Ano 10 | nº 2217 |07 de maio de 2024
NOTÍCIAS
Cotação do boi gordo estável na praça paulista
A semana começou sem alteração de preços, com a ponta compradora e a ponta vendedora aguardando as definições do mercado para se posicionarem. Sendo assim, as cotações estavam estáveis para todas as categorias
Pelos números das Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi comum está cotado em R$ 232/@, a vaca em R$ 205/@ e a novilha em R$ 220/@ (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi China” está em R$235 (base SP), com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. No Acre, queda de R$5,00/@ na cotação da vaca e da novilha gordas. Na região Sudeste do Mato Grosso, a cotação da arroba da vaca gorda subiu R$3,00. A cotação das demais categorias permaneceram estável. No mercado atacadista de carne com osso, na última semana, em São Paulo, em decorrência do feriado de 1 de maio, houve uma leve redução nos estoques de carne com osso. Apesar das negociações terem sido consideradas boas, os preços seguem oscilando. As cotações das carcaças casadas de boi castrado, vaca e novilha subiram 1,3%, 1,1% e 1,4%, respectivamente. Para a carcaça casada de boi inteiro, a cotação caiu 1,3%. Para a carcaça especial suína*, a cotação subiu 0,5%, em comparação com a última semana. A cotação do frango médio** ocorreu aumento de 2,9%, no mesmo período. O cenário foi de incremento nos preços nessa última semana, com isso, a carne bovina está mais competitiva frente ao frango médio, e menos competitiva frente a carcaça especial suína.
Scot Consultoria
Mercado físico do boi gordo inicia a semana com acomodação nos preços em grande parte do país, com exceção de Mato Grosso
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana apresentando acomodação nos preços em grande parte do país, com exceção de Mato Grosso, onde os preços foram ligeiramente mais altos. Por sua vez, nas praças paulistas, iniciaram-se os movimentos de compra abaixo da referência média
“Lembrando que a condição climática para as próximas semanas será algo fundamental para a formação de preços, considerando que a redução das chuvas aliada às altas temperaturas no Centro-Oeste e Sudeste brasileiro tende a resultar em menor capacidade de retenção e, por consequência, queda dos preços”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Preços do boi gordo: São Paulo (SP): R$ 232. Goiânia (GO): R$ 217. Uberaba (MG): R$ 227. Dourados (MS): R$ 225. Cuiabá (MT): R$ 214. O mercado atacadista volta a apresentar manutenção do padrão dos negócios, ainda com certo otimismo em relação ao Dia das Mães e à entrada dos salários na economia. Portanto, ainda é aguardada alguma alta dos preços em um horizonte próximo. Esta semana será crucial para dimensionar o movimento, assinalou Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 17,30 por quilo. Por sua vez, o quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,90 por quilo. A ponta de agulha permanece a R$ 12,80 por quilo.
Agência Safras
Maio será mês de preços mais baixos da arroba do boi
Falta de chuvas no Centro-Norte do país vai provocar desgastes nas pastagens. Pecuaristas deverão negociar um número maior de animais este mês
O mercado físico do boi gordo demonstrou movimentações distintas ao redor do país, com algumas regiões com falta de chuvas e dificuldade de reter o gado no pasto, outras administrando melhor a oferta. Em São Paulo, o recuo foi de 0,31% na comparação diária, com a arroba cotada a R$ 229,70, segundo boletim da Agrifatto. Na contramão, o Pará registrou alta de 1,19% na arroba, que estava operando até sexta-feira (3/5) a R$ 212. Na B3, os futuros demonstram baixas para todos os contratos, com o vencimento para maio cotado a R$ 229,75 por arroba, queda de 0,09%, na comparação feita dia a dia, informou a consultoria. De acordo com a Safras & Mercado, a falta de chuvas no Centro-Norte do país vai provocar desgastes nas pastagens, obrigando pecuaristas a negociarem um número maior de animais este mês. Isso acarretará nova tendência baixista de preços. Com mais animais terminados disponíveis, as indústrias conseguem manter suas escalas alongadas e pressionam para baixo os preços ofertados aos pecuaristas. A média nacional das escalas de abate se manteve estável na casa dos 10 dias úteis, acrescenta o boletim da Agrifatto.
Globo Rural
ECONOMIA
Dólar fecha quase estável com mercado à espera do Copom
O dólar à vista fechou a segunda-feira praticamente estável no Brasil, com investidores mantendo posições antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que termina na quarta-feira, em um dia relativamente positivo para as moedas de exportadores de commodities no exterior
A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a 5,0749 reais na venda, em leve alta de 0,11%. Em maio, a divisa acumula baixa de 2,27%, após os fortes recuos da quinta e da sexta-feira. O dólar futuro para junho — vencimento mais próximo — estava praticamente estável. Às 17h14, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,03%, a 5,0764 reais na venda. Nas duas sessões anteriores o dólar à vista saiu de um patamar próximo de 5,20 reais para a faixa dos 5,06 reais, com alguns agentes do mercado citando a retirada de certo “exagero” nas cotações após alívio trazido pela reunião do Federal Reserve e por dados de inflação dos EUA na semana passada. Na segunda-feira, a moeda norte-americana oscilou em margens estreitas, sem força para atingir níveis mais baixos ou, ao contrário, se reaproximar dos 5,10 reais. No mercado a avaliação era de que investidores aguardam agora a decisão de política monetária do Banco Central, na quarta-feira, já que há dúvidas sobre qual será o corte da taxa básica Selic — 25 pontos-base ou 50 pontos-base. Dependendo do anúncio e, principalmente, da avaliação do BC sobre o futuro da taxa básica Selic, hoje em 10,75% ao ano, o diferencial de juros entre Brasil e exterior pode encurtar, o que traria pressão ao câmbio. No exterior, o dia era favorável às moedas de exportadores de commodities ou emergentes, como o peso chileno e o peso mexicano, o que também ajudava a segurar as cotações do dólar no Brasil.
Reuters
Ibovespa fecha quase estável com mercado à espera de balanços e BC
No setor de proteínas, MINERVA ON recuou 3,69%, a 6,01 reais, tendo no radar relatório de analistas do BTG Pactual cortando a recomendação das ações para “neutra”, com preço-alvo de 8 reais. No setor, MARFRIG ON perdeu 4,92% e JBS ON mostrou variação positiva de 0,08%. BRF ON caiu 3,23%, tendo de pano de fundo relatório de analistas do Goldman Sachs, que veem a empresa como a mais exposta relativamente à tragédia climática no Rio Grande do Sul
O Ibovespa fechou quase estável na segunda-feira, com Braskem desabando após a Adnoc desistir de participação na petroquímica, enquanto Petrobras figurou entre os suportes positivos ajudada pela alta do petróleo no exterior. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,03%, a 128.465,69 pontos. O volume financeiro somou 18,4 bilhões de reais. Tal desempenho ocorreu após duas altas seguidas do Ibovespa, período em que acumulou um ganho de 2%, e antes de uma bateria de balanços corporativos no Brasil nesta semana, bem como decisão de política monetária do Banco Central, que pode trazer sinais sobre uma eventual alteração na taxa terminal da Selic. Pesquisa Focus divulgada na segunda-feira mostrou que economistas consultados pelo BC passaram a ver juros mais altos ao final de 2024, com as projeções agora embutindo corte de apenas 0,25 ponto percentual na Selic nesta semana. No exterior, a agenda macroeconômica é mais fraca nos Estados Unidos nos próximos dias, após centralizar as atenções na semana passada, quando o Federal Reserve sinalizou que deve manter os juros nos níveis atuais por mais tempo.
Reuters
Indicador antecedente de emprego tem em abril nível mais alto em 1 ano e meio, mostra FGV
O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil subiu em abril e atingiu o maior nível em um ano e meio, mostrando um cenário positivo para o mercado de trabalho, de acordo com os dados divulgados na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, avançou 0,7 ponto em abril, para 80,2 pontos, maior nível desde setembro de 2022 (83,8 pontos). “A melhora nas previsões da economia brasileira para o ano de 2024 pode estar influenciado as decisões dos empresários e sugerindo um cenário positivo para o mercado de trabalho nessa primeira metade do ano “, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. “Ainda é preciso cautela pelo patamar baixo do indicador, retornando para o nível de 2022, e pela recente alta da incerteza, que pode ser um obstáculo para a continuidade dessa retomada do indicador”, completou. Os componentes do IAEmp mostram que quatro dos sete componentes contribuíram para alta em abril. Os destaques positivos foram Tendência dos Negócios da Indústria, que contribuiu com 0,9 ponto, e o indicador de Emprego Previsto de Serviços, com 0,5 ponto.
Reuters
Mercado passa a ver no Focus corte de 0,25 p.p. da Selic nesta semana
Economistas consultados pelo Banco Central passaram a ver juros mais altos ao final de 2024, com as projeções agora embutindo corte de apenas 0,25 ponto percentual na Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana
O levantamento semanal Focus, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que os economistas elevaram para 10,50% sua estimativa para o patamar dos juros ao final de maio, interrompendo sequência de 38 semanas em 10,25%. O BC encerrará sua reunião de política monetária de dois dias na quarta-feira, dia 8 de maio, num cenário de incertezas renovadas que levou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a abrir as portas em abril para o Copom reduzir o ritmo de cortes na Selic, atualmente em 10,75%, apesar de sua orientação futura mais recente ter indicado manutenção do ritmo de 0,50 ponto. Probabilidades implícitas em contratos futuros de juros mostram quase 90% de chance de o BC cortar a Selic em apenas 0,25 ponto percentual nesta semana. Já economistas consultados em pesquisa da Reuters ficaram mais divididos quanto ao ritmo de afrouxamento monetário do Banco Central na próxima semana, com a maioria agora acreditando numa desaceleração para 0,25 ponto, embora parcela expressiva aposte na manutenção do passo de 0,50 ponto. A expectativa mediana no boletim Focus para o nível da Selic ao final deste ano subiu a 9,63%, de 9,50% na semana anterior. Para 2025, o prognóstico segue em 9,00%. Em relação à inflação, os economistas sondados ajustaram ligeiramente para baixo sua expectativa de alta do IPCA neste ano, a 3,72%, de 3,73% na semana anterior. Para 2025, no entanto, a projeção de inflação subiu a 3,64%, de 3,60% antes. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A previsão de crescimento econômico deste ano avançou tímidos 0,03 ponto percentual, a 2,05%, enquanto a estimativa para 2025 ficou inalterada em 2,00%.
Reuters
Superávit primário das contas públicas é o menor para o 1º trimestre desde 2021
O superávit primário do setor público consolidado de R$ 54,6 bilhões no primeiro trimestre foi o menor para o período desde 2021, quando registrou resultado positivo de R$ 51,6 bilhões
O Banco Central (BC) divulgou as informações na segunda-feira. O setor público consolidado considera os resultados do governo central, que inclui governo federal, BC e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dos governos regionais e das empresas estatais, exceto os grupos Petrobras e Eletrobras. Não inclui a despesa desses entes com o pagamento de juros. O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, ressaltou que o registro do setor público consolidado no primeiro trimestre é resultado, principalmente, dos superávits de R$ 21,6 bilhões do governo central e de R$ 34,6 bilhões dos governos regionais. As empresas estatais tiveram déficit de R$ 1,5 bilhão no período. Rocha ressaltou que o resultado do governo central foi o menor para o período desde 2020 e representou uma redução de 29,2% em relação ao primeiro trimestre de 2023, quando o superávit foi de R$ 30,5 bilhões. Já os governos regionais registraram superávit superior ao dos primeiros três meses do ano passado, quando o resultado registrado foi de R$ 29 bilhões. O déficit das estatais subiu de R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2023 para R$ 1,5 bilhão em 2024. Na evolução mensal deste primeiro trimestre, o BC registrou superávit de R$ 102,1 bilhões em janeiro. Em fevereiro, o déficit foi de R$ 48,7 bilhões e, em março houve novo superávit, de R$ 1,2 bilhão. O chefe do departamento de estatísticas do BC ressaltou que o resultado de março foi uma melhora em relação ao mesmo mês de 2023, quando houve déficit de R$ 14,2 bilhões, e “um pouco abaixo” de março de 2022, que teve superávit de R$ 4,3 bilhões.
Reuters
CARNES
Carnes bovina e de frango impulsionam alta de índice de preço global de carnes
O índice global de preços de carnes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 1,6% em abril, ante março, a terceira alta mensal consecutiva após sete meses de queda, puxada principalmente por aumentos nos valores das carnes de frango e bovina
Os preços da carne de frango subiram em abril, impulsionados por importações de países do Oriente Médio em meio aos contínuos desafios para a produção devido aos surtos de gripe aviária. Os preços da carne bovina continuaram a aumentar, sustentados por forte demanda nos principais compradores e apesar do aumento da oferta interna em alguns dos principais países importadores. Os preços da carne ovina tiveram uma leve recuperação devido às expectativas de redução sazonal da oferta na Oceania. Já os preços da carne suína caíram marginalmente, refletindo a fraca demanda interna na Europa Ocidental e a persistente procura reduzida por parte dos principais importadores, especialmente a China. O índice de carnes da FAO em abril ainda ficou 0,4% abaixo do registrado em abril do ano passado.
Carnetec
FRANGOS & SUÍNOS
Frigoríficos começam a parar no Rio Grande do Sul
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alertou sobre o risco de desabastecimento de carnes de aves e suínos no Rio Grande do Sul, devido à paralisação de dez unidades frigoríficas impactadas pelas enchentes
A entidade destacou que a retomada das operações pode levar mais de 30 dias, deixando a população gaúcha sujeita à falta de produtos. “Com a inviabilização temporária de núcleos que representam a maior parte da produção de carne de frango e grande parte da carne suína do estado, há temor de que, além dos problemas já vivenciados hoje, a população gaúcha deverá enfrentar desabastecimento de produtos até a retomada do sistema de produção – o que poderá demorar mais de 30 dias”, afirmou a ABPA. Segundo a ABPA, a alimentação dos animais também é uma prioridade, enquanto núcleos de produção enfrentam dificuldades com água, luz e telecomunicações. Com 11% da produção nacional de carne de frango e 19,8% da produção de suínos, o Rio Grande do Sul é um importante fornecedor tanto para o mercado interno quanto para a exportação.
ABPA
Suínos: preços sobem na maioria das praças
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 3,36%, chegando ao preço médio de R$ 123,00, enquanto a carcaça especial subiu 6,01%, fechando em R$ 9,70/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (3), os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 5,93/kg) e no Rio Grande do Sul (R$ 5,75/kg). Houve alta de 1,85% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,60/kg, avanço de 1,78% em Santa Catarina alcançando R$ 5,72/kg, e de 2,37% em São Paulo, fechando em R$ 6,49/kg.
Cepea/Esalq
Preços estáveis, marcam o mercado do frango na segunda-feira
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,10%, fechando em R$ 6,45/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,44/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (3) o preço da ave congelada caiu 0,28%, precificado em R$ 7,11/kg, enquanto o valor do frango resfriado ficou estável, fechando em R$ 7,25/kg.
Cepea/Esalq
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