Ano 8 | nº 1803 | 23 de agosto de 2022
NOTÍCIAS
BOI: Poucos negócios em São Paulo
Como geralmente ocorre, o início da semana começou devagar no mercado do boi gordo, com a maioria dos frigoríficos fora das compras
No Sudoeste do Mato Grosso, na comparação feita dia a dia, a cotação da novilha gorda caiu R$2,00/@, para as demais categorias os preços estão estáveis. As cotações dos animais terminados ficaram estáveis, com a referência para o boi gordo valendo R$ 295/@ em São Paulo, enquanto a vaca e a novilha seguem cotadas R$ 274/@ e R$ 290/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), informa a Scot. Bovinos destinados à exportação, o chamado boi-China, estão cotados em R$ 305/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo). No Mercado atacadista de carne com osso, na comparação feita semana a semana, a cotação da carne com osso caiu. O destaque vai para o dianteiro, cuja queda foi de 3%. A cotação do traseiro caiu 2,4%. A cotação da carcaça de bovinos castrados e inteiros caiu 2,4% e 0,4%, no período.
SCOT CONSULTORIA
Receita com exportação de carne bovina pode superar US$ 1 bilhão em agosto
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, informa que o desempenho das exportações de carne bovina permanece positivo tanto em volume quanto em receita
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o movimento das exportações de Carne bovina in natura até a terceira semana de agosto (15 dias úteis) indicam que se pode superar a receita de um bilhão de dólares até o final do mês. Iglesias pondera que um ponto de atenção é que o frigorífico que opera somente no mercado interno não tem a mesma realidade. “A disparidade na formação de receita daqueles frigoríficos que exportam para os que operam apenas no mercado interno é grande e se forma, no médio e longo prazo, uma concentração de mercado. Para o ano deve ser recorde em volume em receita”, disse. A receita obtida com as exportações de carne bovina até o momento, US$ 804 milhões representa 77,9% do montante obtido em agosto de 2021, que foi de US$ 1,031 bilhão No volume embarcado, as 128.548 toneladas, elas são 70,77% do registrado em agosto do ano passado, com 181.623 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 53.6 milhões e é 14,3% maior que a registrada em agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 3,9%. Em toneladas por média diária, foram 8.569 toneladas, houve avanço de 3,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparada a semana anterior, redução de 3,4%. No preço pago por tonelada, US$ 6.255, ele é 10,1% superior ao praticado em agosto do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,4%.
AGÊNCIA SAFRAS
Imea espera alta no uso da capacidade de frigoríficos em agosto
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) espera um aumento da utilização da capacidade real de frigoríficos em Mato Grosso em agosto, conforme informou em relatório na segunda-feira (22)
“Para agosto de 2022, espera-se um cenário altista na utilização da capacidade real das indústrias, pois a notícia de que uma planta exportadora foi embargada e outras três entraram em férias coletivas movimentou o mercado, o que pode acarretar uma diminuição na ociosidade industrial no mês”, informou o Imea. Em julho, a utilização real de frigoríficos no estado com o maior rebanho de bovinos do país subiu 0,29 ponto percentual para 86,29%. A utilização frigorífica operacional avançou 4,38 p.p. para 69,54%. O aumento na utilização de frigoríficos foi reflexo do incremento no número de abates no estado. O abate total de bovinos em MT em julho subiu 4,36% ante junho para 455,02 mil cabeças.
CARNETEC
Boi: virada do mês deve movimentar o mercado
Segundo Fernando Henrique Iglesias, o mercado espera pela retração dos estoques de carne bovina para que haja recuperação dos preços
O mercado físico do boi gordo seguiu operando com preços enfraquecidos na segunda-feira (22). De acordo com o analista de Safras & Mercado, os frigoríficos ainda contam com uma posição confortável em suas escalas de abate, ainda com capacidade para exercer pressão sobre os pecuaristas. “A indústria frigorífica de maior porte conta também com a entrada de animais negociados na modalidade à termo, tornando a programação de abates ainda mais tranquila”, diz Iglesias. O analista ainda complementa dizendo que enquanto as escalas não diminuírem e não houver retração dos estoques de carne bovina, é pouco provável que haja recuperação dos preços. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 293, queda de R$4. Já em Dourados (MS), os preços se mantêm em R$279. Em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo finalizou o dia em R$ 270-271. Em Uberaba (MG), preços continuam fixados em R$ 280. Em Goiânia (GO), os preços do boi ficaram estabilizados em R$ 275 a arroba. O atacado iniciou a semana apresentando preços estáveis. No entanto, de acordo com Iglesias, com amplos estoques diante da desaceleração do consumo típica para uma segunda quinzena de mês, a tendência é de queda dos preços até a virada para setembro, quando o mercado deve voltar a se movimentar. O quarto dianteiro do boi continuou cotado em R$ 16,70. Já a ponta de agulha teve preços de R$ 16,60. O quarto traseiro do boi ficou fixado em R$ 21,20 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar fica perto da estabilidade apesar de rali externo da moeda
O dólar fechou em torno da estabilidade na segunda-feira, com taxas acima de 5,20 reais atraindo vendas conforme a moeda perdeu fôlego contra divisas de commodities em meio a uma tentativa de recuperação das matérias-primas
O bloco de moedas emergentes beneficia-se em parte de preços mais altos de commodities –que nos países desenvolvidos se traduz em mais inflação– e de taxas mais altas de juros, que funcionam como um amortecedor a pressões cambiais. O dólar à vista terminou com variação negativa de 0,09%, a 5,164 reais. Já o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,73%, a 108,940. O Bradesco nota em relatório que a cautela predomina nos mercados por causa do simpósio de Jackson Hole, que reunirá nesta semana diversos economistas, políticos, empresários e autoridades monetárias de outros países. Os holofotes se voltam para as participações de dirigentes do Fed, especialmente do chair, Jerome Powell, que poderá trazer mais detalhes sobre a estratégia de condução da política monetária norte-americana nos próximos meses. Outro ponto de atenção é a China, que voltou a cortar taxas de juros. Estudo do Goldman Sachs mostra que o real é a moeda mais sensível a quedas nas expectativas para o crescimento econômico chinês e nos preços das commodities. A moeda brasileira está ainda entre as mais vulneráveis à queda do euro para 0,95 dólar e a um cenário de Fed duro no combate à inflação. Ainda que o real tenha escapado de uma depreciação neste começo de semana, algumas medidas de risco no câmbio seguem emitindo sinal amarelo. A volatilidade implícita em opções de taxa de câmbio para três meses –que inclui outubro, mês das eleições– bateu novo pico em mais de dois anos nesta segunda-feira. E a expectativa de desvalorização da moeda voltou a impactar as taxas de FRA de cupom cambial na B3 –uma taxa de juros em dólar–, que caíram mesmo com a relativa estabilidade das cotações na sessão.
REUTERS
Ibovespa cai com exterior negativo de olho em juros dos EUA
O Ibovespa recuou na segunda-feira, acompanhando a tendência negativa de Wall Street, à medida que o mercado aguarda por discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta semana em Jackson Hole
Vale e Itaú Unibanco pressionaram o índice. Do outro lado, Petrobras se recuperou acompanhando a melhora do petróleo. Americanas disparou com anúncio de Sergio Rial para presidente-executivo. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caiu 0,72%, a 110.693,45 pontos. O volume financeiro foi de 20,1 bilhões de reais.
REUTERS
Mercado reduz projeção do IPCA para 6,82% em 2022 e para 5,33% em 2023
Para o crescimento do PIB neste ano, a mediana das projeções do mercado voltou a subir, agora de 2,00% para 2,02%
A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira em 2022 voltou a cair, agora de 7,02% para 6,82%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (22) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2023, as expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) interromperam a sequência de 19 altas consecutivas das pesquisas anteriores, e recuaram de 5,38% para 5,33%. Para 2024, permaneceram em 3,41%. Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das estimativas manteve-se em 13,75% para o fim deste ano, 11,00% no de 2023 e 8,00% em 2024. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic pela 12ª vez seguida, em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano, na sua última reunião, nos dias 2 e 3 de agosto. A última vez em que a taxa havia ficado no patamar atual havia sido entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017. A próxima reunião do colegiado acontece nos dias 20 e 21 de setembro, para quando os diretores do BC informaram que avaliarão a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a subir, agora de 2,00% para 2,02%. Para 2023, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) teve um leve ajuste para baixo, de 0,41% para 0,39%. Para 2024, permaneceu em 1,80%. A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre, em relação ao último do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de junho. O crescimento ficou em linha com o consenso das projeções de 82 analistas coletadas pelo Valor, mas a expectativa agora é que a economia enfrentará cenário adverso, com eleições, alta de juros e quadro internacional menos favorável. O PIB do segundo trimestre será conhecido em 1º de setembro. A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,20, segundo o Relatório Focus. Para 2023, o ponto-médio das estimativas para a moeda americana também ficou parado em R$ 5,20 entre uma semana e outra. Para 2024, permaneceu em R$ 5,10. A mediana das estimativas para o IPCA no fim deste ano manteve-se em 7,08% entre os economistas que mais acertam as previsões compiladas pelo BC para o relatório Focus, os chamados Top 5, de médio prazo. Para 2023, o ponto-médio das expectativas para a inflação oficial brasileira permaneceu inalterado em 5,42% entre eles. Para 2024, subiu de 3,10% para 3,35%. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Para o dólar, os campeões de acertos elevaram as estimativas de R$ 4,90 para R$ 5,10 no fim deste ano, e as deixaram paradas em R$ 5,00 no fim do ano que vem e no próximo.
VALOR ECONÔMICO
Índice de Clima Econômico volta a cair
ICE monitora tendências econômicas na América Latina. Brasil derruba o índice
O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil recuou 8,2 pontos no terceiro trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior. A queda veio depois de uma alta de 4,5 pontos na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2022. O dado foi divulgado hoje (22) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O ICE busca monitorar e antecipar tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A queda ficou abaixo daquela observada na média da América Latina, que chegou a 12,6 pontos. Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, o Brasil ficou atrás de Paraguai (com alta de 9,9 pontos), Bolívia (1,7 ponto) e Equador (queda de 1,6 ponto). Com a queda, o ICE chegou a 54,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, um resultado abaixo da média da região (54,7 pontos). O Brasil teve o quinto pior resultado, ficando à frente de Argentina (25,8 pontos), Chile (36,2), México (48,7) e Peru (49,7). O resultado do Brasil no terceiro trimestre foi inferior aos registrados por Uruguai (122,6 pontos), Paraguai (101,1), Colômbia (72,6), Equador (70,5) e Bolívia (67,6 pontos). A queda do ICE no Brasil foi puxada pelo Índice de Expectativas, que busca mostra a opinião dos especialistas em relação ao futuro e que recuou 33,3 pontos. A pesquisa também questionou especialistas se eles consideravam que o Brasil estava enfrentando problemas de abastecimento de insumos e matérias-primas. Dos entrevistados, 13,3% disseram que sim, de forma grave, enquanto 66,7% responderam que sim, mas de forma moderada.
AGÊNCIA BRASIL
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: carcaça no mercado paulista cai R$ 0,10
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 141,00/R$ 145,00, enquanto a carcaça especial cedeu 0,96%/0,93%, valendo R$ 10,30/R$ 10,70 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (19), os preços não mudaram no Rio Grande do Sul e em São Paulo, custando, respectivamente, R$ 6,48/kg e R$ 7,58/kg. Houve recuo de 0,76% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,86/kg, baixa de 0,30% em Santa Catarina, caindo para R$ 6,63/kg e de 0,15% no Paraná, fechando em R$ 6,79/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína tem alta no comparativo com agosto de 2021
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, “O Brasil está pouco a pouco conseguindo reduzir a dependência em relação à China, exportando para outros países da Ásia e também da América do Sul. Claro que a China ainda é o maior comprador, mas buscar outros mercados ainda é chave”.
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de agosto (15 dias úteis) tiveram bom desempenho em relação à agosto de 2021, mas registraram recuo em comparação à semana anterior. A receita obtida, US$ 145,9 milhões, já representa 74,5% do montante obtido em agosto de 2021, com US$ 195,6 milhões. No volume embarcado, as 62.041 toneladas são 76,2% do registrado em agosto do ano passado, com 81.417 toneladas. Na receita por média diária até a terceira semana do mês, de US$ 9.730, ela é 9,4% maior do que a de agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 15,6%. Em toneladas por média diária, 4.136 toneladas, houve avanço de 11,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Já no preço pago por tonelada, US$ 2.352, ele é 2,1% inferior ao praticado em agosto passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa recuo de 1,2%.
AGÊNCIA SAFRAS
Frango congelado ou resfriado cai 0,25%
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,67%, custando R$ 7,37/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,49/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (19), tanto a ave congelada quanto a resfriada baixaram 0,25%, custando, respectivamente, R$ 8,09/kg e R$ 8,11/kg.
Cepea/Esalq
Receita com exportações de carne de frango já são 86,4% da de agosto de 2021 Em 15 dias úteis,
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de agosto (15 dias úteis) continuam se beneficiando de casos de influenza aviária no hemisfério norte e do conflito armado entre Rússia e Ucrânia
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações brasileiras de carne de frango seguem indo muito bem tanto em volume quanto em receita porque “o Brasil tem uma fórmula quase infalível, já que exporta para mais de 100 países e tem uma presença muito forte no mercado halal, com uma capacidade de atender a este mercado específico que nenhum outro país tem. A influenza aviária é um fator muito importante, além do conflito Ucrânia e Rússia, que acaba tirando a Ucrânia do mercado. O câmbio é outro fator que também ajuda muito na conta das exportações. E assim como no Brasil, em muitos outros países o cenário de poder de compra do consumidor reduzido faz com que parte da população busque a carne mais acessível, no caso, o frango”, argumentou. A receita obtida com as exportações de carne de frango até aqui, US$ 533,3 milhões, representa 86,4% do montante obtido em agosto de 2021, que foi de US$ 616,7 milhões. No volume embarcado, as 254.021 toneladas são 72,4% do registrado em agosto do ano passado, com 350.839 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 35,5 milhões, valor 26,8% a maior que o registrado agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 12,8%. Em toneladas por média diária, foram 16.934 toneladas, houve crescimento de 6,2% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, observa-se diminuição de 12,12%. No preço pago por tonelada, US$ 2.099, ele é 19,4% superior ao praticado em agosto do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, queda de 0,86%.
AGÊNCIA SAFRAS
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