CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1988 DE 29 DE MAIO DE 2023

clipping

Ano 9 | nº 1988 |29 de maio de 2023

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo estável em São Paulo

Com a elevada oferta de bovinos no mercado, as indústrias frigoríficas estão com as escalas de abates confortáveis. As ofertas de compra por parte de compradores ativos estão estáveis

Depois de recuar R$ 10/@ ao longo da semana passada, o preço do boi gordo paulista fechou a sexta-feira (26/5) com estabilidade, cotado em R$ 250/@, no prazo, valor bruto, informou a Scot Consultoria. As cotações da vaca e da novilha gordas também não sofreram alteração neste último dia da semana, ficando em R$ 230 e R$ 245/@, respectivamente, (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” continua valendo R$ 255/@ na praça de São Paulo, acrescentou a Scot. No Acre, devido à alta oferta de bovinos para abate, a cotação do boi caiu R$2,00/@ na comparação feita dia a dia. Para a vaca e novilha, preços estáveis. Na região Sudeste do Mato Grosso, preços estáveis para boi e vaca na região, entretanto para novilha queda de R$3,00/@.

SCOT CONSULTORIA

Boi: desgaste das pastagens e descarte de matrizes enfraquecem preços

Volume de animais ofertados continua sendo o grande elemento de pressão, considerando a menor capacidade de retenção

O mercado físico do boi gordo segue com preços enfraquecidos. Segundo informações da Consultoria Safras & Mercado, o volume de animais ofertados é o grande elemento de pressão, considerando a menor capacidade de retenção em meio ao desgaste das pastagens. Soma-se a isso o grande descarte de matrizes em um momento de menor atratividade da reposição. Nesse ambiente, é natural que os frigoríficos desfrutem de uma posição confortável em suas escalas de abate. Sob o prisma da demanda de carne bovina, poucas são as alterações, considerando o lento crescimento da demanda no mercado doméstico, somado a queda dos preços médios da carne bovina no mercado internacional, o que influencia nas estratégias da indústria frigorífica, disse o analista Fernando Henrique Iglesias. Cotação da arroba do boi; São Paulo (SP): R$ 251. Dourados (MS): R$ 238. Cuiabá: R$ 227. Goiânia (GO): R$ 225. Uberaba (MG): R$ 235. O atacado encerra a semana apresentando preços acomodados para a carne bovina. No entanto, mesmo durante a primeira quinzena do mês há pouco espaço para recuperação dos preços, uma vez que os frigoríficos ainda operam com estoques lotados. Outro aspecto é que a carne bovina ainda perde em competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparado à carne de frango, pontuou Iglesias. Quarto traseiro: permanece a R$ 18,40 por quilo. Quarto dianteiro: segue a R$ 13,70 por quilo. Ponta de agulha ainda está no patamar de R$ 13,60 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Estatística da pecuária (Goiânia – GO)

Na região de Goiânia, o preço do boi gordo caiu, com um recuo de 5,26% (ou R$11,50/@) ao longo da semana.

A vaca está cotada em R$197,00/@, recuo de 2,48% em sete dias. Segundo o levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo é negociada a R$207,00/@, a prazo, descontados os impostos (Senar e Funrural). O diferencial de base do boi gordo na praça, em relação à praça de Barretos – SP, está 16,02% negativo, ou R$39,50/@ a menos, com o boi gordo na praça paulista cotado em R$246,50/@, preço descontado os impostos e a prazo. No curto prazo, a expectativa de baixa continua, em decorrência da alta oferta de bovinos pelos pecuaristas devido a entressafra, a fim de aliviar a pressão em suas pastagens, mantendo as escalas de abate confortáveis.

SCOT CONSULTORIA

Mercado de reposição mantém viés negativo, com destaque para fêmeas

Nesta semana, a bezerra de desmama teve variação negativa de 5,97% em relação à semana anterior, informou a Scot Consultoria

Nesta semana, na praça de São Paulo, todas as categorias do mercado de reposição apresentaram queda em suas cotações em relação à semana anterior, informou Nicole Santos, analista de mercado da Scot Consultoria. As categorias mais leves de machos tiveram baixas mais acentuadas para o bezerro de desmama e bezerro de ano, de 3,46% e 4,84% respectivamente, compara a consultoria. Atualmente, o bezerro desmamado vale R$ 1.815/cabeça na praça paulista, relata Nicole. Quanto ao boi magro, houve retração semanal de 0,32%, em São Paulo, fechando em R$ 3.140/cabeça. Para as fêmeas, as quedas foram mais acentuadas, relata a Scot, ainda referindo-se à praça paulista. A bezerra de desmama teve variação negativa de 5,97% em relação à semana anterior; a bezerra de ano recuou 5,83%; o preço da novilha teve baixa semanal de 5,06%; e a cotação vaca boiadeira sofreu desvalorização de 2,13% na mesma base de comparação. “Essas desvalorizações acentuadas refletem a tendência de baixa que vem influenciando o mercado de reposição há alguns meses (devido à mudança do ciclo pecuário) e, além disso, é ocasionada pelas quedas ocorridas no mercado do boi gordo no decorrer desta semana”, justificou Nicole. No curto prazo, prevê a analista, o movimento de baixa no mercado brasileiro de reposição deve se manter, com destaque às categorias mais jovens. No Mato Grosso do Sul, a relação de troca está desfavorável para o recriador/invernista em todas as categorias, na comparação mensal (maio versus abril). Para as categorias mais leves – bezerro de desmama e de ano –, houve piora de 8,5% e 6,8%, respectivamente. Com isso, na praça do MS, é possível comprar 2,18 bezerros de desmama e 1,91 bezerro de ano com a venda de um boi gordo de 19@, informou a Scot. Quanto às categorias mais eradas, a variação mensal foi de -7,5% e -9,6% para garrote e boi magro, respectivamente. É possível comprar 1,58 garrote e 1,32 boi magro com a venda de um boi gordo de 19@, compara a Scot.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Dólar acompanha alívio externo e fecha em queda firme, novamente abaixo de R$ 5

No acumulado da semana, a variação foi mínima e a moeda americana caiu 0,14%

O progresso em torno das negociações sobre o limite do endividamento dos Estados Unidos, com a indicação de que um acordo pode ser alcançado, deu alívio aos ativos de risco nos mercados globais e sustentou um movimento de apreciação do câmbio doméstico na sexta-feira. Assim, embora tenha visitado novamente o nível psicológico de R$ 5 nesta semana, o dólar spot encerrou o pregão desta sexta-feira abaixo dessa marca, na medida em que a incerteza quanto aos rumos dos juros no Brasil e nos Estados Unidos ficou em segundo plano na avaliação dos agentes. No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar era cotado a R$ 4,9881, em queda de 0,94%. Na semana, a variação foi mínima e a moeda americana caiu 0,14%. Dados da B3 mostram que, somente na sessão de ontem, os estrangeiros aumentaram posição comprada em dólar futuro, cupom cambial e dólar mini em US$ 2,132 bilhões, enquanto os fundos locais aumentaram posição vendida em US$ 38 milhões. Diante das indicações de que democratas e republicanos devem chegar a um acordo para uma elevação no teto da dívida pública dos Estados Unidos por dois anos, o mercado voltou a embutir nos preços um cenário mais construtivo para ativos de risco, o que deu apoio a uma recuperação das moedas de mercados emergentes. O real, assim, surfou esse movimento na sexta-feira, que ganhou ainda mais força durante a segunda etapa dos negócios. Estrategistas do J.P. Morgan mantêm uma avaliação “overweight” (desempenho acima da média do mercado) em relação ao real. “Esperamos que as condições globais continuem alimentando o apetite por carrego e vemos uma fraqueza contínua do dólar à frente. O Brasil oferece os juros reais mais altos nos mercados emergentes e a volatilidade tem sido baixa, enquanto muitos catalisadores idiossincráticos estão fora do caminho”, escrevem os profissionais em nota enviada a clientes.

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa fecha em alta apoiado em bom humor externo

Índice acumula ganho de 0,15% na semana

O Ibovespa voltou a subir na sexta-feira, impulsionado pela melhora do humor dos investidores globais após as negociações de extensão do teto da dívida americana avançarem e em dia de alta do minério de ferro na China. Adicionalmente, após três sessões de correção no início da semana, ações ligadas à economia local estenderam ganhos recentes, refletindo possíveis cortes de juros já em agosto. No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,77%, aos 110.905 pontos, acumulando ganhos de 0,15% na semana. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 16,82 bilhões no Ibovespa e R$ 21,78 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 1,30%, aos 4.205 pontos, Dow Jones fechou em alta de 1%, aos 33.093 pontos e Nasdaq registrou ganhos de 2,19%, aos 12.975 pontos. O otimismo por um acordo para elevar o teto da dívida pública nos Estados Unidos deu fôlego aos mercados globais hoje. Segundo a imprensa americana houve avanço nas negociações na véspera do fim de semana prolongado pelo feriado de Memorial Day. Investidores seguem atentos à proximidade do dia 1º de junho, data limite para os EUA seguirem honrando seus pagamentos, de acordo com a Secretária do Tesouro, Janet Yellen. Também lá fora, o minério de ferro registrou avanço expressivo na bolsa de Dalian, após uma sequência de perdas causada por temores com a demanda da China. Thalles Franco, sócio e gestor da RPS Capital, nota que as ações ligadas às commodities seguirão correlacionadas com o mercado externo, podendo exibir performance positiva em sessões como a de sexta. “Ainda estamos animados com empresas ligadas às matérias-primas, mas, como os dados chineses mais animadores estão ligados ao consumo da população, nossa ordem de prioridade é petróleo, celulose e aço/minério por último”, diz. Em relação aos papéis mais ligados à economia local, o executivo argumenta que vários fatores, como uma economia mais resiliente, o arrefecimento da inflação, a melhora do arcabouço fiscal e um congresso mais fiscalista que a expectativa, permitiram a sua recuperação. No entanto, entende que o mercado precisará de novos gatilhos para que o movimento se estenda. “Acredito que dois terços da recuperação já foi. Agora, existem alguns fatores no radar que podem conferir fôlego adicional, como um aumento do fluxo estrangeiro, uma melhora na performance das commodities e o encerramento da discussão em torno da meta de inflação, O avanço da reforma tributária também pode ser positivo, mas precisamos ver se haverá aumento na carga tributária de setores com empresas listadas”, diz.

VALOR ECONÔMICO

Brasil registra déficit em conta corrente de US$1,68 bi em abril, diz BC

O Brasil teve déficit em transações correntes de 1,680 bilhão de dólares em abril, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,76% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central na sexta-feira

A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um saldo negativo de 250 milhões de dólares em abril. No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 3,312 bilhões de dólares, contra 4,3 bilhões de dólares projetados na pesquisa.

REUTERS

Consumo nos lares brasileiros cresce 2,14% no quadrimestre

O Consumo nos Lares Brasileiros medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encerrou o primeiro quadrimestre com alta de 2,14%. Na comparação de abril ante março a alta foi de 1,47%. Na comparação de abril de 2023 com abril de 2022 houve alta de 2,09%.

O resultado contempla os formatos de loja: atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) registrou alta de 0,53% em abril, fazendo com que o preço na média nacional passasse de R$ 747,35 em março para R$ 751,29 em abril. As principais quedas nos preços vieram da cebola (-7,01%), óleo de soja (-4,44%), margarina cremosa (-0,93%). Entre as proteínas, as quedas foram puxadas pela carne bovina com os cortes do traseiro (-1,16%) e do dianteiro (-0,86%). Frango congelado (-0,36%) e pernil (-0,51%) também registram redução nos preços. Em 12 meses, os preços dos cortes bovinos nos supermercados acumulam queda de 11%. As altas ficaram por conta de tomate (+10,64%), leite longa vida (+4,96%), feijão (+4,41%), batata (+3,96%), farinha de mandioca (+2,87%), ovos (+2,46%). Na categoria de limpeza, as altas foram puxadas por desinfetante (+1,63%), água sanitária (+1,25%), detergente líquido para louças (+0,44%), sabão em pó (+0,16%). Entre os produtos de higiene e beleza, creme dental (+1,35%), sabonete (+1,12%), xampu (+0,83%), papel higiênico (+0,73%) registraram maior variação de preços. Já entre os produtos de higiene e beleza, creme dental (+1,35%), sabonete (+1,12%), xampu (+0,83%), papel higiênico (+0,73%) registraram maior variação de preços. Na análise regional do desempenho das cestas, a maior variação foi registrada no Centro-Oeste (+1,06%) onde a cesta passou de R$ 696,45 em março para R$ 703,81 em abril. Nas demais regiões as variações foram: Sudeste (+0,72%), Nordeste (+0,46%), Norte (+0,16%) e Sul (+0,04%). Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, “a combinação da desaceleração nos preços dos alimentos, a sequência de queda nos preços das carnes e os recursos injetados na economia trouxeram mais consistência ao consumo nos lares no quadrimestre. Em junho, a continuidade dos resgates dos recursos do PIS/Pasep, do pagamento de precatórios do INSS, a manutenção dos programas de transferência de renda do governo federal – Bolsa Família e Primeira Infância e a implantação do Benefício Variável para crianças, adolescentes e gestantes e pagamento do Auxílio Gás tendem a contribuir para a composição da cesta de alimentos”, disse.

Agência Brasil

Preços agrícolas continuam a cair no campo e no varejo

Quedas afetam principalmente os valores de boi, milho e soja

Os preços dos produtos agrícolas continuam em queda no campo e chegaram aos menores valores nominais desde 2020. Isso tem permitido uma retração no custo dos alimentos na mesa do consumidor. A saca de milho está sendo negociada a R$ 54,5 na região de Campinas (SP), um recuo de 17% apenas neste mês. No mesmo período do ano passado, as negociações giravam em R$ 87 por saca. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços atuais são os menores desde agosto de 2020. Em maio de 2021, a saca estava em R$ 102. Com a queda de preços no campo, as farinhas caem no varejo. Neste ano, conforme dados da quinta-feira (25) da Fipe (Fundação Instituto de SEGUIR Pesquisas Econômicas), a farinha de milho acumula queda de 6,5% no ano, e o fubá, de 4%. A soja também tem os menores preços no campo desde agosto de 2020. A saca está sendo negociada a R$ 128,6 no Paraná, um valor bem inferior aos R$ 188 de há um ano. A desaceleração da oleaginosa permite uma forte queda no preço do óleo de soja, que acumula retração de 10% neste ano e de 22% nos últimos 12 meses no varejo. Com o aumento das exportações, o óleo de soja havia subido muito nos últimos anos. O boi também passa por uma forte retração dos preços no pasto. A arroba caiu para R$ 255 no mercado paulista, um recuo de 5% apenas neste mês. O valor atual da arroba, que chegou a R$ 350 em março, baixou para o menor patamar desde outubro de 2021, um dos períodos do embargo da carne brasileira pela China. Os preços do boi gordo caem no campo devido à maior oferta de animais para abate e menor interesse dos frigoríficos nas compras. Interfere ainda nesse mercado o final da temporada das chuvas, o que deixará os pastos com menor qualidade para a alimentação do gado. Os dados desta quinta-feira da Fipe apontam queda também para o varejo. Após o recuo de 0,3% nos últimos 30 dias, o valor médio das carnes bovinas teve retração de 4% para o consumidor neste ano. Entre as principais quedas, estão acém, alcatra e picanha. As carnes de frango e suína também diminuem no acumulado do ano. A suína, no entanto, devido à recuperação das exportações, voltou a subir neste mês. Leite e arroz, contudo, ainda pesam no bolso do consumidor. O leite, com a menor oferta no campo, acumula alta de 11% no ano no varejo. O arroz, mesmo com o período de safra recém-terminado, acumula elevação de 4,6% nos supermercados.

FOLHA DE SP

GOVERNO

Ministérios vão cooperar no combate à gripe aviária

Ministro da Agricultura e ministras do Meio Ambiente e da Saúde discutiram ações conjuntas para enfrentar crise sanitária

Os Ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Saúde, Nísia Trindade, discutiram, na última sexta-feira, ações conjuntas que devem ser tomadas pelos Centros de Operação de Emergência (COE) das autarquias para evitar a propagação da gripe aviária no país. No encontro, Fávaro disse que o trabalho conjunto será importante para que o país saia da crise sanitária sem grandes prejuízos comerciais ou à saúde humana. “Para que possamos ter tranquilidade e continuar com o status de país livre de gripe aviária”, disse, em nota, divulgada pelo governo. O Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart ressaltou aos ministros que, por enquanto, o Brasil continua livre de surtos em granjas comerciais. “É chave neste momento a capacidade de detectar rapidamente e conter os focos de aves silvestres, o que inclui uma ação intergovernamental entre Estados e federação muito forte”. No dia 22, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária em todo o país devido a casos da doença em aves silvestres. Foram confirmados oito casos até agora, sete no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro. Segundo Fávaro, o estado de emergência permite que o governo arbitre melhor os recursos durante a crise sanitária. Na sexta-feira, a Pasta instalou o COE, que servirá como mecanismo de articulação institucional interno e também com outros órgãos dos governos estaduais e federal e com as entidades do setor privado. Caberá ao centro de operações atualizar o secretário de Defesa Agropecuária sobre a situação da resposta à emergência zoossanitária e propor ações para otimizar o enfrentamento da questão. Além disso, irá identificar e adotar mecanismos para apoiar o Departamento de Saúde Animal, as Superintendências Federais de Agricultura e Pecuária e os órgãos estaduais de sanidade agropecuária nos meios necessários para a resposta à emergência zoosanitária.

VALOR ECONÔMICO

MEIO AMBIENTE

Como o boi novo pode ajudar a reduzir a emissão de poluentes

Para diretora do Imaflora, técnicas que diminuam a idade média de abate do gado são a melhor estratégia para a pecuária de corte a pasto poluir menos

Técnicas que reduzam a idade média de abate do gado são a melhor estratégia para diminuir as emissões de carbono na pecuária de corte a pasto, defende Marina Piatto, Diretora Executiva do Imaflora. No mês passado, a organização apresentou à Verra, a principal certificadora de créditos de carbono do mundo, uma proposta de metodologia de cálculo de emissões na atividade. O plano prevê que o cálculo leve em consideração itens como qualidade da pastagem, rotação de pasto, adubação nitrogenada, suplementação e genética animal, entre outros. Mas, para a especialista, o mais importante são as técnicas que reduzem o tempo de vida do gado e conseguem, assim, diminuir o tempo ao longo do qual o animal vai emitir gases de efeito estufa. O que mais emite gases é a vaca velha. A Verra já tem uma metodologia de cálculo de emissões na pecuária, mas voltada para confinamentos, prática menos comum no Brasil do que em outros países, como os Estados Unidos. A certificadora também está revendo suas metodologias para outros créditos de carbono, após reportagem do jornal “The Guardian” mostrar inconsistências nos cálculos dos créditos de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD). É possível gerar créditos de carbono para evitar que uma área seja desmatada e, assim, emita gases-estufa. Mas, como o crédito de carbono precisa passar pelo critério da adicionalidade – ou seja, ele precisa fazer a diferença em comparação com um cenário em que ele não existisse -, a área florestal protegida deveria estar em risco de desmatamento caso não houvesse o REDD. No entanto, muitos créditos estariam sendo emitidos a partir de florestas que não estariam correndo tanto risco, segundo o jornal inglês. O problema do REDD para manter florestas em pé, diz Piatto, é que ele se torna uma licença para que alguém emita gases-estufa em outro lugar. “O ideal é que houvesse, para cada REDD de floresta em pé, um REDD de restauração”, defendeu ela na sexta-feira (26/5), em debate sobre oportunidades no mercado voluntário de carbono organizado pelo Itaú BBA. Outra dificuldade do REDD é seu alto custo de emissão e verificação, que acaba impedindo pequenos e médios produtores rurais de participarem desse mercado. Piatto observa, por outro lado, que, se muitos produtores conseguissem emitir esses créditos, haveria uma sobreoferta, o que reduziria o preço ainda mais. Atualmente, os créditos de carbono relacionados à redução de desmatamento são negociados por cerca de US$ 5 a tonelada de carbono que se evita. Já os créditos de carbono de projetos que reduzem emissões de gases estão na faixa de US$ 8 a tonelada.

GLOBO RURAL

FRANGOS & SUÍNOS

Carcaça e arroba suína caem forte

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve queda de 1,71%/2,44%, chegando a R$ 115,00/R$ 120,00, enquanto a carcaça especial perdeu 3,33%/3,23%, chegando a R$ 8,70/kg/R$ 9,00/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (25), houve queda de 1,24% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,38/kg, e de 0,50% no Paraná, caindo para R$ 5,98/kg. Ficaram estáveis os preços no Rio Grande do Sul (R$ 6,18/kg), Santa Catarina (R$ 5,80/kg), e São Paulo (R$ 6,46/kg).

Cepea/Esalq

Mercado do frango com quedas nos preços

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto a ave no atacado caiu 2,07%, atingindo R$ 5,68/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, e no Paraná, houve aumento de 1,47%, alcançando R$ 4,83/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (25), houve queda de 0,47% para a ave congelada, caindo para R$ 6,30/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,31%, fechando em R$ 6,42/kg.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Frango se valoriza, insumos recuam, e poder de compra avança

O poder de compra do avicultor vem crescendo nesta parcial de maio frente ao observado no mês anterior, devido à valorização do frango vivo e dos recuos nos valores dos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja), de acordo com dados do Cepea. O avanço no preço médio mensal do frango vivo se deve ao aquecimento da demanda pela carne registrado no início de maio, que impulsionou as cotações do vivo naquele período. 

Cepea

Rio de Janeiro registra 3º caso de gripe aviária em animais

Trata-se de um trinta-réis-de-bando, encontrado na Ilha do Governador. Secretaria de Agricultura destaca medidas de biossegurança

O estado do Rio de Janeiro registrou o terceiro caso de ave silvestre migratória contaminada com influenza aviária (H5N1), a chamada gripe aviária. O governo do Rio informou, no sábado (27) à noite, que o trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) foi encontrado na Ilha do Governador, zona norte do Rio. De acordo com o comunicado, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) fez a análise do material da ave que foi recolhida, por profissional especializado, na terça-feira (23). O governo estadual acrescentou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) das secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e municipal de Saúde do Rio de Janeiro está monitorando as três pessoas que atuaram no recolhimento do animal. “Até o momento, nenhuma delas apresenta sintoma gripal e, por isso, não foram colhidas amostras para exames”, apontou o comunicado. Ainda em maio, outras duas aves silvestres da mesma espécie foram identificadas, com o vírus H5N1. “Elas foram encontradas em São João da Barra, no Norte Fluminense, e em Cabo Frio, na região dos Lagos”, completou o Executivo fluminense. As ações de monitoramento e prevenção para evitar a disseminação do vírus no estado, segundo autoridades estaduais, foram intensificadas. A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) divulgou, nesta semana, “o Plano de Contingência que estabelece medidas de controle para detectar precocemente e conter a disseminação da Influenza Aviária em aves domésticas, silvestres e exóticas”. Além disso, por se tratar de zoonose com potencial pandêmico, o documento estabelece o fluxo de informação entre os órgãos envolvidos. “As secretarias de Saúde e de Agricultura instituíram um fluxo de comunicação para informar qualquer mortalidade de aves suspeitas, assim como pessoas com suspeita de síndrome gripal com histórico de contato com aves suspeitas”, completou na nota.

Seappa/RJ

INTERNACIONAL

Abates recuam 10% nos EUA

Em abril, a produção total de carne vermelha dos Estados Unidos caiu 8%, em relação a igual período de 2022. No ano, a retração é de 2%.

Os abates de bovinos no mês recuaram para 2,54 milhões de cabeças, uma queda de 10% em relação a 2022. Os norte-americanos são concorrentes dos brasileiros no mercado externo. Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que registrou, ainda, retração de 4% na oferta de carne de porco em abril.

FOLHA DE SP

França confirma vacinação contra gripe aviária após testes favoráveis

A França confirmou seu objetivo de lançar um programa de vacinação contra a gripe aviária no outono

A França confirmou seu objetivo de lançar um programa de vacinação contra a gripe aviária no outono, depois que os resultados de uma série de testes na vacinação de patos mostraram “eficácia satisfatória”, disse o ministério da agricultura. Uma cepa grave de gripe aviária altamente patogênica, comumente chamada de gripe aviária, devastou a produção de aves em todo o mundo, levando ao abate de mais de 200 milhões de aves nos últimos 18 meses. A França foi o país mais atingido da União Europeia e enfrenta um forte ressurgimento de surtos desde o início deste mês na parte sudoeste do país, principalmente entre patos. Já havia lançado uma pré-encomenda de 80 milhões de vacinas no mês passado, que precisava ser confirmada com base nos testes finais realizados pela agência francesa de segurança sanitária ANSES. “Esses resultados favoráveis forneceram garantias suficientes para lançar uma campanha de vacinação já no outono de 2023”, escreveu o ministério da agricultura em seu site. Os governos, muitas vezes tímidos em usar a vacinação devido às restrições comerciais que ela pode acarretar, têm considerado cada vez mais adotá-las para conter a propagação do vírus e evitar a transmissão inter-humana. Os resultados dos testes demonstraram um bom controle da transmissão do vírus em patos-mula vacinados, uma diferenciação entre animais infectados e vacinados, conhecido como princípio DIVA, e uma redução na excreção de vírus por aves vacinadas, disseram as conclusões do teste. A França encarregou duas empresas, a francesa Ceva Animal Health e a alemã Boehringher Ingelheim, de desenvolver vacinas contra a gripe aviária para patos. Vários outros países da UE estão realizando testes, incluindo a Holanda em galinhas poedeiras e a Itália em perus. Os primeiros resultados na Holanda mostraram que as vacinas testadas eram eficientes.

REUTERS

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