Ano 11 | nº 2443 | 09 de abril de 2025
NOTÍCIAS
Cotações do boi comum e do boi China sobem em São Paulo
Na terça-feira (8/4), os preços do boi gordo “comum” e do animal com padrão-exportação (“boi-China”) subiram R$ 2/@ na praça paulista, fechando o dia valendo R$ 322/@ e R$ 325/@, respectivamente, apurou a Scot Consultoria.
As cotações das fêmeas permaneceram estáveis na mesma região, em R$ 288/@ (vaca gorda) e R$ 305/@ (novilha gorda), acrescentou a Scot. Entre os frigoríficos de São Paulo, as escalas de abate estão, em média, para seis dias, segundo levantamento da consultoria. No Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a cotação do boi comum subiu R$4,00/@. Para as fêmeas, sem alterações. As escalas de abate atendiam, em média, a seis dias. Na região de Campo Grande a oferta estava restrita, o que elevou o preço para os machos. A alta foi de R$5,00/@ para o boi comum. As escalas de abate estavam, em média, para cinco dias. Na região de Três Lagoas, os preços de todas as categorias se mantiveram estáveis. As escalas atendiam, em média, a cinco dias. Na exportação de carne in natura, o volume de carne bovina in natura exportado até a primeira semana de abril, foi de 37,4 mil toneladas. Média diária de 9,3 mil toneladas, retração de 0,9% frente ao embarcado por dia em abril do ano passado. O preço médio da tonelada ficou em US$4,9 mil, alta de 9,2% em comparação com abril de 2024.
Scot Consultoria
Arroba do boi gordo: preços aumentam e expectativa no curto prazo segue positiva
Escalas de abate encurtadas e expectativa de exportações recordes na temporada motivam cenário de alta
O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços ligeiramente mais altos na terça-feira (8). De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias, o ambiente de negócios sugere por elevação de preços no curto prazo, considerando que as escalas de abate seguem encurtadas em grande parte do país. “Ao mesmo tempo, as exportações de carne bovina seguem em alto nível, enxugando a oferta doméstica e aumentando a propensão a reajustes. Até mesmo a demanda doméstica conta com seus predicados, considerando uma boa expectativa de consumo para a primeira quinzena de abril”, assinalou. Média da arroba do boi (a prazo): São Paulo: R$ 327,58, contra R$ 326 de ontem. Goiás: R$ 320,54, ante R$ 319,82 na segunda. Minas Gerais: R$ 315,29, em comparação a R$ 312,35 de ontem. Mato Grosso do Sul: R$ 321,02, R$ 320,45 anteriormente Mato Grosso: R$ 319,19, sobre R$ 318,18 anteriormente. O mercado atacadista apresenta preços firmes. A expectativa ainda é de elevação no decorrer da semana. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no curto prazo, considerando a boa demanda prevista para a primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo. “As exportações apresentam ótimo desempenho no decorrer do ano, com grandes possibilidades de mais um recorde histórico na atual temporada”, lembra o analista. O quarto traseiro segue cotado a R$ 26,00 por quilo, o dianteiro ainda é cotado a R$ 19,00 por quilo e a ponta de agulha, precificada a R$ 18,00 por quilo.
Agência Safras
Mesmo com tarifas mais elevadas, Estados Unidos devem seguir comprando carne bovina brasileira
Tarifas impostas pelos Estados Unidos podem abrir espaço para a carne brasileira no Japão e Coréia do Sul
Apesar da elevação das tarifas de importação de 36,4% para a carne bovina brasileira, os Estados Unidos devem continuar comprando carne bovina do Brasil. Os analistas apontam que o mercado brasileiro pode ter possíveis efeitos indiretos positivos e pode abrir espaço para a carne brasileira em países asiáticos como Japão, Coreia do Sul e ampliar a presença na China.
De acordo com o analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os americanos têm uma demanda aquecida por carne bovina aliada a uma oferta restrita no país, o que deve mantê-los comprando volumes significativos do Brasil, mesmo com preços mais elevados. “Apesar dos valores mais altos, os americanos devem continuar importando carne bovina brasileira por estarem na pior posição de rebanho desde anos 1950 e a produção de carne norte-americana deve cair neste ano”, informou a Notícias Agrícolas. O analista da Scot Consultoria, Alcides Torres, disse que mesmo com as tarifas compensa para os americanos pagarem para importar a carne brasileira. “Atualmente, os Estados Unidos é o segundo maior comprador de carne bovina brasileira, mas qualquer redução nas compras por parte dos americanos deve trazer muitos impactos ao setor”, destacou. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção de carne bovina americana deve somar 11,81 milhões de toneladas em equivalente carcaça em 2025, isso representa uma queda de 3,96% frente a 2024. Os Estados Unidos passam por um cenário de inflação, em que os preços das proteínas animais estão bem elevados. De acordo com as informações da Reuters, os preços do varejo dos EUA para carne moída atingiram um recorde de US$ 5,67 por libra em setembro/24 e subiram 42% em relação ao valor de quatro anos atrás. O Diretor da HN AGRO, Hyberville Neto, ressaltou que também é importante acompanhar como será o comportamento do consumidor americano, pois as tarifas devem encarecer ainda mais os preços das carnes no País. “O mercado também precisa ficar atento como isso pode impactar a demanda doméstica no País e até que valor o consumidor americano vai aceitar pagar pela proteína”, comentou. Os analistas apontam que é importante acompanhar como os demais países devem se comportar e se vão buscar por outros países para atender a demanda, como é o caso da Coreia do Sul, Japão e China. “Ainda não sabemos como será o comportamento de alguns países com o tarifaço dos Estados Unidos, mas o mercado está no aguardo se o Japão e Coreia do Sul vão impor sanções mais duras, como é o caso da China. Outros parceiros comerciais dos Estados Unidos devem adotar medidas parecidas da potência asiática e isso pode aumentar a demanda por commodities brasileiras”, ressaltou o analista da Safras & Mercado. As informações do site Beef Central apontam que as tarifas retaliatórias da China aos Estados Unidos devem impactar, diretamente, os embarques mensais de carne bovina dos EUA para a China. Em informações ao Beef Central, Andrew McDonald, da Bindaree Food Group, destacou que esse cenário cria uma oportunidade para Austrália, Brasil, Argentina e Nova Zelândia aumentarem suas exportações de carne bovina para a China. Ainda de acordo com as informações do Beef Central, os compradores americanos haviam pausado os pedidos na última semana, enquanto aguardam o resultado da ação tarifária de Trump. McDonald ainda salientou que o anúncio da tarifa renovou o interesse dos chineses na carne bovina australiana e que a demanda na asiática também está aumentando.
Notícias Agrícolas
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em alta de 1,49%, a R$5,9985 na venda
O dólar voltou a superar os R$6,00 durante a sessão da terça-feira, para depois encerrar pouco abaixo disso, em mais um dia de pressão vinda do exterior após os Estados Unidos anunciarem a cobrança de tarifa de 104% sobre os produtos chineses a partir de quarta-feira
A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,49%, aos R$5,9985, maior valor de fechamento desde 21 de janeiro deste ano, quando encerrou a R$6,0313. Apenas no acumulado das três últimas sessões, o dólar avançou 37 centavos de real, em meio à guerra comercial deflagrada pelos EUA. Em abril a divisa já acumula elevação de 5,11%. Às 17h06 na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 1,36%, aos R$6,0210.
Reuters
Ibovespa fecha em queda com desconforto persistente sobre tarifas minando tentativa de recuperação
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira pelo quarto pregão seguido, com Vale e Petrobras entre as maiores pressões negativas em meio ao declínio dos preços do minério de ferro e do petróleo no exterior, enquanto persistem as preocupações com o desfecho da guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,34%, a 123.909,2 pontos, de acordo com dados preliminares, sem fôlego para sustentar a alta dos primeiros negócios, quando chegou a 127.651,6 pontos. Na mínima do dia, marcou 123.454,24 pontos.
O volume financeiro no pregão somava R$25,3 bilhões antes dos ajustes finais.
Reuters
Dívida pública bruta fica em 76,2% do PIB em fevereiro, mostra BC
A dívida bruta do Brasil registrou alta em fevereiro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário bem menor do que o esperado, de acordo com dados divulgados na terça-feira pelo Banco Central.
A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou fevereiro em 76,2%, contra 75,7% no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 61,4%, de 61,1%. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,2% para a dívida bruta e de 61,8% para a líquida. Em fevereiro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$18,973 bilhões, bem menor do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$31,5 bilhões. O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$28,517 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de R$9,244 bilhões e as estatais tiveram saldo positivo de R$299 milhões, mostraram os dados do Banco Central.
Reuters
INTERNACIONAL
Forte demanda eleva preços internacionais da carne bovina
Cotação média da proteína embarcada em jan-fev/25 pelos grandes fornecedores mundiais atingiu US$ 6.200/t, alta de 8% sobre o valor de igual período de 2024
O preço FOB (preço da mercadoria no momento em que ela desembarca no porto, sem considerar os custos de frete e seguro) da carne bovina brasileira exportada subiu 9% em março/25 em relação ao mesmo período do ano anterior, mas o produto mais comum no comércio entre Brasil com a China, o dianteiro, está sendo negociado atualmente em torno de US$ 5.500 a tonelada, em comparação com cerca de US$ 4.100 em meados do ano passado – um avanço de quase 35%. Os dados acima foram publicados pelo jornal argentino Clarin, que destacou o avanço atual nos preços internacionais da carne bovina, não só do produto brasileiro, mas também da proteína embarcada por outros países concorrentes, como Argentina e Uruguai, os vizinhos na América do Sul que também são importantes fornecedores da commodity. Segundo a reportagem, o valor médio da carne bovina desossada importada pela China no período de janeiro-fevereiro/25 ficou 11% acima da cotação média obtida nos dois primeiros meses do ano passado. A carne bovina que embarca pelo Uruguai recebeu um valor médio de US$ 4.700 por tonelada em fevereiro/25 (preço FOB), em comparação com US$ 4.197 há um ano – um acréscimo de 12%. Por sua vez, a carne bovina exportada pela Argentina atingiu preço médio de US$ 3.957/tonelada no segundo mês de 2025, um valor 38% maior do que no mesmo mês de 2024. No caso argentino, diz o Clarín, o efeito do aumento dos preços reflete por um mix diferente de produtos exportados, com menor participação dos embarques para a China, mercado que paga preços baixos. Pelos cálculos do jornal argentino, o valor FOB médio ponderado de uma tonelada de carne bovina exportada pela Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Austrália e EUA ficou em torno de US$ 6.200 nos dois primeiros meses de 2025, um aumento de 8% em relação ao valor médio obtido em igual período de 2024. O Clarín lembra que mercado internacional de carne bovina começou o ano em meio a uma grande incerteza devido à guerra tarifária iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas com uma demanda muito sustentada, e uma tendência claramente ascendente nos preços da carne bovina. A demanda dos EUA segue muito firme, enquanto há uma desaceleração das compras chinesas, que no período de dois primeiros meses de 2025 totalizam 470 mil toneladas, 6% abaixo do resultado obtido em igual período do ano anterior.
Essa diminuição nas importações da China, diz o Clarin, é mais do que compensada pela maior demanda da Turquia, Argélia, Rússia, México, União Europeia, Indonésia, Filipinas, Vietnã, Malásia, Israel, Líbia, Emirados Árabes e Arábia Saudita. No lado da oferta, deve-se notar que o Brasil e a Austrália começaram o ano com embarques recordes. Nas últimas duas semanas, há uma clara predisposição dos chineses para melhorar os valores (US$ 100-300 por tonelada) pagos pela carne bovina importada, observa o texto. Também há uma menor concentração de remessas de carne bovina oriunda de países da América do Sul e da Austrália no mercado chinês, que também sofrem hoje a competição de muitos outros fornecedores pelo tipo de carne magra que o gigante asiático exige.
Portal DBO
GOVERNO
Valor Bruto da Produção agropecuária deve crescer 10% e atingir R$ 1,421 tri em 2025
Valor atenta para o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais, considerando a produção e a média de preços recebidos pelos produtores
Apesar dos desafios econômicos e climáticos, o Valor Bruto da Produção agropecuária deve crescer 10,1% neste ano ante 2024, alcançando R$ 1,421 trilhão, estima o Ministério da Agricultura. No mês anterior, o ministério previa VBP de R$ 1,414 trilhão. Para 2024, o ministério também revisou sua projeção de R$ 1,274 trilhão para R$ 1,291 trilhão, aumento de 0,5% ante o ano anterior. As projeções constam de boletim mensal da Secretaria de Política Agrícola do Ministério. O VBP é o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais, considerando a produção agrícola e pecuária e a média de preços recebidos pelos produtores rurais de todo o País. Do total previsto para 2025, R$ 943,397 bilhões devem vir das lavouras, equivalente a 66% do total e incremento estimado de 9,6% ante 2024. Outros R$ 477,749 bilhões estão relacionados à produção pecuária, correspondente a 34% do total e alta de 11,1% contra o ano passado. Em 2024, conforme projeções do ministério, o VBP agrícola recuou 3,2% e o da pecuária cresceu 8,4%. Na agricultura, o maior crescimento de VBP, de 43,2%, é projetado para as lavouras de café, somando R$ 123,287 bilhões neste ano. As previsões apontam para crescimento expressivo, de 24,6%, também do VBP do cacau, para R$ 14,075 bilhões. Entre as principais culturas com participação no VBP, as lavouras de soja devem apresentar faturamento bruto 9,1% maior, para R$ 332,034 bilhões, enquanto o VBP do milho é estimado em R$ 148,818 bilhões, incremento anual de 16,4%. O faturamento das lavouras de cana-de-açúcar, por sua vez, deve subir 3,9%, estima o ministério, para R$ 127,546 bilhões, enquanto o faturamento bruto das lavouras de laranja deve subir 12,8%, para R$ 32,580 bilhões. O VBP das lavouras de algodão é estimado em R$ 34,952 bilhões, alta anual de 0,6%. Já o VBP das lavouras de arroz e trigo deve recuar, respectivamente, 8,7% e 7,5%. O faturamento bruto da produção de arroz deste ano é estimado em R$ 23,208 bilhões. A receita bruta obtida com a produção de trigo deve somar R$ 9,921 bilhões. Na pecuária, o maior crescimento deve ser observado na cadeia de bovinos, com aumento estimado de 20,3%, para um VBP projetado em R$ 205,725 bilhões. A produção bovina continua liderando o faturamento bruto da pecuária. O valor bruto da cadeia de suínos deve avançar 7,7%, para R$ 61,136 bilhões, enquanto o faturamento bruto da produção de frangos é projetado 6% acima do ano anterior, para R$ 113,568 bilhões. A receita bruta obtida com a produção de leite deve aumentar 1%, para R$ 69,220 bilhões. Em contrapartida, a produção de ovos deve apresentar VBP 6,2% maior, para R$ 28,100 bilhões. O VBP é projetado mensalmente pelo ministério. O número é calculado pelo cruzamento das informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos preços coletados nas principais fontes oficiais. O estudo da pasta abrange 19 cadeias da agricultura e cinco atividades pecuárias.
Estadão Conteúdo
Carne bovina: Abertura de mercado no Marrocos
Com esse anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 346 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023
O governo brasileiro informa que as autoridades sanitárias do Marrocos aprovaram proposta de Certificado Sanitário Internacional que atualiza os requisitos para a exportação de carne bovina e autoriza a entrada de miúdos bovinos brasileiros naquele país. Com uma população superior a 37 milhões de habitantes, o Marrocos representa um mercado promissor para o agronegócio brasileiro. Em 2023, o Marrocos importou mais de US$ 43 milhões em produtos cárneos e o Brasil foi o seu segundo maior fornecedor. Em 2024, o Brasil exportou para o país cerca de US$ 1,36 bilhão em produtos agrícolas, com destaque para complexo sucroalcooleiro, cereais, farinhas e preparações, animais vivos e café. Além de refletir confiança no sistema de controle sanitário brasileiro, a conclusão dessa negociação oferece aos produtores brasileiros oportunidades futuras para ampliação de parcerias comerciais. Com esse anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sua 46ª abertura de mercado em 2025, totalizando 346 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
EMPRESAS
Impacto das tarifas pode ser positivo para a MARFRIG
Segundo Marcos Molina, fundador e presidente do conselho do grupo Marfrig, o impacto das tarifas dos EUA para o frigorífico deve ser neutro ou positivo
“O Brasil praticamente só exporta bovino de antigo para os Estados Unidos, frango e suíno não. Então, o grande parceiro comercial do Brasil é a China, e lá pode abrir mais oportunidade”, disse Molina, no evento do Bradesco BBI. Porém, segundo o executivo, pode haver pressão no custo produtivo, já que a China tarifou o grão americano, o que pode trazer uma pressão de compra dos grãos da América do Sul, aumentando a demanda pelo grão e, consequentemente, o preço da ração para os animais. “É cedo para calcular os impactos porque, pode ser que com isso, o produtor americano seja afetado e o governo lhe dê subsídio. Mas, no geral, é de neutro para positivo. Esperava uma tarifa maior”, afirmou o empresário.
Folha de SP
Minerva prevê corte imediato na dívida com aumento de capital
Endividamento líquido da empresa terminou o quarto trimestre do ano passado em R$ 15,6 bilhões. MInerva Foods encerrou 2024 com prejuízo e alto endividamento
A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, espera ter uma redução imediata em seu nível de endividamento caso seja aprovado um aumento de capital de R$ 2 bilhões proposto pela administração da empresa. “Essa operação tem como principal objetivo acelerar o processo de desalavancagem da companhia após a recente aquisição na América do Sul”, disse a Minerva, na terça-feira (8/4) em apresentação a analistas, citando a compra das 13 unidades da Marfrig no quarto trimestre de 2024. A injeção de capital deve reduzir a alavancagem – relação entre dívida líquida e Ebitda – em 0,5 de forma imediata. A depender da adesão dos acionistas e das variáveis presentes na proposta, há potencial para diminuir a alavancagem para abaixo de 3 vezes. A dívida líquida da Minerva terminou o quarto trimestre do ano passado em R$ 15,6 bilhões, alta de 75,9%, e a alavancagem alcançou 3,7 vezes. A companhia diz que a totalidade dos R$ 2 bilhões do aumento de capital será usada para pagamento de dívidas. Haverá um “impacto positivo na liquidez das ações” e “impacto positivo no lucro líquido futuro por redução de despesas financeiras”, destacou a empresa, que, em 2024, teve prejuízo de R$ 1,56 bilhão impulsionado pela variação cambial.
O aumento de capital, aprovado pelo conselho de administração e anunciado ontem (7/4), deve ser feito por meio de subscrição privada do valor de R$ 2 bilhões, com a emissão de até 386.847.196 ações ao preço de R$ 5,17. A proposta será avaliada em assembleia de acionistas marcada para o dia 29 de abril. As acionistas Salic e VDQ Holdings se comprometeram a garantir que haja aumento de ao menos R$ 1 bilhão no capital da Minerva. Apesar disso, no pregão desta terça-feira na B3, as ações do frigorífico operam em campo negativo. Às 13h40, os papéis ON caíam 3,73% cotado a R$ 6,20. A companhia também está adotando outras estratégias para cortar o endividamento. Contando com boas condições de mercado para exportação de carne bovina da América do Sul e as expectativas de retorno dos ativos que foram adquiridos da Marfrig, a Minerva pretende gerar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões em caixa livre neste ano, conforme projeção do diretor financeiro e de relações com investidores, Edison Ticle, dada no mês passado. O caixa livre será utilizado para pagamento de passivos.
Ainda foram anunciados recentemente um programa de recompra de bonds (títulos de dívida) e a emissão de até R$ 2,5 bilhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
Valor Econômico
FRANGOS & SUÍNOS
Preços do suíno vivo subiram nas principais praças na terça-feira
A terça-feira (8) terminou com cotações em movimento positivo para o mercado de suínos, especialmente para os preços do animal vivo
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 155,00, enquanto a carcaça especial aumentou 2,50%, fechando em R$ 12,30/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (7), houve aumento de 2,11% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,24/kg, elevação de 2,35% no Paraná, alcançando R$ 7,85/kg, incremento de 0,64% no Rio Grande do Sul, custando R$ 7,87/kg, avanço de 1,58% em Santa Catarina, valendo R$ 7,72/kg, e de 0,49% em São Paulo, fechando em R$ 8,20/kg.
Cepea/Esalq
Preços se sustentaram no mercado do frango na terça-feira
A terça-feira (8) seguiu a toada do dia anterior para o mercado do frango, com as cotações se mantendo na estabilidade
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,49%, custando, em média, R$ 8,15/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,98/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (7), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,61/kg e R$ 8,66/kg.
Cepea/Esalq
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