CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2381 DE 09 DE JANEIRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2381 |09 de janeiro de 2025

NOTÍCIAS

Cotação do boi subiu em São Paulo

Após quatro dias de estabilidade nas praças paulistas, o mercado abriu a quarta-feira oferecendo mais pela arroba do boi gordo, impulsionada pela pouca oferta e escalas curtas, que estão, em média, para cinco dias

Dessa maneira, a cotação da vaca gorda subiu R$5,00/@, enquanto a das demais categorias subiu R$2,00/@. O boi gordo está sendo comercializado em R$322,00/@, a vaca em R$297,00/@ e a novilha em R$312,00/@. O “boi China” está cotado em R$327,00/@. Ágio de R$5,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo. No Noroeste-PR, o mercado na região está pouco ofertado e as escalas estão, em média, com nove dias. Com isso, os preços de todas as categorias subiram. A cotação da novilha subiu R$5,00/@ e para as demais categorias, a alta foi de R$2,00/@. A arroba do boi gordo está cotada em R$317,00, a da vaca em R$287,00 e a da novilha em R$305,00. A arroba do “boi China” está em R$322,00. Ágio de R$5,00/@. Todos os preços brutos e com prazo. Em Alagoas, a oferta reduzida também está característica no mercado, pressionando para cima os preços. A cotação do boi gordo e da vaca subiu R$5,00/@, estando apregoados em R$305,00/@ e R$290,00/@, respectivamente. Para a novilha, o aumento na arroba foi de R$2,00, cotada em R$297,00. Todos os preços são brutos e com prazo. Na região de Marabá-PA, a região tem enfrentado problemas com lagartas, que têm afetado as pastagens. Com a oferta de boiadas confinadas escareando e os bois de pastos ainda não terminados, as ofertas estão reduzidas e os preços estão firmes. A arroba do boi gordo subiu R$2,00, estando cotada em R$287,00, a da vaca subiu R$5,00, negociada em R$270,00 e a da novilha subiu R$7,00, sendo comercializada em R$277,00. O “boi China” está apregoado em R$295,00/@. Ágio de R$8,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo.

Scot Consultoria

Boi gordo: preços seguem avançando no país

Ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade desse movimento no curto prazo, segundo analista

O mercado físico brasileiro do boi gordo voltou a se deparar com elevação dos preços na quarta-feira (8). Segundo o consultor de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade desse movimento no curto prazo, em linha com a posição das escalas de abate, apertadas em grande parte do país. “E isso ocorre em um ambiente em que o pecuarista encontra boas condições para negociar, com pastagens possibilitando ao criador adotar a retenção como estratégia neste início de temporada”, indica. Iglesias comenta ainda que as exportações em grande nível são uma tendência clara para 2025, com o Brasil permanecendo como melhor alternativa global para o fornecimento da carne bovina. Preço médio da arroba de boi gordo no Brasil ontem. São Paulo: R$ 326,92 a prazo (R$ 325,25 ontem). Minas Gerais: R$ 312,94 (R$ 311,47 anteriormente). Goiás: R$ 312,14 (R$ 311,43 ontem). Mato Grosso do Sul: R$ 319,89 (R$ 318,30 ontem). Mato Grosso: R$ 311,96 (R$ 304,80 ontem). O mercado atacadista volta a se deparar com preços acomodados. De acordo com o analista de Safras & Mercado, o cenário sugere menor espaço para reajustes durante o primeiro bimestre. Com a população descapitalizada e despesas tradicionais do período pesando sobre o orçamento familiar (IPTU, IPVA e compra de material escolar), a prioridade estaria no consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, embutidos e ovo. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 17 o quilo. O quarto traseiro permanece cotado a R$ 26,80 o quilo. A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 18 o quilo.

Agência Safras

ECONOMIA

Dólar fica quase estável no Brasil apesar de pressão gerada por Trump no exterior

O dólar fechou a quarta-feira perto da estabilidade ante o real, ainda que no exterior o cenário fosse de aversão a ativos de risco após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reavivar o medo das tarifas de importação.

Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,08%, aos 6,1106 reais. Às 17h24, na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 0,10%, a 6,1360 reais na venda. O dólar ganhou impulso logo cedo nos mercados globais após notícia da CNN de que Trump está considerando declarar emergência econômica nacional nos EUA para justificar legalmente a imposição de uma grande quantidade de tarifas de importação sobre países aliados e adversários. Ao mesmo tempo, o fato de as preocupações com a área fiscal no Brasil terem diminuído nos primeiros dias do ano fazia com que o avanço do dólar ante o real não fosse tão intenso na quarta-feira. Durante a tarde, inclusive, a divisa retornou para perto da estabilidade no Brasil, ainda que no exterior se mantivesse em alta firme ante as divisas fortes e em relação à maior parte das demais moedas. Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil fechou 2024 com uma saída líquida total de 18,014 bilhões de dólares do país, no pior resultado para o fluxo cambial desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 contribuiu para um resultado negativo de 27,923 bilhões de dólares. No ano passado, o país sofreu saída recorde de recursos pela via financeira, compensado apenas parcialmente pela entrada de dólares pelo canal comercial, que também foi a maior da série do Banco Central.

Reuters

Ibovespa fecha em queda de olho no cenário fiscal e EUA no radar

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, interrompendo a sequência de dois dias de alta, com analistas reforçando preocupações com o cenário fiscal doméstico e em meio a novo noticiário envolvendo os planos tarifários do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa perdeu 1,28%, a 119.616,8 pontos, segundo dados preliminares, tendo marcado 121.160,25 na máxima e 119.351,34 na mínima da sessão, pressionado principalmente pelo declínio das ações de grandes bancos e das blue chips Vale e Petrobras. O volume financeiro somava 17,58 bilhões de reais antes dos ajustes finais, ainda reduzido em comparação com a média diária do ano passado, de 24 bilhões de reais.

Reuters

Receita das exportações do agro do Brasil cai 1,3% em 2024 diante de tombo da soja

A receita com as exportações do agronegócio brasileiro atingiu 164,4 bilhões de dólares em 2024, com queda de 1,3% em relação ao recorde registrado em 2023, informou o Ministério da Agricultura na quarta-feira

O crescimento do faturamento da maioria dos produtos importantes, como café, açúcar, carnes, suco de laranja e celulose, foi insuficiente para compensar um tombo nas vendas externas de soja e de milho. Após uma quebra de safra e queda nos preços internacionais, as exportações do complexo soja (grãos, farelo e óleo) fecharam o ano em baixa de 19,8% em 2024, para 53,9 bilhões de dólares –em 2023, o setor contou com uma colheita recorde e preços mais altos. Os volumes exportados pela indústria de soja caíram 2,7%, enquanto os preços despencaram 17,6%, segundo os dados do ministério. Por outro lado, as exportações de carnes bovina, de frango e suína aumentaram em 11,4% em 2024, para 26,18 bilhões de dólares, principalmente com impulso de maiores volumes. A receita com as exportações de açúcar somou 18,6 bilhões de dólares, avanço de 18,1%, com os volumes exportados crescendo 22,2%, para 38,24 milhões de toneladas. Já as exportações de produtos florestais somaram 17,3 bilhões de dólares, alta de 21,2%, impulsionadas pela celulose, com avanço de 33,7%, para 10,6 bilhões de dólares. A exportação de café atingiu 12,34 bilhões de dólares, alta de 52,6%, enquanto a de sucos, notadamente de laranja, avançaram 30,9%, para 3,5 bilhões de dólares. O setor de algodão exportou o equivalente a 5,5 bilhões de dólares, salto anual de 60%, com um impulso dos volumes embarcados, uma vez que os preços tiveram baixa. Por outro lado, a receita com a exportação de milho caiu 40% para cerca de 8 bilhões de dólares, também devido a menores volumes e preços, assim como a soja. O Brasil é o maior exportador global de soja, carne bovina e de frango, café, suco de laranja e algodão, além de ser líder em celulose. Para este ano, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, considera que a recuperação da safra de soja e milho e os esforços de abertura de mercados apontam para novos recordes em “volume e valor” nas exportações. As expectativas são de uma safra de soja, o principal produto do agronegócio do Brasil, em torno de 170 milhões de toneladas, o que seria uma nova máxima histórica. Apesar da diversificação de mercados buscada pelo governo, o agronegócio é fortemente depende da China, principal destino das exportações brasileiras, somando 49,7 bilhões de dólares, quase um terço do total. A União Europeia, com 23,2 bilhões de dólares, responde pela segunda maior receita com as exportações do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (12,1 bilhões de dólares).

Reuters

Poupança registra saída líquida de R$ 15,467 bilhões em2024, mostra BC

Em dezembro, houve captação líquida de R$ 4,960 bilhões

Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 15,467 bilhões em 2024, como divulgado na quarta-feira pelo Banco Central (BC). Em dezembro, houve captação líquida – diferença entre entradas e saídas – positiva em R$ 4,960 bilhões. No ano, os brasileiros depositaram R$ 4,197 trilhões e sacaram R$ 4,213 trilhões da poupança. O rendimento no período foi de R$ 64,284 bilhões e o saldo da caderneta ficou em R$ 1,032 trilhão. Em 2023, houve saída líquida de R$ 87,819 bilhões e o saldo era de R$ 983,034 bilhões. Já em dezembro de 2024, os depósitos foram de R$ 400,140 bilhões e os saques, de R$ 395,181 bilhões. O rendimento no mês foi de R$ 5,590 bilhões. Em dezembro de 2023, houve entrada líquida de R$ 13,772 bilhões. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou saída líquida no ano de R$ 21,718 bilhões, enquanto a poupança rural teve entrada de R$6,251 bilhões. A poupança vem de resultados negativos desde 2021, quando houve saída líquida de R$ 35,497 bilhões. Em 2022, a saída foi de R$ 103,237 bilhões. O último resultado positivo da poupança foi em 2020, quando a entrada líquida foi de R$ 166,310 bilhões.

Valor Econômico

Brasil fecha 2024 com saída líquida de US$18,014 bi, pior resultado em quatro anos

O Brasil fechou 2024 com uma saída líquida total de 18,014 bilhões de dólares do país, conforme dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central, no pior resultado para o fluxo cambial desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 levou a um resultado negativo de 27,923 bilhões de dólares

O resultado do ano passado foi consequência da saída de 87,214 bilhões de dólares pela via financeira, que superou de longe a entrada de 69,200 bilhões de dólares no país pela via comercial. Pelo canal financeiro são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Já o canal comercial contabiliza o fluxo relacionado a exportações e importações. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Apenas no último mês de 2024 o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 26,410 bilhões de dólares, em movimento também puxado pela via financeira. Por este canal, houve saídas líquidas de 28,861 bilhões de dólares em dezembro, contra entradas de 2,450 bilhões de dólares pelo canal comercial. Na semana passada, de 30 de dezembro a 3 de janeiro, o fluxo cambial total foi negativo em 5,602 bilhões de dólares. A semana teve apenas três dias úteis em função do feriado de Ano Novo.

Reuters

Produção industrial no Brasil cai em novembro pelo segundo mês seguido

A produção da indústria no Brasil caiu um pouco mais do que o esperado em novembro, marcando o segundo mês seguido de perdas, sob forte pressão do setor de veículos em meio ao ciclo de aumento da taxa básica de juros e à inflação elevada

A indústria registrou queda de 0,6% na produção em novembro na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, contra expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,5%. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira mostraram ainda avanço de 1,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra expectativa de alta de 1,8% na pesquisa. “O fim de ano para indústria foi de perda de intensidade, isso está claro. As razões para isso são diversas. A confiança do empresário e do consumidor caiu, e por trás disso tem o efeito da política monetária. Não é o impacto direto dos juros, mas isso mexe com as expectativas das pessoas e empresas”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo. Ele citou ainda o impacto sobre o custo de produção da depreciação do real ante o dólar. A indústria brasileira, que está 15,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, enfrenta agora um ambiente de taxa de juros elevada, depois de o Banco Central ter subido a Selic a 12,25% ao ano e indicado mais duas altas de 1 ponto percentual, bem como uma inflação elevada no país. Mas, por outro lado, tem como fatores positivos o aquecimento da demanda interna com um mercado de trabalho forte, além de políticas de estímulo do governo. “A inflação mais alta, especialmente de alimentos, também inibe o consumo e as expectativas. Quem evitou um desempenho mais negativo da indústria no fim do ano foi o mercado de trabalho, com aumento de emprego, massa e renda”, completou Macedo. “Apesar da queda e perda de ritmo no fim de 2024, a indústria terá um ano positivo e rebatendo em 2021, que avançou 3,9%”, disse. Para novembro, os dados do IBGE mostram que, na comparação com outubro, as principais influências negativas entre as atividades pesquisadas foram exercidas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%). Somente seis das 25 atividades tiveram aumento na produção, com destaque para máquinas e equipamentos (2,3%). Entre as categorias econômicas, a produção de bens de consumo semi e não duráveis recuou 2,8% em dezembro sobre o mês anterior. Os produtores de bens de consumo duráveis apresentaram retração de 2,1%, os de bens de capital tiveram queda de 1,7% e os de bens intermediários apresentaram perdas de 0,7%. “A perspectiva para 2025 não é tão positiva, com o setor tendendo a sofrer com o aperto monetário e a piora das condições financeiras observadas nos últimos meses. Por outro lado, a desvalorização do câmbio pode ser um alívio para o setor, tornando as exportações industriais mais atrativas”, avaliou André Valério, economista sênior do Inter.

Reuters

PIB do agro deve voltar a crescer este ano após queda em 2024

Segundo análise de economistas, alta do PIB pode ser maior que 5%. Silvia Matos, do FGV Ibre: ‘Apesar de mais produção, vida vai ser mais dura’

Se em 2024 o agronegócio atuou como um freio da economia brasileira, com uma queda de 3%, este ano o setor deve voltar a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. As previsões são de crescimento do PIB agropecuário entre 3% e 5,5% em 2025, um desempenho ainda bem abaixo dos 16% de aumento registrado em 2023, mas uma retomada em relação ao ano passado. Para a MacroSector Consultores, o PIB agropecuário deve ter crescimento de 3% em 2025. A MB Agro estima aumento de 3,6%. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e a LCA Consultores projetam um avanço de 4% a 4,5%. O Santander estima 4,8% de aumento e o Bradesco, de 5,5%. O resultado deve ser impulsionado pelo aumento da produção agrícola, pelos preços em alta de commodities como café, cacau, suco de laranja e por ganhos com a queda do real em relação ao dólar, que torna os produtos brasileiros mais competitivos na exportação. Na pecuária, há expectativa de elevação nos preços no mercado interno e demanda firme para as carnes bovina, de frango e suína, no Brasil e no exterior, com possíveis reflexos positivos no PIB. Economistas ponderaram, no entanto, que crescimento do PIB agropecuário não significa necessariamente maior rentabilidade para os produtores. E em um cenário de juros mais altos e oferta de crédito ainda escassa é essencial ter cuidado na gestão do capital. “A grande lição de 2024 é que o agronegócio é eficiente, mas o excesso de alavancagem financeira dá vulnerabilidade, por melhor que seja o setor. Quem se alavancou demais enfrentou dificuldades”, afirma José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Agro. O economista observa que a agricultura brasileira é majoritariamente de sequeiro, o que significa riscos mais elevados por causa do clima. Mendonça de Barros considera que, a médio prazo, o setor deve apresentar um salto na produtividade com o amadurecimento de tecnologias, com avanços na agricultura de precisão, agricultura regenerativa, biotecnologia, gestão de dados, nos biocombustíveis. “Esse salto exige recursos e capacidade de gestão. O balanço das empresas tem de estar saudável para que elas se beneficiem desse salto”, acrescenta Barros. Os extremos climáticos que afetam a produtividade das lavouras e tornam menos previsível o retorno financeiro é outro fator a ser considerado, segundo Rodrigo Gallegos, sócio da consultoria RGF e especialista em reestruturação de negócios. Com esse cenário e o aumento da inadimplência, os bancos limitam o acesso ao crédito rural, dificultando ainda mais a operação do produtor e elevando o risco de insolvência das empresas. Silvia Matos, pesquisadora e coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, acrescenta que o custo de crédito elevado encarece os investimentos em insumos e equipamentos. “Apesar de mais produção de grãos, vai ser uma vida mais dura para o produtor. O custo do endividamento vai ser maior. O lucro vai ser mais difícil de ser atingido nesse contexto”, afirma. No mercado interno, há ainda preocupação com a persistente inflação de alimentos. “A proteína tem um peso muito alto na inflação doméstica, então vai ser um ano de inflação de alimentos alta. Tem também o efeito do câmbio que afeta os preços domésticos”, observa a pesquisadora. No segundo semestre, o risco é uma rápida desaceleração da economia com o aperto monetário. “Vai ser um ano de retenção de abate de bois, o que se reflete em preços. E as cotações já se valorizaram em 2024 por causa de uma demanda grande da China e dos Estados Unidos. Esse cenário também deve influenciar nos preços das outras proteínas”, diz Francisco Pessoa Faria, economista sênior da LCA Consultoria Econômica. Fabio Silveira, sócio-diretor da Macro Sector Consultores, projeta um crescimento de 3% no PIB agropecuário em 2025, com aumento de 10% na receita agrícola, que deve somar R$ 976 bilhões. Segundo ele, o desempenho deve ser favorecido pelo aumento da produção de grãos e melhora na rentabilidade com a redução em custos de insumos. Pelos cálculos do economista, café e cana devem ter maior receita, reflexo, respectivamente, da alta nos preços internacionais e do maior volume na produção. No mercado externo, a expectativa é de demanda aquecida. “O Brasil vem numa tendência de ampliação de mercados e isso vai continuar”, diz Mendonça de Barros, citando um acordo de compra de café brasileiro entre 2025 e 2029 pela rede de cafeterias Luckin Coffee, a maior da China. Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil conseguiu 224 aberturas de mercado só ano passado. Mas também há riscos vindos do exterior. Entre eles os efeitos da eventual imposição de mais tarifas de importação pelo novo governo Donald Trump. Isso pode elevar a inflação nos EUA, gerando pressão para o Federal Reserve aumentar os juros.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: continuidade no movimento de queda nas cotações

Quedas generalizadas atingiram o mercado de suínos na quarta-feira (8). Segundo análise divulgada pelo Cepea, a retração nas cotações é motivada por um desalinho entre demanda e oferta de animais disponíveis para abate

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 0,41%, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (7), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 7,96/kg). Houve queda de 1,06% no Paraná, chegando a R$ 7,47/kg, baixa de 0,12% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 7,99/kg, recuo de 0,13% em Santa Catarina, custando R$ 7,69/kg, e de 1,74% em São Paulo, fechando em R$ 7,89/kg.

Cepea/Esalq

Cotações estáveis para o mercado do frango na quarta-feira

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,36%, custando, em média, R$ 8,27/kg.

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,60/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (7), houve aumento de 0,95% para o preço da ave congelada, chegando a R$ 8,50/kg, e elevação de 1,08% para o frango resfriado, fechando em R$ 8,43/kg.

Cepea/Esalq

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