Ano 10 | nº 2300 |02 de setembro de 2024
NOTÍCIAS
Boi China sobe R$ 5,00 a sexta-feira em São Paulo
Na sexta-feira (30/8), último dia útil de agosto, o mercado do boi gordo se mostrou novamente positivo para a ponta vendedora, com altas nos preços do “boi-China” e da vaca gorda em São Paulo, informou a Scot Consultoria
O mercado paulista abriu ofertando mais R$ 5/@ pela compra do animal padrão-exportação, agora negociado por R$ 245/@ – o que representa um ágio de R$ 7/@ sobre o bovino “comum”, destinado ao mercado interno de São Paulo, e que se manteve estável a sexta-feira, em R$ 238/@). A Scot apurou valorização diária de R$ 2/@ no valor da vaca gorda paulista, agora apregoada em R$ 215/@. A novilha continua valendo R$ 230/@ em SP. “A exportação segue aquecida, enquanto a oferta de boiadas em pasto diminuiu notavelmente”, observou a Scot, acrescentando que a tendência de alta para o início de setembro vem se fortalecendo. Segundo a consultoria, em agosto de 2023, a média da cotação deflacionada da arroba bovina foi de R$220,05, enquanto, em agosto/24, essa mesma média está em R$ 228,59 em São Paulo, ou seja, R$ 8,54/@ a mais no preço do boi gordo (preços a prazo e descontados os impostos).
Scot Consultoria
Preços do boi gordo terminam agosto com expectativa de novas altas
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços mais altos na sexta-feira (30)
O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com o posicionamento das escalas de abate, que seguem posicionadas entre seis e sete dias úteis na média nacional, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. As exportações de carne bovina seguem em alto nível, com projeção de recorde de embarques para a atual temporada. “Outro aspecto é a demanda doméstica para a proteína animal, que também apresenta bons indicadores em um ano de uma pequena taxa de desocupação. Já é previsível um impacto significativo com a entrada do 13º salário na economia durante o último bimestre”, assinalou Iglesias. Preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 243,28. Goiás: R$ 235,75. Minas Gerais: R$ 234,41. Mato Grosso do Sul: R$ 248,55. Mato Grosso: R$ 216,30. atacadista ainda se depara com preços firmes para a carne bovina.
Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela elevação dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva. As exportações em altíssimo nível também favorecem, enxugando o mercado interno. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 18,00 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,50 por quilo. A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 13,50 por quilo.
Agência Safras
Boi gordo encerra agosto com valorização de quase 5% em SP
Segundo o Cepea, oferta de animais prontos para abate é considerada baixa diante da demanda da indústria. Em média, a cotação da arroba bovina subiu em todos os estados monitorados pela Scot Consultoria
A cotação do boi gordo em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), regiões consideradas referências para o mercado, encerrou agosto com alta acumulada de quase 5% no mês, a R$ 238 a arroba a prazo segundo o indicador elaborado pela Scot Consultoria. Na comparação diária, a cotação ficou estável. Em julho, esse valor era de R$ 227, estável em relação aos dias anteriores. aquele mês, os frigoríficos vinham controlando suas compras em busca de menores preços enquanto pecuaristas vinham retendo os animais de olho numa eventual valorização.
Globo Rural
Escalas de abate dos frigoríficos recuaram em todo o País
A média nacional das programações fechou a semana em 7 dias úteis, o menor nível para uma sexta-feira desde 7 de fevereiro/24
Os frigoríficos lidam com uma oferta menor de animais prontos para o abate, o que tem refletido em escalas se reduzindo nas principais regiões brasileiras. “O mercado doméstico opera com demanda crescente, o que tem melhorado o escoamento de carne bovina no varejo, enquanto as exportações seguem em um bom ritmo”, relatou a Agrifatto. A média nacional das escalas fechou a semana em 7 dias úteis, o menor nível para uma sexta-feira desde 7 de fevereiro, contabilizou a Agrifatto, que aponta o quadro de programações em importantes Estados brasileiros, de acordo com o seu levantamento semanal. Minas Gerais – Foi o destaque da semana, pois registrou um recuo de 3 dias úteis sobre a semana anterior, com escalas ficando em 6 dias úteis, menor patamar desde 7/2/2024. Tocantins – Também apontou uma diminuição de 3 dias úteis nas suas escalas em relação à semana anterior, fechando a semana com 7 dias úteis. Mato Grosso – Indicou decréscimo de 2 dias úteis em suas programações de abate, resultando em 7 dias úteis de escalas. Pará – Apontou declínio de 2 dias úteis nas suas escalas, fechando a sexta-feira com 9 dias úteis de escalas já programadas. São Paulo – Demonstrou uma redução de 2 dias úteis sobre a semana passada, encerrando o período com 10 dias úteis. Goiás – Registrou queda de 1 dia útil perante a semana anterior, com escalas de abate ficando em 6 dias úteis. Mato Grosso do Sul – Teve um declínio de 1 dia útil em relação ao período anterior, fechando a sexta-feira com 5 dias úteis de escala. Paraná/Rondônia – Demonstraram uma diminuição de 1 dia útil durante a semana e, com isso, as suas escalas atenderam 5 e 12 dias úteis, respectivamente.
Agrifatto
Estatística da pecuária (Redenção – Pará)
Na região de Redenção, no Pará, o cenário na última semana foi de redução da oferta de todas as categorias e alta na cotação da arroba
O aumento dos preços refletiu uma necessidade de compra maior por parte das indústrias frigoríficas, aliado a uma oferta menor, sinalizando uma retenção de boiadas na região como estratégia dos pecuaristas para acabamento do gado e com expectativa de que o mercado siga firme. Para o boi gordo, o aumento foi de 3,0%, ou R$6,00/@, sendo comercializado em R$210,00/@. Para a vaca, alta de 2,2%, ou R$4,00/@, estando cotada em R$187,00/@, já para a novilha, incremento de 2,1%, ou R$4,00/@, apregoada em R$199,00/@, segundo levantamento da Scot Consultoria. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$24,50/@, ou 11,7% a menos, com o boi cotado em R$234,50/@ nas praças paulistas. Preços a prazo e livre de impostos. A boiada oriunda do primeiro giro de confinamento já começou a chegar, mas com volume ainda compassado. Porém, espera-se um aumento da oferta de gado confinado em setembro, o que pode limitar o viés de alta no mercado.
Scot Consultoria
Carne fora da cesta básica, mesmo com cashback, deixaria 70 milhões de brasileiros “desprotegidos”, diz Gesner Oliveira
Estudo mostra que a retirada da cesta básica acarretaria um encarecimento médio do preço das carnes entre 6% e 9,2%
Sócio da GO Associados e professor da FGV, Gesner Oliveira, afirmou durante o CNN Talks que, caso as carnes fiquem fora da cesta básica da reforma tributária, mesmo que contem com cashback de imposto para os mais pobres, 70 milhões de brasileiros ficarão “desprotegidos” de altos preços. Gesner participou do CNN Talks: Caminhos para o Crescimento, que aconteceu em São Paulo, na quinta-feira (29). A CNN teve acesso ao estudo da GO que traz o dado. O documento indica que a retirada do item da cesta básica, que terá isenção de impostos, acarretaria um encarecimento médio do preço das carnes entre 6% e 9,2%. Além disso, o aumento médio do preço, ainda segundo o levantamento, impactaria cinco vezes mais o orçamento do grupo de renda “muito baixa” comparativamente ao grupo de renda “alta”, conforme definição do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “É intuitivo: para os ricos, isso no orçamento é ‘peanuts’ [irrisório], e para os pobres é fundamental”, explicou o economista no CNN Talks. Na proposta original do Ministério da Fazenda para regulamentação da reforma, as carnes ficavam na cesta básica estendida, com desconto de 60% no imposto. Além disso, inscritos no CadÚnico que ganhassem até meio salário-mínimo per capita teriam direito ao chamado cashback de tributos. Nas contas da GO, com estas condições, cerca de 70 milhões de brasileiros que ganham até R$ 1.550 não estariam elegíveis ao cashback e pagariam mais caro pela carne. “70 milhões de pessoas ficam desprotegidas de um dos maiores impactos do que podemos chamar de inflação dos pobres”, disse.
CNN Brasil
Reforma tributária, carnes na cesta básica e alíquota zero
Fábio Pallaretti Calcini
Temos visto no noticiário algumas reportagens que, ao cuidar da reforma tributária constitucional sobre o consumo (EC 132/23) e sua regulamentação pelo PLP 68/2024, têm eleito a carne na cesta básica como a grande vilã de uma possível alíquota – 28% –, que será a maior do mundo! Esse discurso adotado para encontrar justificativas para uma tributação sobre o consumo altamente onerosa, atribuindo, em boa parte, à inclusão das carnes na cesta básica, retrata uma grande injustiça e equívoco. Não se exige muito esforço intelectual para saber que, infelizmente, nosso país não é exemplo de gestão eficiente e ética dos recursos públicos, que advêm na maior parte dos tributos. Com isso, infelizmente, torcendo para que um dia isso ainda mude, verdadeiramente, somente esse fato nos revela a razão de termos tamanha carga tributária sobre o consumo, sem levar em consideração outros tributos da esfera federal, estadual e municipal. E, no momento, parece que a voracidade fiscal em face do cidadão não tem limites e, por conseguinte, não tem fim. Esse, porém, não é o ponto relevante que nos leva a contestar aqueles que, equivocadamente, sustentam a exclusão das carnes da cesta básica, entre outros produtos. Somente para lembrar e contextualizar, o artigo 8º do ADCT, da Emenda Constitucional nº 132/2023, preceitua que: “Art. 8º Fica criada a Cesta Básica Nacional de Alimentos, que considerará a diversidade regional e cultural da alimentação do País e garantirá a alimentação saudável e nutricionalmente adequada, em observância ao direito social à alimentação previsto no art. 6º da Constituição Federal. Parágrafo único. Lei complementar definirá os produtos destinados à alimentação humana que comporão a Cesta Básica Nacional de Alimentos, sobre os quais as alíquotas dos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V, da Constituição Federal serão reduzidas a zero”. Houve, portanto, a criação da Cesta Básica Nacional, cabendo a lei complementar definir os produtos que serão tributados à alíquota zero de IBS e CBS. Respaldo na Constituição. Neste sentido, tivemos a aprovação, na Câmara dos Deputados, do PLP 68, o qual estabelece no artigo 120: “Art. 120. Ficam reduzidas a zero as alíquotas do IBS e da CBS incidentes sobre as vendas de produtos destinados à alimentação humana relacionados no Anexo I desta Lei Complementar, com a especificação das respectivas classificações da NCM/SH, que compõem a Cesta Básica Nacional de Alimentos, criada nos termos do art. 8º da Emenda Constitucional nº 132, de 20 de dezembro de 2023.” O Anexo I, por sua vez, traz nos itens 19 e 20, a proteína animal – carnes: (1) – Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foies gras) dos seguintes códigos, subposições e posições da NCM/SH: a) 02.01, 02.02, 0206.10.00, 0206.2 e 0210.20.00; b) 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 0209.10 e 0210.1; c) 02.04 e 0210.99.20, carne caprina classificada no código 0210.99 e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos classificadas nos códigos 0206.80.00 e 0206.90.00; d) 02.07, 0209.90.00 e 0210.99.1, exceto os produtos dos códigos 0207.43.00 e 0207.53.00; (ii) – Peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeos, atuns, bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos) dos seguintes códigos, subposições e posições da NCM/SH: a) 03.02; exceto os produtos dos códigos 0302.1, 0302.3, 0302.51.00, 0302.52.00, 0302.53.00 e 0302.9 da NCM/SH; b) 03.03; exceto os produtos dos códigos 0303.1, 0303.4, 0303.63.00, 0303.64.00, 0303.65.00 e 0303.9 da NCM/SH; c) 03.04; exceto os produtos dos códigos 0304.41.00, 0304.42.00, 0304.52.00, 0304.71.00, 0304.72.00, 0304.73.00, 0304.81.00, 0304.82.00 e 0304.87.00 da NCM/SH. De antemão, como já é de conhecimento, a tributação favorecida e diferenciada, especialmente, aos alimentos, tem completo respaldo na Constituição, uma vez que entre os fundamentos do Estado Democrático de Direito (artigo 1º), está a dignidade da pessoa humana, que impõe ao poder público ações e omissões que tenham por finalidade, exatamente, garantir o chamado mínimo existencial. Esse direito à dignidade e do mínimo existencial, entrelaçado com o direito fundamental à vida (artigo 5º, CF), na prática, revela a necessidade de garantir a todos os seres humanos o acesso ao alimento, pois se trata de condição imprescindível à conservação da vida e da dignidade deste. Mais do que isso, a Constituição brasileira foi ainda mais enfática, pois estabelece que a alimentação é um direito social (artigo 6º), dando relevo à obrigatoriedade de o Estado promover políticas públicas e, portanto, ações positivas, que deem acesso real e verdadeiro aos brasileiros aos alimentos. Como a produção de alimentos envolve diversos custos, naturalmente, se houver tributo incidente sobre a cadeia produtiva e, principalmente, no fornecimento e acesso à população, ele ficará, naturalmente, mais caro e menos acessível. Bem por isso, há de se promover legislações fiscais com tributação reduzida para a produção de alimentos, como medida de, em cumprimento o artigo 187, I e do direito social à alimentação, dar acesso a todos. Daí a razão justa e razoável de se estabelecer uma cesta básica, garantindo que o Estado não irá exigir tributo, de forma desmedida, sobretudo, desses alimentos, que configuram produtos essenciais à sobrevivência do ser humano. Leia mais em:
https://www.conjur.com.br/2024-ago-30/reforma-tributaria-carnes-na-cesta-basica-e-aliquota-zero/
Consultor Jurídico
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC
O dólar à vista fechou em alta ante o real pela quinta sessão consecutiva na sexta-feira, ainda que duas intervenções do Banco Central no mercado, por meio de leilões de moeda, tenham diminuído a pressão, em um dia marcado pelos receios com o equilíbrio fiscal no Brasil e pelo avanço da moeda norte-americana também no exterior
O dólar à vista fechou em alta de 0,24%, cotado a 5,6363 reais. A moeda avançou em todos os dias desta semana, acumulando avanço de 2,86% no período. Em agosto, porém, a divisa ainda contabilizou baixa de 0,34%. A moeda norte-americana abriu a sessão em baixa no Brasil, após o Banco Central ter anunciado na véspera um leilão de até 1,5 bilhão de dólares no mercado à vista de câmbio nesta sexta-feira, das 9h30 às 9h35. A oferta de dólar à vista buscou atender demanda atípica por moeda de parte do mercado. Isso ocorreu porque uma nova versão do índice de ações MSCI Global Standard passou a vigorar no fechamento da sexta-feira, incluindo, no caso do Brasil, papeis de Nubank, XP, Embraer, Stone, PagBank e Inter. Como alguns fundos espelham este índice, houve uma demanda adicional por dólares, para compra dessas ações no exterior. Na operação, o BC vendeu o total de 1,5 bilhão de dólares, mas ainda assim as cotações migraram para o território positivo e renovaram máximas do dia, reagindo a uma série de fatores. Entre os fatores estavam o avanço do dólar também no exterior e a disparada das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) com prazos mais longos. Além disso, a disputa pela formação da Ptax de fim de mês levava os investidores comprados a impulsionarem as cotações pela manhã. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. Um operador citou ainda que, após o leilão de moeda à vista, parte do mercado também passou a “testar” se o BC retornaria ao mercado caso as cotações do dólar disparassem. O BC acabou retornando ao mercado no início da tarde, ao anunciar um leilão de 30.000 contratos de swap cambial, equivalentes a 1,5 bilhão de dólares, para entre 12h50 e 13h. Na operação — cujo efeito é equivalente à venda de dólares no mercado futuro — o BC colocou 15.300 contratos, ou 765 milhões de dólares. Após a segunda intervenção do BC, o dólar à vista desacelerou os ganhos, mas não o suficiente para retornar ao campo negativo, encerrando a jornada com alta de 0,24%. No mercado futuro, porém, o dólar para outubro — que passou a ser o mais líquido na sexta-feira — cedia 0,48% perto do fechamento, para 5,6220.
Reuters
Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA
O Ibovespa fechou com uma variação negativa marginal nesta sexta-feira, em sessão marcada por ajustes, após renovar máximas históricas nos últimos pregões, mas ainda acumulou em agosto o melhor desempenho mensal do ano
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,03%, a 136.004,01 pontos, tendo marcado 136.138,94 pontos na máxima e 134.910,48 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 45,56 bilhões de reais. Na semana, acumulou uma variação positiva 0,29%. O rali no mês, que fez o Ibovespa ultrapassar os 137 mil pontos pela primeira vez, foi estimulado principalmente por perspectivas crescentes de que o Federal Reserve começará a reduzir os juros em setembro. A consolidação dessas apostas fomentou uma entrada líquida de estrangeiros na bolsa paulista de 9,66 bilhões de reais em agosto até o dia 28, fortalecendo o Ibovespa, que subiu 6,54% em no mês, o melhor desempenho mensal desde novembro de 2023. Para o UBS Wealth Management no Brasil, a mudança a favor de ativos de risco em agosto confirma a tese de que “a conclusão do ciclo monetário nos EUA será crucial como uma faísca para desbloquear ganhos potenciais” desses ativos globalmente”. O último pregão do mês também foi marcado por ajustes visando o rebalanceamento do Ibovespa e o MSCI Global Standard – uma das referências globais para investimentos em ações.
No caso do Ibovespa, as mudanças na composição que irá vigorar a partir de segunda-feira até o final do ano incluem a entrada de Auren, Caixa Seguridade e Santos Brasil e saída de Dexco.
No MSCI que passa a valer no fechamento da sexta-feira, as mudanças incluem a entrada de Nubank, XP, Embraer, Stone, PagBank e Inter, e saída de Lojas Renner e Eneva.
Reuters
Desemprego cai a 6,8% no trimestre até julho e marca novo recorde
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,8% nos três meses até julho, em linha com o esperado por economistas e marcando o menor nível para o período desde o início da série do governo, em 2012, evidenciando a força do mercado de trabalho no país em um momento em que o Banco Central tem reiterado surpresa com a força da atividade econômica
A taxa recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, de fevereiro a abril, e caiu 1,1 ponto sobre o mesmo período de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. A população desocupada caiu para 7,4 milhões no trimestre, menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa de julho ficaria exatamente em 6,8% no período. No trimestre, o rendimento médio real das pessoas ocupadas, que vinha em alta desde maio na comparação trimestral, ficou estável frente ao período anterior, em 3.206 reais, com alta de 4,8% na comparação anual. Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, trata-se de um fato pontual. “Não é uma mudança de trajetória (de alta) da renda”, afirmou a jornalistas. “Temos melhora da renda do trabalho nos últimos meses e isso mexe com demanda e consumo. Dado que essa melhora acontece há meses, o consumo gera demanda e gera demanda por mais trabalho e emprego”, afirmou. O BC tem reforçado em sua comunicação que o mercado de trabalho vem apresentando dinamismo maior do que o esperado e, em sua última reunião de política monetária, no fim de julho, os diretores discutiram o papel dessa dinâmica na determinação da inflação de serviços, segundo a ata do encontro. Na semana passada, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais “ainda incipientes, mas mais claros” de que o aperto no emprego possa estar sendo transmitido para os preços de serviços “de uma forma mais prolongada”. O BC se reunirá em meados de setembro para deliberar sobre os juros e a aposta do mercado é de alta da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. A população ocupada somou 102 milhões, novo recorde da série histórica e alta de 1,2% no trimestre e de 2,7% no ano, mostrou o IBGE. O nível de ocupação, que mede a parcela de pessoas ocupadas frente à população em idade de trabalhar, foi a 57,9%, maior nível em dez anos. Já a taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (com 39,4 milhões de trabalhadores informais), mesmo nível verificado no trimestre encerrado em abril.
Reuters
Resultado fiscal de julho surpreende negativamente e dívida pública bruta sobe a 78,5% do PIB em julho
O resultado fiscal do setor público surpreendeu negativamente em julho, com a dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB subindo a 78,5%, de 77,8% no mês anterior, mostraram dados do Banco Central na sexta-feira
No mês, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 21,348 bilhões de reais, muito maior do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters, que esperavam um saldo negativo de 5 bilhões de reais. Os números do BC apontam que o saldo negativo do mês foi composto por déficits de 8,618 bilhões de reais do governo central, 11,138 bilhões de reais dos governos regionais e 1,692 bilhão de reais de empresas estatais. O aumento da dívida bruta, segundo a autarquia, decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,7 ponto percentual) e das emissões líquidas (+0,4 p.p.). O efeito do crescimento do PIB sobre a dívida pública, por sua vez, contribuiu para uma redução de 0,5 ponto, o que não compensou os outros fatores de alta. Em relação à dívida líquida, o patamar foi a 61,9%, de 62,2%, similar ao projetado em pesquisa da Reuters, de 62,3%.
Reuters
Conta de luz fica mais cara em setembro com bandeira vermelha 2
Com reservatórios das hidrelétricas do País cerca de 50% abaixo da média, a medida é adotada pela Aneel pela primeira vez em mais de três anos
Pela primeira vez em mais de três anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciou na sexta-feira, 30, bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro. O órgão citou como justificativa a expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do País, em cerca de 50% abaixo da média. O anúncio vem com maiores custos para a geração de energia elétrica, resultando em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Mais cedo, o Estadão/Broadcast mostrou que operadores do mercado de energia já trabalhavam com essa possibilidade. O Custo Marginal da Operação (CMO) projetado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a primeira semana de setembro é de R$ 277,76 por megawatt-hora (MWh) — ante os R$ 94,25 por MWh da semana atual. Ou seja, aumento de quase 200%. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o País, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, cita a Aneel. A bandeira vermelha patamar 2 não era acionada desde agosto de 2021, na esteira da crise hídrica. Em despacho obtido pelo Estadão/Broadcast, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira reconheceu que “avaliações recentes” sinalizam para um cenário hídrico desafiador para os próximos meses. No mês de julho, houve o acionamento da bandeira tarifária amarela pela primeira vez desde abril de 2022. Em agosto, em cenário mais favorável, houve o retorno para a bandeira verde, que não implica cobrança adicional de tarifa. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, acrescentou a Aneel. A mudança de bandeira depende de três gatilhos: o primeiro é o chamado preço de liquidação das diferenças (PLD), sendo que o Custo Marginal da Operação (CMO) é uma das variáveis; o segundo é o nível de risco hidrológico (GSF); o último é a geração fora do mérito de custo (GFOM), quando há o acionamento de usinas com custo maior que o determinado pelo PLD. Para setembro, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
O Estado de São Paulo
EMPRESAS
Marfrig: venda de unidades à Minerva vai sair?
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve concluir a análise sobre a venda de ativos da Marfrig para a Minerva até o fim de setembro, apesar do prazo estendido de 90 dias, informou a Broadcast
A Superintendência-Geral (SG) recomendou a aprovação da transação com um acordo com o Cade, mas o julgamento ainda pode ocorrer nas sessões de 11 ou 25 de setembro. O caso é relatado pelo conselheiro Carlos Jacques. A operação, anunciada em agosto de 2023, envolve a venda de 16 ativos, incluindo 11 plantas de bovinos no Brasil, unidades industriais na Argentina, Uruguai e Chile, além de um centro de distribuição, totalizando R$ 7,5 bilhões. A SG sugeriu a aprovação mediante um acordo de controle de concentrações (ACC), revisando uma cláusula de não competição no contrato de venda. Segundo o órgão, a cláusula terá seu escopo geográfico e de produto reduzido para atender às preocupações do Cade. A SG identificou sobreposições horizontais em Goiás, Mato Grosso e Rondônia, e integração vertical nas atividades de abate e processamento pela Minerva, mas concluiu que não há preocupações concorrenciais. No entanto, a compra de gado em Goiás ainda gera debates, o que pode endurecer os termos do ACC. Fontes indicam que a verticalização das empresas, com atuação do confinamento ao varejo, ainda preocupa, especialmente em Goiás, onde a ampliação de operações poderia afetar a competição no mercado pecuarista. A análise sobre a verticalização será discutida ainda neste mês, podendo trazer restrições à Minerva em certos elos da cadeia de produção. A prorrogação do prazo foi solicitada pelo relator do caso, que considerou insuficiente o tempo restante para concluir a análise até 23 de agosto. O consenso no Cade, porém, é concluir o julgamento o quanto antes.
Broadcast/Estadão Conteúdo
EVENTOS
Expointer 2024 fatura R$ 8,1 bilhões e supera a última edição
Setor de máquinas e implementos agrícolas aquecem negócios na feira. Em ano de reconstrução, Expointer 2024 supera última edição
A 47ª Expointer terminou neste domingo (1/9), em Esteio, no Rio Grande do Sul, com faturamento de R$ R$8,1 bilhões acumulados ao longo de oito dias, um crescimento de 1,41% em relação à edição de 2023. A feira registrou 2.067 expositores e mais de 650 mil visitantes até a manhã de domingo (1/9). Segundo a organização, os números finais de visitantes serão divulgados na segunda-feira (2/9). O setor de máquinas e implementos agrícolas foi o responsável por aquecer os negócios na feira, com R$ 7,4 bilhões em negócios do total, pouco mais de 0,5% a mais que em 2023. “70% dos implementos agrícolas que são vendidos no Brasil saem do Rio Grande do Sul. Nós temos muitos compradores de fora do Estado e isso traz uma boa perspectiva”, afirmou o secretário da agricultura do Rio Grande do Sul, Clair Kuhn. Neste ano, a reconstrução e a retomada após as enchentes de abril e maio no Estado foram o tema do evento realizado no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), que ficou alagado por mais de 30 dias e teve que receber cerca de R$ 6 milhões em investimentos para reformas e melhorias. “Estamos extremamente felizes e realizados de fechar uma feira de superação. O Rio Grande do Sul é muito forte e tem muita resiliência”, disse o secretário. Em 2024, o número de animais em exposição, um dos principais atrativos da feira, aumentou 12% em relação à última edição, chegando a 4.796 inscritos. Neste ano, participaram novas raças de ovinos, como a dhone merino, e de equídeos, como os muares. Foram quase R$ 19 milhões em negócios de animais, um crescimento de 48% em relação a 2023. O Pavilhão da Agricultura Familiar (PAF) apresentou um crescimento, de 372 empreendimentos em 2023, para 413 em 2024. Do total, 216 são liderados por mulheres, 125 têm jovens na liderança e 73 participam da feira pela primeira vez. Foram negociados R$10,8 milhões na agricultura familiar, um crescimento de 25,4% em relação a 2023.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Sexta-feira (30) de cotações estáveis para o mercado de suínos
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, enquanto a carcaça especial teve leve queda de 0,75%, fechando em R$ 13,30/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (29), houve tímida alta de 0,12% no Paraná, com preço de R$ 8,40/kg, e baixa de 0,22% em São Paulo, fechando em R$ 8,87/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,97/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,36/kg), e Santa Catarina (R$ 8,36/kg).
Cepea/Esalq
Frango no atacado de SP subiu 1,60% na sexta-feira (30)
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,60%, fechando, em média, R$ 6,35/kg
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (29), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando respectivamente, R$ 7,05/kg e R$ 7,37/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Preços se recuperam em agosto
Após caírem em julho, os preços médios da carne de frango encerram agosto em recuperação
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da demanda aquecida, sobretudo na primeira quinzena do mês (recebimento de salários), e da disponibilidade interna mais enxuta. Quanto ao frango vivo, a associação de aquecimento na procura pela carne e oferta reduzida do animal tem alavancado as cotações, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Na contramão do mercado doméstico, as exportações brasileiras de carne de frango in natura seguem enfraquecidas.
Cepea/Esalq
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