CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2341 DE 29 DE OUTUBRO DE 2024

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Ano 10 | nº 2341 | 29 de outubro de 2024

 

NOTÍCIAS

Estabilidade para a cotação do “boi China” e para a novilha em SP; vaca e boi gordo no mercado interno com alta

O mercado do boi gordo em São Paulo iniciou a semana com a cotação do “boi China” e da novilha estável

A cotação da vaca gorda subiu R$5,00/@ e a do boi gordo no mercado interno teve alta de R$2,00/@. Ainda assim, alguns frigoríficos abriram as compras com os mesmos preços da sexta-feira, evidenciando cautela nas negociações iniciais da semana. Com relação à escala de abate, os compradores informam dificuldade em compô-las. A oferta diminuiu. Pela apuração da Scot Consultoria, na segunda-feira, o boi “comum” subiu para R$ 312/@ em São Paulo. As demais categorias de abate, de acordo com a Scot, registraram estabilidade na mesma praça, com o “boi-China” em R$ 315/@, a novilha vendida por R$ 305/@ e a vaca gorda cotada a R$ 290/@. Na região de Belo Horizonte MG, o mercado do boi gordo seguiu estável, sem oscilações de preços nos últimos dias. A oferta está equilibrada, sem excedentes, o que ajuda a manter as cotações. Com as chuvas, espera-se que o cenário melhore, aumentando a oferta de bovinos de confinamento. No atacado de carne com osso, na última semana, a cotação no mercado da carne bovina com osso subiu. A cotação da carcaça do boi capão casado subiu 1,0%. A cotação do boi casado inteiro não mudou, sendo comercializada por R$20,00/kg. A cotação da vaca casada se manteve estável e a cotação da novilha casada subiu 0,5%. A cotação do dianteiro 1×1 do boi capão, subiu 1,1% e a cotação do dianteiro 1×1 do boi inteiro não mudou. A cotação do suíno especial* vem subindo desde 14/10, com uma variação percentual de 2,6%. A cotação do frango médio especial**, apresentou uma redução de 2,2%.

Scot Consultoria

Arroba do boi já é negociada a R$ 320 em São Paulo

Exportações permanecem em ritmo acelerado, com grande quantidade de produto adquirido pela China nas últimas semanas

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar elevação em seus preços no início desta semana. O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a posição das escalas de abate, que seguem na menor posição da atual temporada. Exportações permanecem em um ritmo acelerado, com grande quantidade de produto adquirido pela China nas últimas semanas. “Além disso, foi evidenciada melhora dos preços pagos pela carne bovina no mercado internacional”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Preços do boi gordo: São Paulo: de maneira mais recorrente acontecem negociações ao nível de R$ 320 a arroba, mas negociações no estado se concentram entre R$ 310, R$ 315 a prazo. Minas Gerais: foram relatadas negociações acima da referência média no estado. No Triângulo mineiro, indicação de negócios em até R$ 310/315 a arroba a prazo. Goiás: novamente foram relatadas negociações acima da referência média. Em Goiânia, indicação de negócios em até R$ 310/315 a arroba a prazo. Mato Grosso do Sul: mais um dia de negócios acima da referência média. Na região de Naviraí, indicação de negócios a R$ 310 a arroba a prazo. Em Campo Grande, em até R$ 310. Mato Grosso: foram novamente relatadas negociações acima da referência média. Na região de Rondonópolis, relatos de negócios ao nível de R$ 305 a arroba a prazo. Em Cuiabá também foram relatadas negociações de mesmo preço. O mercado atacadista volta a apresentar acomodação em seus preços no início da semana, mas o ambiente de negócios volta a sugerir elevação dos preços no curto prazo. De acordo com Iglesias, isso ocorre em linha com a entrada dos salários na economia durante a primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo.

“Ressaltando que a carne bovina tende a perder competitividade na comparação com proteínas mais acessíveis, em especial carne de frango”. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,20 por quilo. O quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,20 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 17,30 por quilo.

Agência Safras

ECONOMIA

Dólar fecha estável ante real com mercado à espera de dados e eventos econômicos

O dólar oscilou em margens estreitas na segunda-feira e fechou praticamente estável ante o real, em sessão que antecedeu uma série de dados econômicos e eventos no Brasil e no exterior nesta semana e na próxima, com potencial para mexer nas cotações

O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,03%, cotado a 5,7084 reais. Em outubro, a divisa acumula elevação de 4,76%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,04%, a 5,7115 reais na venda. No exterior, o dólar sustentou sinais mistos em relação às demais divisas de países emergentes, o que sugeria certa cautela antes da divulgação de uma bateria de dados nos EUA: o relatório Jolts de empregos na terça-feira, o PIB no terceiro trimestre na quarta, o índice de inflação PCE e os pedidos de auxílio-desemprego na quinta e o relatório de empregos payroll na sexta. Além disso, na próxima semana ocorrem a eleição presidencial norte-americana no dia 5 de novembro e a decisão de juros do Federal Reserve no dia 7. O cenário no Brasil também sugeria cautela. Passado o segundo turno das eleições municipais, investidores aguardavam pelo anúncio do governo Lula de medidas para contenção de gastos, com foco no cumprimento da meta fiscal de 2024. Já o Banco Central do Brasil decide sobre a taxa básica Selic, hoje em 10,75% ao ano, no dia 6 de novembro — um dia depois da eleição presidencial dos EUA e um dia antes da decisão do Fed. “Essa estabilidade (do dólar) não deve perdurar até o final da semana”, comentou durante a tarde o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. “Vamos ter formação de Ptax e reação do mercado a alguns índices”, acrescentou, citando a disputa pela formação da taxa Ptax de fim de mês, na próxima quinta-feira.

Reuters

Ibovespa avança 1% puxado por Vale e Itaú

No setor de proteínas, JBS ON subiu 4,19%, em meio a relatórios com expectativas positivas para o resultado do terceiro trimestre, no dia 13 de novembro. O Goldman Sachs destacou que se trata da empresa com melhor “momentum” de resultados da sua cobertura, reiterou compra para os papéis e elevou o preço-alvo de 40,3 para 42,9 reais – um upside de quase 25% ante sexta-feira

O Ibovespa avançou 1% na segunda-feira, em desempenho puxado pelos blue chips Vale e Itaú Unibanco, enquanto a Azul disparou na esteira de acordo com credores para financiamento adicional. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,02%, a 131.212,58 pontos, tendo marcado 129.893,71 pontos na mínima e 131.420,56 pontos na máxima da sessão. O volume financeiro no pregão somou 16,34 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano de 23,49 bilhões de reais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido na tarde de ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Alvorada. E há especulações de que o tema sendo tratado seja relacionado às medidas fiscais. A temporada dos balanços do terceiro trimestre de empresas brasileiras também ganha mais fôlego nesta semana, com os resultados de WEG, Ambev, Bradesco, CCR, entre outros. No exterior, a disputa presidencial nos Estados Unidos permanece no centro das atenções, mas dados do mercado de trabalho também estarão em foco, assim como os balanços de Alphabet, Apple e Microsoft. Wall Street fechou no azul nesta sessão, com o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subindo 0,27%.

Reuters

Projeção do mercado para o IPCA em 2024 ultrapassa teto da meta, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central subiram pela quarta semana consecutiva sua projeção para a alta do IPCA neste ano, com a expectativa agora ultrapassando o teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central de 4,50%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a inflação ao consumidor no Brasil chegou a 4,55%, de 4,50% na semana anterior. Para 2025, houve um ligeiro aumento, com a projeção do IPCA marcando alta de 4,00%, de 3,99% anteriormente. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com uma banda de 1,5 ponto percentual permitida para cima ou para baixo. A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação de dados do IPCA-15 na semana passada, que mostraram uma aceleração dos preços acima do esperado em outubro. A alta do índice foi de 0,54% no mês, de um avanço de 0,13% em setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,50%. Nos 12 meses até outubro o IPCA-15 acumulou avanço de 4,47%, de 4,12% no mês anterior. Contribuindo para o aumento das expectativas de inflação, também está o acirramento das preocupações do mercado com o equilíbrio das contas públicas, com investidores na espera de medidas prometidas pelo governo para cumprir as regras do arcabouço fiscal. Em evento na sexta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, citou a piora das expectativas de inflação no Brasil e destacou que o dado do IPCA-15 veio pior que o esperado, destacando que o mercado está mais “cético” em relação ao quadro fiscal. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o PIB neste ano, agora com alta de 3,08%%, ante 3,05% há uma semana. Em 2025, a economia brasileira deve crescer 1,93%, mesma previsão da semana anterior. Em relação à taxa Selic, foi mantida a expectativa tanto para o fim deste quanto do próximo, com a taxa básica de juros atingindo 11,75% em 2024 e 11,25% em 2025. Para o mercado de câmbio, a previsão quanto ao preço do dólar ao fim deste ano subiu para 5,45 reais, de 5,42 reais há uma semana. Em 2025, a expectativa ficou estável em 5,40 reais.

Reuters

EMPRESAS

Minerva paga R$ 5,68 bilhões à Marfrig em processo de compra de ativos

Maior parte do valor é referente ao preço acordado para as 13 unidades industriais e o centro de distribuição localizados no Brasil, Argentina e Chile

A Minerva Foods pagou R$ 5,68 bilhões à Marfrig na segunda-feira (28/10), em mais uma etapa do processo de compra de ativos de bovinos e ovinos na América do Sul, conforme anúncio das duas companhias ao mercado. Inicialmente, o negócio foi fechado por R$ 7,5 bilhões e a Minerva havia pagado R$ 1,5 bilhão na data da assinatura do contrato, em agosto do ano passado. O saldo restante estaria sujeito a mecanismos de ajuste pós-fechamento, previstos em contrato. A Minerva detalhou que, do montante pago hoje, R$ 5,325 bilhões são referentes ao preço acordado para as 13 unidades industriais e o centro de distribuição localizados no Brasil, Argentina e Chile, observando ainda que R$ 264,92 milhões são relativos à correção desse preço pelo CDI. Há também R$ 90,68 milhões referentes a outros ajustes de preço estabelecidos em contrato, que estão sujeitos a confirmação a ser realizada nos próximos 90 dias. A Marfrig ressaltou em fato relevante que, em 21 de maio de 2024, recebeu da Comission de Promocion y Defensa de La Competencia (CPDC) do Uruguai, resolução negando autorização para a operação de alienação dos ativos que se encontram no país. As unidades uruguaias em questão são de abate de bovinos de Colônia, Salto e San José, cujo preço de alienação atribuído foi de R$ 675 mil, e está depositado em conta garantia. “Vale destacar que a decisão não é definitiva e segue sujeita a recurso”, disse a Marfrig. Com a negociação, a Minerva passa a operar 46 unidades industriais distribuídas por sete países: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Austrália. A capacidade total de abate de bovinos foi para 41.789 cabeças/dia, e 25.716 cabeças/dia no caso de ovinos. Minerva esclarece ainda que assumiu as operações das novas plantas na data de hoje, e que, conforme o cronograma de integração a data prevista para o primeiro abate nos ativos incorporados é 4 de novembro de 2024″. A empresa destacou que providenciará a convocação de uma assembleia geral para ratificação da operação por seus acionistas. “Os acionistas VDQ Holdings S.A. e SALIC International Investment Company, partes de acordo de acionistas arquivado na sede da companhia, comprometeram-se a votar favoravelmente às matérias na assembleia geral”, afirmou a Minerva. A Marfrig, por sua vez, concentrou seu foco em produtos de valor agregado. A empresa reforçou no comunicado que detém o controle na BRF, da National Beef nos Estados Unidos, e continua presente nos segmentos de bovinos e processados no Brasil com a fábrica de industrializados Pampeano. Há também os complexos industriais de abate e processamento de produtos com marca e valor agregado de Várzea Grande (MT) e Promissão (SP), assim como a fábrica de hambúrgueres de Bataguassu (MS). Na Argentina, a Marfrig segue com o seu complexo industrial de San Jorge, produtor das marcas Quickfood, Paty e Vienissima! assim como com a unidade de Campo del Tesoro, além das unidades de Baradero e Arroyo Seco. No Chile, a Marfrig segue apenas com seus complexos de armazenagem, distribuição e trading.

Valor Econômico

Reforço natalino da BRF

A BRF já prepara a operação logística para atender à demanda por perus e aves nas festas de fim de ano. Entre 15 de novembro e 25 de dezembro, vai aumentar em 50% a frota de caminhões, a fim de transportar mais de 48 mil toneladas de produtos a partir de 19 centros de distribuição. A expectativa é alcançar mais de 4,5 mil municípios

Com 54% de participação de mercado em aves especiais e 70% em perus, segundo dados da Nielsen, a BRF considera as festividades de fim de ano uma das principais fontes de faturamento. No ano passado, a companhia registrou receita operacional líquida de R$ 7,39 bilhões no Brasil, entre outubro e dezembro, o que representou 27,5% dos ganhos da operação no País em 2023. E as expectativas são altas para 2024. “Nosso objetivo neste ano é fazer o melhor Natal da história da BRF”, diz Manoel Martins, vice-presidente comercial Brasil.

O Estado de São Paulo

MEIO AMBIENTE

Degradação de florestas na Amazônia bateu recorde mensal em setembro

Degradação de áreas no bioma cresceu mais de 1.400% no mês passado. “Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco’, diz o Imazon

A degradação florestal na Amazônia Legal atingiu 20.238 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2024, o que equivale a mais de 13 vezes a área da cidade de São Paulo. O número representa um aumento de 1.402% em relação a setembro de 2023, quando a degradação detectada foi de 1.347 km². O instituto de pesquisa Imazon apontou que essa foi a maior área atingida – no período de um mês – pelo dano ambiental dos últimos 15 anos. Degradação ambiental é o processo de deterioração do meio ambiente, que pode ser causado por ações humanas ou naturais. Os dados de desmatamento e degradação florestal na Amazônia, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), são monitorados pelo Imazon por imagens de satélite desde 2008 e 2009, respectivamente. O desmatamento corresponde à remoção completa da floresta, enquanto a degradação é um dano causado por queimadas ou pela extração madeireira – não remove toda a vegetação, mas destrói parte dela. A entidade ressalta que ambos ameaçam espécies da fauna e da flora. “Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco. Porém, os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais”, disse, em nota, a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon. Ela afirmou que esse pico da degradação é bastante preocupante e que rios importantes da Amazônia estão em situação crítica. O Imazon atribui o resultado do levantamento ao aumento das queimadas causadas pela ação humana e favorecidas pela seca severa na região. Setembro deste ano foi ainda o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas, o que contribuiu para que o acumulado desde janeiro também fosse o maior dos últimos 15 anos, atingindo 26.246 km². Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação alcançou 6.869 km². O Estado do Pará concentrou 57% das áreas de florestas degradadas na Amazônia em setembro deste ano. A degradação passou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² no mesmo mês de 2024, área quase 60 vezes maior. Sete dos 10 municípios que mais degradam a região amazônica são paraenses, incluindo São Félix do Xingu (3.966 km²), Ourilândia do Norte (1.547 km²) e Novo Progresso (1.301 km²). Outros Estados com percentuais significativos, segundo o Imazon, de áreas degradadas em setembro foram Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%). A entidade destacou, também, a situação de Rondônia, onde a degradação passou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024, o que representa uma alta de 38 vezes.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Cotações em alta no mercado de suínos

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve alta de 1,16%, com preço médio de R$ 175,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,11%, fechando em R$ 13,65/kg, em média.

Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (25), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,46/kg. Houve alta de 0,56% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,03/kg, avanço de 0,22% no Paraná, atingindo R$ 8,91/kg, incremento de 0,93% em Santa Catarina, com valor de R$ 8,70/kg, e de 1,87% em São Paulo, fechando em R$ 9,25/kg.

Cepea/Esalq

Mercado do frango estável no PR e SC

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,45%, fechando, em média, R$ 6,65/kg.

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,51/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (25), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado baixaram 0,40%, valendo, ambos, R$ 7,52/kg.

Cepea/Esalq

Regras sobre bem-estar de aves são falhas, afirma ONG

Organização defende regramento detalhado de bem-estar de aves que atenda a pontos “críticos”, como ritmo de crescimento e aglomeração nos galpões. ONG afirma que falta um regramento detalhado sobre a criação de aves no país

A regulamentação da criação de aves para uso comercial no Brasil não atende atualmente os pontos “críticos” para a garantia do bem-estar animal, afirma o Observatório do Frango desenvolvido pela organização Alianima. Segundo a iniciativa, falta um regramento detalhado sobre a criação de aves no país, diferentemente da criação de suínos, que obedece a parâmetros detalhados na instrução normativa 113/2020. Um dos pontos críticos é a seleção de linhagens que levam ao crescimento acelerado dos animais, até quatro vezes mais rápido que o crescimento de linhagens menos selecionadas. Segundo a Alianima, o crescimento desproporcional de peito e coxa — cortes mais demandados — gera problemas de saúde nas aves, frustração e estresse. A recomendação da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) é de que as aves cresçam até 60 gramas por dia em sistemas fechados. Outro problema é a aglomeração de aves nos galpões, que altera o comportamento dos animais, piora a situação da cama (dejetos) e provoca problemas de saúde. A recomendação de especialistas, segundo a organização, é que a ocupação no fim da engorda seja de até 30 quilos por metro quadrado. A falta de recursos para estimular as aves a ciscarem e se empoleirar também gera frustração e problemas de saúde. Para isso, a organização ressalta a recomendação de oferecer dois metros de poleiro para cada mil aves e substratos para bicagem para animais de ao menos 10 dias. Os especialistas ainda recomendam cama seca e com ao menos 7,5 centímetros. Também é recomendado que o teor de amônia no ar (no nível da cabeça das aves) fique abaixo de 20 ppm, e de CO2, abaixo de 3.000 ppm. A criação em ambientes com iluminação artificial também pode gerar agressividade e sofrimento. Para evitar isso, a organização recomenda ao menos 8 horas seguidas de luz e 6 de escuridão. Medidas de bem-estar animal podem melhorar a imunidade e assim reduzir a necessidade de antimicrobianos para profilaxia. A organização recomenda alternativas de profilaxia, como óleos essenciais, nutracêuticos e minerais, probióticos e probióticos.

Globo Rural

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