CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2215 DE 03 DE MAIO DE 2024

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Ano 10 | nº 2215 |03 de maio de 2024

 

NOTÍCIAS

Preço do boi gordo estável em São Paulo

O mercado retomou as atividades após o feriado em ritmo de segunda-feira. Os preços seguiram firmes e as escalas de abate bem-posicionadas. Com isso o mercado ficou estável

Na região Norte de Minas Gerais, queda de R$5,00/@ para o boi comum, as demais categorias de bovinos estavam com os preços estáveis. No Espírito Santo, queda de R$5,00/@ para a novilha, para as demais categorias os preços permaneceram estáveis. Vencimento do contrato futuro do boi gordo em abril/24 na B3. No último dia de funcionamento da B3, em abril, houve a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIJ24. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador calculado pelo Cepea, ficou em R$231,37/@. O indicador do boi gordo da Scot Consultoria, ficou em R$231,48/@.

Scot Consultoria

Arroba do boi cai mais com feriado e escalas de frigoríficos preenchidas

Há expectativa de melhora na bolsa de valores com os contratos futuros de outubro. Os primeiros quinze dias de maio podem dar novo impulso e recuperar ‘firmeza’ dos preços do boi gordo

O feriado no meio da semana e as escalas dos frigoríficos preenchidas pressionaram mais a queda do preço do boi gordo no mercado físico. Com isso diversas praças cederam nas cotações, com destaque para Minas Gerais, que recuou 0,9% no comparativo diário e fechou a cotação ontem em R$ 215,20 por arroba. Na B3, os contratos de abril foram liquidados a R$ 231,39 a arroba, redução de 0,33% entre segunda-feira (29/04) e terça-feira passada (30/04). Os lotes com vencimento para maio fecharam com pior cotação, a R$ 230,65 por arroba, o equivalente a 0,43% menor em comparação com abril, conforme divulgou a consultoria Agrifatto nesta manhã. Há expectativa de melhora na bolsa de valores com os contratos futuros de outubro, que estão cotados aproximadamente em R$ 244,25 a arroba. Para a Agrifatto, os primeiros quinze dias de maio podem dar novo impulso e recuperar “firmeza” da precificação. “Seguindo o padrão histórico, a primeira quinzena de maio pode reservar uma maior firmeza das cotações da carcaça bovina no atacado paulista, devido ao período de recebimento dos salários e a proximidade do dia das mães”, avalia a consultoria. Ainda assim, as negociações da última terça-feira foram tímidas e não houve grandes variações no preço da carcaça bovina do boi castrado, que seguiu a R$ 15,50/kg. O mercado está atento as negociações da quinta-feira, com os distribuidores se preparando para a próxima semana em um mercado levemente mais aquecido.

Globo Rural

Mercado físico do boi gordo mantém padrão das negociações em grande parte do país

Os frigoríficos mantêm suas escalas de abate posicionadas entre sete e dez dias úteis em média

Por sua vez, o clima seco e as altas temperaturas são um problema para os pecuaristas em grande parte do país, resultando em perda de qualidade do pasto e menor capacidade de retenção. “Desta forma, é possível que seja evidenciado avanço da oferta entre os meses de maio e junho”, diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Preço da arroba do boi: em São Paulo, Capital, a referência média para a arroba do boi foi de R$ 233. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 217 para a arroba do boi gordo. Em Uberaba (MG), a arroba teve preço de R$ 228. Em Dourados (MS), a arroba teve preço de R$ 225. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 214. O mercado atacadista volta a se deparar com acomodação em seus preços no decorrer da semana. O ambiente de negócios ainda sugere uma boa primeira quinzena do mês, considerando que além da entrada dos salários na economia, há também o adicional de consumo durante o Dia das Mães, que tradicionalmente gera estímulos ao consumo de proteínas de origem animal. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 17,30 por quilo. Por sua vez, o quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,90 por quilo. A ponta de agulha permanece a R$ 12,80 por quilo.

Agência Safras

Brasil atinge status sanitário nacional como livre de aftosa sem vacinação

Estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte suspenderam imunizações. A expectativa agora é conseguir antecipar o reconhecimento internacional, o que pode facilitar aberturas de mercados

O Ministério da Agricultura reconheceu os Estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte como livres de febre aftosa sem vacinação. Com isso, todos as unidades da federação já suspenderam a imunização dos rebanhos. A expectativa agora é conseguir antecipar o reconhecimento internacional dessas áreas, o que pode facilitar aberturas de mercados. Recentemente, o ministério antecipou a última campanha de imunização nesses cinco Estados do Nordeste. A vacinação ocorreu entre 15 e 30 de abril. Um evento com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, será realizado no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira (2/5) para anunciar o status sanitário nacional como livre de aftosa sem a vacinação. Os Estados reconhecidos agora se juntam a outras 17 unidades da federação que já tinham esse status (Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal). Os Estados do Acre, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia, bem como partes do Amazonas e Mato Grosso, já têm o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), e não vacinam seus rebanhos. Com o reconhecimento como livre sem vacinação, fica proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra febre aftosa nesses Estados. Portaria publicada nesta quinta-feira (2/5) também restringe a movimentação de bovinos e bubalinos e de produtos desses locais para as demais áreas que ainda praticam a vacinação no país. As proibições permanecerão em vigor até que Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) conceda o reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação a esses Estados e ao Distrito Federal. A meta do Brasil é se tornar totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Para conquistar o reconhecimento internacional, a Omsa exige a suspensão da vacinação e a proibição de ingresso de animais vacinados nos Estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar à vista cai forte a 1,5% após feriado e tom menos agressivo do Fed

Operadores mencionam também a mudança de perspectiva de rating pela Moody’s como um possível apoio adicional ao real nesta sessão

O dólar à vista exibiu desvalorização firme, com recuperação tardia da moeda brasileira, depois de, na sessão de ontem (dia de feriado por aqui), uma postura menos conservadora do Federal Reserve (Fed) ter dado margem para depreciação global da divisa americana. Operadores mencionam também a mudança de perspectiva de rating pela Moody’s como um possível apoio adicional ao real nesta sessão, o que teria dado destaque à divisa brasileira no ranking das moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em forte queda de 1,53%, a R$ 5,1134, depois de ter tocado na mínima de R$ 5,1003 e encostado na máxima de R$ 5,1629. O euro comercial recuou 1,01%, a R$ 5,4853. Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,38%, aos 105,348 pontos.

Valor Econômico

Ibovespa sobe com otimismo externo e Moody’s no foco

As ações do Bradesco e da WEG, porém, destoaram do índice e recuaram após divulgação de balanços trimestrais

O Ibovespa registrou ganhos robustos na volta do feriado, enquanto o mercado reagiu às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e à melhora na perspectiva para o rating soberano do Brasil pela Moody’s. O índice subiu 0,95%, aos 127.122 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.925 pontos, e, nas máximas, os 127.670 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 18,39 bilhões no Ibovespa e R$ 24,04 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,91%, aos 5.064 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,85%, aos 38.225 pontos e Nasdaq avançou 1,51%, aos 15.840 pontos. Enquanto os mercados locais se mantiveram fechados ontem por conta de feriado, o Fed manteve estável sua taxa básica de juros, conforme o mercado esperava. A entrevista coletiva de Powell, porém, foi considerada menos “hawkish” (favorável ao aperto monetário) do que agentes econômicos temiam, causando um alívio nos ativos globais que se estendeu à sessão de hoje. Ademais, a melhora na perspectiva para o rating do Brasil pela Moody’s também trouxe viés positivo para os ativos locais. “Desde o pico de otimismo do mercado no fim do ano passado, dados de atividade e inflação dos Estados Unidos provocaram uma mudança importante nas expectativas do mercado, com alguns investidores cogitando até que o Fed pudesse voltar a subir juros. Ontem, apesar do Powell ter dito que as taxas ficarão altas por mais tempo, também afirmou que é improvável que haja novas altas, e o mercado quis ver o copo meio cheio, por isso a reação positiva”, diz Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos. O executivo afirma, ainda, que a melhora na perspectiva para o rating local pela Moody’s, apesar de não alterar o ceticismo do investidor local, pode ter alguma importância a nível de fluxo estrangeiro. “Pode acabar validando narrativas, diferenciando países e até impactando o mandato de alguns fundos. O investidor local, que acompanha mais de perto, faz suas próprias contas. A piora do mercado local nas últimas semanas ocorreu, também, por conta de ruídos políticos e fiscais.”

Valor Econômico

Reoneração da folha salarial já vale para abril, diz Receita

Órgão considera decisão do ministro do STF Cristiano Zanin de suspender a lei de desoneração

A suspensão da desoneração da folha salarial determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Cristiano Zanin começa a valer já para o mês de abril, disse a Receita Federal. “Considerando que a decisão foi publicada em 26 de abril de 2024 e que o fato gerador das contribuições é mensal, a decisão judicial deve ser aplicada inclusive às contribuições devidas relativas à competência abril de 2024, cujo prazo de recolhimento é até o dia 20 de maio de 2024”, afirmou, em nota, o órgão. A decisão monocrática de Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de empresas e prefeituras. Ela está por um voto para formar maioria no STF e ser referendada pelo plenário do tribunal. O principal argumento do relator é que a desoneração foi aprovada pelo Congresso sem a demonstração do impacto financeiro, o que violaria a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e a Constituição. Zanin atendeu a um pedido assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), ministro Jorge Messias. Um pedido de vista do ministro Luiz Fux interrompeu a análise. Ele tem até 90 dias para devolver o caso para apreciação de toda a corte. A decisão de Zanin segue valendo até lá. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira (30) que a Receita busca uma solução para as empresas dos 17 setores afetados pela decisão do STF. “Teremos novidades sobre isso ainda nos próximos dias, mas a Receita está debruçada sobre isso e deve emitir uma nota”, disse, sem detalhar as ações. A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda afirmou na quinta-feira (2) que não há previsão de outra portaria da Receita. A desoneração da folha foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência. A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

Folha de SP

OCDE melhora projeção do PIB do Brasil em 2024 e 2025 e cita consumo das famílias

Projeção para esse ano passou de 1,8% para 1,9%, enquanto expectativa para o ano que vem foi de uma alta de 2,0% para 2,1%; estimativa global também foi revisada para cima

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou a sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano, embora ainda veja uma desaceleração em relação a 2023. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter alta de 1,9% em 2024, acima da estimativa anterior de aumento de 1,8%, conforme relatório do organismo internacional divulgado na quinta-feira (2). No ano passado, o País cresceu 2,9%. Impulsionados pelo crescimento robusto do emprego, os aumentos do salário-mínimo e a diminuição da inflação, espera-se que os gastos das famílias sejam o principal motor do crescimento, especialmente em 2024”, diz a OCDE, em relatório publicado ontem. A organização também melhorou sua expectativa à frente, quando vê a economia brasileira acelerando o passo. A OCDE estima que o PIB do Brasil cresça 2,1% em 2025, ante a projeção anterior de 2,0%. Mas há riscos de baixa para as projeções econômicas do Brasil, alerta. Segundo a OCDE, maiores tensões geopolíticas e o crescimento mais lento na China, um importante parceiro comercial do País, poderiam atenuar a demanda externa, enquanto desequilíbrios fiscais representam ameaças de pressões inflacionárias. “A chave para restaurar a confiança nas finanças públicas está no cumprimento da meta do resultado primário e na implementação do novo arcabouço fiscal”, afirma a organização, no documento. “Uma reforma mais ampla da política fiscal ajudaria a criar espaço fiscal e a melhorar a sustentabilidade da dívida”, acrescenta, mencionando benefícios com ajustes do lado das despesas e não apenas na maior captação. De acordo com a OCDE, as incertezas quanto a recentes medidas fiscais e ainda pressões nas despesas de saúde e educação podem lançar dúvidas quanto à capacidade de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregar a meta de déficit primário zero prometida para este ano. Ela prevê ainda que o endividamento do Brasil deverá aumentar ligeiramente, porque, no ritmo atual, o orçamento primário não é capaz de estabilizar o nível da dívida nos atuais 75% do PIB. A OCDE espera que a inflação no Brasil continue convergindo para a meta neste e no próximo ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve recuar para 4,0% e 3,3%, respectivamente. Em 2023, a taxa oficial de inflação foi de 4,6%. “A tendência geral indica uma provável descida adicional da inflação ao longo do ano”, diz a OCDE. “À medida que a inflação diminui ainda mais, são esperados cortes adicionais nas taxas de juros, reduzindo a Selic para 8,75% até ao fim de 2024 e 8,25% até o segundo semestre de 2025”, projeta a OCDE. A OCDE também elevou sua projeção para o crescimento do POB global em 2024, de 2,9% para 3,1%, segundo o relatório de perspectiva econômica trimestral divulgado ontem. Para 2025, a OCDE também ajustou para cima sua expectativa para a expansão da economia mundial, de 3% para 3,2%.

Estadão Conteúdo

Investimento Direto no País (IDP), de março tem o maior resultado para o mês desde 2012

Segundo o chefe do departamento de estatísticas do BC, número acumulado do trimestre, de US$ 23,3 bilhões, é o maior para os primeiros três meses de um ano desde 2017

O Investimento Direto no País (IDP) em março foi de US$ 9,6 bilhões, o maior resultado para o mês desde 2012. Os dados foram divulgados na quinta-feira pelo Banco Central (BC). O número acumulado do trimestre, de US$ 23,3 bilhões, é o maior para os primeiros três meses de um ano desde 2017, de acordo com o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha. No acumulado de 12 meses, o IDP vem se reduzindo no último ano. Na comparação com o PIB, o indicador ficou US$ 66,5 bilhões (2,98% do PIB) contra US$ 75,2 bilhões (3,76% do PIB) em março de 2023. Rocha ressaltou que a redução do IDP no período é menor do que a do déficit em transações correntes, que está em US$ 32,6 bilhões (1,46% 3/14 do PIB) em março. O chefe do departamento de estatísticas do BC ressaltou que o IDP “continua bastante superior ao déficit”. Segundo Rocha, esse cenário reforça a ideia de que o IDP é a principal fonte de fluxos de financiamento do déficit em transações correntes, “com fluxos de longo prazo e boa qualidade, mostrando ainda por esse outro aspecto a solidez da posição externa do país”.

Valor Econômico

IPC-S sobe 0,42% em abril e acumula avanço de 2,84% em 12meses

Das oito classes de despesa componentes do índice, a maior contribuição partiu do grupo Transportes

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) mostrou inflação de 0,42% em abril, ante alta de 0,10% em março, acumulando ganho de 2,84% nos últimos 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) na quinta-feira. Das oito classes de despesa componentes do índice, a maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de 0,25% na terceira quadrissemana de abril para 0,52% no fechamento do mês. Nesta classe de despesa, destaque para o item gasolina, cujo preço subiu 1,04%, ante 0,45% na edição anterior do IPCS. Também tiveram avanço em suas taxas os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,65% para 0,87%), Comunicação (0,23% para 0,57%) e Despesas Diversas (0,11% para 0,13%). Educação, Leitura e Recreação reduziram o ritmo de baixa (-1,37% para -1,24%). Por outro lado, subiram menos Habitação (0,50% para 0,42%) e Vestuário (0,03% para 0,02%). O grupo Alimentação repetiu a taxa de variação de 0,90% da última apuração.

Valor Econômico

GOVERNO

Governo vai pedir acesso ao mercado de carne bovina do Japão

De acordo com o Itamaraty, o Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa de US$ 3 a US$ 4 bilhões ao ano

Transição energética, proteção da Amazônia, recuperação do Cerrado degradado e o acesso do Brasil ao bilionário mercado japonês de carne bovina estão entre os temas que serão discutidos entre o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (3), em Brasília. O governo brasileiro deve aproveitar a visita do chefe do governo japonês, a primeira desde 2014, para estreitar as relações políticas, ambientais e econômicas, o que inclui a histórica reinvindicação para o Brasil participar do mercado de carne bovina do Japão. “O presidente Lula mencionará essa intenção de diversificarmos as trocas comerciais e eu acho que um grande objetivo é obtermos acesso ao mercado japonês para a nossa carne bovina e a ampliação do acesso à carne suína, a qual, por ora, apenas Santa Catarina está habilitada [a exportar para o Japão]”, destacou o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE). De acordo com o Itamaraty, o Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa de US$ 3 a US$ 4 bilhões ao ano. Desse total, 80% são importados dos Estados Unidos e da Austrália, históricos aliados do país asiático. O MRE conta que, desde 2005, o Brasil tenta, sem sucesso, entrar no mercado japonês de carne bovina. “Hoje a condição sanitária brasileira é muito melhor do que a de 2005. Inclusive, em matéria de reconhecimento de áreas livres de febre aftosa sem vacinação. Então, essa condição precisa ser reconhecida porque o Brasil exporta para mais de 90 mercados de carne bovina”, completou o embaixador.  Ainda segundo o Itamaraty, o Brasil deve solicitar ao Japão que participe dos investimentos na chamada neoindustrialização brasileira, programa do governo federal criado para aumentar a participação da Indústria na economia, e no novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], programa de infraestrutura que depende de investimentos privados. O primeiro-ministro Kishida será recebido pelo presidente Lula nesta sexta, às 9h30, no Palácio do Planalto. Ele vem acompanhado por uma comitiva de 35 líderes empresariais japoneses. Em Brasília, estão previstas assinaturas de acordos nas áreas de cibersegurança, ciência e tecnologia, industrial e de cooperação em agricultura e meio ambiente.

Agência Brasil

Turquia abre três mercados para produtos do agronegócio brasileiro

Agronegócio brasileiro atingiu a marca de 34 aberturas comerciais internacionais apenas neste ano. A Turquia foi o 13º maior destino das exportações agrícolas brasileiras no ano passado

O Ministério da Agricultura informou, na quinta-feira (2/5), a abertura de três novos mercados para produtos do agronegócio brasileiro para a Turquia. As autoridades sanitárias turcas aprovaram o certificado internacional para importação de gelatina e colágeno não comestíveis, ovoprodutos e vísceras organolépticas, os dois últimos destinados à alimentação animal. As aberturas foram oficializadas cerca de 60 dias após uma missão brasileira à Turquia. O ministério disse que elas “reafirmam a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil e deverão contribuir para aumentar ainda mais o fluxo comercial entre os dois países”, disse em comunicado. A Turquia foi o 13º maior destino das exportações agrícolas brasileiras no ano passado. Em 2023, o Brasil exportou produtos do agronegócio no valor de US$ 2,42 bilhões para o mercado turco, com importante participação do complexo da soja, de produtos têxteis e do café. Com a inclusão dos três novos mercados, o agronegócio brasileiro atingiu a marca de 34 aberturas comerciais internacionais apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 112 novos mercados em 50 países.

MAPA

Auditores fiscais agropecuários poderão entrar em greve

Categoria vai votar em assembleia-geral um indicativo de greve diante da “inércia” e da falta de respostas do governo federal às demandas dos servidores. Fiscais agropecuários atuam em esquema de ‘operação padrão’ desde 22 de janeiro

Haverá uma intensificação do movimento no restante do país a partir desta sexta-feira (3/5). Estão previstas operações para fiscalizar a condição de higiene dos frigoríficos, semelhante à realizada em fevereiro e que atrasou o abate em várias plantas. Na próxima terça-feira (7/5), a categoria vai votar em assembleia-geral um indicativo de greve diante da “inércia” e da falta de respostas do governo federal às demandas dos servidores. Em nota, o sindicato da categoria (Anffa Sindical) afirmou que os auditores “decidiram suspender a mobilização no Rio Grande do Sul em razão da situação, de forma a não deixar cargas paradas, caminhoneiros nas estradas, e para liberar o máximo possível de importações de alimentos”. Os servidores avaliam, inclusive, a possibilidade de realizar uma força-tarefa no Estado para não deixar nenhuma demanda represada, acrescentou a entidade. Já sobre a intensificação da mobilização nos demais Estados e da possibilidade de greve, o sindicato afirma que as medidas são respostas à “inércia” do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, “que não quer negociar com a carreira”, disse o Anffa. A última proposta apresentada pelo governo federal, feita em março, foi recusada por quase 99% dos auditores em assembleia. Desde então, não houve mais tratativas. O Anffa alega que o tratamento tem sido diferente em relação a outras carreiras que foram chamadas outras vezes para negociar. Nesta sexta-feira, além das operações em frigoríficos, os servidores vão fiscalizar as madeiras usadas para armazenar e transportar mercadorias nos portos. No início de março, uma ação semelhante atrasou a liberação de cargas de peças e componentes eletrônicos usados na fabricação de automóveis.

Globo Rural

Falta de frigoríficos para abates na região do Araguaia preocupa pecuaristas, diz Famato

Os pecuaristas na região do Araguaia, em Mato Grosso, enfrentam dificuldades devido à falta de frigoríficos para o abate do gado produzido na área, onde o rebanho tem aumentado, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato)

O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, e outros representantes da federação se reuniram com o presidente da Friboi, Renato Costa, e o diretor executivo de Originação na JBS, Eduardo Krisztan Pedroso, em São Paulo, na terça-feira (30), para discutir sobre a necessidade “urgente” de aumentar a capacidade de abate na região, segundo nota divulgada pela entidade. “A Famato se comprometeu a apresentar um documento fundamentado em estudos e dados oficiais que indiquem a quantidade de gado na região do Araguaia, fornecendo assim uma base sólida para as discussões”, disse a federação mato-grossense. A reunião também tratou de questões ambientais, com foco nas propriedades embargadas devido à supressão legal de vegetação. A Famato disse que a reunião ressaltou a importância do diálogo entre os setores agrícola e industrial para encontrar soluções que beneficiem tanto os produtores quanto as empresas frigoríficas para desenvolvimento sustentável da região do Araguaia.

Carnetec

FRANGOS & SUÍNOS

Preços dos suínos vivos caem em todo o Brasil em abril

As cotações foram pressionadas pela demanda enfraquecida. Volume de carne suína exportada nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram o mês de abril com quedas em todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. As cotações foram pressionadas pela demanda enfraquecida. A maior queda mensal foi registrada em Santa Catarina. Os preços ao produtor caíram 7,57% em abril, com o indicador Cepea/Esalq fechando o dia 30 a R$ 5,62 o quilo. Já a menor redução ocorreu em Minas Gerais, onde a cotação terminou o mês a R$ 6,37 o quilo, queda de apenas 0,16% no acumulado mensal. Segundo o Cepea, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores em vários períodos do mês, o que limitou o tombo no mês. Para a carne, o preço negociado no atacado na Grande São Paulo apresentou cotação média de R$ 9,30 o quilo no dia 30, o que representa uma queda mensal de 1,26%. Apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril. Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para o ano.

Globo Rural

Brasil é o segundo maior exportador global de carne suína congelada

Na mais recente atualização dos dados de exportação de 2023 do Comtrade/ONU (consultados em 30/04/2024), o Brasil figura como o segundo maior exportador global de cortes cárneos congelados de suínos, detendo uma significativa participação de 26,1%. Em primeiro está a União Europeia, com uma fatia de mercado de 31,8%, em terceiro os Estados Unidos, com 23,9%, e em quarto o Canadá, com 12,0%.

Comtrade/ONU

Frango: queda de 16,8% na receita da exportação no primeiro trimestre

De acordo com dados do Agrostat Brasil, do Ministério da Agricultura e Pecuária, no primeiro trimestre de 2024 as exportações brasileiras de carne de frango apresentaram uma queda significativa de 16,8% em termos de faturamento, totalizando US$ 2,105 bilhões, em comparação com o período acumulado de 2023, que registrou US$ 2,531 bilhões.

Em relação à quantidade exportada, houve um recuo de 7,4%, com 1.190.027 toneladas em 2024 e 1.285.049 toneladas em 2023. Durante o período analisado, a maior parte das exportações (97,5%) consistiu em carne de frango in natura, enquanto apenas 2,5% foram de produtos industrializados, totalizando 29.466 toneladas.

MAPA

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