CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2256 DE 02 DE JULHO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2256 |02 de julho de 2024

 

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Taxar carne pode ser um tiro no pé

Paulo Mustefaga

Artigo publicado no Site Poder360

“Ser contra os impostos para as carnes não significa ser crítico do governo ou do Congresso, mas defensor das conquistas dos consumidores de baixa renda”, escreve o Presidente da Abrafrigo, Paulo Mustefaga

Quando dona Márcia Maria da Silva, 31 anos, moradora da favela Vila Emater, na periferia de Maceió, vai ao mercado, ela agora compra mais proteína para alimentar seus 6 filhos. Desde que o governo aumentou o valor do Bolsa Família, a qualidade da alimentação da família melhorou muito. “Com o dinheiro, além da feira de sempre, comprei carnes, leite, material escolar e fralda para os meus outros filhos. Antes, o dinheiro dava só fralda para o bebê. E a mistura [proteína das refeições] era quase só ovo, agora dá para ter peixe, carne de boi ou porco todo dia”, contou a dona de casa ao Uol. Casos como esse estão se desenrolando em todo o Nordeste. Mas o que brasileiros como dona Márcia ganharam corre o risco de acabar se a carne for taxada. Hoje, a carne não paga tributos federais (PIS e Cofins) no Brasil e os maiores consumidores são os das classes C, D e E, ou os cerca de 60% da população que dizem comer carne ao menos duas vezes por semana, de acordo com pesquisa do Good Food Institute publicada em 28 de maio pelo jornal Extra. Por considerarem as carnes produtos essenciais, praticamente todos os governos estaduais também concedem isenção ou redução na cobrança do ICMS. Estamos num momento de intensas negociações para a regulamentação da reforma tributária recém aprovada pelo Congresso Nacional. Infelizmente a sociedade está à margem desse debate, restrito aos líderes do Congresso. A questão da carne –ou melhor, das carnes– passa pela discussão de quais produtos comporão a cesta básica isenta de impostos. As carnes bovinas, suína, de frango e peixes entrariam, conforme a proposta da equipe econômica do governo, no grupo de produtos com redução de 60% no imposto. O problema é que os 40% restantes acabarão pressionando os preços das carnes para cima, que podem ter impacto de até 12% na sua carga tributária embutida. Diante disso, dona Márcia lá de Alagoas, que recebe R$ 1.200 de Bolsa Família, 1 kg de coxão mole, hoje vendido a R$ 30,90, passará a custar R$ 34,60 por causa do imposto. O músculo, que custa R$ 24,79 em Maceió, vai para R$ 27,76. Numa cidade onde a passagem de ônibus custa R$ 4,35, a alta nas carnes mais consumidas pelas classes B, C e D impactarão, e muito, o bolso de mães de família como dona Márcia. É fundamental que todas as carnes sejam mantidas na cesta básica e com imposto zero para que a população, especialmente aqueles que recentemente voltaram a consumir proteína animal no dia a dia, depois de um longo período de abstinência iniciado na pandemia. Em 25 de junho, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, publicou pesquisa da Kantar mostrando que pessoas das classes D e E, como dona Márcia, passaram a consumir mais carne bovina. Um crescimento de 4,2% no 1º semestre comparado com 2023. E cresceu o consumo de outros itens como iogurtes, biscoitos, doces, bazar, bebidas e medicamentos de venda livre. Agora, em plena discussão sobre a composição da cesta básica e taxação de carnes em geral, é preciso serenidade e responsabilidade para que este consumidor de baixa renda, que hoje se alimenta melhor, não seja prejudicado por decisões cujo risco é criar condições para um aumento inconveniente de preços. Quem mais precisa de proteína de alta qualidade é justamente o cidadão das classes C, D e E, que ganham até R$ 3.600 mensais. Em entrevista ao UOL, o presidente Lula falou em taxar carnes consumidas pelos ricos e isentar carnes consumidas pelos pobres, como o frango. Mas, como mostrou a pesquisa Kantar, o brasileiro gosta de frango, mas prefere carne bovina, seja uma boa costela, uma picanha com aquela gordurinha ou uma rabada com agrião. É paixão nacional. Não faz o menor sentido taxar carne de rico e liberar carne de pobre, porque carne é carne. Estudos mostram que as classes de renda mais baixa possuem maior propensão (elasticidade-renda) a consumirem carnes consideradas mais nobres, ou “de primeira”, em razão de estímulos de renda. Quem não gosta de poder comprar uma picanha para comer um churrasco com a família no fim de semana? Dificultar o acesso das classes mais pobres a esse tipo de produto é um contrassenso. Nos últimos 25 anos, os produtores de carnes investiram e se desenvolveram, passando a ter maior controle sanitário, maior controle de qualidade e a própria fiscalização federal se tornou mais eficiente. Tudo isso fez com que o país deixasse de depender de importações de carnes e passasse a ser o maior exportador de proteína de origem animal do planeta. Não é pouca coisa. E os brasileiros, sejam eles de que classe for, ganharam muito com isso e hoje acabou aquela balela segundo a qual o Brasil exportava o que produzia de melhor e deixava o pior para o mercado interno. A mesma carne que é vendida na Ásia ou na Europa é consumida aqui. Corremos agora um risco de retrocesso. Ser contra os impostos para as carnes em geral não significa ser crítico do governo ou do Congresso, mas defensor das conquistas dos consumidores de baixa renda –que, sabemos todos, são os mais vulneráveis. O combustível das pessoas, o que as mantém produtivas e felizes, é a comida de qualidade. O brasileiro, como pontuou inúmeras vezes o presidente Lula durante a campanha eleitoral, é um amante do churrasco. É em torno da carne, especialmente a bovina, que as famílias gostam de celebrar seus melhores momentos. Comer carne é parte integrante da nossa cultura. Dentro de mais alguns dias, será batido o martelo e selado o destino das proteínas preferidas do povo brasileiro. Nós entendemos que o governo tem seus argumentos e pontos de vista, os quais respeitamos, mas é preciso entender algo fundamental: do jeito que as coisas estão caminhando, ou ganha o governo, ou ganha a população. O governo perder é do jogo. Mas o que pensaria dona Márcia, que acabou de voltar a consumir carne, se ela fosse obrigada a voltar para o ovo?

Paulo Mustefaga, 58 anos, é economista pela Universidade Católica de Brasília, especialista em gestão tributária e presidente-executivo da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos)

https://blogdomagno.com.br/taxar-carne-pode-ser-um-tiro-no-pe/

NOTÍCIAS

Estabilidade no mercado do boi gordo nas praças paulistas

O mês começou com poucos negócios. As ofertas estão diminuindo, porém, ainda com capacidade de suprir as demandas, que estão em ritmo lento.

Semana começa com poucos negócios e preços da arroba estáveis na maioria das praças brasileiras. Diante deste quadro, disse a Scot Consultoria, o boi gordo continua valendo R$ 220/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 195/@ e R$ 212/@, respectivamente (preços estáveis, no prazo). O “boi-China” (base SP) está sendo comercializado em R$ 225/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”, acrescentou a Scot. No mercado atacadista de carne com osso com as expectativas de maior demanda na primeira quinzena de julho, o varejo aumentou ligeiramente os pedidos para alimentar os estoques e se preparar para a virada de mês. Nesse contexto, as cotações da carcaça de boi inteiro e da vaca mantiveram-se firmes e estáveis na semana, sendo negociadas a R$14,20/kg e R$14,00/kg, respectivamente. No entanto, houve um aumento nos preços da carcaça de boi castrado e da novilha, registrando alta de 1,0% e 1,8%, respectivamente, com preços de R$15,25/kg e R$14,50/kg. Enquanto isso, a cotação do frango médio* continua em queda, sendo negociada em R$6,10/kg, uma redução de 2,6% na semana. A carcaça especial suína** também seguiu a mesma tendência e caiu 0,9%, apresentando uma cotação média de R$10,60/kg. Neste cenário, a carne bovina está menos competitiva em relação às carnes de frango e suína, dado o aumento dos preços das carcaças de boi castrado e novilha, em contraste com a queda nos preços do frango e da carne suína. * Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%. **Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha. Vencimento do contrato futuro do boi gordo em junho/24 na B3. No último dia de funcionamento da B3, em junho, houve a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIM24. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador calculado pelo Cepea, ficou em R$225,15/@. O Indicador do Boi Gordo da Scot Consultoria, ficou em R$218,76/@. A média da cotação da arroba do boi destinado ao mercado interno, nos últimos cinco dias úteis de junho, foi de R$213,50/@, à vista e livre de impostos. Para o “boi China”, a média de preço no período foi de R$223,80/@.

Scot Consultoria

Preços acomodados no mercado do boi gordo

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com preços acomodados nas principais praças de produção e comercialização do país.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para alta dos preços, considerando o cenário atual de oferta, levando ao encurtamento das escalas de abate, em especial nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. “A movimentação cambial ainda é uma variável chave, melhorando o resultado operacional das exportações, que já era muito positivo em termos de volume”, assinalou Iglesias. Por outro lado, o quadro traçado na Região Norte ainda é diferente, com frigoríficos bem escalados e com grande quantidade de animais ofertados. Preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 224,07. Goiás: R$ 215. Minas Gerais: R$ 211,18. Mato Grosso do Sul: R$ 213,95. Mato Grosso: R$ 207,28. O atacado segue com preços estáveis para a carne bovina. O ambiente de negócios ainda sugere pela alta das cotações no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva. “Ressaltando o ganho de competitividade da carne bovina se comparado às proteínas concorrentes, em especial se comparado à carne de frango”, pontuou Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 17 por quilo. A ponta de agulha segue precificada a R$ 12,50 por quilo. O quarto dianteiro permanece no patamar de R$ 12,50, por quilo.

Agência Safras

Julho começa com preços estáveis para o boi gordo

Ofertas de gado estão diminuindo, mas ainda com capacidade de suprir as demandas dos frigoríficos. Arroba bovina manteve o patamar de preço atingido em junho na maioria das regiões de produção pecuária

O mês de julho começou com poucos negócios no mercado físico do boi gordo. Com isso, a arroba bovina manteve o patamar de preço atingido em junho na maioria das regiões de produção pecuária. “As ofertas [de gado] estão diminuindo, porém, ainda com capacidade de suprir as demandas [dos frigoríficos], que estão em ritmo lento”, afirmou a Scot Consultoria em relatório. Em São Paulo, o preço bruto do boi gordo permaneceu em R$ 220 por arroba a prazo, de acordo com a Scot. Entre as 32 regiões analisadas pela consultoria, somente três tiveram aumento na cotação, enquanto as demais tiveram estabilidade. Na avaliação da Agrifatto, a indústria tem atuado com cautela na compra de gado, mesmo com as programações de abate registrando a média de 10 dias – o que não é um nível considerado elevado. No mercado de carne bovina, o varejo aumentou ligeiramente os pedidos para alimentar os estoques e se preparar para a virada de mês, diante de expectativas de maior demanda na primeira quinzena de julho. Nesse contexto, as cotações da carcaça de boi inteiro e da vaca (carne bovina no atacado) mantiveram-se firmes e estáveis na última semana, negociadas a R$ 14,20 por quilo e R$ 14 por quilo, respectivamente, conforme dados da Scot. No entanto, houve um aumento nos preços da carcaça de boi castrado e da novilha, registrando alta de 1% e 1,8%, respectivamente, com preços de R$ 15,25 por quilo e R$ 14,50 por quilo. “A carne bovina está menos competitiva em relação às carnes de frango e suína, dado o aumento dos preços das carcaças de boi castrado e novilha, em contraste com a queda nos preços do frango e da carne suína”, ressaltaram os analistas da Scot.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar ultrapassa R$5,65 em novo dia de desconforto com fiscal e críticas de Lula

O dólar à vista ultrapassou a barreira dos 5,65 reais na segunda-feira e encerrou a sessão no maior valor em dois anos e meio, em um dia marcado ainda pelo avanço da divisa dos EUA no exterior. Um dia de alta firme dos rendimentos dos Treasuries, também contribuiu para o avanço das cotações no Brasil

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6538 reais na venda, em alta de 1,13%. Este é o maior preço de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando encerrou em 5,6723 reais. Em 2024, a divisa acumula elevação de 16,53%. Às 17h25, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,02%, a 5,6675 reais na venda. Pela manhã, o relatório Focus mostrou que a projeção mediana do mercado para a inflação em 2024 passou de 3,98% para 4,00% e em 2025 de 3,85% para 3,87%. Em ambos os casos as expectativas estão se distanciando do centro da meta de 3% para a inflação. A projeção de inflação para 2026 subiu pela nona semana consecutiva. Além disso, as projeções do Focus mostraram que o país seguirá com déficit primário pelo menos até 2027, já após o atual governo Lula. Já a projeção para o câmbio no fim de 2024 subiu de 5,15 para 5,20 reais — um valor que, segundo operadores, é improvável no curto prazo. Também pela manhã, em entrevista à rádio Princesa, de Feira de Santana, Lula voltou a criticar o atual nível dos juros e o Banco Central. O presidente descartou mais uma vez a possibilidade de ajustes fiscais relacionados ao salário-mínimo. Neste cenário, o dólar à vista acelerou os ganhos ante o real, enquanto as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) tiveram um novo dia de altas firmes. Durante a tarde, em live sobre os 30 anos do Plano Real, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, reafirmou o compromisso do Comitê de Política Monetária (Copom) com a meta de inflação, mas alertou para o custo de uma política fiscal expansionista. Para ele, de forma retrospectiva, a perna do tripé macroeconômico brasileiro — baseado em câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal — “que mais fraquejou” nos últimos anos foi a relativa ao fiscal. O avanço do dólar ante boa parte das demais divisas no exterior, em um dia de alta firme dos rendimentos dos Treasuries, também contribuiu para o avanço das cotações no Brasil.

Reuters

Ibovespa se descola de ativos locais com ajuda de exportadoras e fecha em alta

Fraqueza do real também exerceu pressão negativa, na medida em que afetou a curva de juros e, consequentemente, as empresas sensíveis às taxas

O Ibovespa avançou na primeira sessão da semana, apoiado primordialmente por empresas exportadoras, que se aproveitam do patamar elevado do dólar. Não obstante, a fraqueza do real também exerceu pressão negativa, na medida em que afetou a curva de juros e, consequentemente, as empresas sensíveis às taxas. No fim do dia, o índice subiu 0,65%, aos 124.718 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,54 bilhões no Ibovespa e R$ 20,41 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,27%, aos 5.475 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,13%, aos 39.169 pontos e Nasdaq subiu 0,83%, aos 17.879 pontos. Mesmo em meio a uma piora contínua da percepção de risco local, hoje reforçada pelo avanço dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), o Ibovespa encontrou espaço para avançar na sessão, apoiado principalmente pelos ganhos de empresas exportadoras de commodities. Vale ON subiu 1,48% e Petrobras ON teve ganhos de 1,52%, enquanto SLC Ibovespa liderou as altas da sessão, com avanço de 7,22%, após atualizar guidance e diante da valorização das suas terras. Para analistas do BTG Pactual, a deterioração dos preços dos ativos locais pode ser atribuída ao que acreditam ser uma crise de confiança fiscal e monetária. “A decisão unânime do Copom pode ter restabelecido alguma confiança no mercado, mas uma recuperação total só deve ocorrer após a nomeação do novo presidente do BC. Do lado fiscal, esperamos que o governo anuncie um congelamento de despesas em julho, mas mudanças estruturais só devem acontecer depois das eleições municipais de outubro”. Enquanto isso, o banco adotou postura cautelosa em suas recomendações. A equipe adicionou Equatorial à carteira, retirando Lojas Renner. Eletrobras e TIM também estão entre as escolhas. Já na frente cambial, trocaram Embraer por Klabin e Localiza por JBS. “O frigorífico oferece exposição cambial e deve se beneficiar dos ciclos positivos de aves e suínos nos EUA e no Brasil”, apontam os analistas.

Valor Econômico

Mercado passa a ver inflação de 4% este ano e eleva projeções para o dólar, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver a inflação a 4,0% este ano, ao mesmo tempo em que voltaram a elevar a projeção para o dólar em relação ao real, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a estimativa para a alta do IPCA subiu pela oitava semana seguida, de 3,98% na semana anterior. Para 2025 também houve aumento, de 0,02 ponto percentual, a 3,87%, enquanto para os dois anos seguintes a estimativa segue respectivamente em 3,60% e 3,50%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda maior desvalorização do real, com o dólar calculado em 5,20 e 5,19 reais em 2024 e 2025, de 5,15 reais em ambos os casos na semana anterior. Na sexta-feira, o dólar voltou a disparar e chegou a ser cotado a 5,60 reais durante a sessão, fechando o dia em alta de 1,50%, a 5,5907 reais na venda, maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.

Em relação à política monetária, os especialistas seguem vendo a taxa básica de juros Selic encerrar 2024 no patamar atual de 10,5%, indo a 9,5% no ano que vem. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento permaneceu em 2,09% este ano, mas caiu a 1,98% no próximo, de 2,0% calculados antes.

Reuters

LEGISLAÇÃO

Lira faz acordo e proíbe emendas na regulamentação da reforma tributária

Raquel Landim Colunista do UOL

Fernando Haddad entrega texto de regulação da reforma tributária para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)

O presidente da Câmara, Arthur Lira, selou um acordo com os principais par􀆟dos e acabou com a possibilidade de apresentação de emendas na regulamentação da reforma tributária. O procedimento vem provocando reclamações dos setores produtivos. A expectativa é que os grupos de trabalho apresentem seus textos nesta terça-feira (2): um sobre a lei geral dos novos tributos e outro sobre o comitê gestor do IBS. Segundo apurou a coluna, o objetivo de Lira é evitar reabrir as negociações da reforma tributária, que foi amplamente debatida na Câmara e no Senado. E simplificar a votação, que poderia demorar dias apenas em emendas. O objetivo é votar a regulamentação da reforma antes do recesso das férias de julho e enviar ao Senado. O regimento da Câmara não permite proibir a apresentação de emendas, mas foi fechado um acordo informal entre os 14 partidos representados nos dois grupos de trabalho. O Congresso tem 19 partidos. Serão aceitas apenas supressões no texto. Os setores estão insatisfeitos e apresentaram uma série de demandas aos grupos de trabalho. O setor de mineração, por exemplo, quer ser excluído do imposto seletivo, criado para reduzir o consumo de produtos que fazem mal à saúde ou causam danos ao meio ambiente. As mineradoras argumentam que não faz sentido taxar as vendas de minério de ferro, porque isso vai reduzir a competitividade das exportações brasileiras. Carnes. Os deputados, no entanto, terão que fazer algumas escolhas na regulamentação da reforma tributária, independente de emendas apresentadas pelos setores. Uma das mais relevantes são os produtos que vão fazer parte da cesta básica e terão tributação zerada. Segundo apurou a coluna, é intenso o lobby dos frigoríficos para incluir as carnes. A ideia tem simpatia do Palácio do Planalto, mas não faz parte dos cálculos da equipe econômica. Cada novo setor beneficiado significa um aumento na alíquota única geral a ser paga pelo consumidor brasileiro.

Uol

Lira nega acordo para proibir emendas na reforma tributária – Uol

Raquel Landim – Colunista do UOL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, negou que tenha promovido um acordo entre os partidos para proibir emendas na regulamentação reforma tributária. “Não fiz qualquer tipo de acordo”, disse. A coluna apurou a informação de que existe um acordo entre os deputados que participam do grupo de trabalho, com o aval da presidência da Câmara, para brecar emendas. O objetivo seria evitar reabrir as negociações da reforma tributária, que foi amplamente debatida no Congresso. Antes da publicação da reportagem, a assessoria do presidente da Câmara foi procurada, e não comentou o assunto. A informação foi apurada com deputados do grupo de trabalho, setores que tentam emplacar emendas e com fontes da equipe econômica. Os textos devem ser apresentados em breve e votados na semana que vem antes do recesso: um sobre a lei geral dos novos tributos e outro sobre o comitê gestor do IBS.

Uol

GOVERNO

Recorde de aberturas de mercados marca o melhor semestre da história do comércio exterior para o agro

Junho também registrou maior expansão na série histórica, com 26 aberturas em 13 países. Desde o começo de 2023, o Brasil alcançou um total de 150 mercados em 52 países

Em apenas seis meses de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) abriu 72 novos mercados para produtos agrícolas brasileiros no comércio mundial, beneficiando 30 países. O número supera recordes anteriores e é maior do que o registrado durante todo o ano de 2019 e 2022, que tiveram 35 e 53 novas aberturas, respectivamente. Junho foi o mês que mais contribuiu para tornar este o melhor semestre da história para o comércio exterior da agropecuária brasileira. Ao longo do mês, foram abertos 26 mercados em 13 países, correspondendo a 32% de todas as aberturas realizadas no ano. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade. Batemos todos os recordes de abertura de mercados – 18 meses, um ano e meio de governo Lula -, 150 mercados abertos para produtos da agropecuária brasileira”, ressalta o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. As aberturas de 2024 já contemplam todos os continentes: África (6) – África do Sul, Botsuana, Lesoto, Nigéria, Zâmbia e Egito; Ásia (13) – Arábia Saudita, Armênia, Butão, Cazaquistão, China e Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Omã, Paquistão, Quirguistão, Singapura e Turquia; Europa (3) – Belarus, Rússia e Grã-Bretanha; Oceania (1) – Austrália; e Américas (7) – Canadá, México, Estados Unidos, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Peru. Entre os principais produtos que tiveram acordos nos requisitos sanitários e fitossanitários estão pescados de cultivo e derivados, sementes de hortaliças, suínos vivos e seus derivados, carne suína, pescados, gelatina e colágeno de várias origens, proteínas processadas de aves, produtos à base de camarões, embriões bovinos, sêmen bovino, alevinos de tilápia, peixes ornamentais, carne e produtos cárneos de ovinos, extrato de carne bovina, café verde, ovos e milho não transgênico. A expansão de mercados internacionais também tem impulsionado as exportações brasileiras, com o agronegócio representando 49,6% do total nos primeiros cinco meses do ano, gerando US$ 67,17 bilhões em receita.

Mapa

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado de suínos inicia julho com preços, estáveis

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 0,74%, com preço médio de R$ 137,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, fechando em R$ 10,60/kg, em média

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (28), houve alta apenas em São Paulo, na ordem de 0,56%, chegando a R$ 7,22/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,90/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e Santa Catarina (R$ 6,52/kg).

Cepea/Esalq

RABOBANK: Carne suína brasileira teria perdas e ganhos com restrição nas vendas da UE para China

As alegações antidumping da China contra a carne suína da União Europeia, caso comprovadas, poderão resultar em medidas que afetariam os fluxos globais de comércio desta proteína, afetando a competitividade da carne brasileira em importantes destinos, segundo análise do Rabobank Brasil

O Ministério do Comércio da China anunciou em meados de junho o início das investigações antidumping contra a carne suína europeia. As investigações devem ser concluídas até 17 de junho de 2025, podendo estender-se por seis meses adicionais, segundo informações da agência de notícias estatal chinesa Xinhua. A União Europeia exportou 1,2 milhão de toneladas de cortes de carne suína e miúdos para a China em 2023, o que representou 50% do total importado pelo país asiático, segundo o analista do Rabobank, Wagner Yanaguizawa, em episódio do podcast do banco Foco no Agronegócio, divulgado na sexta-feira (28). O Brasil poderia ganhar mercado de cortes suínos na China com uma eventual suspensão das vendas da UE para o país asiático, sendo mais competitivo que outros potenciais fornecedores, como os Estados Unidos, que conta com uma tarifa de 25% nas exportações desta proteína para a China. “A gente entende que Brasil e Rússia seriam os maiores beneficiados, pensando no incremento da demanda de cortes de carne suína na China”, disse Yanaguizawa. No caso de miúdos, o Brasil tem sete plantas em Santa Catarina habilitadas a exportar para a China. “A gente dependeria de uma aprovação, de uma lista maior, para conseguir ampliar o volume de exportação de miúdos pra China”, disse ele. Por outro lado, uma potencial redução ou suspensão nas vendas de carne suína europeia para a China resultaria em uma maior disponibilidade da proteína na UE, pressionando os exportadores do bloco a buscarem outros destinos e competir com o Brasil em mercados como Filipinas, Japão e Coreia do Sul. “Mercados como Filipinas, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido provavelmente teriam um incremento de demanda pela carne da UE em detrimento do Brasil não só por questões logísticas, por terem uma vantagem logística em relação à carne brasileira, mas também são mercados que com certeza conseguiriam preços menores da UE”, disse Yanaguizawa. O Brasil tem elevado as exportações de carne suína para Japão, Coreia do Sul e Filipinas neste ano, sendo que este último já é o segundo principal destino da proteína brasileira, atrás somente da China.

Carnetec

Segunda-feira fechou com cotações estáveis no mercado do frango

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado baixou 0,33%, fechando em R$ 6,08/kg, em média

Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,31/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (28), a ave congelada teve queda de 0,28%, chegando a R$ 7,03/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,27%, fechando em R$ 7,26/kg.

Cepea/Esalq

México abre mercado de genética avícola para o Brasil

O país é o oitavo principal destino das exportações agrícolas brasileiras. Em genética avícola, o México importou mais de US$ 850 mil em 2023

O México decidiu abrir o seu mercado de genética avícola para o Brasil, segundo informação divulgada pelo Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (1/7). O país é o oitavo principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com mais de US$ 1,3 bilhão importados do Brasil nos primeiros cinco meses deste ano. Em genética avícola, o México importou mais de US$ 850 mil em 2023. O volume, segundo o governo brasileiro, demonstra o potencial do mercado mexicano para o setor. Ainda de acordo com o Ministério da Agricultura, a nova abertura soma-se às autorizações para exportações de material genético asinino, pepsina suína, óleo de aves e óleo de peixes destinados à alimentação animal já anunciadas pelo México.

Globo Rural

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