CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2254 DE 28 DE JUNHO DE 2024

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Ano 10 | nº 2254 |28 de junho de 2024

 

NOTÍCIAS

Estabilidade no mercado do boi gordo em São Paulo

Após o aumento da cotação da arroba do boi nos últimos dias, o mercado abriu estável. Com escalas de abate confortáveis, mas diminuindo. A expectativa do mercado é de estabilidade a alta. No momento, contudo, o quadro é de endurecimento nas tratativas

Segundo a Scot Consultoria, o boi gordo paulista segue comercializado em R$ 220/@, a vaca em R$ 195/@ e novilha em R$ 212/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi China” (base SP) está em R$ 225/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”. Em Minas Gerais, após aumento das praças mineiras na última quarta-feira, na comparação diária, o quadro é de estabilidade, com exceção da região Norte de Minas, que registrou alta de R$5,00/@ na cotação da novilha. No Tocantins, com escalas as escalas de abate alongadas, as cotações do mercado tocantinense, permaneceram estáveis.

Scot Consultoria

Quatro estados seguem pessimistas sobre os preços do boi gordo

“Os estados do Pará, Rondônia, Acre e parte do Mato Grosso vivem um momento de exceção, com grande quantidade de animais ofertados e escalas de abate confortáveis, mantendo um tom mais pessimista sobre os preços da arroba do boi gordo”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias

Em outras localidades, real desvalorizado e escalas de abate mais apertadas aumentam o otimismo em torno de novas altas. Assim, o mercado físico do boi gordo segue com dinâmicas distintas conforme o estado, com avanço dos preços em especial no estado de São Paulo. O real desvalorizado e escalas de abate mais apertadas aumentam o otimismo em torno de novas altas dos preços da arroba do boi gordo, mesmo que isso não ocorra de maneira explosiva. Preço da arroba do boi: São Paulo: R$ 223,33. Goiás: R$ 215. Minas Gerais: R$ 211,18. Mato Grosso do Sul: R$ 213,95. Mato Grosso: R$ 206,84. O atacado segue com preços acomodados para a carne bovina. Segundo Iglesias, a lentidão persiste enquanto ainda há expectativa de alta dos preços durante a primeira quinzena de julho, período pautado por maior apelo ao consumo, considerando a entrada dos salários na economia. “No que diz respeito às exportações, o volume embarcado segue impressionante, com o câmbio fazendo grande diferença, tornando os embarques ainda mais atraentes aos frigoríficos”, assinalou Iglesias. O quarto traseiro do boi ainda é precificado a R$ 17 por quilo. A ponta de agulha segue precificada a R$ 12,50 por quilo. O quarto dianteiro permanece no patamar de R$ 12,50.

Agência Safras

Preço do boi gordo avança com redução de gado vindo de pastos

No Rio Grande do Sul, o mercado ainda sente os efeitos das fortes chuvas de abril e maio.

A chegada do inverno e o clima seco pioram as condições das pastagens

A arroba bovina registrou alta na quarta-feira (26/6), uma vez que “o mercado tem sentido os efeitos da diminuição da oferta de bovinos terminados em pasto”, disse a Scot Consultoria em relatório. A chegada do inverno e o clima seco pioram as condições das pastagens. Em São Paulo, o preço bruto do boi gordo aumentou R$ 3 por arroba, na variação diária, para R$ 220 por arroba a prazo, segundo a Scot. “Há negócios acima da referência média; contudo, são esporádicos, acontecendo, primordialmente para lotes maiores e localizados perto das indústrias frigoríficas”, acrescentou. No Rio Grande do Sul, o mercado ainda sente os efeitos das fortes chuvas ocorridas entre o final de abril e o início de maio, e suas consequências. A oferta de bovinos terminados não está grande e, em função disso, a importação de carne proveniente de outros Estados continua. Dessa forma, com a dificuldade de encontrar bovinos para o abate, os preços subiram no oeste gaúcho, por exemplo. Segundo os dados da Scot, o preço do boi gordo aumentou R$ 0,20/kg, para R$ 8,50/kg.

Globo Rural

Preço do boi gordo fica estável, com possibilidade de alta no curto prazo

Programações de abate dos frigoríficos vêm diminuindo, embora ainda estejam em um patamar confortável para a indústria.  Oferta de animais a pasto para abate diminuiu, ao mesmo tempo em que aumentam os lotes de confinamento

A arroba bovina ficou estável na quinta-feira (27/6), porém com fundamentos que começam a sinalizar um ambiente mais positivo para os preços. As programações de abate dos frigoríficos vêm diminuindo, embora ainda estejam em um patamar confortável para a indústria. Em São Paulo, o preço bruto do boi gordo permaneceu em R$ 220 por arroba a prazo, na variação diária, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. “A expectativa do mercado é de estabilidade à alta”, informaram os analistas em relatório. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os agentes do mercado estão em busca de valores que se ajustem melhor às condições atuais de oferta. “A oferta de animais a pasto para abate diminuiu consideravelmente, ao mesmo tempo em que aumentam os lotes de confinamento no preenchimento das escalas”, disse o Cepea em nota. Daqui pra frente, a recomendação do Cepea é que sejam analisadas, além das estimativas de volumes confinados, as previsões climáticas e a tendência das exportações. “O inverno terá influência do La Niña, com tempo seco e temperaturas acima da média previstas tanto para o Sudeste quanto para o Centro-Oeste. A oferta de pastagens, portanto, deverá ser escassa”, ressaltou. “Os embarques, por sua vez, costumam se intensificar no segundo semestre, e, neste ano, além dos sucessivos recordes dos últimos meses, a valorização recente do dólar deve manter as vendas de carne brasileira em patamares elevados”, acrescentou.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar cai no Brasil, enquanto BC descarta intervir

Após ter atingido na véspera o maior valor em dois anos e meio, o dólar à vista fechou a quinta-feira em leve baixa ante o real, mas acima dos 5,50 reais, em um dia em que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que a instituição não vai intervir no câmbio em função do nível das cotações

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5083 reais na venda, em baixa de 0,20%, após ter atingido na quarta-feira o maior valor de fechamento desde janeiro de 2022. No mês, a divisa acumula alta de 4,90%. Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,44%, a 5,5045 reais na venda. No início do dia o BC divulgou seu Relatório de Inflação, que atualizou algumas projeções econômicas e abordou assuntos específicos ligados à política monetária. Entre os destaques, o BC elevou de 1,9% para 2,3% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 — ainda abaixo dos 2,5% estimados pelo Ministério da Fazenda. Além disso, alterou de 48 bilhões para 53 bilhões de dólares o déficit em transações correntes estimado para 2024 e reduziu de 70 bilhões para 65 bilhões de dólares a projeção de Investimentos Diretos no País (IDP). No fim da manhã, Campos Neto e o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, concederam entrevista coletiva em São Paulo. Nela, Campos Neto pontuou que a alta da Selic, atualmente em 10,50% ao ano, não está no cenário base do BC. Campos Neto também afirmou que a desvalorização recente do real está em linha com os prêmios de risco do Brasil. Ele também descartou a possibilidade de o BC atuar no mercado em função do nível do dólar. “Como a gente trata o câmbio como flutuante, entendemos que a atuação tem que ser causada por alguma disfuncionalidade pontual, não fazemos intervenção mirando nenhum tipo de nível”, disse. “A gente acredita no princípio da separação entre política monetária e câmbio”, acrescentou Campos Neto. O viés negativo do dólar no exterior favoreceu algum ajuste de baixa também no Brasil, embora a moeda norte-americana tenha oscilado no território positivo em boa parte da sessão, em meio à percepção de aumento do risco fiscal. O pico do dólar ocorreu enquanto Campos Neto ainda concedia coletiva em São Paulo e pouco antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciar um discurso em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”, em Brasília. Em sua fala, Lula negou que sua entrevista na quarta-feira ao portal UOL tenha estressado os ativos, em especial o dólar. “Quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara”, disse o presidente. “Quem apostar em derivativo vai perder dinheiro nesse país.”

Reuters

Ibovespa fecha em alta de mais de 1% e retoma os 124 mil pontos

No ambiente macro, os próximos passos da política monetária local e comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiram no foco dos agentes

O Ibovespa voltou a avançar na sessão desta quinta-feira (27), conforme investidores seguiram buscando oportunidades de compra na bolsa depois da sequência negativa das últimas semanas. No ambiente macro, os próximos passos da política monetária local e comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiram no foco dos agentes. No fim do dia, o índice subiu 1,36%, aos 124.308 pontos, na máxima intradiária. Nas mínimas intradiárias, tocou os 122.642 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,66 bilhões no Ibovespa e R$ 22,12 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,09%, aos 5.482 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,09%, aos 39.164 pontos e Nasdaq teve alta de 0,30%, aos 17.858 pontos. Mesmo com câmbio e juros pressionados durante boa parte da sessão, ainda de olho nas incertezas locais, o Ibovespa encontrou espaço para continuar corrigindo parte das suas perdas recentes. No fim do dia, elogios do presidente Lula a Gabriel Galípolo e falas sobre possível contenção de gastos coincidiram com o avanço dos ativos locais para suas máximas intradiárias. Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, opina que o movimento positivo visto nos últimos dias parece mais técnico do que fundamentado, já que os preços estavam bem atrativos e o mercado está leve, com espaço para alocação especulativa por parte de investidores institucionais. Mas também é verdade, diz, que houve algum alívio das incertezas internas, principalmente diante do nível de estresse embutido nos ativos, e por conta da decisão unânime do Copom. “Acredito que ainda existe exagero nos preços do mercado já que, ao se analisas a curva de juros, temos altas da taxa básica precificadas, e não parece que isso vá ocorrer. Nós vínhamos sendo bem conservadores nas nossas recomendações, mas talvez a gente aumente um pouco o beta das nossas carteiras em julho, ainda que de forma tática. Pode até ser um momento oportuno por conta da temporada de balanços, com as divulgações começando no mês que vem”, diz.

Valor Econômico

Alta do IGP-M desacelera a 0,81% em junho e fica abaixo do esperado

A alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou mais do que o esperado em junho para 0,81%, de 0,89% em maio, mostrou dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira

A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 0,87%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 2,45%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,89% em junho, depois de avanço de 1,06% no mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou ligeiramente a alta a 0,46% em junho, de 0,44% no mês anterior. “Os desafios climáticos e a sazonalidade foram determinantes nos destaques do índice ao produtor e do índice ao consumidor. No IPA, as maiores contribuições vieram da soja, do café, da batata e do leite. (São) itens que também tiveram impacto no IPC”, disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,93%, de uma alta de 0,59% em maio. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Reuters

Banco Central eleva para 2,3% projeção de PIB para 2024 e prevê maior pressão da inflação

Indústria e serviços puxaram para cima a estimativa do BC para o crescimento da economia brasileira no ano, enquanto a projeção para o PIB agropecuário recuou de -1% para -2%

O Banco Central aumentou de 1,9% para 2,3% a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bru8to (PIB) de 2024. A projeção está no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado na manhã de quinta-feira, 27, pela autoridade monetária. Ao mesmo tempo, para o BC, a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta do ano, de 4,5%, aumentou de 19% para 28%. A projeção do BC para o PIB fica entre a do mercado e a mediana indica crescimento de 2,09% em 2024 – e a do Ministério da Fazenda, que estima expansão de 2,5%. Indústria e serviços puxaram para cima a estimativa geral do BC, que recuou a do PIB agropecuário de -1,0% para -2,0%. A projeção para a indústria passou de alta de 2,2% para 2,7%. No caso dos serviços, de 2,0% para 2,4%. O BC também alterou a projeção de crescimento do consumo das famílias, de 2,3% para 3,5%. A estimativa para o consumo do governo passou de 1,9% para 1,8%. O documento mostra ainda que a projeção para a alta na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – saltou de 1,5% para 4,5%. A projeção do BC para o crescimento da economia brasileira em 2024 fica entre a do mercado, de 2,09%, e a do Ministério da Fazenda, de 2,5%. O Banco Central manteve a sua projeção de inflação de 2026 no cenário de referência, em 3,2%. A partir de 2025, passa a valer uma meta contínua de inflação, com centro de 3% e tolerância de 1,5 ponto porcentual. As projeções do BC para o IPCA de 2024 e do próximo ano – de 4% e 3,4%, respectivamente – permanecem inalteradas. No mais recente Boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado indicava IPCA de 3,98% em 2024, 3,85% em 2025 e 3,60% em 2026.

O Estado de São Paulo

BC amplia estimativa de expansão do crédito em 2024 para 10,8%, ante 9,4%

O Banco Central prevê um crescimento do crédito no país de 10,8% este ano, ante estimativa de 9,4% feita em março, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira

Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 11,0% em 2024, contra expectativa anterior de 10,2%. Para as empresas, a alta foi calculada em 10,5%, ante 8,0% no último relatório. Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 10,0% (+8,9% antes). Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de alta de 12,0% (+10,0% antes).

Reuters

Brasil abre 131.811 vagas com carteira assinada em maio, mostra Caged

Resultado do quinto mês de 2024 fica abaixo do piso das projeções. Rio Grande do Sul teve redução líquida de empregos

O mercado de trabalho brasileiro registrou criação líquida de 131.811 vagas com carteira assinada em maio, resultado de 2.116.326 admissões e 1.984.515 desligamentos, informou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista coletiva na quinta-feira. O resultado ficou abaixo do piso das projeções coletadas pelo Valor Data junto a 19 consultorias e instituições financeiras, que era de mais 164 mil postos de trabalho, com teto das estimativas em 262.957 e mediana de 200 mil empregos criados. Segundo o ministro, 26 unidades da federação registraram abertura de vagas. Somente o Rio Grande do Sul teve redução líquida, de 22.180 empregos em maio. Marinho diz esperar que, talvez a partir de agosto, aquele Estado, que foi afetado por fortes chuvas, volte a gerar emprego. O país acumula criação de 1.088.955 vagas em 2024 até maio, ante 874.289 no mesmo período de 2023. A criação de vagas por setor foi a seguinte: Serviços (69.309), Indústria (18.145), Comércio (6.375), Construção (18.149), Agricultura (19.836). Os cinco setores da economia tiveram abertura líquida de empregos no quinto mês de 2024: serviços (69.309); agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (19.836); construção (18.149); indústria geral (18.145) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (6.375). Quatro regiões do país apresentaram abertura líquida de vagas formais de trabalho no período: Sudeste (84.689), Nordeste (31.742), Centro-Oeste (9.277) e Norte (9.912). Já a região Sul, influenciada pelo Rio Grande do Sul, teve fechamento líquido de 9.824 vagas. No ano, as cinco regiões alcançaram abertura líquida de vagas: Sudeste (564.898), Sul (227.625), Centro-Oeste (134.083), Nordeste (94.099) e Norte (56.995). O país também gerou liquidamente em maio 37.573 novos postos de trabalho intermitente, de aprendizes, temporários, contratados por Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física ou com carga de até 30 horas. O ministro não detalhou quantas admissões e desligamentos não típicos foram realizados em maio. Salário médio O salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada ficou em R$ 2.132,64 em maio. Em abril, estava em R$ 2.135,94. Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.205,97 em maio, contra R$ 2.216,11 um mês antes.

Valor Econômico

Fitch reafirma classificação de risco do Brasil em BB, com perspectiva estável

Agência aponta ‘economia grande e diversa’ e a alta renda per capita como pontos que sustentam nota do País; perspectivas incertas de redução de déficits continuam como fonte de vulnerabilidade

A Fitch Rattings reafirmou a classificação do Brasil em BB, com perspectiva estável. A agência de risco aponta a “economia grande e diversa” e a alta renda per capita do País como pontos que sustentam o rating brasileiro. São citados também os mercados locais que apoiam a flexibilidade do financiamento soberano e a baixa parcela da dívida em moeda estrangeira. No entanto, o potencial de crescimento baixo, a governança fraca e o crescimento da relação da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB), são limitadores da classificação de risco brasileira. A Fitch diz que há perspectivas incertas de redução de grandes déficits no orçamento, apesar da implementação do arcabouço fiscal. Para a agência, essa continua a ser uma fonte importante de vulnerabilidade macroeconômica, com repercussões adversas para a confiança do mercado e a política monetária. A Fitch projeta um déficit primário de 0,7% do PIB em 2024, o que implica um desvio modesto da meta. “A regra fiscal do Brasil exigirá cortes de gastos caso as projeções oficiais sinalizem tal desvio, e poderá haver pressão para flexibilizar as metas para evitar isso, constituindo um teste a este novo quadro”, diz o relatório. A Fitch prevê ainda que grandes déficits fiscais devem elevar a dívida bruta do governo geral de 74,4% do PIB em 2023 para 76,8% em 2024. As perspectivas fiscais após 2024, segundo a agência, são ainda mais incertas. “No médio prazo, o crescimento inercial das despesas obrigatórias indexadas exigirá uma forte compressão das despesas discricionárias para cumprir um limite máximo de despesas. É provável que sejam necessárias alterações legais nas despesas obrigatórias e, embora as opções estejam a ser consideradas, elas não têm um apoio claro por parte do governo”, diz o relatório da Fitch. A Fitch projeta, por fim, que a economia do Brasil cresça 1,7% em 2024, abaixo dos 2,9% vistos em 2023. A Fitch manteve a sua projeção inalterada, apesar do impulso mais forte do que o esperado no início do ano, devido à política monetária mais restritiva do que o esperado e ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, cuja magnitude ainda não é totalmente clara.

O Estado de São Paulo

GOVERNO

Plano Safra 24/25 terá R$ 475,5 bilhões, afirma Fávaro

Valor ficou abaixo dos R$ 500 bilhões reivindicados por lideranças do agro, mas é “no mínimo, 20% maior”, segundo o ministro da Agricultura. O ministro Carlos Fávaro confirmou que novo Plano Safra terá linha de crédito em dólar

O Plano Safra 2024/25 terá R$ 475,5 bilhões, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista ao Valor. “É um Plano Safra, no mínimo, 20% maior que o atual”, disse. A agricultura empresarial terá R$ 400,58 bilhões de crédito, sendo R$ 293,88 bilhões para custeio e comercialização e R$ 106,7 para investimentos. A agricultura familiar terá R$ 74,98 bilhões. O custo com equalização de juros do Plano Safra vai aumentar 23%, para R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional vai aplicar R$ 6,3 bilhões em equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Para a agricultura familiar, o Tesouro Nacional vai aplicar R$ 10,4 bilhões em equalização de juros, em relação aos R$ 8,5 bilhões da safra atual. Fávaro comentou que os recursos do Plano Safra 2024/25 “serão quase 10% maiores que do atual [de R$ 435,8 bilhões]”, mesmo em cenário de queda dos custos de produção de grãos também próxima de 10%. Por isso, avaliou, o montante disponível será 20% maior. O ministro também confirmou a linha em dólar para custeio via BNDES com taxas pré-fixadas, conforme já antecipou o Valor. Além disso, o Plano safra 2024/25 deve ter desconto de até 1 ponto percentual nos juros de custeio para os produtores que adotam boas práticas.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Estabilidade no mercado de suínos na quinta-feira

O mercado de suínos sustentou seus preços em cotações estáveis na quinta-feira (27), com exceção para o mercado independente, que mostrou altas. Segundo o Cepea, as cotações acompanhadas pelo órgão devem encerrar junho em elevação, no segundo mês consecutivo de avanço. O excelente desempenho das exportações e a procura aquecida no mercado doméstico explicariam o movimento de alta dos preços

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 136,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 10,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (26), houve tímida alta apenas em São Paulo, na ordem de 0,14%, chegando a R$ 7,18/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,90/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e Santa Catarina (R$ 6,50/kg). Na quinta-feira (27), as principais Bolsas de Suínos que comercializam animais no mercado independente registraram altas nos preços, mesmo estando no final do mês, quando a população está mais descapitalizada. De acordo com lideranças do setor, a lei da oferta e da demanda é quem dá o tom, com volume de animais vivos para abate inferior à demanda.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: oferta menor puxa preços para cima

Na quinta-feira (27), as principais Bolsas de Suínos que comercializam animais no mercado independente registraram altas nos preços, mesmo estando no final do mês, quando a população está mais descapitalizada

Em São Paulo, o mercado teve alta, saindo de R$ 7,36/kg vivo para R$ 7,47/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). “O motivo é o mercado demandando lotes de animais vivos, apesar de disputa do abatido entre frigoríficos, mercado atacadista e varejista. Neste momento, a oferta de animais vivos é reduzida, e em contrapartida, as exportações vão bem, principalmente para as Filipinas. Os preços no mercado externo já são maiores que no mercado interno. Isso demonstra que os preços nos estados do Sul devem ter preços nominais acima da região Sudeste em breve”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira. No mercado mineiro, o preço se manteve estável pela quinta semana consecutiva em R$ 7,30/kg, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 6,75/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo. No Paraná, entre os dias 20 a 27, o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda passando de R$ 6,92/kg vivo para R$ 6,72/kg.

Agrolink

Quinta-feira de estabilidade para o mercado do frango

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,33%, fechando em R$ 6,10/kg, em média

Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,29/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (26), o preço da ave congelada teve queda de 0,56%, atingindo R$ 7,05/kg, enquanto o frango resfriado caiu 0,41%, fechando em R$ 7,28/kg.

Cepea/Esalq

Abertura de mercado para penas de aves em Hong Kong

O produto tem diversos usos industriais, incluindo a fabricação de almofadas, travesseiros, roupas de cama e estofados, além de ser utilizado como matéria-prima em produtos de isolamento térmico e acústico

O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pela Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong, China, da aprovação sanitária para a exportação de penas de aves do Brasil. O produto tem diversos usos industriais, incluindo a fabricação de almofadas, travesseiros, roupas de cama e estofados, além de ser utilizado como matéria-prima em produtos de isolamento térmico e acústico. A abertura amplia o mercado para produtos avícolas do Brasil, refletindo a confiança no sistema de controle sanitário brasileiro. Fortalece, ademais, a relação comercial com a RAE de Hong Kong, China, que foi responsável pela importação de mais de US$ 1,15 bilhão em produtos do agronegócio brasileiro no ano passado. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sua 72ª abertura de mercado neste ano, totalizando 150 aberturas desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

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