Ano 8 | nº 1760 | 23 de junho de 2022
NOTÍCIAS
Escalas travam e preços do boi sobem na praça paulista
Em São Paulo, a cotação do boi gordo e da vaca gorda subiu RS2,00/@ e a cotação da novilha gorda R$1,00/@ na comparação com o último levantamento (21/6).
No Sudeste de Mato Grosso, alta de 1,4% ou R$4,00/@ para o boi gordo em relação ao levantamento anterior. Para fêmeas, o cenário também foi de firmeza, com alta para a vaca e novilha gordas de R$3,00/@ e R$5,00/@, respectivamente. Mercado comprador no Sul de Goiás. Na região, o boi gordo registrou alta de 1,4% ou R$4,00/@ na comparação com o dia anterior. Vaca e novilha gorda registraram alta de R$2,00/@ e R$1,00/@, respectivamente. As praças paulistas registram avanços nas cotações das três categorias de animais terminados (boi, vaca e novilha); macho destinado ao mercado interno vale R$ 308/@, segundo dados da Scot Consultoria. Mais um dia de alta nos preços da boiada gorda negociada nas praças do interior de São Paulo, referências para outras regiões pecuárias. A apuração realizada na manhã desta quarta-feira (22/6) identificou elevação de R$ 2/@ nas cotações do boi gordo e da vaca gorda direcionados ao mercado
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: preços seguem firmes com oferta restrita; arroba em SP vai a R$ 320
Animais padrão China permanecem muito demandados no mercado, carregando ágio de até R$ 30, de acordo com a Safras & Mercado
O mercado físico de boi gordo registrou preços firmes na quarta-feira (22). Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de alta sobre os preços da arroba é mais pronunciada neste momento nas praças de produção e comercialização da região Norte. “A tendência de curto prazo ainda remete a continuidade deste movimento, em linha com a dificuldade que os frigoríficos encontram na composição de suas escalas de abate, que atendem em média cinco dias úteis. A oferta de animais terminados é restrita, conforme se esperava o para este período de transição entre safra e a entressafra. Animais padrão China permanecem muito demandados no mercado, carregando ágio de até R$ 30 em relação a animais que são comercializados no mercado doméstico”, afirma Iglesias. De acordo com a Safras & Mercado, a referência para a arroba do boi na capital de São Paulo ficou em R$ 320. Em Dourados (MS), foi indicada em R$ 299. Em Cuiabá (MT), o valor da arroba foi de R$ 282. Já em Uberaba (MG), foi registrado preço de R$ 310 por arroba. Por sua vez, em Goiânia (GO) a indicação da arroba de boi gordo foi de R$ 305. O mercado atacadista do boi registrou preços estáveis. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir por acomodação dos preços, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Para a primeira quinzena do mês, com avanços da reposição, a expectativa é que haja espaço para alguma alta das cotações”, disse Iglesias. O quarto dianteiro permanece cotado a R$ 17,20 por quilo. Já a ponta de agulha segue precificado a R$ 17 o quilo. O quarto traseiro se sustenta no patamar de 22,50/kg.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar fecha em alta ante real com Powell e riscos locais em foco
O dólar reverteu perdas de mais cedo e fechou em alta frente ao real na quarta-feira, acompanhando piora nos mercados internacionais conforme investidores digeriam comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, enquanto riscos domésticos seguiram no radar
A divisa norte-americana à vista subiu 0,50%, a 5,1791 reais na venda. Na B3, às 17:11 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,92%, a 5,1915 reais. O foco do dia esteve em comentários de Powell ao Congresso dos EUA, em que ele afirmou que o Federal Reserve está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação –a mais intensa em 40 anos– e reconheceu os riscos que juros mais altos podem representar para a atividade da maior economia do mundo. Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, disse que os comentários de Powell não têm grande relevância para o curto prazo, já que a autoridade não deu indicações explícitas sobre qual será a magnitude dos próximos aumentos de juros pelo Fed. No longo prazo, no entanto, “Powell está deixando muito evidente que vai priorizar o combate à inflação mesmo que isso leve a economia americana, eventualmente, para uma recessão”, afirmou o especialista, o que indica uma trajetória intensa de elevação dos juros. No cenário doméstico, alguns participantes do mercado apontaram o noticiário envolvendo a Petrobras e riscos fiscais como fator de amparo para o dólar, que costuma atrair compradores em momentos de maior incerteza. Apesar desse contexto, o Bank of America disse em relatório que espera que o real, assim como o peso mexicano, continue tendo uma performance superior quando comparado a outros pares de mercados emergentes, devido ao alto patamar dos juros brasileiros, que eleva o retorno (“carry”, em inglês”) da moeda doméstica. A taxa Selic está em 13,25% atualmente. No entanto, “devemos começar a observar alguma volatilidade (no mercado de câmbio brasileiro) à medida que as eleições de outubro se aproximam”, disse o BofA. O dólar acumula queda de 7% contra o real até agora em 2022.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda
O Ibovespa fechou em leve queda na quarta-feira, encontrando algum apoio na trajetória de Wall St, mas também em uma relativa trégua em ruídos políticos locais, o que abriu espaço para um repique em alguns papéis
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,16%, a 99.522,32 pontos. O volume financeiro no pregão somou 23,7 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o índice acionário S&P 500 fechou com queda de 0,13% depois de pronunciamento do chair do Federal Reserve. Jerome Powell afirmou ao Comitê Bancário do Senado dos EUA que o Federal Reserve está fortemente comprometido em reduzir a inflação, mas sem tentar causar uma recessão no processo. E acrescentou que a economia dos EUA está bem posicionada para lidar com uma política monetária mais apertada. Na visão do analista da Terra Investimentos Régis Chinchila, o mercado continuará volátil, uma vez que o combate à inflação segue em andamento no mundo e no Brasil, bem como o ambiente político doméstico continua exigindo cautela, com tentativa de novos auxílios econômicos, além da pressão sobre a Petrobras. “A preocupação neste momento também se volta para a questão fiscal e o compromisso com o teto de gastos”, afirmou, chamando atenção ainda para disputa presidencial que se aproxima. O Ibovespa ainda acumula uma queda de cerca de 10% no mês, tendo fechado no vermelho em 11 dos 15 pregões de junho.
REUTERS
Produção agrícola brasileira cresce em ritmo bem maior que a média global
OCDE confirma tendência, mas aponta peso do setor na emissão de gases de efeito estufa
A produção agrícola brasileira cresceu a uma taxa anual de 2,3% entre 2010 e 2019, quase o dobro da média mundial (1,4%), confirma relatório divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre 1999 e 2000, a produção havia crescido 3,2% ao ano no Brasil, enquanto a média global foi de 1,7%. Segundo a OCDE, o avanço no país foi impulsionado pelo crescimento da Produtividade Total de Fatores (TFP), e o incremento da utilização de insumos intermediários foi compensado pelo declínio do uso de fatores primários na produção. No relatório “Monitoramento e avaliação da política agrícola 2022”, a OCDE voltou a apontar que a agricultura brasileira contribui significativamente para as emissões de gases de efeito estufa, e reforça que o país ainda não apresentou à Organização das Nações Unidas (ONU) sua estratégia de longo prazo para reduzir essa pegada. Conforme a OCDE, a agricultura representou 43,3% das emissões no Brasil em 2020 — abaixo do nível observado em 2000 (45,3%), mas ainda bem acima da média internacional (9,7%). A entidade aponta que o uso de energia pelo setor agrícola brasileiro cresceu para até 5,6% da demanda nacional total em 2020, percentual também superior à média dos países da OCDE (2%). A maior participação do setor agrícola na economia brasileira e a importância da pecuária baseada em pastagem contribuem para esses resultados, diz a entidade. Embora a participação da agricultura nas captações de água tenha permanecido elevada (58,1%), o estresse hídrico é baixo (0,7%) comparado à média global de 8,6%. Excedentes de nutrientes no Brasil aumentaram desde 2000, e o balanço de fósforo é mais de cinco vezes maior que a média da OCDE. A entidade realça que o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e em 50% até 2030 em relação aos níveis de 2005. A meta inclui emissões relacionadas ao uso da terra e mudanças do uso da terra e silvicultura. Mas afirma que não há nenhuma meta específica relacionada à agricultura. A OCDE também lembra que o país estabeleceu o objetivo de alcançar neutralidade de emissões até 2050. O país aderiu ao Compromisso Global de Metano e concordou, voluntariamente, em assumir ações para reduzir as emissões globais do gás em pelo menos 30% até 2030, a partir dos níveis de 2020. Mas que as implicações práticas desses compromissos não são conhecidas, já que a Estratégia de Longo Prazo do Brasil ainda não foi submetido à UNFCCC, a Convenção do Clima nas Nações Unidas. A OCDE também destacou que o Brasil anunciou na COP26, em Glasgow (Escócia), que acabará com o desmatamento ilegal até 2028. Em seu relatório, a OCDE explica que as políticas agrícolas brasileiras relacionadas às mudanças climáticas, mitigação ou adaptação, estão embutidas nos instrumentos de política agrícola do país, como crédito, seguros e zoneamento. E que a iniciativa central do Brasil sobre mitigação na agricultura é o Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), que busca disseminar tecnologias que mitigam as emissões de gases de efeito estufa na produção.
Valor econômico
FRANGOS & SUÍNOS
Suíno: Mercado segue com estabilidade
O levantamento realizado pela a Scot Consultoria informa que a arroba do suíno CIF seguiu estável e está precificada a R$ 128,00/@ a R$137,00/@. Já o valor da carcaça especial seguiu com estabilidade e está cotado a R$ 10,00/R$ 10,30 o quilo
Conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última terça-feira (21), o preço do animal vivo em Minas Gerais está próximo de R$ 7,26/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o suíno registrou alta de 3,82% e está precificado a R$ 6,25/kg. Em São Paulo, o animal vivo registrou um incremento de 1,71% e está ao redor de R$ 7,12/kg. No Paraná, o valor do animal apresentou uma valorização de 4,21% e está cotado em R$ 6,43/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno teve uma valorização de 0,65% e cotado em torno de R$ 6,17/kg.
Cepea/Esalq
USDA lança campanha para apoiar setor no combate à peste suína africana
A doença nunca foi detectada nos EUA, mas foi recentemente confirmada em países próximos como República Dominicana e Haiti
O Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (Aphis) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou novos esforços para ajudar a prevenir a introdução e disseminação da peste suína africana no país. Por meio de uma campanha de divulgação e conscientização chamada “Proteja nossos porcos”, o Aphis apoiará produtores comerciais de carne suína, veterinários e proprietários de suínos com informações e recursos para ajudar a proteger a população de suínos e a indústria de carne suína do país. A peste suína africana é uma doença viral mortal e altamente contagiosa que afeta animais domésticos e selvagens. Não afeta a saúde humana, mas se espalha rapidamente entre as populações de suínos. A doença nunca foi detectada nos EUA, mas foi recentemente confirmada em países próximos como República Dominicana e Haiti. Não existe tratamento ou vacina eficaz para a doença. “A peste suína africana já está devastando as indústrias de carne suína e economias em todo o mundo e, se detectada nos EUA, pode causar grandes estragos em nossa população de suínos, na indústria de carne suína do país e nas comunidades agrícolas”, disse a subsecretária de Marketing e Regulamentação do USDA, Jenny Lester Moffitt.
ESTADÃO CONTEÚDO
Preços do frango registram poucas movimentações
No último levantamento realizado pelo Cepea da terça-feira (21), os preços do frango congelado tiveram um incremento de 0,13% e está cotado em R$ 7,64/kg. Já as cotações do frango resfriado registraram um avanço de 0,13% e precificado em R$ 7,64/kg
Conforme o levantamento realizado pela Scot Consultoria na quarta-feira (22), a referência para a carne de frango na granja em São Paulo permaneceu estável e está cotada a R$ 6,00/kg, enquanto que o frango no atacado registrou alta de 0,27% e finalizou o dia cotado a R$ 7,50/kg. O preço do frango vivo em Santa Catarina segue estável e está precificado em 4,26/kg. A referência do frango vivo no Paraná está estável e cotada a R$ 5,56/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência.
Cepea/Esalq
Frango: procura externa firme eleva exportação; receita é recorde
Foram R$ 4,48 bilhões obtidos com os embarques de maio, valor 14,7% maior que o de abril/22 e 28,9% superior ao de maio/21, segundo dados da Secex
Como já esperado por agentes do setor nacional, o volume de carne de frango exportado em maio aumentou. E no caso da receita, os resultados superaram as expectativas, visto que o montante gerado com as vendas externas atingiu recorde, conforme dados da Secex compilados por pesquisadores do Cepea desde 1997. Foram R$ 4,48 bilhões obtidos com os embarques de maio, valor 14,7% maior que o de abril/22 e 28,9% superior ao de maio/21. Quanto ao volume escoado, somou 429,7 mil toneladas, o segundo maior da história, atrás somente do de julho de 2018, quando foram exportadas 463,9 mil toneladas (Secex). Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento no volume embarcado está atrelado à guerra na Ucrânia – que já foi um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango na Europa – e aos contínuos surtos de Influenza Aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Hemisfério Norte, que têm direcionado a demanda global pela proteína ao Brasil. Quanto à receita, o resultado recorde refletiu o aumento no preço pago pelo produto exportado, que teve média de R$ 10,39/kg no último mês, o maior patamar da história, 11,7% superior à de abril e 24,3% acima da de maio/21.
Cepea/Esalq
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