CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2431 DE 24 DE MARÇO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2431 |24 de março de 2025

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: arroba ganha firmeza

Na sexta-feira (21/3) foi a vez do boi gordo “comum” subir mais um pouco nas praças paulistas, segundo dados apurados pela Scot Consultoria.

O animal sem padrão-exportação passou a ser negociado em São Paulo por R$ 1/@ a mais, agora cotado em R$ 313/@, no prazo, valor bruto, de acordo com o levantamento da Scot. Por sua vez, no mesmo mercado paulista, a vaca gorda vale R$ 280/@, a novilha gorda está cotada em R$ 295/@ e o boi china” está apregoado em R$ 316/@. As escalas de abate nas praças paulistas atendem, em média, sete dias. Em Mato Grosso do Sul, as variações de preço foram observadas nas regiões de Dourados e Campo Grande. Em Dourados, o preço do boi gordo subiu R$5,00 por arroba, enquanto os valores da vaca e novilha permaneceram inalterados. Já na região de Campo Grande, a cotação da novilha registrou uma queda de R$5,00 por arroba, com os preços das demais categorias estáveis.

Scot Consultoria

Boi gordo: arroba teve altas de até 5% na semana

Encurtamento das escalas de abate pode ser entendido como um dos fatores responsáveis pelo movimento

O mercado físico do boi gordo registrou novos aumentos de preço no Brasil ao longo da última semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o encurtamento das escalas de abate pode ser entendido como um dos fatores responsáveis por esse movimento, diante da retenção de oferta por parte dos pecuaristas em meio às boas condições das pastagens. Iglesias também menciona as exportações de carne bovina em ótimo nível pelo Brasil como um elemento que vem garantindo suporte às cotações do boi gordo. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 20 de março: São Paulo (SP): R$ 315, avanço de 1,61% frente ao fechamento da última semana, de R$ 310. Goiânia (GO): R$ 305, alta de 3,39% perante os R$ 295 registrados na semana passada. Uberaba (MG): R$ 310, aumento de 5,08% frente ao fechamento da semana anterior, de R$ 295. Dourados (MS): R$ 310, acréscimo de 5,08% frente aos R$ 295 da última semana. Cuiabá (MT): R$ 300, estável frente a semana passada. Vilhena (RO): R$ 270, valor 1,89% superior aos R$ 265 da semana anterior. O mercado atacadista fugiu à regra e apresentou elevação em seus preços, segundo a Safras & Mercado, mesmo diante da segunda metade do mês, período de menor propensão a reajustes. Apesar do aumento, Iglesias entende que a população segue em busca de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, cortes de suínos e embutidos. O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 25,50 o quilo, alta de 2% frente ao valor praticado no fechamento da semana passada (R$ 25). O quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18,50 o quilo, sem mudanças frente a semana anterior. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 572,021 milhões em março (8 dias úteis), com média diária de US$ 71,502 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 117,480 mil toneladas, com média diária de 14,685 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.869,10. Em relação a março de 2024, houve alta de 89,9% no valor médio diário da exportação, ganho de 76,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 7,5% no preço médio.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Cuiabá-MT)

Em Cuiabá, a cotação da vaca gorda registrou alta durante a semana. Movimento marcado pela menor oferta da categoria

Na comparação semanal, a cotação do boi gordo ficou estável, cotado em R$293,50/@. A vaca apresentou alta de 1,1%, ou R$3,00/@, apregoada em R$271,00/@. Já para a novilha, houve recuo de 0,7%, ou R$2,00/@, negociada em R$280,50/@. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$14,00/@ ou menos 4,7%, comercializado em R$307,50/@, considerando o preço a prazo e livre de impostos. No curto prazo, a expectativa é de estabilidade a alta nas cotações.

Scot Consultoria

Reposição: preços firmes, mas com negociações ainda lentas

Ao longo desta semana, o mercado de reposição esteve firme, mas ainda com poucas negociações, informa a médica veterinária Mariana Guimarães, analista da Scot Consultoria.

Na média de todos os Estados monitorados pela Scot, os machos anelorados destinados à reposição tiveram leve valorização de 0,4% nesta semana, na comparação com a semana anterior. Por sua vez, as fêmeas aneloradas subiram 0,3% frente à semana anterior, relata Mariana. Em São Paulo, o quadro foi de acréscimo na cotação de algumas das categorias de reposição, detalha a analista. “Vendedores tentam aumentar a pedida de preços, mas os, compradores ainda estão receosos com os investimentos frente aos desafios da atividade, como os preços dos insumos, a condição das pastagens e as taxas básicas de juros”, observa Mariana. Com isso, a liquidez das negociações na reposição segue menor, ressalta ela. Especialmente em São Paulo, na comparação das cotações dos machos anelorados, a cotação do bezerro de ano foi a única que teve queda semanal (-1%, com recuo de R$28,61 por cabeça). Por outro lado, diz Mariana, o bezerro de desmama subiu 2,8% nesta semana, em comparação com a anterior, enquanto o boi magro avançou 3,1% e o garrote teve alta de 0,6%. Para as fêmeas aneloradas, na mesma comparação, o cenário foi de alta em apenas uma categoria: a cotação da novilha subiu 0,5% ou R$ 14,13 por cabeça. No entanto, vaca boiadeira, a bezerra de ano e a bezerra de desmama registraram recuo semanal de 1%, 0,6% e 0,5%, respectivamente, com queda média de R$17,86 por cabeça, informa a analista da Scot. No comparativo mês a mês, o preço médio da reposição em São Paulo esteve 1,9% inferior, enquanto o valor do boi gordo registrou baixa de 2,8%. Dessa forma, relata Mariana, a relação de troca para os recriadores e invernistas está estável para a aquisição do boi magro na comparação com igual período de fevereiro/25. Para o garrote, o bezerro de ano e o bezerro de desmama, a relação de troca piorou 0,6%, 1,6% e 1,0%, respectivamente, de acordo com a Scot. Dessa forma, até 20/3, com a venda de um boi gordo de 19 arrobas na praça paulista, era possível comprar 1,41 boi magro, 1,69 garrote, 1,98 bezerro de ano e 2,30 bezerros de desmama. A terceira semana de março/25 foi marcada por um acréscimo de 0,6% no mercado do boi gordo nas praças pecuárias paulistas, após um período de 41 dias de preços trabalhando entre a estabilidade e a queda, informa Mariana. “Essa movimentação positiva poderá gerar ânimo aos recriadores e invernistas a se lançarem com mais afinco às compras de reposição”, acredita a analista. Porém, diz ela, é preciso ficar atento ao comportamento do clima. Em São Paulo, a irregularidade das chuvas na região Sudeste seguiu nesta semana. Até o final de março, relata Mariana, o Estado deverá registrar uma redução nas precipitações, estando abaixo da média histórica. “Esse cenário poderá impactar a condição de suporte das pastagens e, consequentemente, aumentar a disponibilidade de bovinos não-terminados no mercado, impactando as cotações no curto prazo”, afirma Mariana. Felipe Fabbri, também analista da Scot, faz estimativas de longo prazo para o setor de reposição: “Com o forte abate de bovinos, destaque às fêmeas, em 2023 e 2024, esperamos um mercado de reposição mais firme entre 2025 e 2026 – principalmente para os bovinos mais jovens”, aposta ele.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar fechou sexta-feira em alta com exterior, mas tem 3ª semana seguida de queda

O dólar fechou a sexta-feira em alta no Brasil, pelo segundo dia consecutivo, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, mas ainda assim encerrando a semana com queda acumulada ante o real

O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,69%, aos R$5,7156. Na semana, porém, a divisa acumulou baixa de 0,51%, na terceira queda semanal consecutiva. Às 17h04 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,71%, aos R$5,7290. Em meio à agenda esvaziada no Brasil, os investidores se voltaram na sexta-feira para o exterior, onde o dia foi marcado pelo avanço do dólar ante a maioria das demais divisas. Por trás do movimento estava a realização de lucros de alguns agentes, após os recuos recentes do dólar, e a cautela antes da chegada de abril, quando os EUA prometem iniciar a cobrança de tarifas comerciais recíprocas sobre produtos de diversos países. No Brasil, assim como na véspera, o dólar acompanhou o sinal positivo vindo do exterior e voltou a oscilar acima dos R$5,70. Após registrar a mínima de R$5,6807 (+0,08%) às 9h03, pouco depois da abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,7352 (+1,04%) às 12h09. A sessão era de liquidez reduzida, o que contribuía para movimentos mais amplos. Durante a tarde o dólar perdeu um pouco de força, ainda que tenha se mantido acima dos R$5,70. O resultado acumulado da semana, porém, foi de nova queda. “Na virada do ano, ninguém imaginava que teríamos um primeiro trimestre tão forte”, disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em mensagem a clientes, citando o enfraquecimento recente do dólar ao redor do mundo. “O DXY (índice do dólar) veio daquele pico de 110, para 103, numa desvalorização forte do dólar, uma reversão do ‘Trump trade’, que sem dúvida ajuda o Brasil e todos os emergentes”, avaliou. No ano, o dólar acumula baixa de 7,50% ante o real.

Reuters

Ibovespa tem alta discreta em dia de vencimento de opções com cena corporativa em foco

O Ibovespa fechou com uma alta discreta nesta sexta-feira, rondando os 132 mil pontos, em pregão marcado por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista e bateria de resultados corporativos, incluindo os números de Brava Energia, Cemig e Hypera

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,18%, a 132.190,64 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 131.776,39 pontos na mínima e 132.588,02 pontos na máxima do dia. Na semana, acumulou ganho de 2,51%. O volume financeiro na sexta-feira somava R$22,55 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

GOVERNO

Brics, aviões e carne bovina são destaques em visita de Lula Ao Vietnã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o Vietnã na próxima semana, levando consigo uma delegação empresarial que inclui executivos da fabricante de aviões Embraer e da gigante de alimentos JBS, que estão em negociações para possíveis acordos no país do sudeste asiático, disseram fontes

A segunda visita de Lula ao Vietnã como presidente ocorrerá quando o Vietnã, sob pressão do governo Trump para reduzir seu grande superávit comercial, promete aumentar as importações dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas como soja, da qual o Brasil é um dos principais exportadores para o país. Lula viajará ao Vietnã entre 27 e 29 de março, depois de visitar o Japão, de acordo com o governo brasileiro. Lula deve convidar o Vietnã para participar de uma cúpula do Brics no Brasil em julho, disse uma autoridade brasileira, observando que o Vietnã foi convidado no ano passado para se tornar parceiro do Brics, mas até agora não tomou uma posição oficial sobre o assunto. O Ministério das Relações Exteriores do Vietnã não respondeu a um pedido de comentário. A embaixada do Brasil no Vietnã não quis comentar. Os dois países devem chegar a um acordo sobre um plano de ação em defesa, agricultura e energia, o que poderia impulsionar a cooperação em etanol, um combustível do qual o Brasil é um grande produtor global, afirmou a autoridade brasileira. O Brasil também quer aumentar as exportações para o Vietnã e está pedindo a Hanói que autorize as importações de carne bovina, disse a autoridade, confirmando relatos anteriores da mídia estatal vietnamita. A abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira é uma pré-condição para um investimento que a gigante brasileira de alimentos JBS está considerando fazer no Vietnã, disseram à Reuters três pessoas informadas sobre as conversas, incluindo a autoridade brasileira. A empresa está estudando a construção de um centro de processamento de carne no norte do Vietnã, sua primeira fábrica na Ásia, com um possível investimento de dezenas de milhões de dólares, segundo as três fontes, que não quiseram se identificar porque a informação não é pública.

FORBES

EMPRESAS

Marfrig adquire unidades de confinamento e reforça estratégia de fornecimento e sustentabilidade

A Marfrig Global Foods anunciou a aquisição de unidades de confinamento de gado e produção agrícola, anteriormente operadas pela MFG Agropecuária Ltda., empresa dos acionistas controladores da própria companhia

A operação, no valor de R$ 48 milhões, foi realizada por meio de uma subsidiária da Marfrig e integra o plano estratégico da empresa para garantir o fornecimento de matéria-prima e otimizar a eficiência de suas operações industriais. Parte das unidades adquiridas já haviam pertencido à própria Marfrig e, agora, voltam a fazer parte do portfólio produtivo da companhia. A transação seguiu os trâmites exigidos pela Política de Transações com Partes Relacionadas e foi previamente aprovada pelo Comitê de Auditoria Estatutário. Segundo comunicado oficial, o movimento busca mitigar custos com ociosidade nas plantas industriais, garantir o fornecimento de animais de alta qualidade e ampliar a produção de produtos de maior valor agregado, fortalecendo marcas e possibilitando o atendimento de cotas de exportação mais rentáveis. Além de ganhos operacionais, a aquisição reforça o compromisso da Marfrig com o aprimoramento contínuo de suas práticas sustentáveis, alinhando o investimento às metas de responsabilidade socioambiental da empresa.

Marfrig

Minerva emitirá até R$ 2,5 bilhões em CRAs

Títulos terão prazo de até dez anos. Operação da Minerva recebeu rating preliminar ‘brAAA’ da S&P Global

A Minerva vai emitir até R$ 2,5 bilhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), sendo uma oferta de R$ 2 bilhões com possibilidade de lote adicional de até mais 25%. A emissão será feita em cinco séries, com prazo de até dez anos de vencimento. Em todas as séries, o pagamento de juros será semestral, e a amortização será paga ao fim do vencimento. A primeira série deverá ter remuneração de 104,5% do CDI e prazo de cinco anos. A segunda série deverá ter remuneração equivalente à taxa DI + 0,4% ou 15,7% ao ano, o que for maior, com prazo também de cinco anos. A terceira série terá um prazo maior, de sete anos, e taxa DI + 0,5% ao ano. A quarta série também terá taxa de sete anos, mas com remuneração prevista equivalente à taxa DI + 0,5% ou 15,7% ao ano, o que for maior. A quinta série da emissão terá prazo de dez anos, sendo que a amortização será paga nos três anos finais da operação. Os juros deverão ficar em taxa DI + 0,85% ou 15,9% ao ano, o que for maior. A proposta de emissão recebeu rating preliminar ‘brAAA’ da agência de classificação de risco S&P Global.

Valor Econômico

JBS faz oferta à Unilever para comprar a holandesa The Vegetarian Burger

Expectativa é de que a aquisição seja concretizada até setembro, por meio da subsidiária europeia Vivera, que concentra operações de proteínas à base de plantas da multinacional brasileira

A JBS fez uma oferta para adquirir, por meio de sua subsidiária Vivera, o controle da fabricante de carne à base de plantas holandesa The Vegetarian Burger. A empresa pertence à Unilever, que disse, em comunicado, ter optado pela venda por estar enxugando seu portfólio. O valor da oferta não foi revelado, mas a expectativa é de que o negócio esteja concretizado até setembro. O fechamento está sujeito a condições preestabelecidas, bem como regulatórias. Segundo a Unilever, a The Vegetarian Burger cresceu dois dígitos anuais desde que foi adquirida em 2018 de seu fundador Jaap Korteweg. Porém, a cadeia de fornecedores de produtos refrigerados e congelados da marca requer um modelo menos escalável do que suas outras linhas. A capacidade de pesquisa e desenvolvimento, assim como de inovação, também diverge do resto das empresas do conglomerado. Mesmo assim, sob sua gestão, a The Vegetarian Burger chegou a 55 países, tanto no varejo quanto em food service. Fundada em 2010, a empresa produz, além de hambúrgueres, salsichas, nuggets e embutidos. Com sede também na Holanda, a Vivera é pioneira no desenvolvimento de alimentos à base de plantas, tendo sido criada em 1990. Comprada pela JBS em 2021, é a terceira maior da área, com 500 empregados e presença em 32 mil supermercados, em 25 países da Europa.

O Estado de São Paulo

INTERNACIONAL

Eslováquia registra primeiros casos de febre aftosa em meio século

A Eslováquia confirmou os primeiros casos de febre aftosa em mais de 50 anos, segundo informou o ministro da Agricultura, Richard Takáč, a veículos de imprensa como o portal Denník N na sexta-feira (21). Os focos da doença foram detectados em três fazendas localizadas no sul do país, próximas à fronteira com a Hungria.

Após o anúncio dos casos na Eslováquia, a República Tcheca reagiu rapidamente e impôs uma série de restrições. O ministro da Agricultura tcheco, Marek Výborný, publicou em sua conta na rede social X (antigo Twitter), na quinta-feira, que foram adotadas medidas emergenciais, incluindo a proibição de importação de gado da Eslováquia e a restrição de entrada de criadores e agricultores que tenham tido contato com animais eslovacos. As três fazendas afetadas na Eslováquia abrigam cerca de 1.300 animais e estão localizadas próximas à região húngara de Kisbajcs, onde, duas semanas antes, um surto de febre aftosa foi identificado em uma fazenda com 1.400 bovinos. A República Tcheca já havia imposto e, posteriormente, suspenso um embargo à Hungria, mas voltou a adotar medidas rígidas diante da confirmação dos casos eslovacos. A febre aftosa havia ressurgido na Europa no início deste ano, com um caso registrado em um rebanho de búfalos na Alemanha, em janeiro. O último grande surto no continente foi em 2011, na Bulgária. O vírus, no entanto, continua endêmico em regiões da África, Ásia e Oriente Médio. O histórico mais devastador da doença na Europa ocorreu no Reino Unido, em 2001, quando mais de seis milhões de animais foram sacrificados, gerando perdas econômicas estimadas em quase 6 bilhões de euros. Autoridades europeias agora temem um novo impacto para a cadeia agropecuária e o comércio internacional de animais e derivados.

Drovers/TVP World

Carne bovina: Vendas externas da Argentina recuam fortemente

Segundo informa o Clarin, as remessas argentinas de carne bovina in natura caíram 26,1% nos dois primeiros meses deste ano, após um recorde em 2024, para 96,8 mil toneladas. Em receita, a retração em igual período comparativo foi de 4%, para US$ 474,5 milhões, em relação ao mesmo bimestre de 2024

“O negócio não é rentável com base nos preços e custos de produção atuais”, resumiu Daniel Urcia, presidente da Federação das Indústrias Regionais de Refrigeração da Argentina (Fifra), de acordo com o texto do Clarin. “Desde o ano passado, dizíamos que este seria um ano difícil porque a oferta de gado disponível estaria sujeita a uma retenção maior e, por outro lado, os preços dos bois tiveram uma recuperação significativa, tornando os custos em dólares da indústria exportadora os mais caros de todo o Mercosul”, acrescentou. O quilo do boi argentino custa US$ 5, enquanto no Uruguai vale US$ 4,60 e no Brasil, US$ 4, diz o jornal. Um dos frigoríficos argentinos que está sofrendo com a queda nas exportações de carne é o Logros, localizado em Córdoba, que suspendeu o segundo turno de abate e parou o processamento às sextas-feiras, relata a reportagem. Neste momento, o Frigorífico Logros está operando com 60% de sua capacidade anterior e já anunciou que vai demitir de 50 a 60 funcionários de um total de 530, informa o Clarín. Do lado de dentro da porteira, continua o jornal, estão os produtores, que seguem segurando seus rebanhos após as recentes secas e estão vendo uma forte recuperação nos preços. “Isso ficou evidente nos leilões realizados na Expoagro, que atraíram mais de 150.000 animais e tiveram um fluxo de vendas muito ativo em todas as categorias”, relatou a reportagem. A China é o principal destino das exportações de carne bovina in natura argentina, representando 65% dos volumes exportados nos dois primeiros meses de 2025.Em fevereiro/25, o preço médio de venda para o país asiático foi de cerca de US$ 4.200 por tonelada, marcando uma clara trajetória descendente em relação ao pico de US$ 5.900 atingido em maio de 2022, comparou o Clarin. Nesse sentido, diz o jornal, os frigoríficos argentinos tentam buscar nichos de mercado de carne premium e que paguem um preço mais alto pela carne, pois nos mercados mais baratos não conseguem competir com Uruguai ou Brasil. “Embora os preços em mercados com maior valor, como a Europa (Cota Hilton), tenham melhorado em relação ao final do ano passado, o preço do gado vivo também vem subindo, o que significa que esses novos preços não estão gerando lucro para os frigoríficos”, disse Daniel Urcia, da Fifra. Em relação aos mercados de “volume”, que são principalmente negócios com a China, os preços caíram consideravelmente, mais de 30% em comparação a 2022. Nos últimos anos, tem sido observada uma tendência persistente de queda nos preços nos principais destinos da carne bovina argentina. “A média de US$ 4.865 por tonelada obtida em fevereiro/25 está US$ 1.400 por tonelada abaixo das máximas registradas em abril de 2022″, comparou Urcia. Por isso, ele insistiu na eliminação definitiva dos direitos de exportação (retenções). Embora tenham sido eliminados para vacas, bois e novilhas ainda pagam 6,75%.

Portal DBO

FRANGOS & SUÍNOS

Sexta-feira com quedas nas cotações para o mercado de suínos

Desde o início de março arroba suína e da carcaça em São Paulo caiu cerca de 7%

A sexta-feira (21) termina para o mercado de suínos com as cotações ainda em queda. De acordo com a analista da Scot Consultoria, Juliana Pila, desde o início de março até o momento, o preço da arroba suína e da carcaça em São Paulo caiu cerca de 7%. Em contrapartida, o valor do milho na referência Campinas (SP) subiu 10% no mesmo período, fazendo com que o suinocultor esteja com o poder de compra deteriorado. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 160,00, enquanto a carcaça especial baixou 0,81%, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (20), o preço ficou estável apenas no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,06/kg. Houve queda de 0,24% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,33/kg, recuo de 0,37% no Paraná, atingindo R$ 8,07/kg, retração de 1,03% em Santa Catarina, custando R$ 7,70/kg, e de 1,65% em São Paulo, fechando em R$ 8,32/kg.

Cepea/Esalq

Frango: Cotações sobem no PR e estáveis em SC

Os ligeiros avanços nos valores do frango registrados no início de março garantiram a sustentação da média da parcial deste mês.

Nesta segunda quinzena, o levantamento do Cepea mostra que os preços têm oscilado, devido ao enfraquecimento do consumo, à medida que o fim do mês se aproxima. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,70/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,25%, custando, em média, R$ 7,83/kg. No caso do animal vivo, o valor subiu 0,21% no Paraná, custando R$ 4,77/kg, enquanto em Santa Catarina, o preço ficou estável, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (20), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preço, valendo, respectivamente, R$ 8,44/kg e R$ 8,53/kg.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Carne perde competitividade frente a substitutas

A competitividade da carne de frango frente às concorrentes suína e bovina tem reduzido em março

Segundo pesquisas do Cepea, enquanto os preços médios da proteína avícola apresentam leva alta em relação ao mês anterior, os das carnes substitutas estão em queda. Os ligeiros avanços nos valores do frango registrados no início de março garantiram a sustentação da média da parcial deste mês. Isso porque, nesta segunda quinzena, levantamento do Cepea mostra que os preços têm oscilado, devido ao enfraquecimento do consumo, à medida que o fim do mês se aproxima. Além disso, alguns agentes consultados pelo Centro de Pesquisas indicam que, como a demanda final está lenta, muitos vendedores entram com mais força no mercado, no intuito de evitar formação de estoques.

Cepea

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