Ano 10 | nº 2216 |06 de maio de 2024
NOTÍCIAS
Preço do boi gordo estável em São Paulo
O mercado retomou as atividades após o feriado em ritmo de segunda-feira. Os preços seguiram firmes e as escalas de abate bem-posicionadas. Com isso o mercado ficou estável.
Na região Norte de Minas Gerais, queda de R$5,00/@ para o boi comum, as demais categorias de bovinos estavam com os preços estáveis. No Espírito Santo, queda de R$5,00/@ para a novilha, para as demais categorias os preços permaneceram estáveis. Vencimento do contrato futuro do boi gordo em abril/24 na B3. No último dia de funcionamento da B3, em abril, houve a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIJ24. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador calculado pelo Cepea, ficou em R$231,37/@.
O indicador do boi gordo da Scot Consultoria, ficou em R$231,48/@.
Scot Consultoria
Preço do boi gordo segue em ritmo lento no mercado
Frigoríficos estão com as escalas de abates preenchidas e pressionam cotações da arroba. Muitos pecuaristas consultados pela entidade acreditam que as ofertas estarão menores neste mês
O indicador do boi gordo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq) na B3 cedeu 1,3%, fechando a R$ 229,35 no dia 30 de abril e evidencia um ritmo lento para este mercado, segundo análise divulgada hoje pela entidade. Quando considerada a média mensal, de R$ 230,51, verificam-se quedas de 1% em comparação ao mês de março e de 17% em relação a abril de 2023, em termos reais (IGP-DI). Para a consultoria Agrifatto, o mercado parece estar ainda no feriado de 1 de maio. Na B3, as movimentações também foram mais calmas, sendo a maior variação negativa registrada nos contratos de maio, que recuaram 0,30% no comparativo diário, fechando em R$ 229,95 por arroba. De um lado, frigoríficos estão com as escalas de abates preenchidas e pressionam os preços da arroba do boi para baixo. Em Goiás, o valor fechou ontem em 0,55% a menos em relação ao dia anterior, cotado em R$ 213,11 por arroba. Em São Paulo, a queda foi de 0,62%, precificado em R$ 230,40 por arroba. Por outro lado, o mercado está otimista em retomar preços na segunda quinzena de maio. E, de acordo com a consultoria, as taxas cambiais do dólar e a valorização do real terão efeito sob os preços da carne. “A mudança da perspectiva da nota de crédito do Brasil, saindo de “estável” para “positiva” pela agência de risco Moody’s fez o real ganhar força. Vale ficar atento a movimentação cambial nos próximos dias, pois o fortalecimento do real retira uma parte da competitividade da carne bovina brasileira nas exportações”, diz o boletim diário da Agrifatto. Em paralelo, o Cepea indica que muitos pecuaristas consultados pela entidade acreditam que as ofertas estarão menores neste mês e observam que as escalas já estão um pouco mais curtas. “Com esta expectativa, na última semana e no início desta, vendedores se afastaram do mercado, esperando ofertas em valores maiores”, diz o Cepea.
Globo Rural
Mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos para a arroba do boi ao longo de abril
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o bom volume de chuvas permitiu que os pecuaristas adotassem a retenção de oferta de gado no pasto como estratégia recorrente, possibilitando que as negociações acontecessem em patamares ligeiramente mais altos
Assim, para maio, o quadro tende a mudar completamente, com o clima ainda ocupando um papel decisivo na formação dos preços. Para Iglesias, o esvaziamento das chuvas e as altas temperaturas no Centro-Norte do Brasil devem provocar um grande desgaste nas pastagens, fazendo com que os pecuaristas se vejam obrigados a negociar um número maior de animais a partir da segunda quinzena, estabelecendo um viés negativo aos preços. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 30 de abril: São Paulo (Capital): R$ 233 a arroba, alta de 3,56% frente ao fechamento de março, de R$ 225. Goiás (Goiânia): R$ 215 a arroba, inalterado na comparação com o mês anterior. Minas Gerais (Uberaba): R$ 230 a arroba, avanço de 4,55% frente ao encerramento de março, de R$ 220. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 225 a arroba, aumento de 2,27% frente ao fechamento de março, de R$ 220. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 220 a arroba, avanço de 4,76% frente aos R$ 210 da semana anterior. Rondônia (Vilhena): R$ 192 a arroba, baixa de 0,52% frente aos R$ 193 registrados no encerramento de março. O mercado atacadista apresentou preços firmes ao longo de abril. O quarto traseiro do boi subiu 1,17%, passando de R$ 17,10 por quilo para R$ 17,30 por quilo. Já o quarto dianteiro subiu 5,90%, de R$ 13,20 para R$ 13,90. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere aumentos de preço da carne bovina no atacado ao longo da primeira metade de maio, por conta da comemoração do Dia das Mães. Contudo, a partir da segunda metade do mês, a perspectiva é de um rimo de negócios mais calmo, o que pode contribuir para mudanças no cenário de preços. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 923,343 milhões em abril (20 dias úteis), com média diária de US$ 46,167 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 203,839 mil toneladas, com média diária de 10,192 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.529,80. Em relação a abril de 2023, há alta de 58,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 56,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Agência Safras
Boi gordo: à espera de reação no preço, pecuaristas se afastam do mercado
Muitos pecuaristas consultados pelo Cepea acreditam que as ofertas estarão menores neste mês e observam que as escalas já estão um pouco mais curtas
O mês de abril se encerrou com ritmo lento de negócios, mas vendedores se mostram otimistas para maio. Muitos pecuaristas consultados pelo Cepea acreditam que as ofertas estarão menores neste mês e observam que as escalas já estão um pouco mais curtas. Com esta expectativa, na última semana e no início desta, vendedores se afastaram do mercado, esperando ofertas em valores maiores. No acumulado de abril, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 cedeu 1,3%, fechando a R$ 229,35 no dia 30. Quando considerada a média mensal, de R$ 230,51, verificam-se quedas de 1% frente à de março/24 e de 17% em relação à de abril/23, em termos reais (IGP-DI).
Cepea
Auditores agropecuários vão votar indicativo de greve dia 7 de maio
Os auditores fiscais federais agropecuários vão realizar uma assembleia geral na próxima terça-feira (7 de maio) para votar o indicativo de greve das atividades de defesa agropecuária
A medida ocorre em razão da falta de diálogo do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que desde março não apresenta uma contraproposta de reestruturação da carreira. A mobilização, iniciada em janeiro, continua em todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul, onde foi suspensa devido à situação de calamidade pública provocada pelas chuvas no estado. Nos demais estados, os auditores têm deixado de cumprir apenas horas extras não remuneradas, mas continuam respeitando os prazos previstos em normas do Ministério da Agricultura e Pecuária para a liberação de certificados e mercadorias, como cargas para exportação nos portos brasileiros.
Anffa Sindical
ECONOMIA
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa firme no Brasil, voltando para abaixo dos 5,10 reais, em sintonia com o exterior, após dados mais fracos que o esperado do mercado de trabalho norte-americano elevarem as apostas em cortes de juros nos EUA
A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a 5,0693 reais na venda, em baixa de 0,86%. Esta é a menor cotação de fechamento em quase um mês, desde 9 de abril, quando a moeda encerrou em 5,0067 reais. No acumulado da semana, a divisa dos EUA cedeu 0,93%. Às 17h19, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,84%, a 5,0835 reais na venda. Na véspera, o dólar já havia recuado 1,53%, após a agência Moody’s melhorar a perspectiva da nota de crédito do Brasil e depois da decisão sobre juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve. O movimento de baixa continuou na sexta-feira com a divulgação de dados econômicos piores que o esperado nos Estados Unidos. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que foram geradas 175.000 vagas fora do setor agrícola em abril, bem abaixo das 243.000 vagas da mediana das expectativas de economistas ouvidos pela Reuters. Em seguida, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou às 11h que seu PMI não manufatureiro caiu para 49,4 no mês passado nos EUA, de 51,4 em março, a menor leitura desde dezembro de 2022. Uma leitura abaixo de 50 indica contração no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia norte-americana. Os dois números — payroll e ISM — pressionaram para baixo as cotações do dólar no Brasil, em meio à leitura de que, com uma economia menos aquecida, há um espaço maior para corte de juros nos EUA este ano, o que em tese é desfavorável à divisa norte-americana. Os rendimentos dos Treasuries e as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) também caíam. “A decepção com os números (de emprego nos EUA) contribuiu para a desvalorização do dólar, que chegou a atingir 5,05 reais, o limite inferior do intervalo de flutuação estimado (entre 5,05 e 5,15 reais)”, destacou André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, em comentário a clientes.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, após dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos ampliarem apostas de que o Federal Reserve começará a cortar os juros em setembro, com Gerdau avançando mais de 5% também embalada pelo resultado do primeiro trimestre e anúncio sobre dividendos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,09%, a 128.508,67 pontos, acumulando na semana um ganho de 1,57%. O volume financeiro somou 27,79 bilhões reais. Os EUA abriram 175.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, de acordo com o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 243.000 vagas. Os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315.000 empregos, em vez de 303.000 conforme informado anteriormente. A taxa de desemprego subiu de 3,8% para 3,9%, enquanto os salários desaceleraram a alta para 3,9% nos 12 meses até abril, após aumento de 4,1% em março. Após os dados, os futuros de juros nos EUA passaram a precificar uma chance de cerca de 78% de um corte nos juros na reunião do banco central dos EUA em meados de setembro, acima dos 63% registrados antes do relatório. Também passaram a embutir dois cortes de 0,25 ponto percentual em 2024. De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, um mercado de trabalho menos pujante, com salários crescendo menos que o esperado, abre espaço para que o Federal Reserve comece a realizar uma política de afrouxamento monetário e corte os juros na maior economia do mundo. “Face a esses dados e de acordo com os últimos comentários de Jerome Powell, que disse que ‘se o emprego moderasse’ as condições acerca da inflação e juros seriam revistas, o mercado deve voltar a especular cortes de juros começando em setembro.” Na visão do economista-chefe da Azimut Brasil, Gino Olivares, os dados serviram para tranquilizar os mercados, no sentido de mostrar que a desaceleração do mercado de trabalho norte-americano está efetivamente acontecendo. A diminuição do ritmo de criação de empregos no setor de serviços, acrescentou, cria também a expectativa de menores pressões inflacionárias nesse setor nos próximos meses.
Reuters
Estoque de crédito sobe 1,2% em março, para R$ 5,87 trilhões
Saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,7% no mês, a R$ 3,606 trilhões. Para as empresas, houve alta de 2%, para R$ 2,266 trilhões
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1,2% em março, para R$ 5,873 trilhões, conforme divulgado na sexta-feira pelo Banco Central (BC). Em 12 meses, houve alta de 8,3%. O saldo total do crédito livre subiu 1,5% em março, chegando a R$ 3,417 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 0,8%, para R$ 2,456 trilhões. O saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,7% no mês, a R$ 3,606 trilhões. Para as empresas, houve alta de 2%, para R$ 2,266 trilhões. As projeções mais recentes do BC para o crescimento do crédito em 2024 são de 9,4% para o total; 8,9% para o livre; 10% para o direcionado; 10,2% para pessoas físicas; 8% para pessoas jurídicas. Pelo critério dessazonalizado, que retira peculiaridades de um determinado período, como número de dias úteis a mais ou a menos, o volume de novos empréstimos e financiamentos cresceu 1,3% em março, perante o mês anterior. Para as pessoas físicas, houve queda de 0,3% na mesma base de comparação; para as pessoas jurídicas, foi registrada alta de 1,9%. No crédito livre total, as concessões com ajuste sazonal subiram 0,9%. No crédito direcionado, cresceram 2,1%. As concessões totais, sem a dessazonalização, cresceram 12,2% no mês e somaram R$ 568,9 bilhões. Para clientes corporativos, os novos empréstimos subiram 23,4% contra o mês anterior, totalizando R$ 265,3 bilhões. Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 303,7 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, alta de 3,9% em relação a fevereiro. As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, subiram 10,6%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, aumentaram 28%.
Valor Econômico
INVESTIMENTOS
BRF surfa alta na Bolsa: está na hora de comprar ações de carne?
Enquanto o Ibovespa está no campo negativo este ano, com queda de 6%, a BFR (BRFS3) surfa uma onda de alta. O papel da dona da marca Sadia acumula ganhos de 21,07% no ano, segundo a Investing.com (até 03 de maio). Já outras estão em queda. A Marfrig, que no primeiro trimestre acumulava ganhos de 6%, agora tem queda de 0,93% no ano. Também estão no negativo Minerva (BEEF3), com queda de 16,35% e JBS (JBSS3), que caiu 4,22%
Mesmo assim, há grandes bancos, como o americano Goldman Sachs, recomendando a compra de JBS e de Minerva. O que está acontecendo? BRF e Marfrig anteciparam a compra de grãos, o que garantiu menos custo para elas. Os grãos são usados para alimentar os animais. “A Ucrânia, por exemplo, um dos maiores produtores de trigo do mundo, por mais de um semestre, teve o fornecimento comprometido”, explica Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital. Assim, as duas empresas escaparam do aumento de preços. É o que explica Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais. “Dessa maneira, as duas empresas conseguiram diminuir custos e melhoraram suas margens e tiveram bons resultados”, diz ela. A dona da marca Sadia teve o primeiro lucro depois de nove trimestres no negativo. No quarto trimestre de 2023, lucrou R$ 754 milhões, saindo de um prejuízo de R$ 956 milhões em igual período de 2022. Todas as companhias apresentam resultados do primeiro trimestre de 2024 na segunda quinzena de maio. A Marfrig também saiu do vermelho. A dona das marcas Bassi e Montana terminou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 12 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 628 milhões registrado um ano antes. Mas a JBS teve queda no lucro. A empresa ficou com ganhos de R$ 83 milhões no quarto trimestre, queda de 96% em relação ao mesmo intervalo de 2022. A Minerva teve um bom quarto trimestre. A maior exportadora de carne bovina da América do Sul encerrou o período com lucro líquido de R$ 19,8 milhões, contra um prejuízo líquido de R$ 25,7 milhões em igual intervalo de 2022. Mas o dólar no ano passado não ajudou. JBS e Minerva, como são exportadoras ou têm muitas operações fora do país, sofreram com a queda do dólar em 2023. A moeda teve baixa de 8,08% no ano, a maior queda anual desde 2016. O que muda agora? O dólar está em alta. A previsão da maioria dos analistas é de que a divisa chegue ao final do ano valendo de R$ 5,30 a R$ 6. Por isso, muitas casas de análise estão recomendando a compra de ações de frigoríficos. A tendência é de retomada da demanda. É o que publicou a Planner Investimentos, em documento para investidores. Para JBS, segundo o relatório, deve haver gradual melhora de rentabilidade em 2024. Vale a pena investir? É o que diz também o Goldman Sachs. O banco aumentou o preço alvo dos papeis da JBS de R$ 29,2 para R$ 32,4 (estimativa para 12 meses). O banco americano espera “forte recuperação dos lucros em 2024”. O GS também recomenda compra de Minerva. Mas mesmo apostando em compra, ele diminuiu o preço alvo para a ação. “Temos classificação de compra para as ações da Minerva, com preço-alvo de 12 meses de R$ 8,00 a ação, queda de 13% em relação aos R$ 9,20 anteriores”, disse no relatório o analista do banco, Thiago Bortoluci. O que pode interromper a tendência de alta da empresa, segundo ele, é a China. Pode ser, segundo ele, que o consumo por lá caia este ano. Das quatro ações, JBS é a preferida de Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital. “BRF teve um resultado bom porque a Marfrig comprou uma parte dela”, diz ele. No ano passado, a Marfrig ultrapassou 50% do capital da BRF. A empresa de Marcos Molina passou de 33,2% do negócio para 50,06% em pouco menos de meio ano. “Isso gerou caixa para a BRF e por isso não quer dizer que ela vai continuar a ter bons resultados daqui para frente”, diz o especialista. Marfrig também não é a escolhida de Corano, da Corano Capital. “O lucro de R$ 12 milhões para uma empresa que fatura bilhões é a mesma coisa do que zero. De qualquer forma é melhor do que os prejuízos que ela vinha tendo. A indústria de alimentos, em geral, é super lucrativa”, diz ele.
Uol Economia
GOVERNO
Brasil e Japão firmam acordo para recuperação de pastagens degradadas
A expectativa do governo brasileiro é que sejam destinados até US$ 300 milhões para essa ação
Assinatura do memorando de cooperação para recuperação de áreas degradadas — Brasil e Japão assinaram um memorando de cooperação para a recuperação de áreas degradadas durante a visita do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a Brasília, na sexta-feira (3/5). O documento foi assinado pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá, e o presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em inglês), Akihiko Tanaka. O memorando prevê o aporte de recursos pelo Japão para o financiar investimentos de produtores rurais brasileiros na conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis. A Jica ainda não divulgou os valores que serão aplicados na iniciativa. A expectativa do lado brasileiro é que sejam destinados até US$ 300 milhões para essa ação. As taxas de juros serão fixadas entre 1,7% e 2,4% ao ano, com a variação cambial baseada em Iene japonês. O prazo de pagamento será entre 15 e 40 anos, com carência entre cinco e dez anos, informou o Ministério da Agricultura. Neste mês, o vice-presidente e diretores da Jica visitarão o Brasil para reuniões com a Pasta, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil para discutir a modelagem financeira para o repasse desses recursos e o início do relatório, que deve ter anúncio oficial durante a cúpula do G20, em novembro deste ano. O memorando assinado na sexta-feira ainda prevê a cooperação técnica da Jica, que definirá as regiões e as propriedades que serão alvo das ações para o desenvolvimento do programa, pesquisa, desenvolvimento e inovação, análise das pastagens degradadas, fatores de risco para a degradação, tecnologias que possam contribuir para o trabalho, entre outros itens. Esse é o primeiro protocolo internacional assinado no âmbito do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), criado em dezembro de 2023. A meta é recuperar até 40 milhões de hectares de áreas com algum nível de degradação em dez anos e dobrar a área de produção de alimentos no país sem novos desmatamentos. Na cerimônia de assinatura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o potencial da parceria entre Brasil e Japão. “Aos empresários japoneses que querem fazer investimentos no Brasil, somos um país que oferece todas as possibilidades na construção entre empresários brasileiros e empresários japoneses”, disse. “Vamos ampliar a produção de alimentos sem avanços no desmatamento sobre as áreas já preservadas. É pegar áreas degradadas e transformar em áreas produtivas”, disse Fávaro, no evento.
Valor Econômico
Brasil vai vender carnes para o Japão ‘em breve’, diz Fávaro
Expectativa é que as negociações avancem com o encerramento do ciclo de vacinação contra a febre aftosa em todo o país. A retirada da imunização contra a febre aftosa é uma das exigências sanitárias aplicadas pelos japoneses
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na sexta-feira (3/5) que o Brasil poderá exportar carnes bovina e suína para o Japão “muito em breve”. A expectativa é que as negociações para abertura desses mercados avancem com o encerramento do ciclo de vacinação contra a febre aftosa em todo o país. A retirada da imunização é uma das exigências sanitárias aplicadas pelos japoneses. O assunto foi tratado em reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em Brasília. Em contrapartida, o Brasil se comprometeu a abrir seu mercado para importação de Wagyu, raça bovina japonesa cuja carne é considerada a mais cara do mundo. Fávaro acredita que os Estados brasileiros que já têm o status de livre da doença sem vacinação, como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre e Rondônia, conseguirão iniciar as vendas antes de todo o país receber o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), previsto para maio de 2025. “Isso gera a expectativa de superar uma barreira sanitária já que nós temos qualidade da nossa carne, temos garantia de fornecimento contínuo e preços mais competitivos que os fornecedores atuais [do Japão]. Tenho a convicção de que muito em breve o Brasil acessará esse mercado e será uma grande oportunidade tanto para o Japão, de ter uma carne de qualidade e ajudar no controle inflacionário lá, como aqui para o Brasil, de ter mais um país importante na compra da nossa carne”, afirmou Fávaro a jornalistas na sexta-feira. “Nós propusemos a eles começarmos com uma pequena cota, não tem problema, queremos mostrar a qualidade da nossa carne e que isso não afete os produtores japoneses”, acrescentou. Atualmente, o Japão importa carne bovina principalmente da Austrália e dos Estados Unidos. Para conseguir acessar esse mercado, o governo brasileiro propôs ampliar compras de produtos japoneses. “Que essa relação seja bilateral e recíproca. O Brasil abriria e ampliaríamos o consumo de Wagyu, carne produzida no Japão, e o Brasil tem interesse de ampliar a compra dessa proteína. Na medida que também venderíamos carne bovina e suína para o Japão”, disse o ministro. “Já temos condições de começar a venda, pois já tem Estados com reconhecimento da Omsa”, completou. “Na reunião ministerial do presidente Lula e primeiro-ministro, a abertura do mercado de proteína bovina e suína foi uma das pautas. O Brasil está superando o desafio sanitário, que era uma das condicionantes, nós já temos alguns Estados com reconhecimento de livre de febre aftosa sem vacinação, mas agora buscamos o reconhecimento por parte do governo japonês e com a declaração brasileira de todo o país livre deste vírus e sem vacinação”, explicou Fávaro.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: cotações do animal vivo se dividem entre altas e estabilidade na sexta-feira
Segundo pesquisadores do Cepea, em Minas Gerais compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida
Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril. A Scot Consultoria, localizada em Bebedouro (SP), não divulgou os dados sobre o valor da arroba do suíno CIF nem da carcaça especial no Estado de São Paulo em função do feriado do Dia da Cidade na sexta-feira (3). Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (2), houve alta de 1,73% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,48/kg, e de 1,19% no Paraná, alcançando R$ 5,93/kg. Os valores ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 5,75/kg), Santa Catarina (R$ 5,62/kg) e São Paulo (R$ 6,34/kg).
Cepea/Esalq
Mercado do frango vivo estável em SC e em alta no PR
Segundo análise do Cepea, as cotações dos produtos de origem avícola pesquisados pelo Cepea registraram novas quedas em abril, em praticamente todas as regiões acompanhadas
A pressão, segundo pesquisadores do órgão, veio da oferta elevada e da baixa demanda no período. Diante da menor procura pela carne, frigoríficos foram mais cautelosos nas aquisições de novos lotes de animais, no intuito de evitar elevação dos estoques. No caso do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg; já no Paraná, houve aumento de 0,45%, com preço de R$ 4,44/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (2) o preço da ave congelada ficou estável em R$ 7,13/kg, enquanto o valor do frango resfriado caiu 0,14%, fechando em R$ 7,25/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Oferta elevada e baixa demanda mantêm pressão sobre cotações em abril
As cotações dos produtos de origem avícola pesquisados pelo Cepea registraram novas quedas em abril, em praticamente todas as regiões acompanhadas
A pressão, segundo pesquisadores do Cepea, veio da oferta elevada e da baixa demanda no período. No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro resfriado teve média mensal de R$ 6,86/kg, recuo de 1,9% em relação à de março. Para o congelado, a variação foi negativa em 2,2% na mesma comparação, com média a R$ 6,87/kg no último mês. Diante da menor procura pela carne, frigoríficos foram mais cautelosos nas aquisições de novos lotes de animais, no intuito de evitar elevação dos estoques. No estado de São Paulo, o frango vivo foi negociado à média de R$ 4,94/kg em abril, baixa de 3,5% sobre o mês anterior.
Cepea
INTERNACIONAL
Índice de preço de alimentos da FAO tem leve alta de 0,3% em abril
Apesar da alta pelo segundo mês consecutivo, o índice recuou cerca de 7,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A FAO atribui o crescimento do mês de abril especialmente ao aumento no índice de preços da carne
O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês) subiu cerca de 0,3% no mês de abril em comparação ao mês anterior, um aumento de 0,3 ponto, alcançando 119,1 pontos de média. Apesar da alta pelo segundo mês consecutivo, o índice recuou cerca de 7,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, caindo 9,6 pontos. A organização atribui o crescimento do mês de abril especialmente ao aumento no índice de preços da carne, além de pequenas elevações nos índices de óleo vegetal e cereais, que compensaram ligeiramente o recuo do açúcar e de produtos lácteos. O índice de preços da carne teve média de 116,3 pontos em abril, com alta de 1,6% na comparação com o mês anterior, e o terceiro avanço seguido, embora ainda 0,4% abaixo do registrado em 2023. Os valores da carne bovina tiveram aumento com alta demanda de importação, enquanto a carne de aves teve alta de preços com compras estáveis do Oriente Médio, mesmo com os desafios relacionados a surtos de gripe aviária. Já os preços da carne ovina tiveram apenas um ligeiro pequeno avanço frente à perspectiva de queda de oferta na Oceania. Os preços da carne suína, por outro lado, apresentaram queda em razão da fraca demanda europeia e “persistentemente insatisfatória” dos principais importadores, com destaque para a China. O subíndice de preços do setor de cereais atingiu uma média de 111,2 pontos em abril, um aumento de 0,3% em relação a março, mas ainda 25 pontos, o equivalente a 18,3%, abaixo de seu valor no mesmo mês em 2023. Os preços médios de exportação de trigo, no entanto, se estabilizaram após três meses de queda, com uma forte concorrência entre os principais exportadores globais compensando as preocupações com condições desfavoráveis de safras na União Europeia, Rússia e EUA. Já os preços de exportação de milho aumentaram principalmente “influenciados pela alta demanda de importação em meio a crescentes perturbações logísticas devido a danos na infraestrutura na Ucrânia e perspectivas de produção reduzida no Brasil antes do início da safra principal”, explica a FAO. Os preços do arroz caíram 1,8%, enquanto os da cevada tiveram alta.
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