Ano 10 | nº 2268 |18 de julho de 2024
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Exportações totais de carne bovina desaceleram em junho e receita cai 11%
Depois de comercializar 273.994 toneladas em maio, o melhor resultado do ano, as exportações totais de carne bovina em junho (carne in natura + carnes processadas) desaceleraram e foram movimentadas 242.649 toneladas, num crescimento de apenas 2,7% sobre o mesmo mês de 2023 com 236.259 toneladas
Esse resultado contribuiu para uma queda de 11% na receita em comparação com junho do ano passado, apesar da movimentação menor naquele mês. Em 2023, a receita de junho foi de US$ 1,089 bilhão e neste ano de US$ 971,2 milhões porque os preços médios caíram de US$ 4.611 em 2023 para US$ 4.002 em 2024. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados finais da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). No acumulado do ano, segundo a entidade, as exportações alcançaram 1.440.893 toneladas (+34%) contra 1.076.325 toneladas no mesmo período de 2023. Como consequência de preços menores por tonelada, no entanto, a receita cresceu apenas 18%. Em 2023, os preços médios foram de US$ 4.583 no primeiro semestre e de US$ 4.041 nos primeiros seis meses de 2024. A receita foi de U$ 4,933 bilhões em 2023 e de US$ 5,822 milhões no primeiro semestre de 2024. A China, o maior cliente do produto brasileiro, comprou mais, mas pagou menos no primeiro semestre e representou 39,4% da exportação total. Em 2023 foram movimentadas 518.268 toneladas com receita de US$ 2,611 bilhões. Em 2024 foram 567.683 toneladas com receita de US$ 2,516 bilhões. Os preços médios caíram 12%, passando de US$ 5.040 no ano passado para US$ 4.433 neste ano. Os Estados Unidos se transformaram no segundo maior comprador da carne bovina brasileira e participaram em 2023 com 10,9% da exportação total. Em 2024, a participação subiu para 15,4% com as importações passando de 116.805 toneladas para 222.094 toneladas (+90,1%). Os preços médios, porém, caíram de US$4.150 no primeiro semestre de 2023 para US$ 2.900 no primeiro semestre de 2024. Com isso, a receita não acompanhou a evolução do volume e cresceu 39,9%, passando de US$ 485 milhões no ano passado para US$ 644,6 milhões neste ano. O terceiro maior importador da carne bovina foram os Emirados Árabes, país que funciona como um “hub”, centro distribuidor do produto para outros países do Oriente Médio. No primeiro semestre de 2023, os Emirados compraram apenas 28.142 toneladas com receita de US$ 125,4 milhões. Neste ano, no mesmo período, as compras evoluíram para 95.101 toneladas (+237%), com receita de US$ 435,4 milhões (+ 247%). No total do semestre, 89 países aumentaram suas compras e 71 reduziram suas importações.
Publicado em: Uol Notícias/O Estado de São Paulo/Broadcast/Notícias Agrícolas/Agroemdia/Agência Brasil-Árabe/Portal DBO/Canal Rural/Estadão Conteúdo/ CNN Brasil/ Isto É Dinheiro/MSN/Canal Pecuarista/Safras & Mercado/Investing.com/Dados de Mercado/Revista Oeste/Canal do Criador/Playnoagro/Compre Rural/
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo estável nas praças paulistas
O bom escoamento de carne para o mercado interno e externo obteve um balanço positivo entre oferta e demanda devido a saída de bovinos de confinamento, o que contribuiu para a firmeza nos preços
Dessa maneira, na praça paulista, a cotação do boi gordo “comum” seguiu valendo R$ 222/@ nesta quarta-feira (17/7), enquanto a vaca e a novilha são negociadas por R$ 200/@ e R$ 212/@, respectivamente (preços brutos e com prazo), de acordo com dados apurados pela Scot. Por sua vez, a arroba do “boi-China” (base SP) está cotada em R$ 227 no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescentou a consultoria. No Acre, as cotações permaneceram estáveis para todas as categorias. No Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado se manteve estável para todas as categorias. Em Campo Grande, alta de R$2,00/@ para a vaca, apregoada em R$202,00/@. Para as demais categorias os preços permaneceram estáveis. Já para Três Lagoas, queda de R$2,00/@ na cotação da novilha gorda, estando cotada em R$208,00/@. Para as demais categorias as cotações permaneceram estáveis na comparação diária. Em Alagoas, as cotações permaneceram estáveis para todas as categorias.
Scot Consultoria
Preços da arroba do boi se mantêm firmes no país
O mercado físico do boi gordo voltou a registrar algumas negociações acima das referências médias nesta quarta-feira
O destaque ficou para a Região Norte, onde as escalas de abate também começam a ficar mais apertadas. “No geral, esse movimento acontece de maneira mais moderada, sem altas explosivas como visto em anos recentes”, disse Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado. Segundo Iglesias, a temporada será marcada por recorde de animais oriundos de confinamentos, com boas condições de rentabilidade média para o confinador. “Mas é importante mencionar que a demanda por carne bovina segue aquecida, com forte ritmo de exportação e melhora dos indicadores de consumo doméstico”, pontuou. Preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 229,37 por arroba. Goiás: R$ 219,14 por arroba. Minas Gerais: R$ 219,41 por arroba. Mato Grosso do Sul: R$ 219,45 por arroba. Mato Grosso: R$ 208,99 por arroba. O mercado atacadista segue com preços acomodados, com menor espaço para alta na segunda quinzena do mês, período de menor apelo ao consumo. “A reposição entre atacado e varejo tende a ser mais agressiva na primeira quinzena de agosto, com a entrada dos salários na economia e o Dia dos Pais, possibilitando movimentos mais consistentes de alta”, salientou Iglesias. Quarto traseiro: R$ 17,50 por quilo. Ponta de agulha: R$ 13,00 por quilo. Quarto dianteiro: R$ 14,00 por quilo.
Agência Safras
Preço do boi gordo fica estável, com viés positivo
Redução gradativa no abate de fêmeas e as exportações de carne bovina em ritmo elevado ajudam a manter cotação firme. Nos nove Estados monitorados pela Datagro Pecuária, a variação de preços da arroba não chegou a 1%, seja para cima ou para baixo
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o preço bruto do gado gordo permaneceu em R$ 222 por arroba a prazo, na variação diária, segundo a Scot Consultoria. O indicador do boi da Datagro Pecuária também mostra estabilidade, com R$ 229,56 por arroba em São Paulo. Nos outros oito Estados monitorados pela Datagro, a variação de preços não chegou a 1%, seja para cima ou para baixo. Dados do governo federal indicam que o volume de carne bovina in natura exportado até a segunda semana deste mês foi de 109,6 mil toneladas. A média diária foi de 10,9 mil toneladas, 43,1% acima da média diária registrada em julho do ano passado. O forte desempenho do volume de exportações compensa em alguma medida a queda de 6,9% nos preços médios, no comparativo anual, que estão em US$ 4,4 mil por tonelada. “A segunda semana de jul/24 demonstrou a firmeza desses embarques, foram 55,38 mil toneladas na última semana e com isso reajustamos a estimativa de embarques em jul/24 para 221,50 mil toneladas, volume que pode ser recorde para um mês”, afirmou a consultoria Agrifatto em nota. No primeiro semestre já foram embarcadas 1,14 milhão de toneladas da proteína, o maior volume da história para um semestre, ressaltou a Agrifatto.
Globo Rural
Operação Rei do Gado combate fraudes de R$ 1,4 bi em venda de bovinos
Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em municípios de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, além de Brasília, Goiânia e Palmas. A Receita Federal estima que foram sonegados R$ 300 milhões em tributos federais
A Receita Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão deflagraram nesta quarta (17/7) a Operação Rei do Gado. O objetivo é obter provas de um esquema de sonegação fiscal, que envolve vendas fraudulentas de gado no total de R$ 1,4 bilhão entre julho de 2020 e abril de 2023. A Receita Federal estima que foram sonegados R$ 300 milhões em tributos federais. Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão em municípios de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, além de Brasília, Goiânia e Palmas. Também foi cumprido um mandado de prisão preventiva em Brasília. A Receita Federal e o Ministério Público obtiveram ainda na Justiça autorização para suspender servidores públicos de suas funções e bloquear bens dos envolvidos no montante de R$ 67 milhões. Além disso, a Receita Federal vai usar as provas obtidas hoje para tentar comprovar a identidade dos reais fornecedores de gado vendido com notas fiscais frias e verificar a regularidade tributária desses fornecedores. De acordo com a Receita Federal, um grupo de servidores públicos facilitou a inserção de dados falsos em sistemas oficiais e a fabricação de Guias de Trânsito Animal (GTAs) fraudulentas. Também foram identificados contadores responsáveis pela emissão das notas fiscais frias a partir das GTAs fraudulentas. Um terceiro núcleo identificado é de pessoas (laranjas) usadas como remetentes de mais de 6,9 mil notas fiscais avulsas inidôneas, somando R$ 1,4 bilhão em venda de 448.887 cabeças de gado. Esse núcleo inclui pessoas líderes do esquema, seus familiares, empresas e funcionários. As notas frias foram usadas para acobertar gado de produtores que apresentam indícios de terem omitido receita nas suas declarações de imposto de renda, segundo a Receita Federal. São investigados ainda um grupo de compradores de gado e de transportadores de animais, que são intermediários das notas frias e fazem a revenda do gado para abate em frigoríficos no Estado de São Paulo.
Globo Rural
ECONOMIA
Dólar sobe mais de 1% puxado por exterior
O dólar à vista subiu mais de 1% ante o real nesta quarta-feira, caminhando novamente para os 5,50 reais, com as cotações sendo impulsionadas pelo salto do iene no mercado internacional e pelos receios em torno da política fiscal do governo Lula
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4850 reais na venda, em alta de 1,03%. Em julho, a divisa acumula baixa de 1,89%. Às 17h02, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,05%, a 5,491 reais na venda. No mercado global de moedas o destaque era a disparada do iene, em meio a rumores de que o Banco Central do Japão pode ter atuado novamente para fortalecer sua moeda. O avanço do iene afetou operações de carry trade ao redor do mundo, incluindo as realizadas com o real. No carry trade, investidores tomam recursos no exterior, a taxas de juros baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior. Como a cotação do iene subiu, investidores tendem a desmontar essas posições de carry, o que acaba por pressionar as cotações do real. Um dos efeitos é a alta da taxa de câmbio – algo que já havia ocorrido na quinta-feira passada, quando o iene também avançou. “O real é bastante líquido, então é fácil fazer carry. Quando tem alta do iene, há uma reprecificação de carry trade no mundo, o que também afeta o real”, pontuou Lais Costa, analista da Empiricus Research. No exterior, moedas como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano também tinham perdas firmes em relação ao dólar. Além do fator externo, profissionais citavam a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à TV Record, veiculada na noite de terça-feira, como motivo para o avanço do dólar ante o real, em meio aos receios em torno do equilíbrio fiscal do governo. Na entrevista, Lula disse que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal “se você tiver coisas mais importantes para fazer” e reforçou que precisa ser convencido de que será preciso cortar despesas para cumprir o arcabouço. O presidente ponderou, porém, que fará o que for necessário para respeitar o arcabouço. Responsabilidade fiscal eu não aprendi na faculdade, eu trago do berço”, disse. Durante a tarde da quarta-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula tem um compromisso fiscal inegociável, lembrando que o presidente já orientou a Junta de Execução Orçamentária a fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal. “O pedido foi explícito: faça o que for necessário para garantirmos o cumprimento do arcabouço fiscal. É um compromisso inegociável por parte do presidente Lula”, disse Padilha em entrevista à CNN Brasil.
Reuters
Ibovespa sobe em dia de vencimento de opções, mas Vale mina desempenho
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, endossado por ganhos nas ações de bancos e da Petrobras, em dia de avanço nos preços do petróleo no exterior, enquanto a queda de Vale minou um desempenho mais robusto do indicador
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,26%, a 129.450,32 pontos, tendo marcado 129.657,77 pontos na máxima e 128.741,45 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 35,26 bilhões de reais, em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa. À medida que o índice volta a se aproximar de seu patamar histórico de 134 mil pontos, depois de um primeiro semestre fraco, agentes financeiros discutem a possibilidade de o Ibovespa alcançar 140 mil pontos ainda este ano. “Se a gente levar (em consideração) uma conjuntura que já está em torno de 130 mil pontos e as empresas brasileiras estão em valores históricos baixos”, avaliou o presidente-executivo da gestora Multiplike, Volnei Eyng. Há um mês, o índice operava nos 119 mil pontos. “O único cenário que poderia vir contra isso seria realmente um descuido das contas públicas do governo em relação aos custos”, acrescentou, sinalizando ventos favoráveis também do exterior, em meio a apostas de um início de ciclo de redução do juro norte-americano em setembro. O sócio e advisor da Blue3 Investimentos Willian Queiroz, contudo, destacou a agenda eleitoral nos Estados Unidos e no Brasil, além da troca na presidência do Banco Central, no último trimestre de 2024. “É importante salientar que muitas das casas e researchs estão fazendo revisões, e a maioria das revisões estão sendo de redução em cima das expectativas do Ibovespa para o final do ano”, ponderou. Na quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula tem um compromisso fiscal “inegociável” e que o presidente já orientou que seja feito o necessário para cumprir o arcabouço fiscal.
Reuters
IGP-10 sobe 0,45% em julho e fica abaixo do esperado, mostra FGV
Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou alta de 0,45% em julho, após avançar 0,83% no mês anterior, em resultado abaixo do esperado, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 3,38%
A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,82% na base mensal. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,49% em julho, depois de subir 0,88% no mês anterior. “Apesar dos efeitos sazonais e da desvalorização mais acentuada do real em relação ao dólar, os índices componentes do IGP-10 mostraram desaceleração de junho para julho. No âmbito do produtor, a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu para essa desaceleração”, disse André Braz, economista da FGV IBRE. O subgrupo de alimentos in natura registrou queda de 3,99% na base mensal em julho, após subir 3,30% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,24% no mês, depois de subir 0,54% em junho. No IPC, destacaram-se o desempenho dos preços de Alimentação (0,97% para -0,12%), Habitação (0,52% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,75% para 0,41%), Transportes (0,37% para 0,28%) e Comunicação (0,26% para 0,08%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,54% em julho, depois de uma alta de 1,06% em junho. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Reuters
STF adia para 11 de setembro prazo para governo e Congresso chegarem a acordo para compensar desoneração
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que está no exercício da presidência da corte, prorrogou na noite de terça-feira até o dia 11 de setembro o prazo para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso cheguem a um acordo para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de pequenos municípios
Em nota no site do STF, a corte informou que o adiamento atendeu a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) e a Advocacia-Geral do Senado. O prazo inicial terminaria na próxima sexta-feira, dia 19 de julho. Também na terça, o Senado adiou a votação de uma proposta de compensação da desoneração e se alinhou ao Executivo para pedir a ampliação do prazo ao Supremo. O texto que seria votado pelo Senado nesta terça-feira prevê a manutenção integral da desoneração da folha neste ano, com redução gradual do benefício a partir de 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no entanto, disse que a solução apresentada pelo Senado não compensa a perda de arrecadação com a desoneração, citando um parecer da Receita Federal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na terça que, caso o Supremo concordasse com o adiamento, o tema voltaria à pauta da Casa em agosto. O assunto ocupa a agenda do governo e do Congresso desde o fim do ano passado, quando o Legislativo prorrogou a desoneração. A decisão posteriormente foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o veto foi derrubado e o tema acabou judicializado. Em maio, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 60 dias para que fosse encontrada compensação financeira para a desoneração, sob pena de o benefício a empresas e municípios perderem a validade se não houvesse solução. O governo inicialmente estimou um custo de 26 bilhões de reais neste ano para a desoneração, mas mais recentemente passou a falar em um impacto de 17 bilhões a 18 bilhões de reais. Na busca por medidas compensatórias, o Ministério da Fazenda chegou a sugerir um aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de empresas caso propostas do Senado não surtissem efeito, mas a ideia foi rejeitada por parlamentares. Pacheco tem defendido uma série de iniciativas pontuais para compensar o benefício neste ano. Entre elas, estão uma repatriação de recursos de brasileiros no exterior, atualização de valores de ativos nacionais com pagamento de imposto, além de uma renegociação de dívidas de empresas com multas em agências reguladoras. O senador também sugeriu a utilização de dinheiro “esquecido” no sistema financeiro e de depósitos judiciais sem titularidade, além da arrecadação obtida com a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até 50 dólares — a “taxação da blusinha” — como outras fontes de compensação.
Reuters
GOVERNO
Mais de R$ 400 bilhões do Plano Safra 2023/24 foram contratados até junho
Até o mês de junho, o montante acumulado de crédito rural contratado para a safra 2023/24 ultrapassou os R$ 400 bilhões, segundo levantamento feito pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base em dados do Banco Central
O valor repassado representa aproximadamente 92% dos recursos disponíveis para o ciclo finalizado no dia 30 de junho – R$ 435,8 bilhões. As principais fontes de recursos foram Recursos Livres (55%) e Recursos Obrigatórios (20%), seguidos por Fundos Constitucionais (9%) e Poupança Rural (8%). “Comparando com a safra anterior, nota-se uma mudança na distribuição dos recursos, ou seja, um aumento da participação de Recursos Livres e uma redução na participação da Poupança Rural”, ressalta o analista da Getec, Salatiel Turra. Já as cooperativas brasileiras encerraram a safra 2023/24 captando cerca de R$ 43,49 bilhões. “É relevante destacar que esse valor é 60% superior ao total contratado no Plano Safra passado, que chegou a R$ 27,19 bilhões. A distribuição dos recursos foi majoritariamente destinada para atividades de industrialização, investimento, custeio e comercialização, nessa ordem de importância”, frisa Turra. As cooperativas paranaenses captaram, neste mesmo período, cerca de R$ 14,81 bilhões, o que representa aproximadamente 34% do montante total captado pelas cooperativas do Brasil. Além disso, o total contratado pelas cooperativas do Paraná na safra 2023/24 ultrapassa em 83% do valor total captado na safra passada, que foi R$ 8,09 bilhões.
OCEPAR
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos encerra a quarta-feira (17) com avanços nas cotações do animal vivo
Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos têm intensificado as compras de novos lotes de suínos para abate neste mês, diante das demandas doméstica e externa por carne suína aquecidas.
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,90/kg, em média. Segundo o Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (16), houve aumento de 0,25% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,97/kg, incremento de 0,80% no Paraná, custando R$ 7,59/kg, avanço de 0,57% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 7,09/kg, valorização de 0,55% em Santa Catarina, chegando a R$ 7,34/kg, e de 1,17% em São Paulo, fechando em R$ 7,81/kg.
Cepea/Esalq
Frango no atacado em SP cai 1,09% na quarta-feira (17); demais cotações não mudam
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,20/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,09%, fechando em R$ 6,35/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (16), o preço da ave congelada ficou estável em R$ 7,05/kg, assim como o do frango congelado, fechando em R$ 7,30/kg.
Cepea/Esalq
Ministério da Agricultura confirma foco de doença de Newcastle em aviário comercial no RS
Ministério interditou o estabelecimento e suspendeu a movimentação de aves no local. Ministério adotará protocolo após detecção do foco, como a eliminação de todas as aves e limpeza e desinfecção do local
O Ministério da Agricultura confirmou na noite da quarta-feira (17/7) um foco da doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. O diagnóstico positivo foi informado, às 16h, pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da Doença de Newcastle. Em comunicado, o ministério informou que o estabelecimento avícola foi imediatamente interditado, e a movimentação das aves foi suspensa. Ainda de acordo com a Pasta, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul irão aplicar os procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle, com a eliminação e destruição de todas as aves e limpeza e desinfecção do local. Também será realizada investigação complementar em raio de 10km ao redor da área de ocorrência do foco, além de outras medidas que forem necessárias conforme avaliação epidemiológica. “O Mapa [Ministério da Agricultura] ressalta que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanece seguro e sem contraindicações. A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos animais. De notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal, a enfermidade é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.
Globo Rural
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