CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2277 DE 31 DE JULHO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2277 |31 de julho de 2024

NOTÍCIAS

Preços do boi gordo firmes nas praças paulistas

Com boa oferta e escalas confortáveis, entre 9 e 10 dias, os preços permaneceram estáveis na comparação diária

Dessa maneira, o boi gordo está apregoado em R$ 227/@, a vaca em R$ 202/@ e a novilha em R$ 217/@ (valores brutos, no prazo).  O “boi-China” está sendo negociado em R$ 230/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. Em Goiás, após alta na cotação nas praças na segunda-feira, o mercado abriu estável. Em Santa Catarina, com escalas para 10 dias, os preços não mudaram. No Nortão – MT, a cotação das fêmeas subiu. A alta foi de R$3,00/@ de vaca e de R$2,00/@ de novilha. Recorde de exportação de carne bovina in natura. Em julho, o volume exportado até a quarta semana foi de 215,6 mil toneladas, recorde para um único mês e com uma média diária superando o desempenho médio diário do mesmo período de 2023 em 40,8%. O preço médio da tonelada está em US$4,4 mil, queda de 6,8% na comparação com julho de 2023.

Scot Consultoria

Preço do boi gordo segue sem reação no mercado interno

Consultoria Agrifatto destaca que pecuaristas e frigoríficos estão em “batalha”, diante de escalas mais confortáveis da indústria. Cotações estão estáveis nas principais praças do país.

Os preços do boi gordo no mercado físico brasileiro continuaram estáveis nas principais praças agropecuárias do país após esboçarem reação em algumas regiões produtoras na segunda-feira (29/7). Em nota, a consultoria Agrifatto destaca que pecuaristas e frigoríficos estão em “batalha”, diante de escalas mais confortáveis da indústria – o que tem permitido compras mais controladas. “A semana já começou com um ‘vencedor’ mais claro, já que os preços avançaram na maioria das praças mesmo com as escalas se mantendo estáveis”, pontua a consultoria em boletim de mercado. Já a Safras & Mercado avalia que a entrada de animais confinados ao longo de agosto pode resultar em alguma queda das cotações após a primeira quinzena do próximo mês.

Globo Rural

Boi gordo: perspectiva de boa demanda em agosto eleva preço da arroba em algumas praças

As exportações significativas de carne de boi são outro elemento que também contribui para elevação dos valores

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar alguns preços mais altos na terça-feira (30). O movimento foi mais destacado em Rondônia, Goiás e mais uma vez em Mato Grosso do Sul. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate seguem a média de 7 a 9 dias úteis, a depender da região do país. A perspectiva de boa demanda para a primeira quinzena de agosto é um motivador importante para novas elevações de preço, em especial em São Paulo, praça que conta com preços mais lateralizados há algumas semanas. “As exportações significativas de carne bovina são um elemento importante a ser considerado, também contribuindo para elevação dos preços”, completou Iglesias. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 230,05. Goiás: R$ 224,43. Minas Gerais: R$ 219,41. Mato Grosso do Sul: R$ 227,14. Mato Grosso: R$ 209,14. Mercado atacadista se depara com queda em seus preços no decorrer da semana, resquício de fracas vendas durante a segunda quinzena do mês. O quarto traseiro do boi foi precificado a R$ 17,00 por quilo, queda de R$ 0,20. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,00 por quilo, queda de R$ 0,35. A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,50 por quilo, queda de R$ 0,10.

Agência Safras

Exportação de carne bovina do Brasil bate recorde antes do mês acabar

É o que mostram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) publicados na segunda-feira (29). Até a quarta semana de julho, o Brasil havia exportado 215,6 mil toneladas, alta de 34% ante os dados consolidados de todo o mês completo do ano passado

O volume considera apenas carne bovina in natura. Portanto, não inclui produtos processados. A exportação de carne bovina em julho já supera também as 192,6 mil toneladas registradas em junho e o último recorde do setor, marcado em maio deste ano (212 mil toneladas), conforme números da Secex. Os grandes volumes embarcados acontecem em um período de maior oferta no Brasil. A produção de carne bovina do Brasil deve somar 10,19 milhões de toneladas neste ano, aumento de 7,1% quando comparado com 2023. O desempenho reflete a maior oferta de animais no “auge” do ciclo pecuário em 2024, conforme previu a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na semana passada. O grande volume embarcado em julho está fazendo a receita crescer para US$ 952 milhões (R$ 5,38 bilhões, na cotação atual) no acumulado até a quarta semana. O montante está acima do total de US$ 762 milhões do mesmo mês do ano passado, apesar de uma queda de quase 7% no preço médio de exportação. Entre os principais mercados da carne bovina do Brasil está a China, que levou no primeiro semestre quase metade das exportações brasileiras.

Forbes

Proteína animal: o horizonte do boi é promissor

Depois de enfrentar a queda constante no preço da arroba do boi (chegou a R$ 220, no início do ano, em São Paulo) e uma escalada no abate de bovinos (34,11 milhões de cabeças em 2023), os produtores brasileiros de gado de corte começam a vislumbrar uma virada do ciclo pecuário.

Para Rafael Ribeiro, assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), as perspectivas para o mercado bovino são positivas. O rebanho bovino nacional, que chegou a 234 milhões de cabeças em 2023, terá crescimento mais lento neste ano, devido ao elevado nível de descarte de matrizes (24,6% maior no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023). Com isso, os preços da arroba de carne, que caíram em 2023 e 2024, favorecendo vendas para o mercado doméstico, devem se recuperar, interna e externamente. “Com o preço da arroba subindo em 2025, e a China voltando a comprar mais, a tendência é de preços mais firmes”, diz Ribeiro. Com a diminuição do consumo doméstico, que responde por 70% do destino da produção nacional, a tendência dos produtores é priorizar as exportações. Segundo Giovana Araújo, sócia-líder de agronegócio da consultoria KPMG, as receitas com as exportações neste ano, de janeiro a abril, acumulam alta de quase 30%. Em maio, o Brasil exportou 240,6 mil toneladas de carne bovina, o segundo mês consecutivo de recorde no volume exportado, o que movimentou US$ 1,056 bilhão, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). “A expectativa é de manutenção de demanda firme e maior competitividade nas exportações, decorrente da desvalorização do real”, diz. Nas projeções dos produtores, as exportações de carne bovina devem alcançar em 2024 o recorde de 3,36 milhões de toneladas, em relação aos 2,26 milhões de toneladas de 2023. Segunda maior produtora de carne bovina no mundo, com receita líquida de R$ 136 bilhões em 2023 (aumento de 4,5% em comparação com 2022), a Marfrig não perde o otimismo em relação ao consumo doméstico e, segundo Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul, tem diversas ações para capturar o máximo de valor e fortalecer a indústria brasileira de proteína bovina no cenário internacional, de maneira responsável e sustentável. “A estratégia de diversificação na exportação é fundamental no nosso negócio e permite direcionar produtos para os mercados de acordo com a demanda de melhor preço”, afirma. A Marfrig exporta para mais de cem países. Em 2023, a empresa conquistou mais de 30 habilitações. O horizonte no mercado internacional de carne bovina segue igualmente promissor para a Minerva Foods, outro grande exportador de carne bovina na América do Sul, assinala Edison Ticle, CFO da empresa. “O desequilíbrio entre oferta e demanda global é um dos grandes vetores da nossa indústria”, diz. Segundo ele, em um de seus piores ciclos pecuários, os Estados Unidos se destacam como importante mercado importador devido à forte restrição de oferta que o país enfrenta agora e que deve permanecer pelos próximos dois a três anos. “Em contrapartida, a América do Sul se destaca pela ótica da oferta, beneficiando-se da conjuntura atual de seu ciclo bovino. As projeções indicam que o ciclo positivo do gado deve perdurar até meados de 2025, em particular no Brasil”, comenta Ticle. Segundo ele, o cenário atual é favorável ao mercado doméstico. “A recuperação do nível de renda e emprego e a manutenção de um ciclo pecuário positivo amparam o momento de retomada do mercado brasileiro, que tem se apresentado como alternativa comercial muito atrativa, tanto em volume como em preço”, diz. Mas a empresa aposta na estratégia de abertura de novos mercados, como o Sudeste Asiático, a África Subsaariana, Japão e Coreia do Sul. “Além da abertura efetiva de novos mercados e o estabelecimento de acordos sanitários, o governo brasileiro tem trabalhado para possibilitar acesso maior a mercados já abertos, através de renegociação de sistemas de cotas e/ou impostos de importação”, explica Ticle. O Brasil tornou-se um grande produtor e exportador de carne bovina muito por conta do controle sanitário e da tecnologia aplicada à produção, dizem os empresários do setor. Em relação à questão sanitária, por exemplo, em abril o Brasil se declarou livre de febre aftosa, com o fim da última imunização em 12 unidades da federação. E em agosto vai submeter o pedido de reconhecimento internacional do status de país livre de febre aftosa sem vacinação à Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa). Outra grande preocupação é com a entrega de produtos com sustentabilidade em toda a cadeia produtiva. A Marfrig, por exemplo, não compra animais de áreas desmatadas, de terras indígenas e de áreas embargadas, diz Mendonça. “Sempre que uma irregularidade é identificada, a propriedade é imediatamente bloqueada até que a situação seja totalmente esclarecida e regularizada”, afirma. Do ponto de vista da rastreabilidade, a companhia antecipou, de 2030 para 2025, sua meta de monitorar 100% dos fornecedores indiretos em todos os biomas brasileiros. A empresa desenvolveu também um mapa de mitigação de riscos socioambientais e um sistema de geomonitoramento, via satélite, em tempo real, que rastreia sua cadeia de fornecimento 24 horas por dia, para assegurar a conformidade das fazendas fornecedoras com os critérios da empresa. “Temos as maiores taxas do setor em controle de fornecedores indiretos no Brasil”, ressalta. Para o CFO da Minerva Foods, a rastreabilidade completa do gado pelos pecuaristas esbarra, muitas vezes, na falta de mecanismos que possibilitem o monitoramento de toda a cadeia. Por isso, a companhia está empenhada em oferecer incentivos para superar esses desafios. “Mas o apoio governamental para disponibilizar dados oficiais de forma acessível e atualizada, além da criação de políticas públicas, é essencial”, diz. A Minerva, segundo Ticle, expandiu a adoção da tecnologia de monitoramento geoespacial para100% dos fornecedores diretos em todos os biomas onde atua (Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica).

Valor Econômico

ECONOMIA

Dólar termina sessão em leve baixa à espera de decisões de bancos centrais

O dólar à vista fechou a terça-feira perto da estabilidade ante o real, após ter apresentado ganhos mais firmes pela manhã, com investidores antecipando parte da disputa pela formação da Ptax de fim de mês e à espera das decisões sobre juros do Banco do Japão, do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, todas na quarta-feira

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6197 reais na venda, em leve baixa de 0,10%. No mês a divisa acumula alta de 0,52%. Às 17h11, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,07%, a 5,6215 reais na venda. Desde cedo a expectativa para as decisões de política monetária na quarta-feira permeavam os negócios, com parte dos investidores controlando o apetite ao risco no mercado brasileiro. Parte da disputa pela Ptax, a ser definida na quarta, também foi antecipada, com investidores comprados (posicionados na alta das cotações) empurrando o dólar para cima. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. Apesar do movimento intenso pela manhã, o dólar perdeu força à tarde e se reaproximou da estabilidade ante o real. O movimento ocorreu enquanto, no exterior, ao contrário, a moeda norte-americana seguiu sustentando altas ante divisas como o peso colombiano e o peso mexicano. No meio da tarde de quarta-feira sairá a decisão do Federal Reserve sobre juros e na sequência o chair da instituição, Jerome Powell, falará à imprensa. A quarta-feira terá ainda a decisão do Banco do Japão — aguardada com ansiedade pelo mercado de câmbio, já que a apreciação do iene nas últimas semanas tem servido de motivo para o avanço do dólar ante várias divisas de emergentes, como o real. À noite será a vez de o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciar sua decisão sobre a taxa básica Selic. Há um consenso no mercado de que a taxa será mantida em 10,50% ao ano, mas os agentes estarão atentos às indicações do BC para as próximas reuniões. “Acredito que pouca coisa deve mudar. O Copom deve fazer um comunicado mais conservador no sentido de uma política monetária mais restritiva, mas sem dar muita direção”, opinou Galhardo. Para os economistas da Guide Investimentos, a piora do cenário deve levar o Copom a sustentar “a mensagem de ‘pulso firme’ na condução da política monetária, principalmente em um ambiente caracterizado por uma forte pressão sobre o câmbio”.  “Não enxergamos a necessidade de subir o juro nas próximas decisões, uma vez que, no atual cenário, acreditamos que o patamar atual da Selic já é contracionista o suficiente para que a inflação convirja para a meta no horizonte relevante para a atuação da política monetária caso se sustente na maior parte de 2025”, acrescentaram Victor Beyruti Guglielmi e Yuri Alves em relatório enviado pela Guide a clientes.

Reuters

Ibovespa fecha em queda com declínio de commodities e cautela antes de Fed e Copom

Na área de proteínas, MARFRIG ON encerrou em alta de 2,95%, com empresas de proteínas majoritariamente no azul, em meio a perspectivas favoráveis para os resultados de modo geral no segundo trimestre. JBS ON subiu 2,92% e MINERVA ON ganhou 1,77%. BRF ON fechou estável

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, com as ações da Vale e da Petrobras respondendo pelas maiores pressões de baixa na esteira da queda do minério de ferro e do petróleo no exterior, em pregão também marcado por cautela antes de decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,64%, a 126.139,21 pontos, tendo marcado 126.950,76 pontos na máxima e 125.972,91 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou apenas 17 bilhões de reais. Nos EUA, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve divulga comunicado sobre sua decisão de política monetária às 15h (horário de Brasília) e o chair do banco central norte-americano, Jerome Powell, fala com jornalistas na sequência, a partir das 15h30. Não se espera mudança na taxa, que está na faixa de 5,25% a 5,50% desde julho do ano passado. Mas há expectativa quanto ao “statement” e aos comentários de Powell, principalmente eventuais sinais sobre os próximos passos, com o mercado apostando que o Fed começará a cortar os juros em setembro. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, por sua vez, divulga o comunicado com a sua decisão após o fechamento do mercado. Uma vez que também não há previsão de mudança na Selic, atualmente em 10,50%, o foco estará nas palavras do colegiado presidido por Roberto Campos Neto. De acordo com o head de análises da Warren Investimentos, Frederico Nobre, a bolsa refletiu um movimento de realização de lucros combinado com a cautela prá-Copom e pré-Fomc, enquanto as commodities não ajudaram. “É uma certa aversão a risco, um movimento mais macro mesmo”, pontuou. Apesar da segunda queda seguida, o Ibovespa ainda acumula um ganho de 1,8% no mês. A safra de balanços de empresas brasileiras também repercutiu no pregão, com Klabin na coluna positiva, enquanto CCR e Telefônica Brasil figuraram entre as quedas da sessão após a divulgação dos respectivos resultados no segundo trimestre do ano. Na avaliação de Nobre, a temporada deve se intensificar na primeira e segunda semanas de agosto, e a partir da segunda quinzena do mês será possível ter uma visão mais ampla para entender os aspectos macro das divulgações do período.

Reuters

Brasil abre 201.705 vagas formais de trabalho em junho, acima do esperado

O Brasil abriu 201.705 vagas formais de trabalho em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego

O resultado do mês passado foi fruto de 2.071.649 admissões e 1.869.944 desligamentos e ficou acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 160.000 vagas. O saldo de junho foi o maior para o mês desde 2022, que teve abertura de 277.944 vagas. No mesmo mês em 2023 foram criados 157.198 postos de trabalho, segundo dados sem os ajustes com informações prestadas pelas empresas fora do prazo. Os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos de vagas em junho. O setor de serviços liderou a abertura de vagas, com 87.708 postos, seguido pelo comércio, com 33.412. Em último lugar, depois de indústria e agropecuária, ficou o setor de construção com 21.449 vagas. O Rio Grande do Sul, afetado por enchentes sem precedentes em maio, foi a única Unidade Federativa a registrar um saldo negativo de postos em junho, de 8.569, uma baixa de 0,30% frente ao mês anterior. São Paulo foi o Estado com o maior número de criação de vagas, com 47.957 novos postos, uma alta de 0,34% em relação ao mesmo período. Em maio, o país registrou o menor saldo mensal de criação de empregos formais do ano, de 131.811, e o mais baixo para o mês desde 2020, quando a economia encolheu em meio à pandemia. Segundo o ministério, o resultado anterior foi prejudicado pela calamidade no Rio Grande do Sul. De acordo com a pasta, sem os efeitos das enchentes, os dados nacionais teriam se igualado aos do mês de maio do ano passado.

Reuters

Preços ao produtor aceleram alta a 1,28% em junho com depreciação cambial, diz IBGE

Os preços ao produtor no Brasil aceleraram com força e passaram a subir 1,28% em junho, de 0,36% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira

O resultado, quinto mês seguido de avanço, levou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulado em 12 meses a uma alta de 4,19%. Felipe Câmara, analista da pesquisa no IBGE, destacou a depreciação do real como “decisiva para aumentar o montante recebido em reais pelos exportadores brasileiros”. Em junho, o dólar acumulou alta de 6,47% ante o real. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 19 tiveram altas de preços no mês. As quatro variações mais intensas foram registradas em outros produtos químicos (3,93%), outros equipamentos de transporte (3,67%), metalurgia (2,99%) e fumo (2,83%). Entre as principais influências no índice geral, o destaque foi alimentos, com contribuição de 0,36 ponto percentual diante de um avanço de 1,48% dos preços. “Destaque para a alta do óleo bruto de soja, com demanda aquecida tanto na esfera internacional, quanto doméstica. A demanda para produção de biodiesel esteve em alta na Ásia, ao passo que o preço para venda no Brasil ainda se ajusta frente à concorrência das cadeias derivadas domésticas”, disse Câmara. Entre as grandes categorias econômicas, os preços dos bens de capital subiram de 1,21% e os de bens intermediários avançaram 1,85%. Já os bens de consumo subiram 0,46%. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Reuters

IGP-M desacelera alta a 0,61% em julho, com destaque para alimentos

A alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,61% em julho, de 0,81% no mês anterior, mas ainda assim ficou acima do esperado, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira

A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,46%. Com o resultado do mês, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 3,82%. “Os três índices componentes do IGP-M apresentaram desaceleração de junho para julho. No índice ao produtor e ao consumidor, apesar da influência da desvalorização cambial e dos reajustes de preços administrados, como gasolina e energia, os índices subiram menos nesta edição”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços. “Destaca-se a queda expressiva nos preços dos alimentos in natura, tanto no índice ao produtor quanto ao consumidor”, completou. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,68% em julho, depois de alta de 0,89% no mês anterior. Entre os bens finais, os preços do subgrupo de alimentos in natura passaram a cair 4,43% no período, de uma alta de 3,00% em junho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, teve alta de 0,30% no período, depois de ter avançado 0,46% em junho. O maior impacto foi exercido pelo grupo Alimentação, que apresentou queda de 0,84% em julho depois de alta de 0,96% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,69%, de uma alta de 0,93% em junho. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Reuters

Confiança de serviços no Brasil tem leve alta em julho, mostra FGV

A confiança do setor de serviços do Brasil teve leve alta em julho, à medida que a melhora na percepção da situação atual no setor foi compensada pela piora na expectativa para os próximos meses, mostraram dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) na terça-feira (30)

O ICS (Índice de Confiança de Serviços) subiu 0,2 ponto em julho, a 94,2 pontos, após três meses consecutivos de quedas. “O resultado de julho da sondagem ratifica o ano de perda de fôlego do setor com tendência de estabilidade na confiança. Apesar do resultado positivo em alojamento e alimentação, as expectativas esfriam nos demais setores, demonstrando cautela dos empresários quanto ao futuro dos negócios”, avaliou Stéfano Pacini, economista da FGV Ibre. “Em compensação, a situação atual mostra que o setor apresenta resultados positivos no volume de demanda no período, mas apenas recuperando parte do que foi perdido no mês anterior”, acrescentou. Segundo os dados da FGV, houve retomada do avanço na percepção sobre a situação presente no setor, medida pelo ISA-S (Índice de Situação Atual), que teve uma alta de 1,7 ponto no mês, a 96,1 pontos. O aumento no ISA-S se deu devido a uma alta nos dois indicadores que compõem o índice. O número sobre o volume de demanda atual subiu 2 pontos, a 96,6 pontos, enquanto o dado de situação atual dos negócios avançou 1,5 ponto, para 95,6 pontos. Compensando a melhora no ISA-S, no entanto, o IE-S (Índice de Expectativas) voltou a recuar em julho após recuperação no mês anterior, caindo 1,2 ponto, a 92,5 pontos. Seus dois indicadores tiveram direções opostas. O número da demanda prevista para os próximos três meses caiu 2,8 pontos, para 92,8 pontos, enquanto o dado de tendência dos negócios nos próximos seis meses chegou a 92,3 pontos, em alta de 0,4 ponto.

Folha de SP

Balança comercial registra superávit de US$ 1,5 bilhão na quarta semana de julho, no país

Na 4ª semana de julho de 2024, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 11,8 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,7 bilhões e importações de US$ 5,2 bilhões. Os resultados foram divulgados na segunda-feira (29/07), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC)

No mês, as exportações somam US$ 27,2 bilhões e as importações US$ 20,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,7 bilhões e corrente de comércio de US$ 47,7 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 194,8 bilhões e as importações, US$ 145,8 bilhões, com saldo positivo de US$ 49 bilhões e corrente de comércio de US$ 340,6 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de julho/2024 (US$ 1,360 bi) com a de julho/2023 (US$ 1,348 bi), houve crescimento de 0,9%. Em relação às importações, houve crescimento de 6,7% na comparação entre as médias até a 4ª semana de julho/2024 (US$ 1,023 bi) com a do mês de julho/2023 (US$ 958,1 milhões). Assim, até a 4ª semana de julho/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,383 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 337,07 milhões. Comparando-se este período com a média de julho/2023, houve crescimento de 3,3% na corrente de comércio. No acumulado até a 4ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 2,27 milhões (0,7%) em Agropecuária; de US$ 3,69 milhões (1,2%) em Indústria Extrativa; e de US$ 6,68 milhões (0,9%) em produtos da Indústria de Transformação. No acumulado até a 4ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 4,22 milhões (24,9%) em Agropecuária; queda de US$ 6,23 milhões (-9,1%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 67,12 milhões (7,8%) em produtos da Indústria de Transformação.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

INTERNACIONAL

Carne brasileira pode ser barrada na Europa

Produtores e exportadores globais de commodities pressionam a Comissão Europeia para adiar a Regulação sobre Desmatamento da União Europeia (EUDR), prevista para vigorar em 30 de dezembro

Exportadores brasileiros de café pediram adiamento de até três anos das punições, após preocupação similar de exportadores de produtos madeireiros sobre atrasos da UE na definição dos detalhes operacionais. Produtores de outras commodities também manifestam preocupações. Eles temem que o mapa usado para identificar florestas não distinga entre árvores produtoras e vegetação nativa. Outra dúvida é se bois criados antes de 30 de dezembro, mas cuja carne entrará na UE depois, precisarão provar adequação à lei. A EUDR exige que produtores de soja, carne bovina, café, óleo de palma, borracha e produtos madeireiros comprovem que não desmataram desde 2021. No setor de carnes, a dúvida é se frigoríficos terão que demonstrar rastreabilidade da carne que entrar na UE após 30 de dezembro, mas cujos bois foram criados antes. O boi cuja carne entrar na UE em 2025 nasceu há dois anos, informam os especialistas. Exportadores de carnes e soja não planejam pedir adiamento da EUDR. Todos os setores temem que a plataforma da UE para rastreabilidade das cargas ainda não esteja pronta e há incerteza sobre a privacidade dos dados dos produtores.

Pecuaria.com.br

Exportações argentinas de carne bovina aumentaram 11% em junho em relação ao ano anterior

As exportações argentinas de carne bovina resfriada e congelada em junho totalizaram 57.100 toneladas de peso do produto (79.377 toneladas de carne bovina com osso), por US$ 211 milhões, de acordo com dados do INDEC

Esse volume representa um crescimento de 2,1% em relação ao mês anterior e de 11% na comparação anual. Em valor, por outro lado, há uma queda de 6,6% em relação ao mês anterior e de 4,5% em relação a junho de 2023. A China respondeu por 76,3% do volume exportado em junho, com 13,6 mil toneladas de carne bovina com osso e ossos bovinos provenientes de desossa (por US$ 19,2 milhões) e quase 30 mil toneladas de carne bovina sem osso (por US$ 98,2 milhões). Em junho, os Estados Unidos se tornaram o segundo destino da carne bovina argentina, com 4.350 toneladas (828 toneladas de carne bovina desossada resfriada e 3.518 toneladas de carne bovina congelada), superando as vendas para a União Europeia. No primeiro semestre do ano, as vendas para os Estados Unidos atingiram 17.200 toneladas, quase 80% a mais do que no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2024, as exportações de carne bovina totalizaram 371.800 toneladas de peso produto (518.000 de carne bovina com osso), por US$ 1.412,7 milhões, 13,1% a mais em volume do que nos primeiros seis meses de 2023, embora com um aumento de apenas 0,6% em valor. Do total embarcado, a China foi responsável por 76,1%. No último ano móvel (julho de 2023 a junho de 2024), as exportações atingiram 726.200 toneladas (peso do produto), por cerca de US$ 2.785 milhões, de acordo com a Câmara de Exportadores do ABC. Os embarques de miúdos e preparações bovinas em junho atingiram 9.100 toneladas por US$ 14,6 milhões. “O preço médio de exportação desses produtos ficou um pouco acima de US$ 1.600 por tonelada, com picos acima de US$ 3.360 para línguas bovinas”, disse a ABC. No primeiro semestre de 2024, os embarques desse item atingiram 58,1 mil toneladas, por US$ 90,8 milhões.

El País Digital

FRANGOS & SUÍNOS

Terça-feira (30) termina novamente com estabilidade nas cotações de suínos

Mais um dia de cotações estáveis para o mercado de suínos. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne vêm apresentando movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pela entidade

Conforme pesquisadores do órgão, houve aumentos nos mercados independentes do suíno vivo nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. As quedas em algumas praças, por sua vez, decorreram do típico enfraquecimento da procura na segunda quinzena do mês, devido ao menor poder de compra da população. De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (29), houve aumento apenas no Paraná, na ordem de 0,26%, chegando a R$ 7,67/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,97/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,16/kg), Santa Catarina (R$ 7,41/kg), e São Paulo (R$ 7,91/kg).

Cepea/Esalq

Frango no atacado paulista subiu 1,64% na terça-feira (29)

Pouco mudou no cenário dos preços no mercado do frango, exceto para aumento no valor da ave no atacado paulista na terça-feira (30)

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,64%, fechando em R$ 6,10/kg, em média, R$ 6,20/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,53/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (29), houve queda de 0,28% para a ave congelada, chegando a R$ b7,01/kg, e baixa de 0,14% para o frango resfriado, fechando em R$ 7,25/kg.

Cepea/Esalq

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