CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1761 DE 24 DE JUNHO DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1761 | 24 de junho de 2022

 

NOTÍCIAS

Mercado paulista comprador

As altas na cotação da arroba aqueceram os negócios em São Paulo

Em comparação ao dia anterior (22/6) houve incremento de R$2,00/@ de boi gordo. Por sua vez, as cotações da vaca e da novilha gordas permaneceram estáveis nesta quinta-feira, a R$ 280/@ e R$ 300/@, respectivamente (valores brutos e a prazo). Para o boi China os preços seguiram estáveis, mas já ocorreram negócios pontuais de até R$5,00/@ acima da referência. No Rio Grande do Sul, as praças gaúchas vivem cenário adverso, com condições climáticas desfavoráveis esfriando os negócios, decorrente do excesso de chuva e ocorrência de geadas em algumas regiões, colocando produtores em alerta. No levantamento diário os preços trabalharam estáveis nas duas praças monitoradas pela Scot Consultoria, mas um movimento de baixa nos preços está no radar e começa a dar seus primeiros sinais. Na região Oeste do RS, os valores de referência para o boi, vaca e novilha gordos estão R$ 11/kg, R$ 10,35/kg e R$ 10,85/kg, respectivamente (preços brutos e a prazo). Em Pelotas, os negócios para o boi, vaca e novilha gordos ocorrem, respectivamente, em R$ 11/kg, R$ 10,50/kg e R$ 10,90/ kg (preços brutos e a prazo).

SCOT CONSULTORIA

Boi/Cepea: Queda no preço do bezerro favorece relação de troca ao terminador

Desde o encerramento do ano passado, o pecuarista terminador vem observando uma melhora no poder de compra

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está relacionado à queda nos preços do bezerro de forma bem mais intensa que a desvalorização observada ao boi gordo. No acumulado da parcial deste ano (de dezembro/21 a parcial de junho/22), enquanto o preço do boi gordo caiu 11,23%, o recuo no valor do bezerro atingiu quase 18%. Diante disso, nesta parcial de junho (até o dia 21), a relação de troca de arroba de boi gordo por bezerro é a mais favorável ao terminador desde dezembro de 2019, ou seja, o poder de compra do pecuarista terminador é o melhor em mais de dois anos e meio. Quando considerados o animal pronto para abate negociado em São Paulo (Indicador CEPEA/B3) e o bezerro em Mato Grosso do Sul (Indicador ESALQ/BM&FBovespa), o pecuarista terminador precisa, nesta parcial de junho (até o dia 21), de 7,97 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro. No mês passado, o terminador precisava de 8,43 arrobas para realizar a mesma aquisição, e em junho de 2021, de 9,5 arrobas. Em dezembro de 2019, foram necessárias 7,46 arrobas.

Cepea

Projeto do autocontrole da produção agropecuária avança no Senado

Caso não haja recursos para análise da proposta em plenário, ela seguirá para sanção presidencial

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou ontem (23/6) o projeto de lei proposto pelo governo federal que estabelece um modelo em que também os produtores rurais e a agroindústria farão o controle de sua própria produção. A votação da proposta do chamado autocontrole agropecuário ocorreu em caráter terminativo. Isso significa que, se não houver recurso nos próximos dias para que o texto seja discutido em Plenário, ele seguirá direto para sanção presidencial. O novo modelo transforma o sistema de defesa agropecuária, que hoje é exclusivamente estatal, em híbrido, compartilhado com os produtores, informou a Agência Senado. Defensores do projeto afirmam que essa divisão de tarefas entre os setores público e privado é similar a sistemas adotados na Europa e nos Estados Unidos e garantiria a fluidez dos processos, prejudicada pelas limitações de orçamento da União. Mas entidades de defesa do consumidor, de defesa dos animais, parlamentares da oposição e representantes dos servidores que atuam na fiscalização criticam o projeto e pedem que haja ao menos discussões mais amplas antes de uma mudança definitiva. Segundo o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), membro da bancada ruralista e relator do projeto, com a proposta, a indústria criará seus próprios programas de controle, que serão auditados pelo poder público e terão informações sistematizadas e auditáveis de todo o processo produtivo. Em caso de descumprimento das normas, haverá multas de R$ 100 a R$ 150 mil e até a cassação do registro do estabelecimento ou do profissional responsável pelo serviço de defesa agropecuária. No entanto, para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o projeto contribui para uma precarização ainda maior da carreira dos fiscais agropecuários, que lutam por reajustes salariais e realização de concurso público para ampliação do quadro de servidores. Na semana passada, a Anffa organizou uma greve de dois dias contra o projeto. Ontem, às vésperas da votação, um grupo de 14 entidades enviou uma carta aos senadores dizendo que o projeto pode ampliar o sofrimento dos animais e trazer graves riscos à saúde da população brasileira. “A indústria de produção de alimentos de origem animal frequentemente não cumpre sua responsabilidade na preservação do meio ambiente e na proteção dos animais”, diz o documento.

VALOR ECONÔMICO

Boi: arroba continua subindo com exportações em alta e oferta restrita

De acordo com analista da Safras & Mercado, ambiente de negócios tende a sugerir a continuidade das altas

O mercado físico de boi gordo registrou preços firmes nesta quarta-feira (23). Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, a semana é de preços em alta, e o ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento, considerando que os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, atendendo em média cinco dias úteis. “Conforme antecipado, a oferta de animais no período de transição da safra para a entressafra do boi gordo é restrita, o que ofereceu as condições necessárias para a reação dos preços em grande parte do país. Ao mesmo tempo, as exportações seguem em bom nível, tanto em termos de volume, quanto em termos de receita”, destaca Iglesias. Com isso, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 323 na modalidade a prazo. Já em Dourados (MS), preços em R$ 299. A arroba de boi gordo ficou indicada em R$ 282 em Cuiabá (MT); enquanto isso, em Uberaba (MG), preços a R$ 310. Além disso, em Goiânia (GO) os preços ficaram em R$ 305 a arroba. O mercado atacadista registrou preços estáveis. A princípio, o ambiente de negócios aponta para menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Dessa maneira, o quarto dianteiro do boi foi precificado a R$ 17,20, por quilo e o quarto traseiro se sustentou a R$ 22,50. Por fim, a ponta de agulha seguiu cotada a R$ 16,50.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar salta ao maior nível em mais de 4 meses com temores de recessão e incerteza fiscal doméstica

O dólar fechou no maior patamar em mais de quatro meses na quinta-feira, impulsionado por piora no sentimento global conforme a perspectiva de uma política monetária apertada nos Estados Unidos alimenta temores de recessão, em meio ainda a receios fiscais domésticos

A divisa norte-americana à vista fechou em alta de 0,97%, a 5,2291 reais, máxima para encerramento desde 11 de fevereiro deste ano (5,2428). Com essa valorização, a 11ª em 13 pregões, o dólar –que já está acima de suas médias móveis lineares de 50 e 100 dias– se aproxima do importante nível técnico de 200 dias, atualmente em 5,2520 reais. Eventual rompimento dessa média móvel diária pode ser o prenúncio de mais altas para a moeda. Na B3, às 17:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a 5,2435 reais. “Esta semana está sendo caracterizada por uma mudança importante na postura dos bancos centrais dos países desenvolvidos, que começam a dar prioridade ao combate à inflação em detrimento do crescimento da economia e do desemprego”, avaliou a Genial Investimentos em relatório a clientes. “Este cenário de aperto nas políticas monetárias nos países desenvolvidos… aumentou a probabilidade de que a economia global entre em recessão, o que já pressiona negativamente os preços dos ativos financeiros e das commodities”, disse a Genial, citando ainda preocupações com sinais de desaceleração na China, que tem adotado rígidos lockdowns de combate à Covid-19. Riscos fiscais brasileiros colaboraram para a valorização do dólar, disseram participantes do mercado, citando discussões em torno de possíveis medidas do governo para compensar a alta dos preços dos combustíveis no ano eleitoral, como elevação do Auxílio Brasil, aumento no valor do vale-gás a famílias e criação de uma espécie de voucher para caminhoneiros. “Enquanto não tiver uma resolução sobre pacotes de auxílio, mercado segue mais pesado com questão fiscal”, comentou em postagem no Twitter Jerson Zanlorenzi Jr., responsável pela mesa de ações e derivativos do BTG Pactual. Com a alta da quinta-feira, o dólar reduziu as perdas acumuladas contra o real em 2022 para 6%, ficando mais de 13% acima da cotação mínima para encerramento do ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

Reuters

Ibovespa fecha em queda com apreensão sobre recessão global

A BRF ON fechou com elevação de 7,8%, em mais uma sessão majoritariamente positiva para empresas de proteínas. JBS ON foi exceção e caiu 0,46%, mas MARFRIG ON ganhou 3% e MINERVA ON avançou 2,88%

O Ibovespa recuou na quinta-feira, chegando a ir abaixo dos 98 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020, pressionado sobretudo pela ação da Vale, que caiu mais de 3%. Apesar da reação dos preços do minério de ferro, temores de recessão global seguiram minando perspectivas para commodities e a bolsa paulista, também enfraquecida por riscos domésticos. Índice de referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,45%, a 98.080,34 pontos. O giro financeiro somou 24,8 bilhões de reais. Os negócios na B3 voltaram a se descolar de Wall Street, com o S&P 500 subindo 0,95%, em sessão com dados mostrando queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, mas forte desaceleração na atividade empresarial dos EUA em junho. “O que continuará mandando na nossa bolsa será o movimento das commodities, que continuam muito voláteis”, disse o sócio e diretor da mesa proprietária Axia Investing, Caio Kanaan Eboli. Um dia após atingirem mínima em 16 semanas, os futuros de minério de ferro fecharam em alta na China, com promessa do presidente chinês de tomar medidas mais eficazes para alcançar as metas de desenvolvimento econômico do país. Os preços do petróleo, por sua vez, fecharam em queda, com o Brent caindo 1,5%, a 110,05 dólares o barril. Movimentações em Brasília também continuaram repercutindo, com o governo estudando elevar o Auxílio Brasil em 200 reais, além de aumento no valor do vale-gás e criação de uma espécie de voucher de mil reais para caminhoneiros. “O cenário para a bolsa brasileira está complicado”, afirmou o gestor de uma empresa ligada a previdência complementar, citando que a miríade de fatores desfavoráveis passa por riscos fiscais e políticos, além das discussões sobre CPIs. “E ainda há o risco de recessão global, que acaba batendo em commodities como o minério de ferro e pressionado Vale”. Para o gestor de portfólio da Kilima Asset Luiz Adriano Martinez, a grande dúvida é se a desaceleração global resultará em recessão e se isso vai acontecer antes do previsto. “Se acontecer, isso tende a ser negativo para ativos mais relacionados ao ciclo global.” A análise gráfica da equipe do Safra avalia que o Ibovespa segue em tendência de baixa no curto prazo e encontra suporte na faixa de 93.500, conforme relatório. Do lado da alta, encontra resistência em 100.700 pontos.

REUTERS

Arrecadação federal tem alta real de 4,13% em maio, a R$165,3 bi, recorde para o mês

A arrecadação do governo federal teve alta real de 4,13% em maio sobre igual mês do ano passado, a 165,333 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal na quinta-feira

O resultado foi o maior para o mês da série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995. De janeiro a maio, o crescimento real da arrecadação foi de 9,75%, a 908,551 bilhões de reais, desempenho mais forte para o período na série.

REUTERS

IPPA/Cepea: Índice de Preços ao Produtor volta a avançar em maio

Em maio, o IPPA/CEPEA (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) avançou 0,6%, em termos nominais, frente a abril

O resultado esteve atrelado ao aumento de 2,6% observado para o IPPA-Grãos, tendo em vista que os demais grupos registraram quedas, sendo de 0,4% para o IPPA-Cana-Café; de 1% para o IPPA-Pecuária; e de fortes 8,5% para o IPPA-Hortifrutícolas. No caso do IPPA-Grãos, a alta se deveu às valorizações do algodão em pluma, do trigo em grão e da soja. Inclusive, os preços médios mensais do algodão em pluma e do trigo em grão renovaram as máximas das respectivas séries históricas do Cepea, em termos nominais. No caso do trigo, a baixa oferta doméstica e a preocupação com a oferta internacional influenciaram a alta dos preços. Quanto à soja, a valorização do dólar frente ao Real estimulou os aumentos, tendo em vista que atraiu importadores ao Brasil. O movimento altista só não foi maior devido ao início da colheita 2021/22. O desempenho do IPPA-Pecuária foi conduzido pelas quedas dos preços nominais do boi gordo, dos ovos e do frango vivo. O aumento da oferta de boi gordo para abate – movimento típico neste período do ano, tendo em vista a deterioração das pastagens – explica a queda dos preços da arroba. No caso do frango vivo, a retração do Índice adveio da redução dos preços de negociação por vendedores frente ao desaquecimento da demanda por frango, haja vista a recente valorização da carne avícola e a deterioração do poder de compra da população. No caso do IPPA-Hortifrutícolas, a queda de preços nominais foi generalizada – com destaque para os recuos expressivos do tomate e da batata, pressionados pela intensificação das safras. E, finalmente, observou-se a recuo do preço nominal da cana-de-açúcar, que implicou o resultado do IPPA-Cana-Café. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, subiu 0,5% – logo, de abril para maio, os preços agropecuários avançaram frente aos industriais da economia.

Cepea

BC eleva projeção de alta do PIB em 2022 de 1,0% para 1,7%, mas cita incerteza

O Banco Central elevou na quinta-feira sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 para 1,7%, ante estimativa de 1,0% apresentada há três meses, mas citou incertezas sobre as previsões

“A incerteza na projeção permanece maior do que a usual, em cenário de continuidade da guerra na Ucrânia e de riscos crescentes de desaceleração global em cenário de inflação pressionada”, afirmou a autarquia em apresentação divulgada à imprensa. O BC disse que houve surpresa positiva no PIB do primeiro trimestre, ponderando que efeitos do aperto monetário em curso contribuem para projeção de arrefecimento da atividade no segundo semestre. A autoridade monetária também revisou a projeção de alta no saldo de crédito em 2022 para 11,9%, ante 8,9% na divulgação anterior. No caso das transações correntes, a previsão de superávit em 2022 foi para 4 bilhões de dólares, ante 5 bilhões de dólares antes.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: mercado segue sustentado

A quinta-feira (23) foi marcada por leves altas ou preços estáveis para o mercado de suínos, incluindo a modalidade independente

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 128,00/R$ 137,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 10,00 o quilo/R$ 10,30 o quilo.

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (22), ficaram inalterados os preços em Minas Gerais, valendo R$ 7,26/kg, e no Rio Grande do Sul, com R$ 6,17/kg. Houve aumento de 0,31% no Paraná, chegando a R$ 6,45/kg, 0,16% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,26/kg, e de 0,14% em São Paulo, fechando em R$ 7,13/kg.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: preços em curva ascendente

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 16/06/2022 a 22/06/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 7,25%, fechando a semana em R$ 6,67/kg

Em São Paulo, de acordo com dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o valor subiu de R$ 7,31/kg vivo registrado na semana passada para R$ 7,47/kg vivo nesta quinta-feira. No mercado mineiro, o valor de R$ 7,30/kg vivo foi obtido com acordo entre suinocultores e frigoríficos, sendo esta a terceira semana em que esse valor é praticado, conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Santa Catarina observou alta, saindo de R$ 6,42/kg vivo para R$ 6,71/kg vivo, conforme o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi.

AGROLINK

Suínos/Cepea: Mesmo com entrada de 2ª quinzena, preços sobem

Apesar da chegada da segunda quinzena do mês, típico período de enfraquecimento das vendas de carne suína e, consequentemente, de queda nos preços, as cotações no mercado suinícola estão em alta

Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do animal vivo, esse movimento de reação é influenciado pela baixa disponibilidade de suíno em peso ideal para abate, pelo clima ameno e por eventos festivos que favorecem o consumo. No mercado de carnes, também foram verificadas valorizações intensas nestes últimos dias.

Cepea

Criação de suínos em cama sobreposta diminui custos, protege meio ambiente e gera renda na agricultura familiar

Sistema implantado com ajuda da Emater-MG é de Sacramento, no Triângulo mineiro

Uma experiência em Sacramento, no Triângulo mineiro, está provando como é possível tornar mais viável a suinocultura, cumprindo a legislação ambiental, sem aumentar demais os custos da atividade para a agricultura familiar. A conclusão está amparada num exemplo do sistema de cama sobreposta para suínos, que um produtor local implantou em sua propriedade. A iniciativa contou com a orientação técnica do escritório da Emater-MG, no município. O abandono da atividade, pelos pequenos criadores da região, chamou a atenção do corpo técnico da empresa pública de extensão rural por ser uma prática considerada tradicional nas redondezas. O sistema, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é considerado uma alternativa prática, simples e barata para tratar o esterco e urina dos animais. Na operação, os líquidos gerados pelos dejetos são absorvidos, o que evita mau cheiro, moscas e a poluição do ambiente. E de quebra ainda produz adubo para as plantações. “Nada mais é que uma cama, dentro de um ambiente coberto, de pé direito com medidas padrões para o sistema. Ela pode ser composta de casca de arroz, palha de café ou serragem e funciona muito bem. Desde que a cobertura seja feita de maneira adequada para evitar chuva”, explica o técnico da Emater-MG local, Alison Rodrigues. Segundo Alison é preciso também, prestar atenção na altura da cama que deve ter aproximadamente, 50 centímetros de espessura do substrato para que o processo tenha sucesso. De acordo com o extensionista, a criação de suínos se destaca como uma das atividades de maior potencial poluidor e são grandes as dificuldades de pequenos produtores se adequarem à legislação ambiental. “É alto o índice de exigência e a implantação é onerosa, além de cada dia a fiscalização ser mais severa”, justificou. Alison conta que a ideia da cama sobreposta para suíno, no município de Sacramento surgiu a partir de demanda do agricultor Reginaldo Rosa Gomes, que cria porcos como fonte complementar de renda e precisava se adequar à legislação ambiental para se manter na atividade. “Foi a solução encontrada para atender esse agricultor familiar com o menor custo possível”, disse. O técnico da Emater-MG salienta que, se comparado com o sistema tradicional de fossa, ideia inicial do produtor, para destinar os dejetos dos animais até o descarte, os custos são de 20 a 50% menores. Isso é possível, na avaliação do extensionista, porque o sistema reduz o uso de mão de obra para o manejo diário dos animais e da cama, que pode durar até um ano pra ser trocada, enquanto a fossa precisa de ser limpa, o que encarece sua manutenção. Rodrigues destaca também a economia com a compra de adubos, já que o composto gerado pela cama é aproveitado. Ele também chama a atenção pelo fato de o sistema tornar os animais mais calmos, evitando estresse, canibalismo e mortalidade entre eles.

Emater-MG

Frango: altas para a ave congelada ou resfriada

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,52/kg, assim como o frango na granja, custando R$ 6,00/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, assim como no Paraná, custando R$ 5,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (22), o frango congelado teve alta de 1,05%, chegando em R$ 7,72/kg, enquanto a ave resfriada subiu 1,96%, fechando em R$ 7,79/kg.

Cepea/Esalq

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