Ano 10 | nº 2267 |17 de julho de 2024
NOTÍCIAS
Estabilidade no mercado do boi gordo em São Paulo
Após alta da cotação da vaca, na segunda-feira, o mercado abriu a terça com preços estáveis
Na praça paulista, segundo apurou a Scot Consultoria, as cotações de todas as categorias destinadas ao abate andaram de lado na terça-feira (16/7). Dessa maneira, boi gordo “comum” segue valendo R$ 222/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 200/@ e R$ 212/@ (preços brutos, a prazo), respectivamente. O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 227/@, mantendo ágio de R$ 5/@ sobre o animal destinado ao mercado interno, acrescentou a Scot. Na região Sul do Tocantins, subiu a cotação das fêmeas. Aumento de R$2,00/@ para a vaca e R$3,00/@ para a novilha. A arroba do boi gordo permaneceu estável. Em Minas Gerais, mercado firme. No Triângulo, alta de R$3,00/@ para o boi gordo. Em Belo Horizonte, alta de R$5,00/@ para o boi e para a novilha gordos. Para a vaca, alta de R$3,00/@. Nas regiões Norte e Sul, os preços permaneceram estáveis. Na exportação de carne bovina in natura, o volume exportado até a segunda semana de julho foi de 109,6 mil toneladas – média diária de 10,9 mil toneladas superando o desempenho médio diário do mesmo período de 2023 em 43,1%. O preço médio da tonelada está em US$4,4 mil/t, queda de 6,9% na comparação com julho de 2023.
Scot Consultoria
Boi no Brasil: cenário indica maior acomodação
O mercado físico do boi gordo voltou a registrar negócios acima das referências médias na terça-feira (16)
O destaque foi o mercado paulista, com negociações que rompeu a barreira dos R$ 230 a arroba do boi gordo, embora a maior parte dos negócios ainda se mantenha entre R$ 225 e R$ 230. No restante do país, o cenário indica maior acomodação. “Vale destacar que esta temporada será marcada por um recorde de confinamento, com custos relativamente baixos e boas condições de travamento para o pecuarista, permitindo uma rentabilidade média interessante”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias. Em São Paulo, a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 229,07. Em Goiás, a indicação média foi de R$ 219,04 para a arroba do boi gordo. Já em Minas Gerais, a arroba teve preço médio de R$ 219,41. Em Mato Grosso do Sul, a arroba ficou indicada em R$ 219,45. No Mato Grosso, a arroba ficou indicada em R$ 208,93. O mercado atacadista segue com preços estáveis para a carne bovina, com menor espaço para reajustes na segunda quinzena do mês, período caracterizado por menor apelo ao consumo. “No que diz respeito às exportações, o resultado geral tem sido fantástico em volume, com grande quantidade de produto exportado”, pontuou Iglesias. O quarto traseiro permanece cotado a R$ 17,50 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 13 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 14 por quilo.
Agência Safras
Preço do boi gordo avança no Pará e valor das matrizes sobe em SP
Recuperação nos preços das vacas e novilhas pode estar atrelada a sinais de uma gradativa diminuição na oferta destes animais.
Dados da Scot Consultoria mostram que houve avanço de R$ 3 por arroba nos valores do gado em Marabá (PA), Redenção (PA) e Paragominas (PA) no mercado físico do boi gordo na segunda-feira (15/7), com avanço nos preços do gado nas principais regiões de produção pecuária. Em São Paulo, a cotação do boi permaneceu estável, mas o valor das vacas (matrizes) aumentou. “Apesar do escoamento de carne bovina no mercado doméstico já ser menos intenso, devido à entrada da segunda quinzena do mês, o boi gordo ainda demonstra firmeza”, disse em nota a consultoria Agrifatto. Com as altas, os preços brutos do boi gordo nestas regiões foram para R$ 200, R$ 198 e R$ 215 por arroba a prazo, respectivamente. Em Paragominas, as fêmeas tiveram avanço ainda maior, de R$ 5 por arroba, e estão cotadas em R$ 185 por arroba a prazo. O preço vale tanto para a vaca quanto para a novilha, segundo a Scot. O movimento positivo para as fêmeas também aconteceu em São Paulo. “O mercado abriu com um aumento de R$ 3 na arroba da vaca gorda, que agora está cotada em R$ 200. Para as demais categorias, os preços estão estáveis na comparação diária”, disse a Scot. A recuperação nos preços das vacas e novilhas pode estar atrelada a sinais de uma gradativa diminuição na oferta destes animais, à medida que o pecuarista vai mudando a estratégia de enviar fêmeas para abate. A Agrifatto ressaltou que os frigoríficos têm enfrentado mais dificuldades para preencher suas escalas de abate. Além disso, as exportações estão com um bom ritmo o que acaba levando a indústria a buscar mais animais no mercado. “Diante deste cenário, as indústrias precisam agir de maneira rápida, causando uma competição mais acirrada pela compra do boi gordo e refletindo na recente alta das cotações”, afirmou a consultoria.
Globo Rural
Exportações da carne bovina para a China caem
Segundo a análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a atratividade das exportações de carne bovina para a China tem reduzido nos últimos anos
Apesar de a China ainda se manter na liderança das compras da carne bovina de Mato Grosso, o aumento da demanda de outros países tem diminuído a participação chinesa nas exportações do estado. Além disso, a relação de troca entre uma tonelada exportada e arroba do boi gordo também tem recuado. O Índice de Atratividade das Exportações para a China, que mede quantas arrobas de boi gordo seriam compradas com a exportação de uma tonelada de carne bovina, caiu de 91,68 arrobas/tonelada no primeiro semestre de 2022 para 80,42 arrobas/tonelada no mesmo período de 2024. Enquanto a atratividade da exportação de carne bovina para a China diminui, os Emirados Árabes Unidos vêm aumentando sua participação nas exportações de Mato Grosso. A relação de troca para o país subiu de 65,25 arrobas por tonelada em 2022 para 88,38 arrobas/tonelada, um aumento de 35,45%. Esse crescimento demonstra uma diversificação nas exportações de carne bovina mato-grossense, reduzindo a dependência do mercado chinês. O mercado de exportação de carne bovina de Mato Grosso está passando por mudanças. Conforme analisado pelo Imea, a China, embora ainda líder nas compras, está vendo sua participação diminuir devido ao aumento da demanda de outros países. A atratividade da exportação para a China também está em declínio, com o Índice de Atratividade das Exportações caindo de 91,68 arrobas/tonelada no primeiro semestre de 2022 para 80,42 arrobas/tonelada em 2024. Em contraste, os Emirados Árabes Unidos estão se tornando um mercado mais importante, com a relação de troca aumentando.
Agrolink
ECONOMIA
Dólar cai sob influência externa
O dólar à vista fechou a terça-feira em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em meio às apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros em setembro
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4293 reais na venda, em queda de 0,28%. Em julho, a divisa acumula baixa de 2,89%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,37%, a 5,4415 reais na venda. Pela manhã o dólar sustentou baixas ante o real e ante outras divisas de países exportadores de commodities e emergentes, com investidores elevando as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros já em setembro. O dólar voltou a oscilar em queda ante o real, enquanto as taxas dos DIs retomaram as baixas, ainda que o mercado mantivesse a expectativa pela divulgação da íntegra da entrevista de Lula. Questionado sobre a fala de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a declaração do presidente sobre o governo não ser obrigado a cumprir a meta fiscal está fora de contexto. Na reta final dos negócios no câmbio, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o mercado de trabalho aquecido indica um processo de recuo mais lento da inflação, em um cenário que, somado a fatores externos, fez a autarquia migrar para um período de “um pouco mais de cautela”. Em evento promovido pelo Sicredi em Anápolis (GO), Galípolo reafirmou que a desancoragem de expectativas do mercado para a inflação brasileira elevou a preocupação do BC, ressaltando que a previsão de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos gera elevação na expectativa da taxa de juros terminal em países emergentes e fortalece o dólar. Os comentários de Galípolo não fizeram preço no câmbio antes do fechamento do segmento à vista.
Reuters
Ibovespa descola de NY com leve recuo puxado por Vale, após 11 altas seguidas
O Ibovespa pôs fim na terça-feira à sequência altas que vinha registrando, com a baixa nos papéis da Vale entre as principais contribuições negativas para o índice, apesar do desempenho positivo das bolsas em Nova York
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 0,16%, a 129.110,38 pontos, o primeiro fechamento negativo do mês, após 11 altas seguidas que igualaram série registrada entre o fim de 2017 e o início de 2018. “O mercado interpretou muito mal a fala do presidente Lula”, disse gestor e analista da BVC Renato Nobile. Ele afirmou, no entanto, que o cenário ainda está “muito mais benigno” para a bolsa brasileira no mês, que sobe 4,2% no período. A queda mais acentuada também durou pouco, e por volta das 15h, o índice já havia voltado a operar próximo da estabilidade. Não conseguiu, contudo, virar para terreno positivo, pressionado por declínio em ações de algumas empresas ligadas a commodities. O ministro da Economia, Fernando Haddad, disse posteriormente que a declaração de Lula estava fora de contexto, e que outros trechos mostrarão o compromisso do governo com o arcabouço fiscal. A sessão encerrava ainda em meio a falas do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovido pelo Sicredi.
A estrategista de ações de research da XP Jennie Li citou também movimento de realização de lucros, após sucessivos avanços. Destoando do indicador brasileiro, os principais índices de ações nos Estados Unidos encerraram em alta, com o Dow Jones fechando em uma máxima recorde. As vendas no varejo dos EUA ficaram inalteradas em junho, segundo dados do Departamento de Comércio desta terça-feira. Para o sócio e head de análise da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, o cenário mantém as apostas de um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve já em setembro. Ainda estiveram no radar resultados de empresas norte-americanas, em meio à temporada de balanços corporativos naquele país.
Reuters
FMI revê projeção do PIB do Brasil: para baixo em 2024 e para cima em 2025
Impacto econômico das enchentes no Rio Grande do Sul influenciaram a revisão de cálculo do Fundo Monetário Internacional
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo a projeção de crescimento do Brasil para 2024. Segundo o Fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 2,1% em 2024. O índice representa uma diminuição de 0,1 ponto percentual em relação à projeção anterior, de abril (2,2%), refletindo o impacto imediato das inundações. As chuvas que começaram em maio no sul do país afetaram grande parte do Rio Grande do Sul, impactando fortemente quase toda a atividade econômica do Estado. No entanto, a projeção de crescimento do Brasil para 2025 foi revisada para cima — para 2,4%, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à previsão de abril (2,1%). Para o FMI, o crescimento reflete a reconstrução após as inundações e fatores estruturais favoráveis, por exemplo, aceleração na produção de hidrocarbonetos.
Valor Econômico
Economia teve em maio melhor desempenho mensal em quatro meses, diz FGV
Monitor do PIB subiu 0,3% em maio ante abril; economista da FGV diz que resultados sinalizam taxa positiva para o PIB do segundo trimestre
A economia brasileira teve, em maio, melhor desempenho em quatro meses, na leitura do Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV), anunciado na terça-feira (16). O indicador, que mensura ritmo de atividade econômica, subiu 0,3% em maio ante abril, melhor taxa desde fevereiro (0,7%). No trimestre finalizado em maio, houve aumento de 1,9% ante igual trimestre em 2023 e, na comparação com maio de 2023, a expansão foi de 1,3%. Para Claudio Considera, economista e coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia (NCN) do Instituto Brasileiro de Economia da fundação (FGV/Ibre), os resultados sinalizam taxa positiva para o PIB do segundo trimestre, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro. Ao ser questionado se o indicador também sinaliza um aumento em torno de 2% para o PIB de 2024, o técnico comentou as recentes projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), sobre o tema. Embora o Fundo tenha revisado para baixo, esta semana, a taxa de crescimento para a economia de brasileira em 2024, de 2,2% para 2,1%, o especialista acredita que a economia brasileira “pode crescer acima disso” este ano. “Eu não me espantaria se crescesse mais [que a projeção do FMI]”, afirmou. Um cenário de demanda aquecida, com potencial de continuidade, é o principal fator que levou o especialista a aguardar aumento acima de 2% para a economia esse ano. O economista observou que o Monitor do PIB de maio comprova o consumo interno em alta do país. “Creio que tivemos em maio um aumento maior do ‘PIB da demanda’ do que do ‘PIB da oferta’”, afirmou. Pelo lado da demanda, no Monitor do PIB, o especialista destacou a performance positiva de consumo das famílias. Em maio, houve alta de 1,6% no consumo das famílias, ante abril, melhor desempenho desde fevereiro de 2022 (2,2%), no indicador. No trimestre finalizado em maio, o aumento foi de 4,6% ante igual período em 2023; com expansão 5,2% ante maio de 2023. “O consumo das famílias cresceu muito em maio” resumiu. O especialista ponderou que o cenário, em maio, era favorável para demanda interna aquecida, com bons desempenhos de emprego, o que impulsiona massa salarial – e com isso, poder aquisitivo -, além dos programas de transferência de renda, do governo, lembrou. Esses fatores ajudam a elevar renda disponível do brasileiro em um ambiente de inflação controlada. “E o consumo das famílias foi bem concentrado em serviços, em maio”, acrescentou o pesquisador. Serviços, pelo lado da demanda, representa quase 70% do total do PIB. No Monitor, embora essa atividade tenha caído 0,1% em maio ante abril, na comparação com maio do ano passado cresceu 2,2%, em maio desse ano. No trimestre finalizado em maio, a economia de serviços subiu 2,9% ante mesmo período em 2023. Outro aspecto favorável, a impulsionar a economia em maio, citado pelo economista foi a boa performance de investimentos, detectada pelo indicador da FGV. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,5% no trimestre encerrado em maio ante mesmo trimestre em 2023; com aumentos de 0,5% em maio ante abril e de 4,2% ante maio do ano passado. “Os investimentos estão crescendo muito por conta de compra de máquinas e equipamentos que estão em alta”, explicou Considera. No entendimento do especialista, os dados indicam ainda que pode não ter sido tão forte, no desempenho da economia nacional esse ano, o impacto da crise no Rio Grande do Sul – afetada por fortes enchentes desde fim de abril e principalmente em maio. “Creio que mesmo com a crise, permaneceu a necessidade de aquisição de bens duráveis lá, o que deve ter mantido a demanda interna” disse. “E talvez o impacto sobre a produção agropecuária não tenha sido tão grande; soja e arroz já haviam sido colhidos [antes das enchentes]” acrescentou. Assim, para o técnico, os sinais até maio mostram quadro favorável na economia. “Tenho a sensação de que vai continuar a crescer nesse segundo trimestre [o PIB]”, disse.
Valor Econômico
Produção industrial no Brasil cresce acima da média no 1º tri
Levantamento do Iedi mostra que país avançou 15 posições no ranking global e obteve 45ª colocação em entre 116 países
A produção da indústria brasileira no primeiro trimestre deste ano se posicionou entre as 50 melhores, em ranking de 116 países de produção manufatureira global. O ranking foi elaborado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e antecipado ao Valor. Na listagem, que tem como base dados da Unido (United Nations Industrial Development Organization), o Brasil atingiu a 45ª colocação, 15 posições acima da que estava no quarto trimestre de 2023 (60º); e 23 lugares acima do primeiro trimestre de 2023 (68º). A produção industrial do país cresceu acima da média mundial para o mesmo período. Isso não ocorria desde o segundo trimestre de 2021, segundo Rafael Cagnin, economista do Iedi responsável pelo levantamento. A indústria no Brasil, nos primeiros três meses do ano, mostrou alta de 1,7% ante primeiro o trimestre de 2023; e de 1% em relação ao quarto trimestre de 2023. Nas mesmas comparações, a produção manufatureira global teve aumentos de 1,4% e 0,1%. Enquanto a produção industrial mundial permaneceu estagnada no primeiro trimestre de 2024, a atividade industrial brasileira avançou, comparou Cagnin. O movimento se deve à redução dos juros e melhores condições de crédito no país no primeiro trimestre, observou. O pesquisador citou os cortes na taxa básica de juros (Selic), iniciados em agosto de 2023. A indústria também se beneficiou do contexto macroeconômico positivo, acrescentou. O país contou com maior poder aquisitivo do brasileiro, o que favorece vendas de produtos, e impulsiona encomendas ao setor industrial, disse o economista. “Vários fatores mobilizaram a demanda. Tivemos correção do salário-mínimo acima de inflação, pagamento antecipado de precatórios. Tivemos, desde início do governo, reajuste e ampliação do número de famílias atendidas pelo Bolsa Família. E temos um mercado de trabalho aquecido”, enumerou. “Tudo isso mobiliza o mercado interno e a indústria.” No entendimento do economista, ainda não está clara extensão do impacto, da crise na indústria gaúcha, no resultado industrial nacional em 2024. “O desastre climático no Rio Grande do Sul afetou muito máquinas e equipamentos, afetou fumo, couro, de forma bastante pronunciada” disse. “Isso interrompeu ou acelerou muitas linhas de produção ali no Rio Grande do Sul, que é um Estado importante”, disse. O Rio Grande do Sul representa 6,8% do total da indústria nacional. Além do ranking e da análise da performance da indústria brasileira, o Iedi fez, no estudo, mapeamento da atividade industrial global no primeiro trimestre de 2024. No levantamento, é possível perceber que, enquanto a indústria brasileira mostrava expansão, o mesmo não ocorreu com o resto do mundo. Nos primeiros três meses do ano, ante igual trimestre em 2023, ocorreram quedas nas produções industriais da América do Norte (-0,4%), América Latina e Caribe (-1,6%) e Europa (-2,1%).
Valor Econômico
MEIO AMBIENTE
Cumprimento do Código Florestal evitaria a perda de 32 milhões de hectares de vegetação
Estudo retoma um cálculo do MapBiomas e leva em consideração crescimento de terras agricultáveis. Produtores podem garantir vegetação ao manterem reserva legal
O cumprimento das regras do Código Florestal, que obriga os proprietários de terras a preservarem reserva legal (RL) conforme o bioma em que estão, além de áreas de preservação permanente (APP) em suas propriedades, já pouparia a abertura de 32 milhões de hectares de vegetação nativa entre 2020 e 2050. O cálculo é de 35 pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), que lançam hoje o “Sumário para Tomadores de Decisão” (STD). O documento trata dos desafios associados ao modelo de uso da terra predominante no país atualmente por meio do agronegócio empresarial e as soluções para tornar a agropecuária uma prática mais sustentável e inclusiva. O estudo retoma um cálculo do MapBiomas, segundo o qual a área utilizada para a agricultura no Brasil cresceu 95,1 milhões de hectares em 38 anos (1985 a 2022). Segundo Gerhard Ernst Overbeck, professor do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do relatório da BPBES, na maioria dos casos, o avanço da atividade agropecuária deu-se às custas da destruição da vegetação nativa, o equivalente a 10,6% do território nacional. Na avaliação dos pesquisadores, o atual modelo produtivo não mude essa tendência. “Essa expansão agrícola intensificará a pressão sobre unidades de conservação e terras indígenas, com impactos negativos para o meio ambiente e as comunidades locais”, diz o estudo. Além do cumprimento do Código Florestal os pesquisadores defendem no estudo alternativas para garantir a preservação da vegetação nativa. São eles o estímulo à restauração de áreas de RL e APP; incentivos econômicos e mecanismos financeiros para atividades agrícolas sustentáveis – como Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), linhas de crédito verdes, créditos de biodiversidade, de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+) e mercado de Cotas de Reserva Ambiental; programas de extensão rural com foco na agroecologia; valorização e a disseminação de práticas e tecnologias sociais de povos e comunidades tradicionais; sistemas de rastreabilidade de cadeias produtivas; Sistema Plantio Direto; florestas plantadas; turismo rural; e Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O documento também defende a valorização da agricultura familiar que tenha baixo impacto ambiental. “É necessário ampliar o acesso às linhas de crédito diferenciadas e voltadas à agricultura de baixo impacto ambiental. Também há que se reverter o cenário atual onde, por exemplo, 84% de todo o valor contratado via Pronaf (crédito rural dirigido à agricultura familiar) foram aplicados na produção pecuária, geralmente praticada de forma extensiva e com baixa rentabilidade”, escrevem os autores na publicação. Para Overbeck, o “modus operandi” do agronegócio até o momento vem aumentando a pressão ambiental e “e afeta inclusive os serviços ecossistêmicos dos quais a atividade depende”. Em sua avaliação, no longo prazo, “só teremos desenvolvimento econômico no país, e principalmente no setor da agropecuária, se conseguirmos fortalecer a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos”.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: cotações do vivo e da carcaça sobem nas principais praças
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo aumentou 1,36%, com preço médio de R$ 149,00, enquanto a carcaça especial subiu 1,71%, fechando em R$ 11,90/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (15), houve alta de 1,40% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,95/kg, aumento de R$ 0,67% no Paraná, com preço de R$ 7,53/kg, incremento de 1,29% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 7,05/kg, avanço de 0,55% em Santa Catarina, chegando a R$ 7,30/kg, e de 0,78% em São Paulo, fechando em R$ 7,72/kg.
Cepea/Esalq
Terça-feira de cotações estáveis no mercado do frango
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo subiu 1,96%, custando, em média, R$ 5,20/kg, enquanto a ave no atacado não mudou de preço, fechando em R$ 6,42/kg, em média.
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (15), o preço da ave congelada ficou estável em R$ 7,05/kg, assim como o do frango congelado baixou, fechando em R$ 7,30/kg.
Cepea/Esalq
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