CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2276 DE 30 DE JULHO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2276 | 30 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS

Estabilidade nos preços do boi gordo em São Paulo

O mercado abriu estável, sem alterações nos preços com relação à última sexta-feira (26/7). Ainda que os pecuaristas pressionem por ajustes, as indústrias frigoríficas seguem firmes na oferta, com compras compassadas. As escalas de abate estão bem-posicionadas, em média, para 9-10 dias.

Rio Grande do Sul – Na região Oeste, o mercado abriu ofertando mais R$0,20/kg para o boi, R$0,15/kg para a vaca e se manteve estável para a novilha. No mesmo viés, os preços na região de Pelotas também subiram e o aumento foi de R$0,10/kg para o boi gordo, R$0,05/kg para a vaca e a cotação da novilha ficou estável. A oferta de compra de gado vivo na praça (tanto para terminação, quanto terminado) para exportação tem concorrido no mercado, deixando os preços firmes. Em junho esse cenário foi expressivo, e concorreu com a oferta de boiadas para confinamento e, por consequência para a indústria também.

Mercado atacadista de carne com osso – Com os estoques já quase preenchidos e as vendas enfraquecidas, as negociações na última semana foram fracas. A cotação da carcaça da vaca casada manteve-se estável, enquanto a da novilha caiu 0,7%. A carcaça casada de boi castrado registrou queda de 1,3% na semana, e a carcaça casada de boi inteiro caiu 2,0%. Para o frango médio, a queda foi de 2,4% no mesmo período. A cotação da carcaça especial suína* também caiu, a queda foi de 1,7%. Nesse cenário, o frango médio** continua mais competitivo em comparação com as outras carnes apresentadas.
*Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha.

**Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%.

Scot Consultoria

Boi: estado registra alta de R$ 10 na arroba nesta segunda

A expectativa em torno do consumo durante a 1ª quinzena de agosto é grande, considerando o repique de demanda causado pelo Dia dos Pais

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com negócios saindo acima das referências médias, em especial em Mato Grosso do Sul. Em algumas praças desse estado houve alta de até 10 reais na arroba do boi gordo, em relação à sexta-feira (26), disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Por outro lado, as escalas de abate no geral são razoáveis, posicionadas entre sete e nove dias úteis em média. Sob o prisma da demanda, é grande a expectativa em torno do consumo durante a primeira quinzena de agosto, considerando o repique de demanda causado pelo Dia dos Pais. São Paulo: ficou em R$ 229,80 na modalidade à prazo. Goiás: a indicação média foi de R$ 221,18. Minas Gerais: a arroba teve preço médio de R$ 219,41. Mato Grosso do Sul: foi indicada em R$ 224,68. Mato Grosso: a arroba ficou indicada em R$ 208,73. “Soma-se a isso um fluxo agressivo de exportações, com o Brasil enfileirando recorde após recorde nas vendas de carne bovina no mercado internacional”, completou Iglesias. Mercado atacadista – O mercado atacadista ainda apresenta preços acomodados para a carne bovina, mas com boa perspectiva para a primeira quinzena de agosto. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 17,20 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,35 por quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 12,60 por quilo. Exportação da carne – As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 952,316 milhões em julho (20 dias úteis), com média diária de US$ 47,615 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 215,619 mil toneladas, com média diária de 10,781 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.416,70. Em relação a julho de 2023, houve alta de 31,2% no valor médio diário da exportação, ganho de 40,8% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Canal Rural

Boi gordo: mercado segue travado, reflexo da maior disputa entre frigoríficos e pecuaristas

Preços da arroba abrem a semana com estabilidade na maioria das praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o mercado pecuário

O mercado físico do boi gordo demonstrou estabilidade neste começo da semana, mesmo com as vendas fracas de carcaça bovina, movimento habitual para este período do mês, marcado pela queda no poder aquisitivo da população brasileira. Segundo acompanhamento da Agrifatto, os pecuaristas e frigoríficos estão em uma “batalha” neste momento e, com isso, os preços do boi gordo “travaram, com uma movimentação mínima de negócios”. Na última semana, o indicador Agrifatto (baseado nos preços do boi em 17 praças brasileiras) ficou praticamente estável na comparação com a semana anterior (apresentou um ligeiro acréscimo de 0,02%), fechando com um valor médio de R$ 227,70/@ (média entre o “boi comum” e o “boi-China”). De maneira semelhante, o indicador Cepea (mercado paulista) registrou uma leve valorização semanal de 0,26%, com o preço médio alcançando R$ 231,23/@. Dados Scot –  O mercado do boi gordo em São Paulo ficou estável nesta segunda-feira (29/7), de acordo com dados apurados pela Scot Consultoria). “Ainda que os pecuaristas pressionem por ajustes, as indústrias frigoríficas seguem firmes na oferta, com compras compassadas”, afirmam os analistas da Scot. No Estado de São Paulo, diz a Scot, as escalas de abate dos frigoríficos estão bem-posicionadas, em média, para 9-10 dias. Com isso, o boi gordo segue valendo R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 202/@ e R$ 217/@, respectivamente. O “boi-China” está cotado em R$ 230/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última quinta-feira (25/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$222,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$222,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de dez dias; Paraná — O boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias.

Portal DBO

Balança comercial do agronegócio deve repetir superávits

Bom desempenho fora da porteira aponta para a continuidade de superávits, apesar da queda de preços agrícolas no mercado internacional

Superavitária desde 1997, a balança comercial do agronegócio deve repetir o feito neste ano, com produtos como algodão, açúcar e carnes seguindo em grandes quantidades, sobretudo para a Ásia. No ano passado, o valor da exportação dos produtos agropecuários atingiu o pico de US$ 166 bilhões, o que representou um recorde de 49% de participação do agro na balança comercial brasileira. O superávit crescente a cada safra ajuda a equilibrar o déficit estrutural na conta de serviços, que impacta as transações correntes entre o Brasil e o exterior, e favorece o mercado cambial com a entrada de dólares. Para o pesquisador Felippe Serigati, da FGV Agro, o saldo de 2024 ainda é questão em aberto, mas os volumes devem surpreender mais uma vez. “Temos que olhar também para a agroindústria, que tem registrado números muito interessantes. No acumulado do ano, com exceção dos insumos agropecuários, o crescimento das exportações foi generalizado entre vários segmentos, como alimentos e bebidas”, observa. “O bom desempenho fora da porteira acontece porque a agroindústria conseguiu se inserir nas cadeias globais de valor”, emenda. Sobre a queda nos preços globais agrícolas, Serigati acredita que representa uma volta aos valores habituais da pré-pandemia. (..) No âmbito do complexo carnes, o país também vem quebrando recordes em volume embarcado. As exportações de carne bovina in natura foram as mais altas na série histórica para o mês de maio, alcançando 211 mil toneladas, conforme informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) – carnes suína e de frango bateram recordes em quantidade, igualmente. Além da China, os Emirados Árabes Unidos, o Chile e os Estados Unidos foram os principais compradores. Porém, com a demanda internacional retraída, o preço da carne bovina desvalorizou-se. De acordo com Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, o efeito preço define os resultados em valor. “É interessante observar o caso das exportações desse produto para a China, a maior importadora. Na fase dos surtos de peste suína africana, o preço médio de exportação da carne chegou ao maior valor da série, de US$ 6.400 por tonelada. Assim, o valor exportado para o país asiático foi recorde. Já em 2023, com praticamente o mesmo volume embarcado e o cenário da doença mais equilibrado, o preço médio recuou para US$ 4.800 por tonelada”, lembra Perosa. Ele diz que Japão e Coreia do Sul poderiam ser importadores relevantes da carne brasileira, mas não há acordo sanitário entre os países.

Valor Econômico

Julho de 2024 registra novo recorde mensal nas exportações brasileiras de carne bovina in natura

Mesmo faltando três dias úteis para o fim do período mensal, embarque supera o desempenho histórico anterior (de maio/24) ao alcançar 215,62 mil toneladas

Na quarta semana de julho/24, as exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram um leve crescimento, totalizando 53,09 mil toneladas, com uma média diária de 10,62 mil toneladas, o que resultou em um acréscimo 0,28% sobre o volume da semana anterior, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Com este resultado parcial, relata a Agrifatto, o Brasil bateu, em julho/24, um novo recorde mensal nos embarques de carne bovina in natura, mesmo ainda restando três dias para o fechamento do mês. “Atingimos 215,62 mil toneladas exportadas, o maior volume mensal da história”, ressalta a Agrifatto. A nova marca superou o recorde registrado em maio/24, quando os frigoríficos brasileiros exportaram 211,98 mil toneladas de carne bovina in natura. Segundo previsão da Agrifatto, no total, as vendas externas em julho/24 podem alcançar 242,50 mil toneladas, o que representaria um crescimento de 50,81% em comparação ao volume obtido em julho/23, de 160,80 mil toneladas. Cotações – Na quarta semana de julho/24, o preço médio da carne bovina brasileira apresentou uma ligeira expansão entre as semanas, com variação de 0,41%, situando-se em US$ 4,42 mil/tonelada. A receita total obtida na parcial deste mês alcançou US$ 952,32 milhões, indicando uma média diária de US$ 47,62 milhões, o que representa um acréscimo de 31,18% sobre o valor obtido no mesmo período de 2023.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar descola do exterior e cai ante real com mercado à espera de Copom, Fed e BOJ

Numa sessão sem notícias de impacto, o dólar à vista fechou a segunda-feira em baixa ante o real, com investidores à espera das decisões sobre juros no Brasil, nos EUA e no Japão, todas na quarta-feira, enquanto no exterior a moeda norte-americana subiu ante a maior parte das demais divisas.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6256 reais na venda, em baixa de 0,58%. No mês a divisa acumula alta de 0,62%. Às 17h26, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,74%, a 5,6265 reais na venda. Na sessão desta segunda-feira os rendimentos dos Treasuries cederam, mas o dólar sustentou ganhos ante as demais divisas fortes e em relação a moedas pares do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que o real esteve na contramão mais por fatores técnicos do que propriamente em função do noticiário do dia — mesmo porque, a expectativa maior era pela agenda da próxima quarta-feira, quando ocorrem decisões de política monetária no Brasil, nos EUA e no Japão. No caso do Federal Reserve os investidores estarão em busca da confirmação de que o início do ciclo de corte de juros ocorrerá de fato em setembro, como vem precificando o mercado. Já a expectativa para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil é de manutenção da taxa básica Selic em 10,50% ao ano, mas os agentes estarão atentos às pistas para os próximos encontros. Uma das dúvidas é se o colegiado poderá subir juros nos próximos meses — uma possibilidade que vem ganhando força entre algumas casas.

Reuters

Ibovespa fecha em queda com pressão de Petrobras e decisões de Fed e Copom no horizonte

O Ibovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, pressionado principalmente pela forte queda das ações da Petrobras em meio ao recuo dos preços do petróleo no exterior e ceticismo de agentes financeiros com planos da estatal envolvendo operações na Namíbia.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,42%, a 126.953,86 pontos, tendo marcado 127.657,17 pontos na máxima e 126.605,66 pontos na mínima da sessão. O volume financeiro somou apenas 17,58 bilhões de reais. Tendo como pano de fundo um desempenho ainda positivo do Ibovespa no mês (alta de cerca de 2,5% até o momento), agentes financeiros optaram pela cautela antes de eventos relevantes na semana, notadamente as decisões de juros dos bancos centrais nos Estados Unidos e Brasil, que serão conhecidas na quarta-feira. Mesmo que não se espere mudanças nas taxas em ambos os casos, agentes financeiros buscarão nos comunicados divulgados ao término dos encontros pistas sobre os próximos passos do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. No caso dos EUA, as previsões são de que a taxa de juros de referência permaneça no intervalo entre 5,25% e 5,5%, mas estrategistas da XP destacaram que “o Fed deve abrir a porta para cortes nas taxas de juros logo após dados de inflação mais benignos”. Em relação ao Brasil, “a expectativa unânime é de que a taxa Selic permaneça em 10,50%, embora se espere uma comunicação mais dura, dada a piora das principais condições para a inflação prospectiva”, pontuou a equipe da XP no relatório “Morning Call” publicado nesta segunda-feira. A temporada de resultados de empresas da bolsa paulista também ganha fôlego nos próximos dias, incluindo os números de Ambev, WEG, Telefônica Brasil, TIM Brasil, CCR, Gerdau, Cielo, Eztec, entre outras, nesta semana. Investidores também continuam monitorando o cenário fiscal brasileiro. De acordo com relatório do Santander Brasil, “um sentimento predominante de incerteza e apreensão permeia o ambiente de mercado atual, com preocupações persistentes sobre a capacidade do governo brasileiro de cumprir suas metas fiscais”.

Reuters

Governo deve publicar ainda em julho MP sobre repactuação de dívidas de produtores gaúchos

Segundo ministro, haverá possibilidade de zerar débitos a quem foi mais afetado pelas enchentes e inundações

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reafirmou que o governo federal vai publicar até o fim deste mês uma medida provisória para a repactuação de dívidas de produtores rurais do Rio Grande do Sul. Ele reforçou que haverá possibilidade de zerar débitos a quem foi mais afetado pelas enchentes e inundações que atingiram o Estado neste ano. Ele teve reunião com representantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário nesta segunda-feira (29/7) para tratar da MP. O texto deverá ser publicado até quarta-feira (31/7).

“A MP visa dar tratamento diferente para cada produtor, inclusive com a possibilidade até de zerar as dívidas dos que foram mais afetados e que ficaram com poucas perspectivas”, afirmou Fávaro, em postagem nas redes sociais. Na última quinta-feira (25/7), o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, afirmou que a MP já estava em sua terceira versão. Ele mencionou que o alcance das medidas, como a anistia de algumas dívidas, dependia de negociações com a equipe econômica. “A briga é com a Fazenda”, mencionou em conversa com a Globo Rural em São José dos Campos. Fávaro disse que também foi debatida na reunião de hoje uma proposta para auxiliar cooperativas agropecuárias e empresas cerealistas gaúchas. As demandas foram apresentadas formalmente ao governo federal na semana passada. As cooperativas querem a criação de uma linha especial de crédito para capital de giro, com cerca de R$ 1 bilhão, dez anos de prazo e juros próximos a 4% ao ano. O objetivo sanar a situação dos cooperados na ponta, que estão endividados após três safras com secas e o impacto das enchentes deste ano. A medida dependeria do aval do fundo garantidor. Já as cerealistas pedem a reativação de uma linha no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Pro-CDD Agro, criada em 2019 para a composição de dívidas.

Ela permitia a composição de dívidas bancárias e privadas para a renegociação com três anos de carência e 12 anos de prazo. Para decolar, no entanto, o setor indica a necessidade de ajuda de um fundo de aval para as renegociações.

Globo Rural

Preço médio do frete rodoviário cresceu 1,77% em junho

A alta ocorreu apesar da estabilidade no preço do diesel no mês passado

O preço médio do frete por quilômetro rodado teve alta de 1,77% em junho, segundo levantamento da Edenred Repom. No semestre, porém, o índice criado pela empresa (IFR) apresenta queda de 0,8%. O valor médio ficou em R$ 6,31 o quilômetro, o maior registrado desde janeiro. A alta ocorreu apesar da estabilidade no preço do diesel em junho – que segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), teve altas de 0,2% e 0,3% nos tipos comum e S-10, respectivamente, ante o mês anterior. “Esse retrato é especialmente impulsionado pelo aumento na demanda por frete, puxada pela recuperação na produção, sobretudo no milho segunda safra, gergelim e arroz, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o aquecimento do mercado da construção civil”, analisa Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom, em nota. Na análise semestral, o IFR mostra uma queda de 0,8% no preço do frete, que em janeiro foi de R$ 6,36. Abril foi o mês com o menor valor, a R$ 6,17. Perspectivas – Para os próximos meses, a expectativa, segundo o executivo, continua sendo de estabilidade, apesar do recente anúncio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de uma atualização dos coeficientes dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de carga em mais de 1%. “Não descartamos a possibilidade de um viés de alta no preço do frete, motivada pelo comportamento do preço do diesel, que corresponde a cerca de 40% do custo do frete. Na primeira quinzena de julho, o preço do diesel foi influenciado pela oscilação do dólar e pelo encarecimento do biodiesel. Vale lembrar que o combustível não tem seus preços reajustados pela Petrobras a distribuidoras desde agosto do ano passado”, finaliza Fernandes. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom.

Globo Rural

Brasil registra superávit de US$ 1,5 bilhão na quarta semana de julho

No mês, as exportações somam US$ 27,2 bi e as importações US$ 20,5 bi, com saldo positivo de US$ 6,7 bi e corrente de comércio de US$ 47,7 bi

Na 4ª semana de julho de 2024, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 11,8 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,7 bilhões e importações de US$ 5,2 bilhões. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (29/7), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). No mês, as exportações somam US$ 27,2 bilhões e as importações US$ 20,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,7 bilhões e corrente de comércio de US$ 47,7 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 194,8 bilhões e as importações, US$ 145,8 bilhões, com saldo positivo de US$ 49 bilhões e corrente de comércio de US$ 340,6 bilhões. Comparativo Mensal – Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de julho/2024 (US$ 1,360 bi) com a de julho/2023 (US$ 1,348 bi), houve crescimento de 0,9%. Em relação às importações, houve crescimento de 6,7% na comparação entre as médias até a 4ª semana de julho/2024 (US$ 1,023 bi) com a do mês de julho/2023 (US$ 958,1 milhões).

Assim, até a 4ª semana de julho/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,383 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 337,07 milhões. Comparando-se este período com a média de julho/2023, houve crescimento de 3,3% na corrente de comércio. Exportações por Setor e Produtos – No acumulado até a 4ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 2,27 milhões (0,7%) em Agropecuária; de US$ 3,69 milhões (1,2%) em Indústria Extrativa; e de US$ 6,68 milhões (0,9%) em produtos da Indústria de Transformação. Importações por Setor e Produtos – No acumulado até a 4ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 4,22 milhões (24,9%) em Agropecuária; queda de US$ 6,23 milhões (-9,1%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 67,12 milhões (7,8%) em produtos da Indústria de Transformação.

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)

Dívida pública federal sobe 2,25% em junho, para R$7,1 tri, em meio a maiores incertezas

A dívida pública federal subiu 2,25% em junho ante maio, para 7,068 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira, citando um ambiente de deterioração em indicadores de risco no mês.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, afirmou que houve uma piora na percepção do mercado para a América Latina, com incertezas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos levando a uma alta nos juros futuros no Brasil. “O mês foi marcado por um volume menor de emissões em decorrência desse ambiente mais incerto, o Tesouro reduziu a quantidade de emissões”, disse. Contribuíram para a elevação da dívida pública uma emissão líquida de 82,2 bilhões de reais no mês passado e uma incorporação de juros de 73,8 bilhões de reais. No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 6,754 trilhões de reais, com alta de 1,93%. A dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 314 bilhões de reais, com elevação de 9,86%, impactada pela desvalorização do real e a emissão de 2 bilhões de dólares (11 bilhões de reais) em títulos sustentáveis. Os estrangeiros também ampliaram a participação na dívida interna, passando a responder por uma fatia de 10,0% do estoque, ante 9,8% no mês anterior. No primeiro semestre deste ano, o estoque de dívida detido por não-residentes aumentou 83,5 bilhões de reais, superando o fluxo observado no ano completo de 2023. “A gente observa uma divergência de apetite ao risco do investidor doméstico e o investidor estrangeiro. Os fundamentos da economia brasileira são consistentes, temos uma inflação baixa, um fiscal sinalizando consolidação, um balanço de pagamentos bastante saudável, um conjunto de fundamentos que trazem essa percepção de segurança para o investidor não-residente”, afirmou. Segundo os dados da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma elevação no mês passado, passando de 10,56% ao ano em maio para 11,10%. Para as novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio caiu de 11,10% para 11,00% ao ano.

No período, houve queda no prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 4,02 anos, ante 4,08 anos registrados em maio. Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma elevação de 7,05% em junho, a 1,105 trilhão de reais. O montante é suficiente para quitar 8,20 meses de vencimentos de títulos –em maio, estava em 8,00 meses.

Dias ressaltou ainda que a percepção de risco no Brasil diminuiu em julho, até o momento, com redução da curva de juros. Segundo ele, com a melhora no ambiente, o volume das emissões neste mês deve subir para patamar mais próximo da média observada nos últimos meses, de cerca de 130 bilhões de reais.

Reuters

Mercado eleva expectativas para a inflação em 2024 e 2025 no Focus

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram a expectativa para a alta do IPCA ao fim deste ano e do próximo, assim como também subiram a previsão de crescimento da economia nos dois períodos, de acordo com a mais recente pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que o IPCA agora deve fechar este ano com alta de 4,10%, ante avanço de 4,05% na semana anterior. Em 2025, a projeção é de que o índice chegue a uma alta de 3,96%, de 3,90% anteriormente. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O resultado vem depois da divulgação de dados do IPCA-15 para julho na semana passada. O indicador, apesar de ter desacelerado em relação ao mês anterior, subiu mais do que o esperado na base mensal, 0,30%, com a taxa em 12 meses se aproximando do teto da meta de inflação em 4,45%. Tanto os números do IPCA-15 quanto as expectativas de inflação do Focus desta semana estão no radar do Comitê de Política Monetária (Copom), que anunciará na quarta-feira sua decisão de política monetária. Economistas consultados pela Reuters esperam que a Selic seja mantida em 10,50% ao ano, assim como os analistas no Focus, que pela sexta semana consecutiva mantiveram a projeção para a Selic ao fim deste ano e do próximo, em 10,50% e 9,50%, respectivamente. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa para o crescimento do PIB neste ano subiu a 2,19%, de 2,15% há uma semana. Para o próximo ano, houve uma melhora ligeira, com a taxa de expansão agora calculada em 1,94, de 1,93% antes. Houve manutenção também na expectativa para o dólar em 2024, projetado para encerrar o ano em 5,30 reais. Segundo o Focus, a divisa norte-americana fechará 2025 em 5,25 reais, em leve alta sobre os 5,23 reais previstos na semana anterior.

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Aves: depois de foco de Newcastle no RS, Santa Catarina já registra prejuízo

Setor avícola enfrenta desafios logísticos e prejuízos econômicos devido à suspensão de embarques, sobretudo para a China

O governo brasileiro está aguardando a normalização das exportações de carne de frango após a confirmação de um foco da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. A paralisação dos embarques, especialmente para a China, já está causando grandes prejuízos para o setor, segundo Jorge Luiz de Lima, diretor da Associação Catarinense de Avicultura (Acav). Lima afirma que a cadeia de produção avícola é “empurrada”, significando que a produção é contínua e não pode ser pausada. “Nós não temos onde colocar animais após abatidos, processados e congelados. Temos um limite de estoque e posições físicas para armazenar esses produtos”, disse. Ele destacou que, ao contrário de setores como o cerâmico ou metal-mecânico, a avicultura lida com ativos vivos, o que torna a interrupção do ciclo produtivo especialmente problemática. O ciclo produtivo de uma ave varia de 28 a 42 dias, e a preocupação aumenta quando se pensa em prazos superiores a esse período. A cadeia produtiva já estava planejada e em execução para esse ciclo, com ovos incubados e animais já alojados a campo antes da ocorrência do evento sanitário. Consequências para o mercado interno – Segundo o presidente da Acav, haverá um inevitável aumento da oferta de carne de frango para o mercado brasileiro, devido à proibição das exportações. No entanto, ele tranquilizou os consumidores sobre a qualidade do produto disponível internamente. “Aquilo que já temos hoje vivo ou que foi abatido após o evento sanitário estará no mercado interno. A proibição é de exportação. Temos um alimento totalmente seguro”, disse. Lima lembra que a restrição, determinada pelo Ministério da Agricultura e pelo órgão de sanidade do estado, é específica para a região dentro de um raio de 10 km da propriedade afetada. “Epidemiologicamente, foi só aquela propriedade. Temos um frango seguro, temos um ovo seguro, não há problema com isso”, concluiu.

Canal Rural

Doença de Newcastle: propriedades próximas ao foco não possuem vestígios do vírus

Equipes técnicas estão aplicando questionários aos criadores locais para avaliar os procedimentos de biosseguridade

As equipes técnicas que trabalham na contenção do foco da Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul concluíram as visitas às 858 propriedades rurais que ficam no raio de 10 quilômetros da granja comercial onde o caso foi confirmado. Nenhum vestígio do vírus foi encontrado. A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Rosane Collares, afirmou que agora os trabalhos estão concentrados na revisita a todos os estabelecimentos rurais da região. Nesta segunda visita, as equipes estão aplicando questionários aos produtores locais para avaliar os procedimentos de biosseguridade aplicados por eles. Segundo Collares, o objetivo é analisar como estão os procedimentos de biossegurança nas granjas e identificar possíveis medidas que podem ser aprimoradas para reforçar o processo contra o surgimento de doenças, como a de Newcastle.

As atividades envolvem a observação de itens de biossegurança das granjas para orientar os produtores e, em alguns casos, suspender alojamentos até que os itens de proteção estejam adequados. Collares explicou que a biosseguridade de granjas é garantida por estruturas físicas e manejos adequados, como a instalação de telas que evitam a entrada de pássaros no ambiente dos frangos, cercas de isolamento para manter outros animais a uma distância segura dos aviários, desinfecção de veículos e materiais antes da entrada nas granjas e na saída dos estabelecimentos, controle no acesso de pessoas, análise microbiológica de água, entre outras medidas. A diretora informou que segue também a investigação para descobrir a causa da ocorrência da enfermidade na granja de Anta Gorda (RS). O governo federal já deu por encerrado o foco e informou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A visita a todas as propriedades no raio de 10 quilômetros do foco (858 estabelecimentos) ocorreu ainda na sexta-feira (26/7). No raio de 3 quilômetros, já foi concluída também a revistoria. “A partir de sábado, iniciamos as revisitações a granjas comerciais na zona de vigilância e uma terceira visita a granjas comerciais na zona perifocal”, detalhou, em nota, o diretor-adjunto de Defesa Animal da Seapi-RS, Francisco Lopes.

Globo Rural

Preços dos ovos seguem em queda com sobra de produtos nas granjas

Agentes de mercado estão atentos aos impactos do foco da doença de Newcastle

A menor procura frente à oferta tem refletido em sucessivas quedas nos preços dos ovos nesta segunda quinzena de julho. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, as vendas estiveram bastante reduzidas ao longo do mês, devido à demanda retraída, o que acabou gerando sobras de ovos nas granjas, mantendo os valores em baixa. Na sexta-feira (26/7), no atacado da Grande São Paulo, o indicador do Cepea apontava o valor médio de R$ 131,18 para a caixa com 30 dúzias de ovos brancos. Já a caixa com ovos vermelhos estava cotada a R$ 153,30.

Globo Rural

Frango: estabilidade domina as cotações nesta segunda-feira

O mercado do frango começou nesta segunda-feira (29) a semana de negociações sem mudanças nas cotações.

De acordo com análise do Cepea, a confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, deixou o setor em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.  De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, assim como a ave no atacado, fechando em R$ 6,10/kg, em média. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,53/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq,Vivo, referentes à sexta-feira (26), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,03/kg e R$ 7,26/kg.

Scot Consultoria

Estabilidade prevalece nesta segunda-feira (29) para as cotações no mercado de suínos

Esta segunda-feira (29) dá início a semana de negociações para o mercado de suínos registrando cotações praticamente todas estáveis.

Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne vêm apresentando movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Conforme pesquisadores do órgão, os aumentos foram influenciados pela firme demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. Esse foi o caso dos mercados independentes do suíno vivo nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. As quedas em algumas praças, por sua vez, decorreram do típico enfraquecimento da procura na segunda quinzena do mês, devido ao menor poder de compra da população, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (26), houve aumento apenas no Paraná, na ordem de 0,26%, chegando a R$ 7,65/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,97/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,16/kg), Santa Catarina (R$ 7,41/kg), e São Paulo (R$ 7,91/kg).

Scot Consultoria

Suinocultores ainda buscam saídas após as enchentes no RS

Produtor da cidade de Travesseiro teve prejuízo de R$ 15 milhões com a perda de mais de quatro mil animais

Em 1982, a família de Vernei Kunz, produtor rural do município de Travesseiro, a 140 quilômetros de Porto Alegre, iniciou um projeto para criação de suínos. Os primeiros galpões foram construídos em uma área indicada pela sua avó, que apontou para um local que seria seguro. “Se houvesse enchente, o rio nunca chegaria ali”, acreditavam, segundo ele. O negócio prosperou, e tornou-se uma das maiores unidades de reprodução de suínos no Rio Grande do Sul, com uma produção anual de 45 mil leitões e 12 funcionários. Mas no dia 1º de maio de 2024, a previsão da avó de Kunz falhou. A fúria da enchente do rio Forqueta destruiu todos os galpões e a área de criação de suínos da família. A estrutura inteira se transformou em uma coleção de ferros retorcidos, pedaços de muros, lama e troncos de árvores. Mais de 4 mil animais morreram na granja com a enchente. Das 1.300 matrizes, apenas 700 foram salvas. Todos os 3.500 leitões foram levados pelas águas. Segundo Eduardo Kunz, filho de Vernei, o prejuízo causado pelas chuvas na propriedade de 25 hectares chega a R$ 15 milhões. Quase três meses após as enchentes, a família decidiu que vai abandonar a suinocultura. Por ora, o plano é limpar os escombros e preparar a área para plantar milho e soja. “Nossa área ficou inviável para instalações com suínos. A parte mais baixa da propriedade é totalmente inundável, e a mais alta tem risco de deslizamento. Além disso, o valor do investimento para reconstruir tudo o que tínhamos é muito alto, então vamos fazer lavoura”, afirma. O medo de uma nova enchente é outro motivo para a desistência. “No rio Taquari houve três enchentes em oito meses. Não temos como saber se a próxima inundação vai acontecer em 80 anos ou oito meses. Quem sabe se no ano que vem vamos estar falando de enchente de novo?”, indaga Vernei. As perdas na suinocultura do Rio Grande do Sul causadas pelas enchentes chegam a R$ 80 milhões, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips). A Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) informa que as chuvas mataram quase 15 mil suínos no Estado e causaram danos a 932 criações. Se a decisão dos Kunz é abandonar a atividade, há quem queira recomeçar, mas não sabe como. Em Cruzeiro do Sul, município à beira do rio Taquari, o suinocultor Paulo Schneider viveu momentos de terror durante a enchente.

Globo Rural

INTERNACIONAL

Como aceno ao agro, governo da Argentina promete eliminar impostos de exportação

As taxas de câmbio e a moeda pouco competitiva pressionam produtores argentinos

Enquanto grandes agricultores argentinos seguem impacientes com as decisões do governo de Javier Milei para o setor, o presidente reafirmou neste domingo (28/7) a representantes do agro que irá eliminar os impostos de exportação a produtos, como lácteos e carnes, a favor da recuperação da agroindústria do país. O anúncio foi feito durante um encontro do setor na feira La Rural de Palermo, maior evento agrícola da Argentina, que ocorre em um centro de exposições em Buenos Aires. “No campo, sabemos que é preciso ter paciência”, disse Milei no discurso aos ruralistas, reportou o jornal local Clarín. As taxas de câmbio e a moeda argentina pouco competitiva pressionam produtores argentinos e desanimam o segmento, que foi forte apoiador de Milei durante a campanha presidencial, segundo observou o jornal. Na ocasião, o presidente da Sociedade Rural Argentina, Nicolás Pino, demonstrou apoio ao governo de Milei e sustentou que “vai apelar à paciência” para recuperação do agro argentino. Contudo, ele reivindicou a redução das retenções das alíquotas e a resposta do presidente foi afirmativa para os setores de carne e de leite. O presidente da Sociedade Rural também disse que a eliminação da sobretaxa sobre empréstimos financeiros aos detentores de soja será crucial para o setor. Atualmente, a Argentina é um dos maiores produtores de carne e cereais, mas vivencia incertezas em relação a seus problemas fiscais e por ter uma das dívidas mais elevadas do mundo, o que influencia em alta inflação e deixa o setor agrícola descontente. O agronegócio representa 20% do PIB do país.

Globo Rural

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