Ano 10 | nº 2255 |01 de julho de 2024
NOTÍCIAS
Semana fecha com preços estáveis
Na avaliação do zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, a exportação aquecida o câmbio firme e uma oferta mais cadenciada colaboraram para a firmeza nos preços do boi gordo
“Para a virada de mês e primeira semana de julho, a perspectiva é de manutenção do cenário atual”, prevê Fabbri. Até a terceira semana de junho/24, 146,2 mil toneladas de carne bovina in natura foram exportadas, superando o desempenho médio diário do mesmo período de 2023 em 6,3%. “O volume de embarques está firme este ano, mas com preços (US$/t) menores do que há um ano”, observa a o analista da Scot. Pelos dados apurados pela Scot, na praça paulista, o boi “comum” fechou a semana cotado em R$ 220/@, enquanto a vaca e a novilha gordas seguem valendo R$ 195/@ e R$ 212/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) é negociado por R$ 225/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.
Scot Consultoria
Valor da arroba reage em junho, mas ampla oferta impacta preço no primeiro semestre
As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 653,865 milhões em junho (15 dias úteis). Baixa de 6% no valor médio diário da exportação, ganho de 6,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio
O mercado de boi gordo sinalizou recuperação para os preços da arroba em alguns estados ao longo do mês de junho, em meio à escalada do dólar frente ao real. Mas o cenário ao longo do primeiro semestre se mostrou negativo para as cotações, segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias. Iglesias destaca que o grande volume de animais abatidos nos seis primeiros meses do ano, com o descarte de fêmeas, levou a um forte declínio nos preços da arroba. O mercado começou 2024 com a arroba cotada em R$ 250,00, mas foi declinando até atingir patamares de R$ 215,00, em maio. Em junho o mercado até buscou uma acomodação, mas não a ponto de propiciar elevações expressivas nas cotações, explica. Há uma expectativa de que o mercado de boi gordo possa vir a ter um melhor cenário no segundo semestre, com o fator cambial sendo um fator positivo para a exportação de commodities. Ainda assim, a arroba não deve apresentar movimentos de alta muito contundentes até o final do ano, prospecta. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 28 de junho: São Paulo (Capital) – R$ 225,00 a arroba, alta de 2,27% frente ao fechamento de maio, de R$ 220,00. Goiás (Goiânia) – R$ 210,00 a arroba, avanço de 6,60% perante o encerramento do mês passado, de R$ 197,00. Minas Gerais (Uberaba) – R$ 210,00 a arroba, retração de 2,33% frente ao fechamento de maio, de R$ 215,00. Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 215,00 a arroba, inalterado frente ao encerramento do mês passado. Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, aumento de 0,48% frente aos R$ 209,00 praticados no encerramento de maio. Rondônia (Vilhena) R$ 183,00 a arroba, retração de 1,08% frente aos R$ 185,00 praticados no final do mês passado. Iglesias destaca que o mercado atacadista não apresentou mudanças de preço ao longo do mês de junho, por conta da elevada disponibilidade de estoques. Havia uma expectativa de recuperação dos preços, que acabou não se confirmando na última semana do mês. O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 653,865 milhões em junho (15 dias úteis), com média diária de US$ 43,591 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 146,293 mil toneladas, com média diária de 9,752 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.469,50. Em relação a junho de 2023, houve baixa de 6% no valor médio diário da exportação, ganho de 6,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Agência Safras
Estatística da pecuária (Campo Grande – Mato Grosso do Sul)
Na região de Campo Grande-MS, o cenário é de diminuição nas ofertas e encurtamento das escalas de abate. Como resultado, ocorreu um aumento nos preços de todas as categorias
Durante a última semana, a cotação do boi gordo aumentou R$3,00/@ ou 1,4%, a da vaca e da novilha R$1,00/@ ou 0,5%. Desse modo, o boi gordo está sendo comercializado a R$212,00/@, a vaca a R$190,00/@ e a novilha a R$200,00/@, preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural), segundo levantamento da Scot Consultoria. O diferencial de base do boi gordo, em comparação à São Paulo, é de R$4,50/@, ou 2,1%, com o boi gordo cotado a R$216,50/@, nas praças paulistas, preço a prazo e livre de impostos. A curto prazo, na região, a tendência é de alta no mercado. A redução na disponibilidade de oferta ocorreu pelo encerramento da safra de capim, ao passo que a boiada de confinamento ainda não está pronta para o abate, favorecendo as cotações.
Scot Consultoria
Queda nas escalas de abate é generalizada, aponta pesquisa semanal da Agrifatto
Nesta semana, as programações dos frigoríficos registraram retração em SP, MG, MT, PA, TO, RO e PR, informou a consultoria
Ao longo desta semana encerrada em 28 de junho, a maioria dos Estados brasileiros apresentou recuo nas escalas de abate, segundo dados apurados pela equipe de analistas da Agrifatto. “Diante desse cenário, os frigoríficos estão adquirindo apenas o necessário para manter as programações de abate, o que levou ao recuo dessas escalas”, acrescentou a consultoria. Nesse contexto, na sexta-feira (28/6), a média nacional das programações de abate se encerrou em 10 dias úteis, apresentando um declínio de 1 dia útil em relação ao quadro registrado na semana anterior. Escalas de abate em algumas das principais regiões pecuárias do País: Minas Gerais – O Estado registrou queda de 2 dias úteis nas escalas de abate, na comparação com a semana anterior – as programações ficaram em 11 dias úteis, menor patamar registrado desde 10/05/2024. Mato Grosso – O Estado seguiu a mesma tendência, apresentando declínio de 2 dias úteis em comparação com o quadro visto na semana anterior, encerrando o período com 11 dias úteis, mesmo nível observado em 31/05/2024. Pará – Fechou a semana com recuo de 2 dias úteis na programação de abate – suas escalas ficaram em 12 dias úteis. Tocantins – O Estado apresentou um recuo de 2 dias úteis nas suas programações de abate, fechando a semana em 9 dias úteis. Rondônia – Registrou queda de 1 dia útil nas suas programações de abate e, com isso, encerrou a semana com 13 dias úteis. Paraná – Também apresentou queda de 1 dia útil em suas escalas, fechando a semana em 7 dias úteis. São Paulo – Outro Estado que registrou recuo de 1 dia útil no comparativo semanal, registrando 11 dias úteis nas suas programações de abate. Mato Grosso do Sul/Goiás – Ambos os Estados apresentaram estabilidade entre as semanas, fechando o período em 8 dias úteis.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar sobe e chega a ser cotado a R$5,60
O dólar voltou a subir na sexta-feira no Brasil, chegando a ser cotado a 5,60 reais durante a sessão e encerrando no maior valor desde janeiro de 2022, em mais um dia de tiroteio retórico entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
A moeda norte-americana à vista encerrou o dia cotada a 5,5907 reais na venda, em alta de 1,50%. Este é o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando encerrou em 5,6723 reais. No mês, a divisa acumulou alta de 6,47% e, no trimestre, elevação de 11,47%. Às 17h27, na B3 o contrato de dólar futuro de agosto — que passou a ser o mais líquido nesta sexta-feira — subia 1,57%, aos 5,6135 reais. Profissionais do mercado financeiro ouvidos pela Reuters afirmaram que a disputa verbal entre Lula e Campos Neto azedou mais uma vez os negócios com dólar, juros futuros e ações, fazendo os ativos brasileiros apresentarem resultados piores que os dos demais emergentes. Operador ouvido pela Reuters pontuou que os investidores seguiam desconfortáveis com a incapacidade do governo em cortar despesas para fazer o ajuste fiscal e com o futuro do BC após a saída de Campos Neto, programada para dezembro. Em função disso, as cotações permaneceram em patamares elevados, com investidores comprados na moeda norte-americana mantendo posições. Em evento durante a tarde, em Belo Horizonte, Lula voltou a afirmar que não fará ajuste fiscal “em cima das pessoas mais pobres”. Durante evento na tarde da sexta-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que o tema que chama mais atenção no momento é justamente o câmbio, que deixa o Brasil “bastante descolado” de economias similares e segue de maneira rápida para a desvalorização. Apesar da pressão, o BC segue cumprindo a promessa de somente intervir no mercado de câmbio em momentos de disfuncionalidade — e não em função da alta do dólar por si só.
Reuters
Ibovespa fecha em queda, mas tem semana e mês positivos
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, pressionado particularmente pelo declínio da Embraer e BTG Pactual, mas terminou a semana e o mês com desempenho acumulado positivo, reduzindo as perdas no ano
A alta da Vale atenuou a pressão negativa, em mais um dia de avanço do dólar ante o real e alta na curva de juros devido a preocupações fiscais, o que pesou principalmente em ações de empresas sensíveis à economia doméstica. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,32%, a 123.906,55 pontos, acumulando alta de 2,11% na semana e de 1,48% no mês, mas ainda recuando 7,66% no ano, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 124.500,19 pontos. Na mínima, marcou 123.298,10 pontos. De acordo com o analista Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, a última sessão da semana, mês e semestre foi de realização de lucros, referendada por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltando a criticar o Banco Central. Ele acrescentou que a divulgação de um dado de inflação nos Estados Unidos dentro do esperado atenuou a queda no pregão brasileiro, assim como o desempenho de Vale, principalmente na segunda etapa dos negócios. m entrevista a uma rádio, Lula voltou a criticar o patamar atual da taxa Selic, a 10,50% ao ano, afirmando que o nível dos juros é “irreal” diante de uma inflação que está “controlada”, e teceu novas críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto. Em outro momento, à tarde, afirmou também que o ajuste fiscal não será feito em cima das pessoas mais pobres, acrescentando que gostaria de fazê-lo utilizando a rentabilidade dos banqueiros do país. De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, a leitura do PCE parece ser positiva sob o ponto de vista do combate à inflação, ainda que a queda dos gastos pessoais denote uma desaceleração da economia. “Ainda é prematuro para afirmar em cortes de juros, mas o dado de hoje deixa o cenário aberto para que tal possibilidade possa se materializar na reunião de setembro, caso vejamos mais evolução positiva na inflação até lá”, acrescentou.
Reuters
Taxa de desemprego cai para 7,1% no trimestre encerrado em maio, menor desde 2014
Resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras, que apontava para uma taxa de 7,3% no trimestre móvel encerrado em maio
A taxa de desemprego no país caiu para 7,1% no trimestre móvel encerrado em maio. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro (7,8%) e abaixo do resultado de igual período de 2023 (8,3%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em abril, a taxa estava em 7,5%. Este é a menor taxa da série histórica para um trimestre encerrado em maio e se iguala ao resultado de 2014, quando também foi de 7,1%. A série histórica começou em 2014. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 7,3% no trimestre móvel encerrado em maio. O intervalo das projeções ia de 6,9% a 7,8%. No trimestre encerrado em maio, o país tinha 7,8 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 8,8% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro, ou menos 751 mil pessoas, menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. A queda do total de desempregados frente a igual período de 2023 foi de 13%, ou menos 1,2 milhão de pessoas. Entre março e maio, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) subiu 1,1% ante trimestre anterior e atingiu novo recorde, de 101,3 milhões de pessoas. Frente a igual trimestre de 2023, subiu 3%. O nível é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A massa de rendimentos dos trabalhadores brasileiros atingiu um novo recorde no trimestre encerrado em maio, de R$ 317,9 bilhões, mostrou a Pnad Contínua. O aumento foi de 2,2% frente ao trimestre anterior (R$ 6,8 bilhões) e de 9% ante igual trimestre de 2023 (R$ 26,1 bilhões). O valor considera a massa de rendimentos real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas (em todos os trabalhos).
Valor Econômico
Dívida pública bruta do Brasil sobe e vai a 76,8% do PIB em maio
A dívida bruta do Brasil subiu mais do que o esperado em maio, quando o setor público consolidado apresentou déficit primário maior que a expectativa, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central na sexta-feira
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou maio em 76,8%, contra 76,3% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,2%, de 61,5%. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,4% para a dívida bruta e de 61,9% para a líquida. O aumento da dívida bruta no mês decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), das emissões líquidas (+0,1 p.p.), do reconhecimento de dívida (+0,1 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.). Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 63,895 bilhões de reais, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 58,0 bilhões de reais. Em maio de 2023, houve déficit de 50,172 bilhões. O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 60,778 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram saldo negativo de 1,078 bilhões de reais e as estatais tiveram déficit de 2,039 bilhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.
Reuters
GOVERNO
Governo confirma valores do Plano Safra 24/25
Agricultura empresarial terá R$ 400,6 bilhões e a familiar, R$ 75 bilhões no ciclo 2024/25
Fávaro: “Foi determinação do presidente Lula que o BNDES entrasse com o pé no acelerador neste novo Plano Safra”
O Plano Safra 24/25 terá R$ 475,56 bilhões em recursos para os financiamentos de pequenos, médios e grandes produtores, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista à reportagem. O montante é recorde — 9,7% maior que os R$ 435,8 bilhões disponibilizados na temporada que termina neste domingo. O número final poderá atender uma área plantada de grãos maior que a da safra atual, na esteira da queda dos custos de produção, devido à acomodação de preços dos insumos, avaliou Fávaro. O resultado faz parte de um esforço das áreas econômica e política do governo tanto para encontrar soluções inovadoras para o plano, como a linha dolarizada para custeio com juros pré-fixados, quanto para ampliar o orçamento da equalização de juros ante a mudança da curva da Selic e uma possível restrição de crédito em fontes controladas. O ministro argumentou que o montante de recursos do Plano Safra em vigor [de R$ 435,8 bilhões] é 28% superior ao de 22/23, incremento realizado para equilibrar a oferta de crédito com a demanda e que superou em 5% os pedidos feitos pelo setor produtivo na época, de R$ 403,88 bilhões. Agora, disse ele, os custos arrefeceram e os valores que serão disponibilizados vão atender bem o campo. “Se aumentamos em 10% no volume de dinheiro e o custo cai 10%, temos um plano que atende 20% mais hectares que agora, é mais área financiada. Tudo isso somado ao aumento de 28% do ano passado”, afirmou. “É quase o dobro de recursos da safra 21/22 [de R$ 251,22 bilhões], quando o custo estava 20% mais caro. Será um Plano Safra, no mínimo, 20% maior que o atual”, disse. O embasamento técnico da Pasta sobre o atendimento da demanda atual leva em conta a queda no custo de produção apurada pela Conab, de 9,5% para o milho e de 9,1% para a soja para o próximo ciclo em relação a 23/24. A estatal aponta que, na média nacional, os agricultores gastarão R$ 39,80 para produzir uma saca de milho e R$ 75,80 para uma saca de soja. No setor bancário, a avaliação é que o montante anunciado por Fávaro contemplará a demanda por crédito oficial. Médios e grandes produtores terão R$ 400,58 bilhões, alta de 10% em relação aos R$ 364,22 bilhões da safra atual. Serão R$ 293,88 bilhões para custeio e comercialização, alta de 7% na comparação com os R$ 272,1 bilhões deste ciclo. Outros R$ 106,7 bilhões irão para investimentos — 15% acima dos R$ 92,1 bilhões deste ciclo. As taxas de juros para a agricultura empresarial deverão permanecer estáveis, entre 7% e 12%. O ministro não confirmou as alíquotas, mas ressaltou que os produtores poderão ter desconto de até 1 ponto percentual por boas práticas socioambientais. A Pasta decidiu focar no aumento de recursos para o custeio, para estimular a expansão do plantio, e para o Pronamp (médios produtores). Os recursos para o Moderfrota serão mantidos. A avaliação é que a demanda extra tem sido atendida pela linha em dólar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “É recorde. É a demonstração clara de que o presidente Lula está preocupado em fazer crescer a agropecuária brasileira, que é fonte da economia brasileira”, disse. Já o Plano Safra da Agricultura Familiar pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, terá R$ 74,98 bilhões, alta de 4,7% ante os R$ 71,6 bilhões deste ciclo. Haverá aumento de 23% do orçamento para a equalização de juros na safra 2024/25. O custo total do Tesouro Nacional para a subvenção de taxas será de R$ 16,7 bilhões em alguns anos ante R$ 13,6 bilhões deste ciclo. Para médios e grandes produtores, serão R$ 6,3 bilhões. Agricultores familiares terão R$ 10,4 bilhões. É a maior verba, pelo menos, desde 14/15. Segundo o ministro, o reforço orçamentário faz parte de um esforço da União para compensar movimentos de mercado e de possível restrição de crédito. Um dos exemplos monitorados pelo governo é a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano, o que tira a atratividade de aplicações na poupança rural e depósitos à vista, duas das principais fontes de recursos para os financiamentos rurais. Dados avaliados pela Pasta mostram que diminuiu em R$ 60 bilhões a disponibilidade de recursos nessas fontes com a saída de investidores para aplicações mais rentáveis. “Foi determinação do presidente Lula esse incremento de mais de 23% de recursos do Tesouro para o Plano Safra continuar a ser grande, batendo recorde e apostando na nossa agropecuária”, disse. O montante de financiamentos equalizados deverá ser um pouco maior que os R$ 108 bilhões desta temporada. O ministro ressaltou que a oferta geral de crédito no Plano safra 24/25 será de R$ 582 bilhões ao considerar os R$ 106,5 bilhões de recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) que deverão ser aplicados em emissões de Cédulas de Produto Rural (CPR). Além disso, o Plano Safra contará com participação mais robusta do BNDES. O banco vai ofertar R$ 11 bilhões em uma linha em dólar com taxas pré-fixadas, como já antecipou o Valor. As alíquotas finais vão variar entre 8,5% e 9,5%. O BNDES também terá outros R$ 11 bilhões para investimentos dolarizados e R$ 5 bilhões em recursos livres. E seguirá como principal repassador dos valores controlados dos programas de investimentos tradicionais do Plano.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos na estabilidade
A sexta-feira (28) terminou para o mercado de suínos com as cotações, na maioria, estáveis
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 136,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 10,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (27), houve tímida alta apenas em Santa Catarina, na ordem de 0,31%, chegando a R$ 6,52/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,90/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e São Paulo (R$ 7,18/kg).
Cepea/Esalq
Frango: estáveis na sexta-feira
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, da mesma forma que a ave no atacado, fechando em R$ 6,10/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, enquanto no Paraná, houve aumento de 0,47%, custando R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (27), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,05/kg e R$ 7,28/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Preços encerram junho em movimentos distintos
Embarques in natura registram média diária de 20,9 mil t nesta parcial de junho
Os preços médios dos produtos de origem avícola acompanhados pelo Cepea estão encerrando junho em movimentos distintos. Segundo pesquisadores deste Centro, enquanto em alguns casos a demanda aquecida em parte do mês elevou as cotações o suficiente para sustentar a média mensal, em outros, a baixa liquidez acabou resultando em queda nos valores. No mercado de pintainho de corte, os preços de comercialização têm subido fortemente, impulsionados pela baixa oferta de animais e pela demanda externa aquecida, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Os embarques de carne de frango in natura registram média diária de 20,9 mil toneladas nesta parcial de junho (15 dias úteis), 3,3% acima da verificada em maio/24 e 5% superior à de julho/23 – dados Secex.
Cepea
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