CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2441 DE 07 DE ABRIL DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2441 |07 abril de 2025

 

NOTÍCIAS

Estabilidade nos preços do boi gordo nas praças paulistas

As ofertas de gado para compra ainda seguiram diminutas e com menos negócios no fechamento da semana. Parte dos compradores estão com as escalas de abate já compostas até o início da próxima semana. Desta forma, não houve alteração nos preços em nenhuma categoria. As escalas de abate estiveram, em média, para sete dias

Na Bahia, para o estado, o cenário foi de ofertas mais confortáveis de fêmeas e, por conta disso, os preços se mantiveram para as vacas e novilhas. Para o boi gordo, entretanto, houve alteração nos preços. Na região Sul, a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@, enquanto a da vaca e novilha permaneceu estável. As escalas de abate estiveram, em média, para dez dias. Na região Oeste do estado, a cotação do boi gordo subiu R$3,00/@. Os preços se mantiveram estáveis para a vaca e novilha. As escalas de abate atenderam, em média, 10 dias.  Nas regiões Sul e de Belo Horizonte, Minas Gerais, para o estado, o cenário foi de preços firmes e ofertas diminutas de gado, em especial para bois. Na região de Belo Horizonte, a cotação do boi gordo subiu R$5,00/@, e a da vaca e novilha R$3,00/@.  Na região Sul do estado, a cotação de todas as categorias subiu R$10,00/@. As escalas de abate estiveram, em média, para cinco dias.

Scot Consultoria

Demanda interna aquecida com a proximidade da Páscoa e exportações recordes dão sustentação ao mercado

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar elevação em seus preços na sexta-feira (4). Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com o atual posicionamento das escalas de abate, bastante encurtadas neste momento.

“Soma-se a isso ao fato de a demanda seguir aquecida neste momento, com a entrada dos salários na economia adicionado ao maior potencial de consumo relacionado ao Domingo de Páscoa. Exportações seguem em bom nível, com expectativa de mais um recorde de embarques para a atual temporada”, disse. Média da arroba do boi (a prazo): São Paulo: preços firmes, com boa propensão a reajustes do boi gordo no curto prazo. Negociações entre R$ 320 e R$ 325. Goiás: mais um dia de negociações acima da referência média. Negócios no sudoeste do estado aconteceram na média de R$ 315 a R$ 320. Mato Grosso do Sul: preços ligeiramente mais altos no decorrer da sexta-feira. Na região de Campo Grande e Naviraí, indicações ao nível de R$ 310. Mato Grosso: preços mais altos durante o dia. Na região de Paranatinga, relatos de negócios em até R$ 315, assim como em Mirassol d’Oeste. O mercado atacadista apresentou alta em seus preços no decorrer da semana, confirmando a expectativa de boa demanda. Assim, a tendência é de continuidade do movimento no curto prazo, considerando o período de aquecimento da demanda. O quarto traseiro foi precificado na sexta-feira a R$ 25,50 por quilo, o dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50 e ponta de agulha a R$ 17,50. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,055 bilhão em março (19 dias úteis), com média diária de US$ 53,299 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 215,427 mil toneladas, com média diária de 11,338 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.898,90. Em relação a março de 2024, houve alta de 40,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 29,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 8,2% no preço médio.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Alagoas- AL)

Durante a semana, em Alagoas, a cotação do boi gordo apresentou queda. Para a vaca e para a novilha, a cotação não mudou

Com isso, na comparação semanal, a cotação do boi gordo apresentou recuo de 1,6% ou R$5,00/@, cotado em R$295,50/@. A vaca e a novilha, estão sendo negociadas em R$276,00/@ e em R$280,50/@, respectivamente. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). O diferencial de base do boi gordo em relação a praça paulista é de R$19,50/@, ou menos 6,6%, com o boi gordo em São Paulo comercializado em R$315,00/@, considerando o preço a prazo e livre de impostos. No curto prazo, a expectativa é de estabilidade a alta nas cotações no estado, devido a uma menor oferta de bovinos terminados.

Scot Consultoria

A exportação de carne bovina in natura foi recorde em faturamento e embarque em março e no 1º trimestre de 2025

A exportação de carne bovina in natura do Brasil somou 215,43 mil toneladas métricas em março de 2025, valor 29,5% acima do recorde anterior, de 2022, quando somou 169,13 mil toneladas. A receita também renovou a máxima e pela primeira vez acima de US$1,0 bilhão em um mês de março

Em 2025, novo recorde de exportação de carne bovina foi alcançado para um mês de março, avaliado tanto em faturamento como pelo ritmo de embarque. O Brasil comercializou o equivalente a US$1,05 bilhão em carne bovina in natura em março de 2025, valor 40,1% maior que o observado em março de 2024 (US$753,21 milhões) e superando o recorde anterior, de 2022 (US$998,59 milhões). A alta na receita foi maior que a observada para o ritmo de embarque justamente porque o preço médio da carne bovina brasileiro no mercado internacional também subiu frente ao mesmo período dos anos anteriores (2023 e 2024). O Brasil também apresentou o melhor 1º trimestre da história em faturamento e venda de carne bovina in natura, com os valores alcançados muito acima do observado nos 3 primeiros meses dos anos anteriores.

Farmnews

Boi/Cepea: Em um ano, preços do bezerro sobem mais que boi gordo

Os preços do bezerro vêm registrando altas mais intensas que as do boi gordo ao longo do último ano, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Entre março/24 e março/25, enquanto o bezerro negociado em Presidente Prudente (SP) se valorizou 42%, a cotação do boi gordo subiu 35%. Representantes de leiloeiras consultados pelo Cepea têm relatado oferta bem abaixo do que consideram normal; a demanda não está aquecida, mas tem sido suficiente para motivar pequenos aumentos da reposição e sinalizar reversão de ciclo de preços dessas categorias. O cenário atual pode dificultar a decisão do pecuarista em investir na terminação intensiva, já que a reposição representa entre 60% e 70% do custo de produção de confinamentos, segundo dados do Cepea.

Cepea

Venda de carne bovina tem sido maior para os cortes do dianteiro, com reflexo na alta de preço no atacado

A maior procura pelos cortes do dianteiro no setor atacadista sem osso tem impulsionado a valorização de sua cotação, enquanto os cortes do traseiro seguem em queda.

No atacado de carne bovina com osso, a oferta de boiadas para abate reduziu e, consequentemente, o volume de carne disponível, impulsionando a valorização dos preços. No entanto, as vendas seguiram de lentas a razoáveis. E por falar na menor oferta de animais pronto para o abate, o preço do boi gordo segue em recuperação desde março com consequente reflexo na alta do preço da arroba também no mercado futuro. Aliás, o investidor Pessoa Física voltou a acumular saldo na posição de compra nos contratos futuros do boi gordo, o que não acontecia desde o início de dezembro de 2024. A carcaça casada do boi capão registrou alta de 1,2%, negociada em R$21,35/kg, enquanto a do boi inteiro subiu 3,9%, chegando em R$19,85/kg. Para as fêmeas, o preço da carcaça casada da vaca teve valorização de 2,7%, cotada em R$19,25/kg, e para a da novilha foi de 2,8%, apregoada em R$20,00/kg. No mercado de carne sem osso, a venda de carne bovina do dianteiro melhorou, resultando na valorização generalizada desses cortes, com destaque para o acém (2,0%) e, com isso, a média dos preços subiu 0,2%. Em contrapartida, as vendas dos cortes do traseiro não foram o suficiente para sustentar as cotações, registrando queda de 0,5% no preço médio, com destaque para a fraldinha (-3,7%). Dessa maneira, o preço médio dos cortes desossados no atacado caiu 0,4%. No varejo, houve queda nos preços médios em todos os estados levantados, exceto no Rio de Janeiro, que apresentou aumento nas cotações em 0,4%. Em São Paulo, o preço médio caiu 0,5%, com 11 dos 21 cortes em queda. No Paraná, a queda foi de 0,3% e, em Minas Gerais, foi de 0,6%, com destaque para a fraldinha (-4,3%) e para a picanha (-4,1%). Na semana, o preço do dianteiro avulso caiu 3,2%, cotado em R$15,00/kg. A cotação do frango médio especial subiu e a da carcaça especial suína, caiu. A relação de troca do dianteiro avulso frente ao frango melhorou 4,5% na semana, permitindo adquirir menos frango com 1kg da carne bovina – passando de 2kg para 1,91kg. Já a relação com a carne suína melhorou 2,4% para o boi, em relação à semana anterior, uma vez que agora é possível obter uma quantidade menor de carne suína, indo de 1,34kg para 1,30kg com 1kg de dianteiro.

Farmnews

Carne bovina pode ganhar competitividade no mercado doméstico no 2º tri, diz Rabobank

A carne bovina tende a ganhar competitividade em relação à suína e à de frango no segundo trimestre em um cenário de exportações aquecidas, queda nos preços do boi gordo e de forte aumento nas cotações de milho, principal insumo da ração de suínos e aves, segundo recente relatório do Rabobank

A “queda sazonal no volume de chuva no segundo trimestre de 2025 deve elevar a oferta de gado engordado a pasto e ser fator adicional de pressão nos preços do boi gordo neste período”, disse o Rabobank. Dados parciais no início de 2025 indicam um ritmo de abates de gado confinado ainda elevado no comparativo anual, mas em tendência de queda, segundo no banco. Já para a segunda metade deste ano, o Rabobank espera que preços mais altos de boi gordo e a maior estabilidade nos custos de produção das carnes de frangos e suínos resultem em maior diferença de preços entre a proteína bovina e as concorrentes, levando à migração do consumo para proteínas consideradas mais baratas.

Carnetec

ECONOMIA

Dólar tem maior alta diária no governo Lula após China reagir aos EUA

Após o forte recuo da véspera, o dólar registrou na sexta-feira a maior alta percentual diária do governo Lula até o momento, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior após a China anunciar retaliação ao tarifaço dos EUA, aumentando a guerra comercial e a perspectiva de desaceleração da economia global

O dólar à vista fechou em alta de 3,72%, aos R$5,8382, na maior elevação percentual em um único dia desde 10 de novembro de 2022, quando subiu 4,10% ainda no governo de Jair Bolsonaro. Apenas na sexta, a moeda avançou 21 centavos de real. Na semana, a divisa dos EUA acumulou alta de 1,31%. No ano, porém, a queda acumulada é de 5,52%. Às 17h52, na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 3,63%, aos R$5,8670. No início do dia a China anunciou cobrança adicional sobre os produtos norte-americanos de tarifa de 34% — mesmo percentual anunciado na quarta-feira pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para os produtos chineses. Além disso, Pequim estabeleceu controles sobre a exportação de algumas terras raras — elementos químicos fundamentais para a indústria de tecnologia – e apresentou uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC). Os temores de recessão nos EUA e desaceleração da economia global impactaram diretamente as moedas de países exportadores de commodities e emergentes, como o real, o peso chileno, o peso mexicano e o rand sul-africano. Após o recuo forte da véspera, o dólar também recuperou valor ante o iene, o euro, a libra e o dólar australiano. No Brasil, as cotações acompanharam o movimento. A forte queda do petróleo era outro fator para o fortalecimento do dólar ante o real, já que o Brasil é exportador da commodity. “Existe também um reflexo prático e imediato no fluxo. As bolsas lá fora desabaram, com o (índice) Nasdaq caindo mais de 4%, por exemplo. Então o investidor precisa recompor essas perdas, e aí precisa ‘vender emergente’”, afirmou o diretor da assessoria FB Capital, Fernando Bergallo, ao justificar o avanço forte do dólar ante o real na sexta-feira. “Essa dinâmica também pesou.”

Reuters

Ibovespa tem maior queda do ano com escalada de guerra comercial global

O Ibovespa fechou em forte queda na sexta-feira, registrando mínimas em três semanas, após a China retaliar tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos, elevando temores de forte desaceleração da economia global.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,96%, a 127.256 pontos, tendo marcado 126.465,55 pontos na mínima, menor patamar desde 14 de março. No melhor momento do dia, registrou 131.139,05 pontos. Foi a maior queda percentual em um dia desde 18 de dezembro, quando fechou com declínio de 3,15%. Com tal desempenho, o Ibovespa acumulou um declínio de 3,52% na semana. O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$31,75 bilhões. Após ficar entre as economias que mais sofreram com as tarifas recíprocas anunciadas pelos EUA na quarta-feira, a China anunciou na sexta-feira medidas de retaliação, incluindo taxa adicional de 34% sobre produtos norte-americanos. O movimento escala a guerra comercial deflagrada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que economistas veem afetando negativamente a atividade econômica global. O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que as novas tarifas de Trump são “maiores do que o esperado” e as consequências econômicas, incluindo inflação mais alta e crescimento mais lentos, provavelmente também serão. Para a equipe de pesquisa macroeconômica do Itaú, essa foi uma semana histórica para o comércio internacional, adicionando elevada incerteza aos mercados. Em relatório a clientes na sexta-feira, os economistas do banco afirmaram que será importante acompanhar as decisões de retaliação pelas principais economias, que contribuem para elevar os riscos de uma desaceleração sincronizada entre países. O Ibovespa passou quase ileso em um primeiro momento ao anúncio de Trump, fechando a quinta-feira praticamente estável, conforme a forte queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries derrubaram as taxas dos DI, ajudando ações sensíveis a juros. Na sexta-feira, contudo, sucumbiu à aversão de risco com a China respondendo forma contundente à nova política comercial norte-americana. Em Wall Street, o S&P 500 caiu quase 6%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 3,9943%, de 4,055% na véspera. As bolsas na Europa e Ásia também tiveram quedas relevantes. Economistas do JPMorgan escreveram em relatório a clientes ter “convicção suficiente” para afirmar que as tarifas norte-americanas elevam os riscos de recessão nos EUA e no mundo para 60%, ante um percentual de 40% estimado há um mês. O Goldman Sachs e a S&P Global também passaram a ver uma chance maior de recessão nos EUA.

Reuters

Brasil tem superávit comercial de US$8,155 bi em março, bem acima do esperado

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$8,155 bilhões em março, uma alta de 13,8% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) na sexta-feira.

O saldo veio acima de expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam superávit de US$7 bilhões para o mês. As exportações somaram US$29,178 bilhões no mês, uma alta de 5,5%% em relação a março de 2024. As importações, por outro lado, cresceram 2,6%, totalizando US$21,023 bilhões. Os dados de março seguem um forte resultado negativo no mês anterior, quando a balança registrou déficit de US$323,7 milhões, o primeiro saldo negativo mensal desde janeiro de 2022, sob o impacto da importação de uma plataforma de petróleo da China no valor de US$2,7 bilhões, segundo os dados do governo. No ano, o país acumulou até março um superávit comercial de US$9,982 bilhões, uma queda de 46% em relação ao observado no mesmo período de 2024. No período, as exportações somaram US$77,314 (-0,5%), e as importações, US$67,332 bilhões (+13,7%). O Mdic atualizou suas estimativas para a balança comercial no ano, prevendo um superávit de US$70,2 bilhões em 2025, o que representaria uma redução de 5,4% em relação ao saldo de 2024. Em janeiro, o ministério havia estimado um saldo positivo de US$60 bilhões a US$80 bilhões para o ano. A projeção para as exportações foi atualizada para US$353,1 bilhões (US$320-US$360 bilhões antes) e a estimativa para as importações passou a US$282,9 bilhões (US$260-US$280 bilhões antes).

Reuters

IGP-DI recua 0,50% em março e acumula alta de 8,57% em 12 meses

Com peso de 60% no indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo registrou queda de 0,88%, após alta de 1,03% em fevereiro

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação de 0,50% em março, após subir 1% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A variação em linha com a mediana das estimativas de 16 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo VALOR DATA, de -0,5%, com intervalo das projeções entre -0,6% e -0,2%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 8,57% em 12 meses, dentro do intervalo das estimativas colhidas pelo VALOR DATA, entre 8,49% e 8,90%. No primeiro trimestre, o IGP-DI tem alta de 0,60%. Em março de 2024, o IGP-DI havia caído 0,30% e acumulava queda de 4% em 12 meses. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou queda de 0,88%, após alta de 1,03% em fevereiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais saiu de 0,79% em fevereiro para 0,47% em março. O Índice de Bens Finais “ex”, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,10% em março, de 0,08% em fevereiro. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,51% em fevereiro para queda de 0,29% em março. O Índice de Bens Intermediários “ex”, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,01% em março, de 0,06% em fevereiro. O estágio das Matérias-Primas Brutas por seu lado registrou queda de 2,10% em março, de alta de 1,53% em fevereiro. Com peso de 30% no IGP-DI, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) desacelerou para alta de 0,44% em março, após subir 1,18% em fevereiro. O núcleo do IPC-DI registrou taxa de 0,46% em março, levemente abaixo do 0,48% de fevereiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 40 foram excluídos do cálculo do núcleo. Desses, 22 apresentaram taxas abaixo de 0,12%, linha de corte inferior, e 18 registraram variações acima de 0,80%, linha de corte superior. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens com alta de preços para o consumidor, ficou em 62,58%, 1,94 ponto percentual (p.p.) abaixo do registrado em fevereiro, quando o índice foi de 64,52%. Por fim, com os 10% restantes do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) subiu 0,39% em março, de 0,40% em fevereiro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,42% para 0,24%), Serviços (0,42% para 0,23%) e Mão de Obra (0,37% para 0,61%). O IGP-DI e seus componentes comparam preços coletados entre o dia 1º e o último do mês de referência com os do mesmo período do mês imediatamente anterior.

Valor Econômico

CARNES

Depois de reagir e taxar EUA, China pode aumentar compras de carnes do Brasil

Segmento de suínos é visto como o de maior potencial de mercado no país asiático, em meio à guerra comercial desencadeada pelo presidente americano Donald Trump. Cenário está mais favorável para as exportações de carnes brasileiras

A China anunciou que vai impor tarifas de 34% sobre todas as importações americanas, em resposta às taxações anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta semana. Uma das possíveis consequências desta escalada na guerra comercial é o aumento de demanda do país asiático pelas carnes do Brasil, em especial a suína. Os americanos são o terceiro maior exportador de carne suína para o mercado chinês, atrás da Espanha e Brasil, respectivamente. “Dois gigantes do comércio internacional deixarão de fazer negócio ou, ao menos, reduzirão muito seu volume. Com o Brasil sendo o principal fornecedor de commodities, certamente será positivo”, estima a diretora da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel. Fernando Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, também avalia que a suinocultura é a que tem mais chances de ocupar o lugar dos americanos no mercado chinês. E ainda vê a possibilidade das carnes bovina e de frango do Brasil ganharem mais espaço no país asiático. “A exportação do Brasil já tende a ser recorde em 2025 para as três carnes, e essa conjuntura mercadológica torna o quadro ainda mais favorável na nossa expectativa de exportações”, afirma. Antes da guerra comercial, a Safras & Mercado já projetava uma alta de 8,8% para as exportações de carne suína do Brasil neste ano: 1,37 milhão de toneladas. A consultoria deve revisar o número na próxima semana. Para a de frango e a bovina – já considerando a guerra de taxas entre EUA e China – a expectativa é de aumentos de 5,24% e 2,29%, respectivamente. Os embarques devem somar 5,43 milhões de toneladas de frango e 4,28 milhões de toneladas de carne de boi. Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, tem uma visão mais moderada sobre a carne bovina. Diz acreditar que as tarifas terão um efeito quase neutro para o segmento, já que os Estados Unidos exportam para a China um volume do produto bem inferior ao do Brasil. Em 2024, os americanos venderam aos chineses 138,15 mil toneladas, conforme dados compilados pela Agrifatto. Os brasileiros enviaram 1,33 milhão de toneladas ao país asiático, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Caso a China deixe de comprar carne bovina dos EUA, “a gente ainda teria que distribuir isso com outros fornecedores, então não é tanta coisa (em demanda) que viria para o Brasil, que já exporta muito”, avalia Alves, do Itaú BBA. No entanto, o Brasil não deve sentir de imediato esse eventual aumento de competitividade em relação às carnes dos Estados Unidos na China. É o que afirma o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres. “Eu acho difícil essas mudanças de fluxos comerciais de maneira rápida.” Em relatório, o banco BTG Pactual alerta que o Brasil já tem uma alta exposição à China, seu principal parceiro comercial em carnes e outros setores. Com duas maiores economias do mundo medindo forças por meio de tarifas de importação, há riscos para o mercado global e para essa eventual vantagem competitiva dos brasileiros sobre os americanos nos negócios com o país asiático. “Uma intensificação das tensões comerciais entre EUA e China poderia resultar em uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa, reduzindo a demanda por produtos brasileiros e os preços internacionais de commodities, o que reduziria a vantagem relativa que o Brasil poderia obter nesse novo contexto”, diz o banco em relatório. As “tarifas recíprocas” anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabelecem uma sobretaxa mínima para praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA. Para o Brasil, ficou em 10%. Para a China, são 34%; e para a União Europeia, 20%. A China respondeu com uma tarifa de 34% sobre as importações de todos os produtos americanos. De acordo com a Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado chinês, a medida começa a valer na próxima quinta-feira (10/4). “Em termos relativos, porém, a perspectiva de prejuízo para o Brasil tende a ser menos severa do que para nações que enfrentam alíquotas mais altas. A profundidade dessa perda dependerá, sobretudo, de quanto a atividade econômica global poderá se deteriorar em um cenário de escalada protecionista”, acrescenta o BTG. No caso das carnes, o diretor da Scot Consultoria afirma que as taxações anunciadas pelos EUA devem ampliar a inflação americana.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado de suínos encerrou a sexta-feira (4) com cotações estáveis

De acordo com análise divulgada pelo Cepea, em março os preços médios da carne suína caíram em maior intensidade que os das principais substitutas (de frango e bovina)

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 153,00, enquanto a carcaça especial subiu 2,61%, fechando em R$ 11,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (3), houve aumento apenas em Santa Catarina, na ordem de 0,80%, chegando a R$ 7,59/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,94/kg), Paraná (R$ 7,67/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,80/kg) e São Paulo (R$ 8,02/kg).

Cepea/Esalq

Março fecha com alta de 44,44% no faturamento com exportações de carne suína

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, as exportações de carne suína in natura até a última semana de março (19 dias úteis), superou forte o que foi registrado em março de 2025.

A receita obtida, US$ 258,6 milhões representa 44,44% a mais do que o total arrecadado em todo o mês de março de 2024, que foi de US$ 179 milhões. No volume embarcado, as 102.699 toneladas representam 30,36% a mais do que o total registrado em março do ano passado, quantidade de 78.775 toneladas. No comparativo com o resultado das exportações de fevereiro de 2025, a receita obtida com as exportações de carne suína de março representa 2,05% a mais que o total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2025.  No volume embarcado, as 102.699 toneladas embarcadas até o fim de março representam 1,56% de aumento sobre o total registrado em fevereiro, com 101.118 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 13,6 milhões, quantia 44,4% maior do que a de março de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 2,82% observando os US$ 14 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.405 toneladas, houve elevação de 30,4% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, recuo de 3,20%, comparado às 5.584 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.518, ele é 10,8% superior ao praticado em março passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,40% em relação aos US$ 2.508 anteriores.

SECEX/MDIC

Suínos/Cepea: Aumenta competitividade frente a concorrentes

Levantamentos do Cepea mostram que, em março, os preços médios da carne suína caíram em maior intensidade que os das principais substitutas (de frango e bovina)

Segundo pesquisadores do Cepea, as vendas da proteína suinícola estiveram lentas ao longo do mês, enquanto a oferta de animais para abate – e, consequentemente, de proteína no atacado – permaneceu ligeiramente elevada. Como resultado, a competitividade da carne suína aumentou frente às concorrentes. Ainda conforme o Centro de Pesquisas, na média de março, a carcaça suína foi comercializada 4,20 Reais/kg acima da proteína avícola, diferença 11,9% abaixo da observada em fevereiro. Em relação à carcaça casada de boi, ficou 9,36 Reais/kg mais cara que a suína, ampliando a diferença em 2,8% em igual comparativo. Vale lembrar que a carne suína ganha competividade à medida que reduz a diferença de preço frente à de frango e que eleva a diferença em relação à de boi.

Cepea

Reajustes positivos para as cotações no mercado do frango na sexta-feira (4)

Segundo análise do Cepea, os preços da carne de frango voltaram a subir na maioria das regiões acompanhadas. Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem do típico aquecimento da demanda em início de mês, com o maior poder de compra da população (recebimento de salários).

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo aumentou 1,69%, custando, em média, R$ 6,40/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,88%, custando, em média, R$ 8,00/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,69/kg, enquanto no Paraná, houve aumento de 0,81%, valendo R$ 4,98/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (3), houve aumento de 1,18% para o preço da ave congelada, chegando a R$ 8,61/kg, e elevação de 1,17% para o frango resfriado, custando R$ 8,66/kg.

Cepea/Esalq

Na exportação de frango, receita e volume aumentaram em março/25

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, as exportações de carne de aves in natura até a última semana de março (19 dias úteis), cresceram em volume e arrecadação diante dos números de março de 2024

A receita obtida, US$ 786.9 milhões, representa 14,42% a mais que o total arrecadado em todo o mês de março de 2024, que foi de US$ 687,7 milhões. No volume embarcado, as 438.916 toneladas representam 12,32% sobre o volume registrado em março de 2024, com quantidade de 390.744 toneladas. No comparativo com o resultado das exportações de fevereiro de 2025, a receita obtida até o final de março representa 0,90% a mais que o total arrecadado em todo o mês de fevereiro, que foi de US$ 779,9 milhões. No volume embarcado, as 438.916 toneladas representam 0,49% a mais que o volume registrado em fevereiro 436.742 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 41,4 milhões quantia 14,4% maior do que a registrada em março de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 6,54% quando comparado aos US$ 44,3 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 23.100 toneladas, houve elevação de 12,3% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, redução de 7,25% em relação às 24.907 toneladas da semana anterior. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.792 é 1,9% superior ao praticado em março do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,76% no comparativo ao valor de US$ 1.779 visto na semana passada.

SECEX/MDIC

Frango/Cepea: Preços da carne voltam a subir neste início de abril

Os preços da carne de frango voltaram a subir na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem do típico aquecimento da demanda em início de mês, com o maior poder de compra da população (recebimento de salários). De acordo com agentes do setor avícola consultados pelo Cepea, há expectativa de aumento no volume de vendas nos próximos dias. O cenário tende a ser mais favorável em comparação com as últimas duas semanas, que foram impactadas pela menor liquidez.

Cepea

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

POWERED BY NORBERTO STAVISKI EDITORA LTDA

041 3289 7122

041 996978868

 

 

abrafrigo

Leave Comment