grande SP se desvalorizou 4,8%, com o quilo do produto a R$ 12,60. Já na comparação com março do ano passado, a média atual supera em significativos 25,5%, em valores reais (neste caso, a série foi deflacionada pelo IPCA de fevereiro/25).

Cepea

Estabilidade rondou mercado de frango na quinta-feira (10)

O mercado do frango na quinta-feira (10) registrou estabilidade na maioria das cotações

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, assim como a ave no atacado, custando, em média, R$ 8,15/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,98/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (9), o preço da ave congelada caiu 0,12%, atingindo R$ 8,63/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,12%, fechando em R$ 8,70/kg.

Cepea/Esalq

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