Ano 9 | nº 1971 |04 de maio de 2023
NOTÍCIAS
Queda na cotação dos bovinos destinados ao mercado interno em São Paulo
Boa parte das indústrias frigoríficas ficaram fora das compras. Há oferta de gado, mas não há necessidade dos compradores em avançar suas escalas de abate
As vendas de carne bovina à China, em função do feriado local, têm ocorrido mais compassadas. No mercado interno, o que há de oferta, atende à demanda, que segue paulatina. Por isso, os preços de todas as categorias, em São Paulo, caíram R$5,00/@ na comparação diária. Para o “boi China”, estabilidade no preço. Na região Oeste da Bahia, os preços permaneceram firmes na região, sem alteração na comparação feita dia a dia. Mas, por conta do baixo escoamento de carne, boa oferta de bovinos e alongamento das escalas de abate, há tendência de baixa em curto prazo. Na exportação de carne bovina in natura em abril, foram exportadas 110,3 mil toneladas, com embarque médio diário de 6,1 mil toneladas, queda de 26,0% em comparação com a média diária de abril/22. O faturamento médio diário está em US$29,3 milhões, queda de 42,9% no mesmo comparativo.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Dólar tem queda firme e volta a ficar abaixo dos 5 reais
O dólar à vista fechou em baixa firme ante o real na quarta-feira, com investidores ajustando posições e reagindo ao cenário externo, onde a moeda norte-americana também recuava ante outras divisas e com o Federal Reserve sinalizando possível pausa no ciclo de alta de juros
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9926 reais na venda, em baixa de 1,06%. A moeda dos EUA recuou durante praticamente toda a sessão, em meio a temores de desaceleração da economia norte-americana. No meio da tarde, o Fed anunciou elevação de 0,25 ponto percentual em sua taxa de juros, para a faixa de 5,00% a 5,25%, mas passou indicações de que pode interromper o atual ciclo de alta. Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,02%, a 5,0170 reais. “O mercado na terça-feira já estava se antecipando à decisão do Fed. A expectativa de que o Fed subiria juros acabou fortalecendo o dólar ontem. Ontem (quarta-feira), houve um movimento de ajuste”, disse a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest. De acordo com Rafael Pacheco, economista da Guide Investimentos, a reação negativa ao noticiário do setor bancário nos EUA no início da semana, após episódio de intervenção de reguladores no norte-americano First Republic, gerou aversão ao risco na terça-feira, que impulsionou o dólar em todo o mundo. “Nesta quarta, este movimento ficou de lado, e o mercado passou a ver chance de desaceleração da economia norte-americana. Então, o dólar tende a se enfraquecer globalmente”, comentou. O analista Lucas Serra, da Toro Investimentos, chamou a atenção também para a fala do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, após a decisão. Entre outras coisas, Powell afirmou que é “possível” que os EUA passem por uma “recessão leve”. “O mercado estava em dúvida se haveria um aumento adicional de juros nos EUA. Com as falas, muito provavelmente este foi o último aumento”, disse Serra. Os investidores vão estar atentos a possíveis sinalizações sobre quando o BC iniciará o ciclo de cortes da Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.
REUTERS
Ibovespa fecha em leve queda com investidores analisando Fed e à espera do Copom
Índice local acompanhou a piora das bolsas de Nova York
Após algumas mudanças de sinal durante o pregão, o Ibovespa encerrou a quarta-feira em leve queda, com as atenções dos investidores divididas entre a temporada de balanços corporativos e a decisão de política monetária do Federal Reserve, que elevou os juros americanos em mais 0,25% ponto percentual, para o intervalo de 5% a 5,25%. Agentes aguardam, ainda, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. No fim do dia, o Ibovespa recuou 0,13%, aos 101.797 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 15,71 bilhões no Ibovespa e R$ 20,23 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,70%, aos 4.090 pontos, Dow Jones fechou em queda de 0,80%, aos 33.414 pontos e Nasdaq registrou piora de 0,46%, aos 12.025 pontos. Após apresentar volatilidade relevante nas primeiras horas de negócios, com movimentações guiadas pelo desenrolar da temporada de balanços, o Ibovespa passou a acompanhar, ao menos em parte, a reação das bolsas de Nova York à decisão de juros do Fed. Após avançar com a perspectiva de que o banco central americano realizou hoje sua última alta de juros do ciclo, os ativos de renda variável voltaram ao campo negativo por conta da falta de indicações sobre quando começarão os cortes. Em uma sugestão de que as autoridades poderiam interromper os aumentos das taxas após o último movimento, o Fed cortou uma frase de sua declaração de política anterior, em março, que dizia que alguns aumentos adicionais de política poderiam ser apropriados. No entanto, durante sua entrevista coletiva, o presidente da autarquia, Jerome Powell, disse que o cenário desenhado pelo banco central não suporta cortes na taxa de referência tão cedo. Em relação à influência na decisão de juros local, o posicionamento da autoridade monetária americana pode dar algum conforto ao Copom de que a inflação global irá recuar.
VALOR ECONÔMICO
Banco Central resiste à pressão do governo e mantém juros em 13,75% ao ano pela 6ª vez seguida
Mesmo com a estabilidade da taxa Selic pela sexta reunião consecutiva, o Brasil continua a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo, em uma lista com 40 economias. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está agora em 6,82% ao ano. Em segundo lugar na lista que considera as economias mais relevantes, aparece o México (6,13%), seguido da Colômbia (5,13%). A média dos 40 países avaliados é de -0,29%.
O Banco Central resistiu às renovadas pressões do governo e manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida no Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão, que mantém a Selic no maior nível desde janeiro de 2017, já era amplamente esperada pelo mercado financeiro. Desde a última reunião, em março, os membros do Copom têm reiterado que as condições para a queda dos juros básicos ainda não estão postas no Brasil. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem dito que a desaceleração da inflação tem sido lenta e que é preciso redução das expectativas inflacionárias, que já “fugiram” muito da meta. No último Boletim Focus, a projeção de inflação para 2023 era de 6,05% – bastante acima do teto da meta de 4,75%, o que aponta para três anos seguidos de descumprimento pelo BC de seu mandato principal, após 2021 e 2022. Para 2024, a previsão de mercado é de 4,18%, o que já supera o centro da meta de 3,00%, mas está dentro do limite máximo de tolerância, de 4,50%.
O ESTADO DE SÃO PAULO
Brasil registra fluxo cambial positivo de US$844 mi em abril, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 844 milhões de dólares em abril, puxado pela entrada de moeda pela via comercial, após encerrar março com entradas líquidas de 3,745 bilhões de dólares, informou na quarta-feira o Banco Central
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas de 5,174 bilhões de dólares em abril. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de abril foi positivo em 6,018 bilhões de dólares. No acumulado do ano até 28 de abril, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 13,533 bilhões de dólares.
REUTERS
Agroindústria registra queda de 3,4% em fevereiro ante mesmo mês do ano anterior, informa FGVAgro
De acordo com a pesquisa mensal do FGV Agro sobre a Agroindústria, em fevereiro de 2023, a produção agroindustrial registrou uma queda de 3,4% frente ao mesmo mês do ano anterior. Trata-se da primeira contração após quatro meses consecutivos de altas interanuais
Essa queda foi derivada tanto do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas quanto, sobretudo, pelo de Produtos Não-Alimentícios, uma vez que registraram contrações em suas produções de, respectivamente, 1,6% e 5,7%. Vale lembrar que, nos últimos meses de 2022, a produção da Agroindústria entrou em uma trajetória de desaceleração, com taxas de crescimento cada vez menores (e, agora, queda). No entanto, é importante destacar que a perda de ritmo da produção da Agroindústria acompanhou o desaquecimento da economia brasileira, não sendo, portanto, um fenômeno exclusivo do setor. Na verdade, a Agroindústria tem demonstrado uma maior resiliência do que outro importante ramo da indústria brasileira: no acumulado no ano, enquanto a queda da produção agroindustrial foi de -1,0%, na Indústria de Transformação a contração foi de -1,9%.
FGVAgro
Monitor do PIB da FGV aponta crescimento de 2,5% em fevereiro ante janeiro
No trimestre móvel encerrado em fevereiro, o PIB teve expansão de 2,7% na comparação anual
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,5% em fevereiro ante janeiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado na quarta-feira, 3. Na comparação com fevereiro de 2022, a atividade econômica teve expansão de 2,7% em fevereiro de 2023. “O forte crescimento de 2,5% da economia em fevereiro foi devido, principalmente, à atividade agropecuária. Embora a indústria e os serviços também tenham crescido na comparação com janeiro, o expressivo desempenho agrícola, justificado principalmente pela safra recorde de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura, é o grande destaque da economia no mês. Com a maior parte da colheita de soja sendo realizada nos meses de fevereiro, março e abril, este resultado sugere persistência do bom desempenho econômico no início do ano”, afirmou Juliana Trece, Coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial. O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo IBGE, responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. No trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2023, o PIB teve expansão de 2,7% ante o mesmo período do ano anterior. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,4%, puxado pelo consumo de serviços e de produtos não duráveis. “Como já tem sido observado nos meses anteriores, no consumo de serviços há disseminação desse crescimento entre vários segmentos. Já no consumo de não duráveis destaca-se a contribuição do segmento alimentício e, principalmente, o de combustíveis”, apontou a FGV, em nota.
O ESTADO DE SÃO PAULO
MEIO AMBIENTE
Pará avança em rastreabilidade
Projeto Selo Verde-Pará 2.1 cruza 30 bancos de dados e imagens de satélite
Pesquisadores do Centro de Inteligência Territorial (CIT), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveram uma plataforma que mapeia as cadeias produtivas da soja e da carne bovina no Pará. O algoritmo cruza 30 bancos de dados públicos e utiliza imagens de alta qualidade geradas por satélite para fazer o diagnóstico socioambiental das mais de 280 mil fazendas do Estado. Felipe Nunes, diretor-presidente do CIT, explica que o Selo Verde – Pará 2.1 é provavelmente o primeiro sistema governamental capaz de monitorar os fornecedores indiretos das indústrias – um dos principais imbróglios na luta contra o desmatamento no país. São produtores que vendem gado ou grãos para outras fazendas. O algoritmo tem acesso às Guias de Trânsito Animal (GTAs) que acompanham a movimentação do gado. Devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o sistema preserva as informações consideradas pessoais e sigilosas dos produtores. “O pulo do gato é que a plataforma faz toda essa análise e apresenta só o diagnóstico”, afirma Nunes. A iniciativa já chamou a atenção de outros Estados da Amazônia Legal, que demonstraram interesse em replicar o projeto, inclusive em outras culturas. “Acreditamos que esse sistema pode ser usado em qualquer Estado do Brasil”, afirma Nunes. A UFMG fechou um acordo de cooperação com o governo do Pará para aplicar tecnologias de monitoramento de cadeias produtivas, combate ao desmatamento e apoio à agenda de sustentabilidade. Com base nos dados obtidos no projeto, Nunes estima que 20% das fazendas paraenses possuam algum tipo de irregularidade ambiental. “É uma minoria que prejudica a imagem do todo, mas a plataforma já apresenta caminhos para que eles possam se regularizar com os mecanismos já existentes”, salienta o diretor do CIT. “São produtores que muitas vezes não têm nem um diagnóstico da própria situação”. O projeto conta com apoio tecnológico e recursos financeiros da gigante Amazon, que doou R$ 1,8 milhão a fundo perdido. A Amazon Web Services (AWS), empresa de computação em nuvem do mesmo grupo, também disponibilizou R$ 500 mil em créditos para hospedagem da plataforma. “A estimativa é que eles possam trabalhar por um ano, pelo menos, com a possibilidade de renovarem [a hospedagem da plataforma]”, explica Paulo Cunha, diretor-geral para o setor público da AWS no Brasil. A empresa também está ajudando na estruturação dos dados para que eles possam se comunicar, ainda que oriundos de fontes diferentes. “E também ajudamos a otimizar o uso da capacidade computacional e gerar automações que facilitem a consulta desses dados”, acrescenta.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos com alta para o animal vivo em SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,80 o quilo
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (2), o preço ficou estável em Minas Gerais, fixado em R$ 6,46/kg, e houve alta somente em São Paulo, na ordem de 1,82%, chegando a R$ 6,73/kg. Foi registrada queda de 1,17% no Paraná, atingindo R$ 5,89/kg, baixa de 0,32% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,26/kg, e de 0,84% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,90/kg.
Cepea/Esalq
Alta no Frango na granja, congelado e resfriado em SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja teve alta de 4,17%, chegando a R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado ficou estável em R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, não houve mudança de preço, ficado em R$ 4,83/kg, enquanto Santa Catarina registrou baixa de 11,63%, atingindo R$ 4,33/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (2), houve aumento de 1,39% para o frango congelado, valendo R$ 6,55/kg, e de 1,32% para a ave resfriada, fechando em R$ 6,55/kg.
Cepea/Esalq
Uruguai inicia entrega de vacinas contra a Gripe Aviária
A equipe técnica da Divisão de Saúde Animal do Ministério de Gado, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai iniciou na terça-feira (2) a entrega de 468 mil doses de vacina vetorizada contra a Gripe Aviária aos veterinários responsáveis credenciados pela Pasta
As doses vindas dos Estados Unidos serão destinadas a galinhas poedeiras e reprodutores. No total serão 900 mil doses desta vacina para incubadoras nesta primeira parcela. As vacinas são acondicionadas em 225 frascos de 4.000 doses cada, congelados em garrafas térmicas de nitrogênio líquido a -195°C. A distribuição da vacina inativada destinada a animais adultos do México começa na próxima semana. Durante a atividade, o subsecretário, Ignacio Buffa, acompanhou o processo e disse que a principal defesa para que a doença não entre em granjas comerciais é melhorar as condições de biossegurança, por isso a campanha de vacinação está sendo realizada sob este lema. Ele também acrescentou que: “Não há contraindicação para consumir carnes e derivados devido a esta vacina e convidamos a população a continuar com este saudável costume”.
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