Ano 10 | nº 2228 |22 de maio de 2024
NOTÍCIAS
Queda nas cotações do boi gordo em São Paulo
Os efeitos do outono estão evidentes, com o clima seco, redução das chuvas e queda da temperatura, fazendo com que a qualidade das pastagens caia, reduzindo a capacidade nutritiva
“A oferta de bovinos para o abate aumentou, favorecendo a composição e manutenção das escalas, que estão, em média, em 10 dias úteis na praça paulista”, relata a Scot Consultoria. Com a pressão de baixa, a cotação de todas as categorias destinadas ao mercado interno recuou R$ 2/@ na terça-feira (21/5) no mercado de São Paulo, segundo os dados apurados pela Scot. Com isso, o boi “comum” paulista está apregoado em R$ 225/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 203/@ e R$ 213/@ (valor bruto, no prazo). Para o “boi-China” (base SP), houve queda diária de R$ 3/@, com a arroba sendo negociada a R$ 227, um ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. A oferta de bovinos para o abate, em função disso, aumentou, favorecendo a composição e manutenção das escalas de abate que estão, em média, em 10 dias úteis na praça paulista. Com a pressão de baixa, a cotação de todas as categorias destinadas ao mercado interno caiu R$2,00/@. Para o “boi China”, queda de R$3,00/@. Em Minas Gerais, estabilidade nas cotações para três das quatro praças pecuárias do estado. Queda de R$5,00/@ para boi e vaca gordos na região Sul. Na exportação de carne bovina in natura, até a terceira semana de maio foram exportadas 128,3 mil toneladas – média diária de 10,7 mil toneladas – crescimento de 39,7% frente à média diária em maio de 2023. A cotação média está em US$4,5 mil/t, retração de 10,8% considerando o mesmo período. O volume de embarques elevou o faturamento médio diário do período em 24,6%, totalizando US$ 48,6 milhões por dia.
Scot Consultoria
Arroba bovina aprofunda perdas e pressiona ‘boi China’
Valor para o gado com condições de produção de carne ao mercado chinês está cada vez menor. Qualidade das pastagens está caindo, reduzindo a capacidade nutritiva para o gado
O preço do boi gordo intensificou as perdas nesta terça-feira (21/5), influenciado pelo alto nível de oferta. Como consequência, o valor adicional pago pelo “boi China” – gado com condições específicas para produção de carne que será exportada ao mercado chinês – também está cada vez menor. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), regiões de referência na análise da Scot Consultoria para São Paulo, a cotação caiu R$ 2 por arroba, na variação diária, para R$ 225 no valor bruto a prazo. “Para o boi China, queda de R$3, com a arroba sendo negociada a R$227. Ágio de R$2 por arroba”, informou a consultoria em relatório. Este diferencial entre o valor do gado convencional e o do boi China já esteve em R$ 5 no início deste mês, e vem caindo gradativamente, paralelo ao aumento na oferta de animais. A China é a maior compradora de carne bovina do Brasil, respondendo por cerca de 40% dos volumes embarcados pelo país. “Os efeitos do outono estão evidentes, com o clima seco, redução das chuvas e queda da temperatura, fazendo com que a qualidade das pastagens caia, reduzindo a capacidade nutritiva. A oferta de bovinos para o abate, em função disso, aumentou, favorecendo a composição e manutenção das escalas de abate que estão, em média, em 10 dias úteis na praça paulista”, acrescentou a Scot. Na ponta da demanda, a consultoria Agrifatto ressaltou o elevado ritmo de vendas externas de carne bovina em maio, e espera que sejam embarcadas 200 mil toneladas da proteína in natura do Brasil. Dados do governo federal indicam que foram exportadas 168,43 mil toneladas em maio do ano passado. Este nível de embarques da carne ajuda a limitar a queda nos preços da arroba do boi gordo.
Globo Rural
Mercado físico do boi registrou preços mais baixos na terça-feira
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a grande quantidade de animais ofertados
A questão climática ainda é determinante para explicar este movimento, com chuvas esparsas no Centro-Norte e Sudeste do Brasil dificultando a retenção dos animais no pasto. Nesse ambiente os frigoríficos não encontram dificuldades para compor suas escalas de abate e passam a pressionar o mercado dia após dia, assinalou. Preços da arroba: São Paulo (SP): na modalidade à prazo ficou em R$ 226. Goiânia (GO): a indicação foi de R$ 204. Uberaba (MG): preço de R$ 212. Dourados (MS): indicada em R$ 217. Cuiabá (MT): ficou em R$ 211. O mercado atacadista tem preços mais fracos para a carne bovina neste início de semana. Conforme Iglesias, a posição dos estoques dos frigoríficos em meio ao arrefecimento do consumo na segunda quinzena do mês pressiona os preços da proteína animal. O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,30 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,25 o quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,00 por quilo.
Agência Safras
Desde o início de 2024, boi gordo recuou 8% e o bezerro ficou estagnado, o que sugere reversão do ciclo pecuário
Segundo dados da Agrifatto, o bezerro já está há 10 meses consecutivo sem demonstrar fortes desvalorizações
O descasamento entre a reposição e o boi gordo está cada vez mais latente, o que pode ser um indicador da fase de transição (para a fase de alta) do ciclo pecuário, observam os analistas da Agrifatto. Desde o começo de 2024, o preço do boi gordo recuou 7,86%, saindo de um valor médio de R$ 249,65/@ em janeiro/24 para R$ 230,04/@ na parcial de maio/24 (até o dia 17/05) – dados de São Paulo. Enquanto isso, no mesmo intervalo de tempo, o bezerro ficou praticamente estagnado – registrou alta de 0,19%, saindo do valor médio de R$ 2.086/cabeça em janeiro/24 para R$ 2.090 em maio/24, compara a Agrifatto (dados do mercado no Mato Grosso do Sul). No mesmo período, o preço do boi magro (SP) caiu, porém, e esta baixa foi de 3,90% (ante quase o recuo de quase 8% do boi gordo), saindo de R$ 3.130/cabeça em janeiro/24 para R$ 3.008/cabeça na parcial de maio/24. “Ou seja, mesmo com o boi gordo sofrendo uma forte pressão negativa, e os recriadores tentando passar esse sentimento na hora da compra da reposição, não houve a mesma efetividade na desvalorização do boi magro”, ressalta a Agrifatto. Com isso, os termos de troca pioraram consideravelmente para os recriadores/invernistas. A relação de troca bezerro/boi gordo pelo indicador Cepea saiu de 2,39 cab/cab em janeiro/24 para 2,20 cab/cab na parcial de maio/24, o pior nível de troca desde outubro/23, informa a Agrifatto. “Esses números equivalem a um ágio médio de 40%, 9 pontos percentuais acima da média histórica”, acrescenta. Os gastos para comprar o boi magro também ficaram proporcionalmente maiores: em janeiro/24, o recriador desembolsava 12,5 arrobas de boi gordo para comprar um boi magro e agora (parcial de maio/24) ele necessita de 13,1 arrobas de boi gordo para comprar o mesmo boi magro em São Paulo, compara a Agrifatto. “Ainda que não estejam nos piores níveis dos últimos anos, o descasamento na movimentação de preços entre os animais mais jovens e o boi gordo chama a atenção, pois, na nossa visão, pode indicar o caminho de longo prazo para o boi gordo”, acredita a Agrifatto, que acrescenta: “A primeira etapa para a valorização das cotações do animal terminado é o fim da queda do bezerro”. Segundo dados da Agrifatto, o bezerro já está há 10 meses consecutivo sem demonstrar fortes desvalorizações. “Se o bezerro não cai, isso (fim do movimento mais intenso de quedas) pode ser a próxima etapa para o boi gordo”, reforça a consultoria. No entanto, continuam os analistas, até chegar esse momento, o descasamento nos termos de troca ainda irá incomodar o recriador/invernista e impedir uma valorização mais intensa do bezerro. “O ciclo pecuário é um ‘bicho’ silencioso, sorrateiro e devagar, mas ele sempre atacará e esse movimento que está acontecendo de descasamento é uma das suas garras”, acreditam.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar tem leve alta ante real após comentários de “Fed boys”
O dólar à vista encerrou a terça-feira em leve alta, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante várias divisas no exterior após autoridades do Federal Reserve voltarem a demonstrar cautela sobre o início dos cortes de juros nos EUA
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1163 reais na venda, em leve alta de 0,23%. Em maio, porém, a divisa acumula baixa de 1,47%. Às 17h14, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,23%, a 5,1190 reais na venda. Com a agenda de indicadores esvaziada no Brasil e nos EUA, os investidores voltaram as atenções para declarações de autoridades do Fed, em meio à expectativa com a divulgação da ata do mais recente encontro de política monetária do banco central norte-americano, na quarta-feira. Duas autoridades do Fed disseram que é prudente esperar mais alguns meses para garantir que a inflação realmente volte a se aproximar da meta de 2%, antes de iniciar os cortes na taxa básica de juros nos EUA. “Na ausência de um enfraquecimento significativo no mercado de trabalho, preciso ver mais alguns meses de bons dados de inflação antes de me sentir confortável em apoiar uma flexibilização na postura da política monetária”, disse o diretor do Fed, Christopher Waller, em discurso no Instituto Peterson de Economia Internacional. “Não estou com pressa para cortar os juros”, disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic a repórteres, à margem de uma conferência. Os comentários deram certo suporte ao dólar ante outras moedas, como o real. “Hoje falaram alguns ‘Fed boys’, ainda demonstrando preocupação com a inflação nos EUA. Isso fez com que o dólar passasse a se valorizar lá fora e aqui”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. “Com o mercado retornando aposta de dois cortes de juros este ano nos EUA e com a alta das commodities, o real tende a se valorizar. Os juros locais reais (acima da inflação) estão muito altos e isto tende também a ser bom para nossa moeda”, disse pela manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes.
Reuters
Ibovespa tem queda discreta com cena corporativa em foco
O Ibovespa fechou em leve baixa na terça-feira, com a cena corporativa ocupando o foco em meio a uma agenda vazia de dados macroeconômicos relevantes, enquanto agentes continuam cautelosos em tomar risco antes de sinais novos e mais claros sobre política monetária, principalmente nos Estados Unidos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,27%, a 127.411,55 pontos, após oscilar entre uma máxima de 128.271,87 pontos e uma mínima de 127.205,34 pontos na sessão. O volume financeiro no pregão somou 19,7 bilhões de reais. De acordo com a sócia e especialista da Blue3 Investimentos Fernanda Bandeira, foi uma sessão com poucas notícias, tanto no cenário brasileiro como no exterior, com mercado mais “morno”. No exterior, as commodities tiveram um desempenho misto, com os futuros do minério de ferro em alta, mas os preços do petróleo em queda, enquanto Wall Street encerrou com variações modestas, mas positivas, e os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos recuaram. Em meio a expectativas sobre os próximos passos do banco central norte-americano, a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve deve concentrar as atenções na quarta-feira, principalmente após discursos mais cautelosos de autoridades do Fed. Na terça-feira, o diretor do Fed Christopher Waller disse que os dados mais recentes de inflação são “tranquilizadores”, mas ressaltou que precisa ver mais alguns meses de bons dados de preços antes de se sentir confortável para defender uma flexibilização na orientação da política monetária.
Reuters
Arrecadação federal tem alta real de 8,26% em abril e marca quinto recorde mensal consecutivo
A arrecadação do governo federal teve alta real de 8,26% em abril sobre o mesmo mês do ano anterior, a 228,873 bilhões de reais, informou a Receita Federal na terça-feira, marcando o quinto recorde para o mês consecutivo
No acumulado de janeiro a abril, a arrecadação teve alta real de 8,33%, a 886,642 bilhões de reais, também um recorde da série para primeiros quadrimestres. Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês foi influenciado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, com altas significativas da massa salarial e do valor em dólar das importações, embora tenham sido observados recuos na produção industrial e nas vendas de bens e serviços. O fisco atribuiu o desempenho recorde, principalmente, ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e ao crescimento da arrecadação previdenciária e de Imposto de Renda dos trabalhadores, além de ganhos com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação. Em abril, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 9,08% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a 213,301 bilhões de reais. No período de janeiro a abril de 2024, o ganho foi de 8,36%, totalizando 838,073 bilhões de reais. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, recuaram 1,88% em abril frente ao mesmo período de 2023, a 15,571 bilhões de reais. No acumulado do primeiro quadrimestre, esses recursos tiveram alta real de 7,90%, totalizando 48,568 bilhões de reais. Os recordes de arrecadação ajudam o governo na busca pelo déficit primário zero neste ano. A equipe econômica tem contado essencialmente com ganhos de receita para melhorar a trajetória fiscal. A arrecadação acima do esperado afasta riscos de contingenciamento do governo para assegurar o cumprimento da meta fiscal, embora também haja um teto para as despesas, o que gerou um bloqueio de 2,9 bilhões de reais no Orçamento em março. A nova revisão das contas do governo, quando esses parâmetros são reavaliados, será anunciada na quarta-feira.
Reuters
Corrente de comércio totaliza US$ 30,6 bilhões até a 3a semana de maio, alta de 3,2% pela média diária
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), publicou na segunda-feira (20/05), os resultados da 3ª semana de maio de 2024, da Balança Comercial, que registrou superávit de US$ 1,1 bi e corrente de comércio de US$ 11,4 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,3 bilhões e importações de US$ 5,2 bilhões
Já no mês, as exportações somam US$ 17,4 bi e as importações, US$ 13,2 bi, com saldo positivo de US$ 4,2 bi e corrente de comércio de US$ 30,6 bi. E no ano, as exportações totalizam US$ 126,2 bi e as importações, US$ 94,3 bi, com saldo positivo de US$ 31,9 bi e corrente de comércio de US$ 220,6 bi. Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de maio/2024 (US$ 1.4 bi) com a de maio/2023 (US$ 1.5 bi), houve queda de -2,4%. Em relação às importações houve crescimento de 11,5% na comparação entre as médias até a 3ª semana de maio/2024 (US$ 1.1 bi) com a do mês de maio/2023 (US$ 985,83 milhões). Assim, até a 3ª semana de maio/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2.5 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 350,06 milhões. Comparando-se este período com a média de maio/2023, houve crescimento de 3,2% na corrente de comércio.
No acumulado até a 3ª semana do mês de maio/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 36,92 milhões (-8,8%) em Agropecuária; crescimento de US$ 15,32 milhões (5,0%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 11,73 milhões ( -1,6%) em produtos da Indústria de Transformação. No acumulado até a 3ª semana do mês de maio/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 9,63 milhões (64,1%) em Agropecuária; crescimento de US$ 57,22 milhões (83,8%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 47,38 milhões (5,3%) em produtos da Indústria de Transformação.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
EMPRESAS
Uruguai decide rejeitar compra de frigoríficos da Marfrig pela Minerva
Autoridade local de defesa da concorrência não aceitou os termos propostos pela empresa para a aquisição de três unidades industriais. Compra de ativos no Uruguai integra uma operação que envolve 16 unidades frigorificas da Marfrig na América do Sul
A Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia (Coprodec), autoridade concorrencial do Uruguai, não autorizou a compra de três unidades frigoríficas da Marfrig pela Minerva no país, nos termos que foram pleiteados pela companhia quando o negócio foi fechado no ano passado. As plantas de abate de bovinos estão em Colônia, Salto e San José. A Minerva afirmou em comunicado que tomou conhecimento da decisão na terça-feira (21/5) e está avaliando os termos colocados pela autoridade. “[A decisão] não é definitiva e segue sujeita a recurso tanto em sede administrativa quanto em sede judicial, o que deve ser consumado nos próximos dias”, ressaltou. A acordo firmado entre as duas empresas incluía 16 plantas da Marfrig na América do Sul, que seriam vendidas à Minerva por R$ 7,5 bilhões. Do total, R$ 1,5 bilhão já foram pagos. Os ativos localizados no Uruguai são avaliados em R$ 675 milhões. Apesar da negativa do Uruguai, os demais processos de compra seguem em análise pelos órgãos responsáveis nos seus respectivos países. “Nesse sentido, a decisão [uruguaia] não afeta a transação referente à aquisição, pela companhia, dos estabelecimentos industriais e comerciais de propriedade da vendedora no Brasil, na Argentina e no Chile”, disse a Minerva. “O fechamento da Operação – América do Sul, ainda sujeito à verificação de determinadas condições, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, não é condicionado ao fechamento da Operação – Uruguai”, acrescentou. Também em nota, a Marfrig reforçou que a decisão uruguaia “em nada altera os termos e condições contratados para a alienação pela companhia para a Minerva dos demais Ativos da Operação (aqueles localizados no Brasil, Chile e Argentina), em nada afetando o fechamento do negócio nas demais jurisdições assim que as respectivas condições precedentes aplicáveis estejam satisfeitas”.
Valor Econômico
JBS vai investir R$ 10 milhões para projeto de pecuária regenerativa na Amazônia
Companhia pretende emitir R$ 100 milhões em CRA para levantar recursos para apoio na recria de gado, com rastreabilidade desde o início da cadeia. Os valores serão aplicados no atendimento de 3.500 pequenos criadores de gado atuantes na área da Amazônia Legal, diz fundo da JBS
A JBS anunciou na terça-feira (21/5) que pretende investir R$ 10,2 milhões em um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) que será emitido pela empresa e consultoria Rio Capim. Ao todo, a companhia vai emitir R$ 100 milhões em CRA, sendo R$ 50 milhões nesta semana e outros R$ 50 milhões no ano que vem, para levantar recursos para apoio na recria de gado na Amazônia Legal, com rastreabilidade desde o início da cadeia. A emissão será lastreada ao programa “Juntos: Pessoas+Floresta+Amazônia”, do Fundo JBS pela Amazônia. No ano passado, a JBS destinou R$ 10 milhões, por meio do fundo, para que este projeto fosse viabilizado. “Os valores serão aplicados no atendimento de 3.500 pequenos criadores de gado atuantes na área da Amazônia Legal, oferecendo consultoria sobre o uso da terra, aumentando a rentabilidade e freando o desmatamento ilegal do bioma”, informou o fundo em nota. O CRA terá um comitê de risco e impacto, que será formada pela Vox Capital, a Rio Capim e um integrante independente com a função de acompanhar as questões operacionais viabilizadas pelo programa “Juntos”. O comitê vai verificar o resultado das mitigações alcançadas e informá-las aos investidores interessados. A abordagem do CRA é via “blended finance”, que permite a obtenção de recursos oriundos de fundos concessionados e privados centrados no projeto de agricultura regenerativa. “O blended finance permite tanto para o emissor, como para o tomador do crédito, uma taxa muito competitiva. A partir dessa base, o emissor consegue alavancar seu próprio negócio, honrar com seu compromisso, e ao mesmo tempo, criar uma estrutura que o leve a oferecer uma taxa mais atrativa para o mercado”, disse Daniel Brandão, diretor da Vox Capital. A empresa Rio Capim tem como meta atender 150 famílias do Pará ainda neste ano, e 250 a partir de 2025. Em dez anos o objetivo é chegar a 3,5 mil famílias assistidas. O fundo JBS estima investir até R$ 100 milhões no programa Juntos em dez anos. No mesmo período, o objetivo é alavancar mais de R$ 900 milhões entre recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), comerciais e doações, além de instrumentos financeiros.
Valor Econômico
GOVERNO
Brasil e Japão reforçam compromisso com o programa de recuperação de áreas degradadas
Ministro Fávaro destacou acordo bilateral em encontro com o embaixador japonês, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente da JICA, Sachiko Imoto
Na segunda-feira (20), o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou de reunião com o embaixador japonês, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Sachiko Imoto, na Embaixada do Japão no Brasil. Na ocasião, foi debatido os avanços do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuária e Florestas Sustentáveis (PNCPD). “Estamos em um momento importante da nossa parceria. Com a JICA, vamos trabalhar juntos para avançar na recuperação de áreas degradas. É um plano sustentável, que garante segurança alimentar, respeitando as premissas do meio ambiente. O Brasil tem muito orgulho desta parceria”, destacou o ministro Fávaro. Já o embaixador Teiji Hayashi reforçou a importância da parceria entre o Japão e o Brasil. Por meio da JICA, o Japão será o primeiro país a contribuir com o PNCPD, um dos principais projetos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pretensão do programa é a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, em dez anos. Com isso, pode-se praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil, sem desmatamento e evitando, assim, a expansão sobre áreas de vegetação nativa. O ato bilateral foi assinado durante a visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no Palácio do Planalto, em Brasília, no início de maio. Na recepção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o potencial da parceria entre os dois países. “Aos empresários japoneses que querem fazer investimentos no Brasil, somos um país que oferece todas as possibilidades na construção entre empresários brasileiros e empresários japoneses”, enfatizou. A cooperação com a JICA seguirá em duas linhas: Cooperação Financeira, que será um financiamento destinado a produtores agrícolas que realizarão a conversão de pastagens degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis; e Cooperação Técnica, que definirá as regiões e propriedades que serão alvo das ações para o desenvolvimento do programa, pesquisa, desenvolvimento e inovação, análise das pastagens degradadas, fatores de risco para a degradação, tecnologias que possam contribuir para o trabalho, dentre outros. Os montantes a serem aportados serão definidos pela JICA com taxas de juros fixadas entre 1,7 e 2,4% em Iene japonês, com prazo para pagamento entre 15 e 40 anos, e carência entre 5 e 10 anos. Ainda serão realizadas discussão da modelagem financeira e início do relatório, que deve ter anúncio oficial durante a cúpula do G20, em novembro.
MAPA
FRANGOS & SUÍNOS
Segunda-feira com preços estáveis para o mercado de suínos
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 134,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 10,50/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (17), houve tímido aumento somente em São Paulo, na ordem de 0,14%, chegando a R$ 6,97/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,46/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,20/kg), e Santa Catarina (R$ 6,31/kg).
Cepea/Esalq
Frango no mercado paulista continua em queda
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 1,12%, fechando em R$ 6,20/kg, em média.
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg, da mesma forma que no Paraná, com preço de R$ 4,34/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (20), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado sofreram queda de 0,14%, valendo, respectivamente, R$ 7,12/kg e R$ 7,34/kg.
Cepea/Esalq
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