Ano 9 | nº 1969 |02 de maio de 2023
NOTÍCIAS
Scot Consultoria: Queda na cotação da novilha em São Paulo
Às sextas-feiras são normalmente calmas. Contudo, com o alongamento das escalas de abate, grande parte das indústrias optaram por ficar fora das compras
Entretanto, os compradores ativos ofertaram R$5,00/@ a menos para a novilha. A cotação do boi está em R$267,00/@, a da vaca em R$247,00/@ e a da novilha em R$257,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está cotado em R$270,00/@, com ofertas de compra abaixo dessa referência. No Espírito Santo, as escalas de abate confortáveis permitiram aos compradores ofertar menos R$3,00/@ de boi e menos R$2,00/@ de novilha no comparativo diário. A cotação do boi está em R$232,00/@, a da vaca em R$222,00/@ e a da novilha em R$225,00/@, preços brutos e a prazo. Na região de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul, a cotação do boi está estável na comparação diária. As cotações das fêmeas (vaca e novilha) caíram R$2,00/@. Assim, a cotação do boi está em R$255,00/@, a da vaca R$235,00/@ e a da novilha em R$240,00/@, preços brutos e a prazo
SCOT CONSULTORIA
Boi: preços seguem caindo, com reflexos no atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina também estão caindo, e o viés para os preços segue negativo para o curto prazo
O mercado físico do boi gordo apresentou queda de preços em São Paulo na sexta-feira (28). Frigoríficos buscaram preços mais baixos devido a posição confortável em relação à escala de abates. Há boa oferta de animais no mercado e deve seguir avançando até o auge da safra. A redução de chuvas no Centro-Norte do país prejudica as pastagens e a retenção do boi gordo pelos pecuaristas. Em São Paulo, foram evidenciadas tentativas de compra abaixo da referência média, e animais padrão China foram negociados entre R$ 265/270/@ a prazo. Em Minas Gerais, os preços recuaram, e animais padrão China foram negociados entre R$ 260/265/@ a prazo. Em Goiás, foram evidenciadas compras abaixo da referência média, e na região de Goiânia, o boi gordo foi negociado em R$ 245/@ a prazo. No Mato Grosso do Sul, os preços recuaram, e em Campo Grande, indicou-se negócios pontuais a R$ 250/@ a prazo. No mercado atacadista, os preços da carne bovina também estão caindo, e o viés para os preços segue negativo para o curto prazo. A entrada de salários deve trazer fôlego para a demanda na ponta final no decorrer da primeira quinzena de maio. Os cortes do frango, concorrente direto, apresentam preços competitivos neste momento. O quarto traseiro foi precificado a R$ 19,90 por quilo, queda de dez centavos. A ponta de agulha recuou dez centavos e foi cotada a R$ 14,90 por quilo. O quarto dianteiro foi indicado em R$ 14,80 por quilo, queda de dez centavos.
AGÊNCIA SAFRAS
Justiça brasileira proíbe exportação de gado vivo
A Justiça Federal de São Paulo proibiu a exportação de gado vivo de todos os portos do país, uma decisão saudada como histórica na quinta-feira por um grupo de defesa do bem-estar animal
O veredicto, que pode ser objeto de recurso, foi proferido na terça-feira pelo juiz federal Djalma Gomes. “Animais não são coisas. São seres vivos sencientes, ou seja, indivíduos que sentem fome, sede, dor, frio, angústia, medo”, escreveu Gomes na sentença. O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal entrou com uma ação na Justiça Federal em 2017 solicitando que todas as exportações de gado vivo fossem proibidas. Foi concedida uma liminar suspendendo as exportações de gado vivo, mas ela foi posteriormente derrubada pelo Tribunal Federal da 3ª Região (TRF-3), disse a ONG. A ONG chamou a decisão de Gomes de “histórica” pelo reconhecimento do “sofrimento causado aos animais, em uma atividade assemelhada ao tráfico de humanos na época da escravidão”. Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura, disse à Reuters durante um evento da indústria de carne bovina que não conversou com a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre se o governo federal vai entrar com um recurso contra a decisão. Ele disse que decisão judicial se cumpre, mas defendeu o comércio de gado vivo no Brasil, dizendo que os compradores estrangeiros não investiriam em animais que poderiam perder peso durante o transporte. Ele disse que “as acomodações” em que os animais viajam são adequadas e “favoráveis” à continuidade do desenvolvimento do gado. A empresa Minerva, uma das principais fornecedoras de carne bovina e exportadora de gado vivo na América do Sul, não fez comentários imediatos sobre a decisão.
REUTERS
Etapa inicial da vacinação contra aftosa visa 73 mi de bovinos e bubalinos em 14 estados
Pedido de reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação não será feito à OMSA em 2023
Com cerca de 113 milhões de cabeças, MT, MS, TO, DF, GO, MG e ES não vacinarão mais seus animais nesta etapa, porém, não haverá restrição na movimentação de animais e produtos entre as 21 UFs (14 que vacinam e 7 que deixaram de vacinar). Começou ontem (01) a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2023, que segue até o dia 31 de maio. Cerca de 73 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades deverão ser vacinados, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A primeira etapa de vacinação ocorrerá em 14 estados brasileiros (Alagoas, parte do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo), conforme o calendário nacional de vacinação. Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser realizada nos prazos estipulados pelo serviço veterinário estadual. Em caso de dúvidas, a orientação é para que procurem o órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado. Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal – pertencentes ao Bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA) – não vacinarão mais seus animais nesta etapa, conforme a Portaria nº 574, publicada no último dia 3 de abril. A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. As sete unidades federativas (UFs), que não precisarão mais vacinar seu rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa, somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% do rebanho total do país.
MAPA
Boi gordo: milho e animal de reposição em queda podem favorecer confinador
Segundo o Cepea, apesar dos valores do boi gordo estarem enfraquecidos, as baixas nos custos de produção geram certa expectativa positiva para os pecuaristas
As desvalorizações do milho e do boi magro nos primeiros meses de 2023 vêm gerando certa expectativa positiva para os pecuaristas que realizam a terminação do animal para abate em confinamento. Conforme cálculos do Cepea realizados em parceria com a CNA, a alimentação (grãos, sobretudo) pode corresponder de 25% a 35% do Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade pecuária, dependendo da região, ao passo que o animal de reposição pode representar entre 63% e 73% do custo. Por outro lado, os valores do boi gordo estão enfraquecidos, o que acaba gerando certa apreensão entre pecuaristas terminadores.
CEPEA/ESALQ
ECONOMIA
Dólar subiu nesta sexta-feira, mas fechou o mês abaixo de R$ 5
A moeda norte-americana avançou 0,15%, cotada a R$ 4,9874; em abril, acumulou queda de 1,61%
O dólar fechou a última sessão do mês em alta, na medida em que investidores digeriram dados de inflação dos Estados Unidos e monitoraram indicadores econômicos na agenda local. Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,15%, cotada a R$ 4,9874. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,0184. Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,52%, cotada a R$ 4,9801. Mesmo com o resultado positivo, no entanto, a moeda não conseguiu superar os R$ 5 nem recuperar as perdas no mês. Assim, acumulou queda de 1,40% na semana e recuo de 1,61% no mês. Baixa de 5,51% no ano. Houve, na sexta-feira, dois indicadores importantes no Brasil. O primeiro foi a taxa de desemprego no país, que subiu para 8,8% no trimestre móvel terminado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor resultado para o trimestre desde 2015, quando fechou em 8%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre outubro e dezembro, o período traz aumento de 0,9 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,1%. Com isso, o número absoluto de desocupados teve alta de 10% contra o trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas. São 860 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado o último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 21,1%, ou 2,5 milhões de trabalhadores. Além disso, o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou forte expansão de 3,32% em fevereiro, na comparação com janeiro. O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de “compensação” para comparar períodos diferentes. O indicador aponta melhora da economia, após estagnação registrada em janeiro. O crescimento do indicador em fevereiro foi o maior desde junho de 2020 – quando foi registrada uma alta de 4,86%. Com isso, foi a maior alta em 33 meses, segundo a série histórica do Banco Central.
G1/VALOR/O GLOBO
Ibovespa avança mais de 1% com impulso de NY e Petrobras
O Ibovespa avançou na sexta-feira, véspera de feriado prolongado, com ajuda do cenário externo, após dados econômicos nos Estados Unidos, e endosso local, em especial pela alta de Petrobras
O Ibovespa subiu 1,47%, a 104.431,63 pontos. O volume financeiro somou 25 bilhões de reais. O índice acumulou avanço marginal de 0,06% na semana, enquanto, no mês, subiu 2,5%. A bolsa não teve negociações na segunda-feira por causa do Dia do Trabalhador. O Ibovespa teve manhã volátil, tendo firmado ganhos apenas após a divulgação de dados positivos da economia norte-americana, em especial o indicador de tendência industrial PMI de Chicago de abril, que veio a 48,6, ainda representando contração, mas bem melhor que a estimativa do mercado de 43,5. O Fed se reúne na semana que vem e as expectativas majoritárias são de alta de 0,25 ponto percentual nos juros. Essas projeções foram mantidas após o núcleo do índice de inflação PCE, o preferido do banco central norte-americano para definição da política monetária, vir dentro do esperado na sexta-feira. Ajudado também por balanços, como de Intel e Exxon, os principais índices acionários subiram em Wall Street. O S&P 500 aumentou 0,83% na sessão. O humor mais positivo foi endossado por dados econômicos locais, à medida que a taxa de desemprego do primeiro trimestre veio abaixo do esperado por analistas e a atividade econômica do Brasil, em fevereiro, medida pelo IBC-Br teve a maior taxa de expansão em pouco mais de dois anos e meio. “A atividade econômica mostra resiliência”, disse Leandro De Checci, analista de investimentos da XP, citando dado de aberturas de vagas formais de trabalho, também positivo, divulgado na véspera. O BC tem reunião de política monetária na semana e a expectativa majoritária é de manutenção da Selic em 13,75% ao ano.
REUTERS
IBC-Br tem alta de 3,32% em fevereiro, mostra BC
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 3,32% em fevereiro, segundo dados divulgados pelo BC na sexta-feira. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 2,76%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um crescimento de 3,08%, de acordo com números observados.
REUTERS
Dívida pública bruta fica estável em março
A dívida bruta do país se manteve estável em março como proporção do PIB, mesmo com um déficit nas contas do setor público no mês, mostraram dados do Banco Central na sexta-feira, que também apontaram uma disparada das despesas do governo com juros em 12 meses
Os juros do setor público chegaram a 65,3 bilhões de reais em março e passaram a representar 6,85% do PIB –693,6 bilhões de reais– em 12 meses, ante 4,46% no mesmo período do ano passado. Isso marca o maior percentual sobre o PIB registrado na série do banco central desde junho de 2017. A escalada do peso dos juros não tem sido acompanhada de um aumento da relação dívida/PIB –que estava em 77,4% do PIB há um ano e fechou março em 73%, mesmo nível de fevereiro– em parte por causa de resgates líquidos de títulos públicos no ano, com o Tesouro Nacional optando por reduzir as emissões em um período de incertezas, e principalmente pelo crescimento nominal do PIB, que ganha força com a inflação. O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem consistentemente pedido uma redução nas taxas básicas de juros, mas o Banco Central segue cauteloso com a dinâmica inflacionária e mantém suas taxas de juros de referência no maior patamar em seis anos, de 13,75%, desde setembro. Em março, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 14,182 bilhões de reais, superior à expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 9,028 bilhões de reais. O governo central teve déficit de 9,712 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram saldo primário negativo de 4,625 bilhões de reais e as estatais tiveram superávit de 154 milhões de reais, mostraram os dados do BC. Já a dívida líquida foi a 57,2%, de 56,6% em fevereiro.
REUTERS
Brasil fecha 1º tri com aumento da taxa de desemprego
No entanto, mostra recuo ante os 11,1% no mesmo período do ano passado, e marca a leitura mais baixa para o período desde 2015 (8,0%)
O Brasil encerrou o primeiro trimestre com 9,4 milhões de pessoas sem emprego e taxa de desemprego de 8,8%, consolidando o movimento de perda de fôlego da recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia. A leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou elevação ante a taxa de 7,9% registrada no quarto trimestre de 2022. O dado divulgado na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou ainda abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 9,0%. Analistas avaliam que a taxa de desemprego deve apresentar daqui pra frente uma lenta trajetória de elevação. Entre as razões estão, além do esgotamento da recuperação após a Covid-19, os impactos da política monetária restritiva e a desaceleração econômica global. No primeiro trimestre, o número de desempregados aumentou 10,0% em relação aos três meses anteriores e chegou a 9,432 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2022, no entanto, houve queda de 21,1%. Já o total de ocupados caiu 1,6% em relação ao quarto trimestre, a 97,825 milhões, mas avançou 2,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2022. “Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. “Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, completou. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado recuaram 0,5% no primeiro trimestre, enquanto os que não tinham carteira caíram 3,2%. O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,1%, de 57,2% no trimestre anterior e 55,2% em igual trimestre do ano anterior. “A queda na ocupação reflete principalmente a redução dos trabalhadores sem carteira, seja no setor público ou no setor privado”, disse Beringuy. No período, a renda média real foi de 2.880 reais, de 2,861 reais no quarto trimestre.
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Dívida pública bruta permanece em 73% do PIB em março, mostra BC
A dívida bruta do Brasil registrou manutenção em março, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário, de acordo com dados divulgados na sexta-feira pelo Banco Central
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou o mês passado em 73,0%, repetindo a mesma taxa do mês anterior. Já a dívida líquida foi a 57,2%, de 56,6% em fevereiro. Em março, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 14,182 bilhões de reais, mais do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 9,028 bilhões de reais. O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 9,712 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram saldo primário negativo de 4,625 bilhões de reais e as estatais tiveram superávit de 154 milhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.
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Confiança de serviços tem recuperação em abril, mas deve se acomodar em nível baixo, diz FGV
A confiança do setor de serviços no Brasil teve recuperação em abril para o maior patamar em cinco meses, mas provavelmente se acomodará em nível baixo para padrões históricos devido à permanência de incertezas, disse nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV)
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou pelo segundo mês consecutivo, em 0,7 ponto, para 92,4 pontos, maior nível desde novembro do ano passado (93,7 pontos). Colaborando para esse resultado, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,7 ponto em abril, para 94,8 pontos, pico desde novembro passado (96,9 pontos). O Índice de Expectativas, por sua vez, teve variação negativa de 0,2 ponto, para 90,2 pontos. “Depois de um período de desaceleração mais intensa, o ICS começa a dar sinais de recuperação ou de que pelo menos o pior momento pode ter passado”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. No entanto, ele ressaltou que só foram recuperados 26% de toda perda que ocorreu a partir do último trimestre do ano passado, e, “para os próximos meses, o cenário parece estar mais relacionado a uma acomodação nesse patamar baixo do que uma aceleração dessa recuperação, isso porque os fatores macroeconômicos que contribuíram para desaceleração ainda permanecem presentes”.
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GOVERNO
Ministro Fávaro reafirma em SP que rastreabilidade da pecuária é inevitável
Modelo de sistema será discutido com iniciativa privada e prevê adoção gradativa; quem adotar as boas práticas será favorecido
O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na noite quinta-feira em São Paulo que não há outro caminho para desenvolver a pecuária brasileira sem a adoção da rastreabilidade, ou seja, o acompanhamento de todo o percurso de uma matéria-prima, desde a sua origem até o uso no produto final. Ele participou, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, de dois eventos na capital paulista: o Encontro Marfrig Verde Mais e 31ª Edição do Prêmio Revista Ferroviária, que homenageou o ex-ministro Blairo Maggi. “Eu posso garantir que a imensa, mas a imensa maioria dos nossos pecuaristas aplicam boas práticas na condução das suas propriedades. Mas por falta da rastreabilidade, aqueles poucos que cometem crimes ambientais, que não respeitam a legislação, que fazem desmatamento ilegal, que fazem queimadas ilegais, que invadem terras públicas, contaminam todo o sistema e prejudicam todos aqueles que utilizam boas práticas”, afirmou. Segundo ele, a rastreabilidade vai permitir separar o joio do trigo e valorizar quem produz de forma adequada. Incentivos no Plano Safra e abertura de novos mercados foram algumas das vantagens anunciadas por Fávaro. O Ministro disse ainda que a adoção desse controle de produção deve ser gradativa e que o governo está determinado a dar o primeiro passo em parceria com a iniciativa privada. No dia 18 de abril, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina a proposta de um sistema voluntário e com prazo mínimo de oito anos para adaptação dos produtores rurais. Nessa proposta, o controle a gestão e o controle da distribuição da numeração oficial e o banco de dados ficariam a cargo da CNA e não estariam disponíveis de forma pública. Os integrantes da Câmara Setorial do Mapa têm até o dia 15 de maio para sugerir melhorias e ajustes, que serão validados na reunião ordinária da Câmara Setorial no dia 30 de maio. Em seguida, a proposta será protocolada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Geraldo Alckmin destacou que o governo tem compromisso com desmatamento ilegal zero. “O desmatamento na Amazônia não é feito por agricultor nem pecuarista. É grilagem de terra por falta de fiscalização, de titulação. Todas as providências estão sendo tomadas no sentido de coibir e de combater”, afirmou. Segundo ele, as mudanças climáticas dependem de três florestas tropicais: Brasil (floresta Amazônica), Indonésia e República do Congo. “É nosso dever preservar as nossas florestas e, ao mesmo tempo, buscarmos alternativas econômicas para a região lá localizada. Temos uma legislação espetacular, que é o Código Florestal, que precisa ser cumprido. Mas é uma legislação extremamente avançada”, afirmou. Ainda de acordo com Alckmin, o Brasil quer ser o grande protagonista do combate às mudanças climáticas.
MAPA
FRANGOS & SUÍNOS
Preços das carnes de frango e suína fecham abril em queda, aponta Cepea
O preço da carcaça suína especial na Grande São Paulo caiu pelo segundo mês consecutivo em abril, refletindo fraco consumo doméstico, e a carne de frango recuou cerca de 8% no mês passado, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)
O preço da carcaça suína caiu 2,13% em abril, fechando na média de R$ 9,67 o quilo. A queda acumulada nos últimos dois meses (março e abril) é de 14,3%. A carne de frango congelada teve queda de 8,37% em abril, a R$ 6,46 o quilo, e a carne de frango resfriada recuou 7,94%, cotada a R$ 6,49, refletindo menor procura por parte dos atacadistas e varejistas. Segundo o Cepea, os frigoríficos passaram a ter mais cautela com a elevação dos estoques dos produtos de origem avícola. Para a carne bovina, o movimento de preços em abril foi de leve valorização. “Neste cenário, a competitividade da carne suína vem avançando frente às concorrentes”, disse o Cepea em nota.
CEPEA
Suínos: quedas pontuais para o animal vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,80 o quilo
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (27), houve queda de 1,00% no Paraná, chegando a R$ 5,96/kg, e de 2,62% em Santa Catarina, atingindo R$ 5,95/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,46/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,32/kg), e São Paulo (R$ 6,57/kg).
Cepea/Esalq
Frango termina a sexta-feira estável em SC e com leve queda no PR
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,80/kg, enquanto o frango no atacado aumentou 0,78%, custando R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina o valor ficou inalterado em R$ 4,90/kg, enquanto no Paraná, houve tímida queda de 0,21%, valendo R$ 4,83/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (27), a ave congelada ficou estável em R$ 6,59/kg, enquanto o frango resfriado valorizou 1,07%, fechando em R$ 6,61/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Poder de compra aumenta, mesmo com desvalorização do vivo
O poder de compra do avicultor vem avançando em abril frente ao mês anterior, apesar da desvalorização do frango vivo no mercado doméstico
De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário favorável ao produtor foi possível devido aos recuos mais expressivos nos valores dos principais insumos utilizados na atividade avícola (milho e farelo de soja). De acordo com levantamento do Cepea, a baixa nos preços do vivo está atrelada à menor procura por carne de frango por parte dos atacadistas e varejistas. Esse movimento acabou pressionando as cotações do animal, uma vez que os frigoríficos passaram a ter mais cautela com a elevação dos estoques dos produtos de origem avícola, levando-os a demandarem menos lotes de frango vivo. Para o milho, a desvalorização é reflexo da menor demanda, da melhora no ritmo da colheita da safra verão (que eleva a oferta em todas as regiões) e do desenvolvimento satisfatório da segunda safra. E para o farelo de soja, a queda das cotações também está associada à demanda enfraquecida, além do menor custo com a matéria-prima.
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