Ano 8 | nº 1661 | 28 de janeiro de 2022
NOTÍCIAS
Arroba do boi gordo recua nas principais praças de comercialização
Na quinta, a maior queda nos valores da arroba foi registrada em Uberaba (MG), com desvalorização de R$ 5
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de baixa começou a se acentuar. “Os frigoríficos que operam no mercado doméstico começam a ofertar preços mais baixos, mas o fluxo de negócios continua lento. De qualquer forma, essa tendência se consolida em meio a recente queda dos preços da carne bovina no atacado, reduzindo significativamente a margem operacional dessas unidades frigoríficas, tanto que o aumento da ociosidade tem sido evidenciado neste início de ano. Enquanto isso, animais padrão China seguem muito demandados, ainda carregando ágio de até R$ 10 por arroba em relação a animais destinados ao mercado interno. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 337, ante R$ 336 na quarta-feira. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 314, ante R$ 319. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 315, contra R$ 316. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 335 por arroba, contra R$ 340. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 320 para a arroba do boi gordo, inalterada. O mercado atacadista voltou a se deparar com preços. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios segue preocupante, considerando a predileção do consumidor médio por proteínas que causem menor impacto na renda média, a exemplo da carne de frango e da carne suína. “A forte queda dos preços das proteínas concorrentes no início deste ano é um elemento relevante a ser considerado na decisão de compra do consumidor brasileiro”, apontou Iglesias. O quarto traseiro segue precificado a R$ 23,50, por quilo. Quarto dianteiro segue no patamar de R$ 15,80, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 14,50, por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Boi gordo: nem pra lá, nem pra cá
Nas praças paulistas, a demanda frouxa no mercado interno e oferta curta de gado terminado têm equilibrado os preços. No comparativo diário as cotações das três categorias de bovinos para abate ficaram estáveis, mas já foram vistos negócios a preços menores voltados para o mercado interno. As escalas estão confortáveis, atendendo, em média, 8 dias
O consumo fraco também tem pressionado as cotações na região de Três Lagoas. Na comparação feita dia a dia o preço do boi gordo e vaca gorda caiu R$1,00/@. A cotação da novilha gorda ficou estável. Na região de Redenção – PA, com escalas confortáveis, houve queda de R$3,00/@ para o boi gordo e de R$2,00/@ para a vaca e novilha gordas na comparação diária.
SCOT CONSULTORIA
Boi/Cepea: Custos de produção avançam em 2021
Os custos de produção da pecuária de corte nacional subiram novamente em 2021
Conforme pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), de 2020 para 2021, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária de corte avançou expressivos 22% no caso das propriedades de cria e 17,88% no das de recria e engorda, considerando-se a “Média Brasil” (AC, BA, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RO, RS, SP e TO). Segundo pesquisadores do Cepea, para este ano, o cenário tende a ser novamente desafiador ao pecuarista brasileiro, sobretudo devido ao dólar elevado e ao clima desfavorável no Sul do Brasil.
Cepea
Justiça suspende mudanças em requisitos mínimos de saúde em frigoríficos
Pedido havia sido feito pelo Ministério Público do Trabalho
O desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, suspendeu os procedimentos de revisão da Norma Regulamentadora nº 36 (NR 36), que estabelece parâmetros mínimos de saúde e segurança no trabalho em frigoríficos. O pedido havia sido feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por considerar que a processo de reforma da norma não teve consulta prévia às populações indígenas e que o relatório de Análise de Impacto Regulatório apresentava inconsistências. A suspensão, segundo o MPT, não prejudica o setor frigorífico, pois as regras atuais continuam em vigor. A decisão judicial, argumenta o órgão, “impede a tramitação açodada de uma norma prejudicial protege a saúde e a vida dos trabalhadores, mantém a segurança jurídica e o ambiente concorrencial em níveis saudáveis”. A NR 36 foi publicada em 2013. Ela prevê, por exemplo, pausas de recuperação psicofisiológicas de 60 minutos ao dia, distribuídas em seis pausas de dez minutos ou em três pausas de 20 minutos. Em outubro de 2021, o governo federal iniciou os trabalhos de alteração da norma. As empresas do setor, segundo o MPT, passaram a defender o fim dessas pausas, que seriam adotadas somente quando definidos pelos estudos ergonômicos elaborados pelas próprias empresas. Segundo os coordenadores do Projeto Nacional de Adequação de Frigoríficos do MPT, “a proposta das empresas do setor implicará supressão das pausas, mais importante medida de proteção à saúde nos frigoríficos brasileiros, o que resultará no retorno de uma legião de empregados lesionados, situação verificada antes da edição da NR”. O desembargador Pedro Foltran afirmou que o processo de revisão da NR 36 tinha prazos exíguos que impossibilitavam a participação efetiva dos sindicatos e interessados. Ele também considerou que a discussão envolve “direitos de populações indígenas, imigrantes e de sindicatos”. A decisão judicial estabelece multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento. Segundo o MPT, o setor frigorífico, que emprega cerca de 550 mil trabalhadores, é a atividade industrial que mais gera acidentes de trabalho no Brasil, “sendo marcado pelo ritmo excessivo em ambiente frio, com jornadas exaustivas e grande esforço, em ambientes com baixas concentração de ar, além do risco de vazamento de amônia e de acidentes com amputações e morte”. O órgão argumenta ainda que “trabalhadores em frigoríficos chegam a realizar até 90 movimentos por minuto, quando a recomendação médica é de que o limite para evitar adoecimentos deveria ser três vezes menor”. Em 2019, ocorreram 23.320 acidentes de trabalho em frigoríficos, resultando em 90 acidentes por dia útil de trabalho, de acordo com o MPT. Entre 2016 e 2020, foram registrados 85.123 acidentes típicos e adoecimentos ocupacionais no setor, com 64 óbitos. O MPT argumentou que mais de 10 mil trabalharam em frigoríficos no Brasil em 2020. A Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) assegura a consulta prévia aos povos indígenas em caso de mudanças em normas. Os procuradores criticam o procedimento e a ausência de debate necessário para revisão de norma, que seria feita até meados de março de 2022.
VALOR ECONÔMICO
Reestruturação de carreira para fiscais agropecuários deverá custar R$ 350 milhões em 2022, estima sindicato
Para Anffa Sindical, valor é pequeno, em virtude do baixo contingente
Em mobilização há um mês, com reflexos nas fronteiras, frigoríficos, portos e na Zona Franca de Manaus, o Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) diz que o gasto com a reestruturação da carreira é pequeno em função do baixo contingente. Entre ativos e aposentados, são 5,3 mil servidores. Se implementada a partir de junho deste ano, a reestruturação geraria impacto nas contas do governo de R$ 350 milhões em 2022. Com a sanção dos R$ 1,7 bilhão para reajustes em carreiras federais no orçamento, seria possível incluir a categoria na lista dos contemplados, diz o sindicato. “Comparativamente, o impacto orçamentário da reestruturação da carreira no orçamento federal de 2022 representa o equivalente a 8% das perdas econômicas estimadas a partir da introdução no país da Peste Suína Africana ou 2% das perdas a partir de uma praga quarentenária não controlável na cultura da soja”, argumenta a Anffa Sindical. A entidade também reforça que o valor da rubrica para reajuste dos servidores federais no orçamento de 2022 pode ser incrementado, uma vez que o recurso não é fixo nem tem destino carimbado. Entre as lideranças da mobilização, não agradou a informação de que o governo só vai decidir sobre as reestruturações no fim de março, como forma de esfriar os movimentos. “Estamos em mobilização, não vamos parar e se continuar sem sinalização, não vamos deixar para intensificar somente quando for anunciado e não tiver mais jeito”, diz o Diretor de Comunicação e Relações Públicas do Anffa, Antonio Andrade. Sem reajuste desde 2017, a categoria diz que recebe “a menor remuneração entre as carreiras de auditoria e fiscalização do governo federal, o que representa cerca de 30% a menos que as remunerações dos auditores da receita federal, auditores do trabalho e delegados da polícia federal”. Procurado, o Ministério da Economia não quis comentar. O Ministério da Agricultura não respondeu aos questionamentos da reportagem. A ProBrasil, associação que reúne as entidades de produtores de proteínas do país, também não quis se pronunciar.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em queda de 0,26%, a R$5,424
O dólar fechou em leve queda ante o real na quinta-feira, em meio a um novo pregão instável nas praças financeiras externas e a um rali global da moeda norte-americana por expectativas de altas mais agressivas de juros nos EUA
O dólar à vista caiu 0,26%, a 5,4247 reais na venda. A cotação terminou bem distante da mínima do dia, quando bateu 5,3538 reais, queda de 1,56%. Na máxima, ficou quase estável, com variação negativa de 0,05%, para 5,4362 reais. Na B3, às 17h01 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a 5,4250 reais, depois de chegar a perder 1,52%, para 5,3565 reais, menor patamar intradiário desde 27 de setembro do ano passado.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com elevada demanda estrangeira
Mesmo com os investidores ainda digerindo a decisão do Fed, a principal referência da bolsa local enfileirou seu terceiro pregão seguido de ganhos e fechou acima dos 112 mil pontos
A elevada demanda estrangeira por ações locais seguiu impulsionando o Ibovespa e fez, novamente, o índice caminhar na contramão de seus pares em Nova York. Mesmo com os investidores ainda digerindo a decisão do Federal Reserve (Fed) da véspera, a principal referência da bolsa local enfileirou seu terceiro pregão seguido de ganhos e fechou acima dos 112 mil pontos, maior patamar desde outubro. Após ajustes, o Ibovespa encerrou a quinta-feira em alta de 1,19%, aos 112.611,65 pontos, em seu maior fechamento desde o dia 18 de outubro. Nas máximas do dia, alcançou os 113.057 pontos. O volume de negócios dentro do índice totalizou R$ 28,45 bilhões, bem acima da média diária de 2022, que é de R$ 22,48 bilhões. Em Nova York, o dia foi de oscilação intensa e o S&P 500 encerrou o pregão em queda de 0,54%, o Nasdaq fechou em baixa de 1,40% e o Dow Jones recuou 0,02%.
VALOR ECONÔMICO
Confiança da indústria no Brasil engata 6ª baixa seguida em janeiro, a mínima desde julho de 2020, diz FGV
A mais recente onda de Covid-19 elevou as incertezas e a confiança da indústria no Brasil começou 2022 em seu patamar mais baixo desde meados de 2020, engatando em janeiro o sexto declínio mensal consecutivo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira
Os dados mostraram que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) perdeu 1,7 ponto no mês, para 98,4 pontos, mínima desde julho de 2020 (89,8). Em tendência de baixa desde agosto do ano passado, o ICI marcou em janeiro sua maior sequência de perdas desde 2014, quando foram registrados oito meses consecutivos de retração. “O setor industrial inicia 2022 com queda disseminada da confiança entre os segmentos, pesando sobre esse resultado as incertezas em decorrência do aumento nos casos de Covid-19, que têm levado a reduções no quadro de funcionários e à ampliação das restrições em países que sentiram o recrudescimento da pandemia”, explicou em nota a economista da FGV IBRE Claudia Perdigão. “Nesse sentido, tanto as perspectivas sobre o ritmo da atividade produtiva quanto sobre a evolução da demanda foram comprometidas.” O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 1,2 ponto em janeiro, a 99,8 pontos, mínima desde agosto de 2020 (97,8), segundo a FGV. O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, cedeu 2,0 pontos, a 97,1 pontos, menor patamar desde abril de 2021 (96,9). Apesar dos vários meses consecutivos de queda no indicador, “a redução gradual dos gargalos que vêm pressionando a indústria, como a escassez de insumos, pode colaborar para a recuperação do setor no decorrer de 2022”, disse Perdigão. No início desde mês, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a produção industrial nacional teve em novembro queda de 0,2%, sexta baixa mensal seguida.
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
Associação de frigoríficos entra na Justiça contra operação padrão de fiscais
Mobilização pela reestruturação na carreira e reajuste salarial tem causado atrasos em produção, importação e exportação
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – que representa gigantes do segmento de aves e suínos como BRF, Seara (JBS) e Aurora – protocolou na quinta-feira, em Brasília, um mandado de segurança contra a operação padrão realizada pelos auditores fiscais federais agropecuários. Iniciada há um mês, a mobilização pela reestruturação na carreira e reajuste salarial tem causado atrasos nos processos de produção, importação e exportação de produtos e insumos agrícolas e pecuários, segundo a ABPA. Em nota, a entidade afirmou que apoia os pleitos da categoria e que defende o livre direito de manifestação, mas destaca que é importante “manter o fluxo de produção em detrimento ao estabelecimento de uma operação padrão, que tem penalizado o fluxo de abate, do abastecimento interno e das exportações”. Segundo a ABPA, a ação judicial tem o objetivo de “evitar que os prejuízos gerados se acumulem, o que poderia gerar consequências para o consumidor brasileiro e para os clientes internacionais da proteína animal do Brasil”. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) tem feito alertas sobre o cenário de escassez de mão de obra na categoria, mas diz que tem atendido as demandas urgentes e prioritárias. Os servidores indicam que há espaço orçamentário para o reajuste solicitado ainda em 2022 e não querem esfriar a mobilização. Conforme mostrou o Valor, a situação nas fronteiras, portos e aeroportos tem piorado. Em Foz do Iguaçu (PR), são mais de 4 mil caminhões carregados aguardando liberação. Com sete recintos alfandegários na região, apenas oito auditores atuam lá. “Atingimos o limite e, se providências não forem adotadas no curto prazo, notadamente quanto ao acréscimo de pessoal, a unidade inevitavelmente entrará em colapso”, disse o sindicato em nota.
VALOR ECONÔMICO
Suínos: preços com poucas variações na quinta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 88,00/R$ 100,00, enquanto a carcaça especial teve variação de +0,68%/-1,29%, valendo R$ 7,30 o quilo/R$ 7,65 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (26), o preço ficou estável somente no Paraná, custando R$ 4,23/kg. Houve queda de 0,23% em Santa Catarina, chegando em R$ 4,43/kg, e de 0,20% em São Paulo, custando R$ 5,10/kg. Foi registrado leve aumento de 0,23% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 4,40/kg, e de 0,19% em Minas Gerais, fechando em R$ 5,19/kg. O mês de janeiro, já é conhecidamente ruim de vendas para as carnes em geral e termina para a suinocultura independente trazendo preços estáveis ou em queda. A situação preocupa lideranças, uma vez que a movimentação de recuo nos valores do animal vivo ocorre ao mesmo tempo que a alta nos preços de milho e farelo de soja.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços estáveis ou com quedas, enquanto custos de produção sobem no final do mês
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 20/01/2022 a 26/01/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 4,60%, fechando a semana em R$ 4,67.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 4,57”, informou o Lapesui. Em São Paulo o preço do suíno vivo na quinta-feira (27) ficou estável em R$ 5,33/kg, com acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O mercado manteve estabilidade com uma pequena diminuição no peso dos animais, sinalizando o início de uma curva para diminuir o excedente de carne suína no mercado. No mercado mineiro, houve manutenção do valor de R$ 5,20/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Santa Catarina registrou recuo na quinta-feira, saindo de R$ 4,91/kg vivo para R$ 4,81/kg vivo, conforme dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O mercado gaúcho, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, registrou queda, passando de R$ 5,49/kg vivo para R$ 5,34/kg vivo na última sexta-feira (21), de acordo com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
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Demanda fraca no início do ano é 1º desafio do setor de carne suína
O setor de carne suína enfrenta seu primeiro desafio de 2022 neste início de ano, quando a demanda doméstica é tradicionalmente mais fraca, disse o Rabobank em relatório divulgado na quinta-feira (27)
“A queda sazonal na demanda doméstica nos primeiros meses do ano será o primeiro desafio dos produtores”, disse o Rabobank. “Os preços da carne e do suíno já começaram o ano sob pressão negativa, com menor interesse por parte da indústria.” Os preços do suíno vivo e da carcaça caem mais de 20% no acumulado de janeiro nas diversas praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), devido à maior oferta de animais e de carne e da demanda enfraquecida. O Cepea disse na quinta-feira (27) que os preços estão no menor patamar real desde agosto de 2018 na maioria das regiões. Apesar da redução na demanda interna, o Rabobank disse que as exportações de carne suína, que geralmente caem neste período como resultado da reduzida demanda da China, registraram aumento nas primeiras semanas do ano. O Rabobank espera um aumento de 1% a 2% nas exportações brasileiras de carne suína em 2022, conforme divulgado em podcast do banco na semana passada. A produção deve ter alta de 2,5%. O setor de carne suína ainda pode ser afetado neste ano pelos altos custos de grãos usados na alimentação animal.
“O tempo mais seco já afetou a safra de grãos na Região Sul do Brasil. Como resultado, os preços subiram novamente em dezembro e no início de 2022, elevando os custos de ração”, disse o Rabobank. O banco espera ter uma maior clareza em relação ao cenário para custos de grãos neste ano quando for iniciada a segunda safra de milho, que representa 7% da produção anual.
CARNETEC
Suínos/Cepea: Com maior oferta e demanda fraca, preços têm forte queda
Os valores do suíno vivo têm registrado forte baixa neste mês, devido à combinação de maior oferta de animais e de carne suína e de demanda enfraquecida pela proteína
Assim, conforme indicam dados do Cepea, os preços estão no menor patamar real (valores deflacionados pelo IGP-DI de dez/21) desde agosto de 2018 na maioria das regiões. Quanto aos principais insumos utilizados na atividade, milho e farelo de soja, os valores têm tido alta expressiva em janeiro, devido à combinação de baixa disponibilidade e procura elevada.
Cepea
Custo do Suíno vivo na região Sul subiu quase 36% em 2021
O custo de produção do suíno vivo na região Sul apresentou novo aumento em dezembro
O levantamento realizado pela Central de Inteligência de Suínos e Aves da Embrapa, indica que o custo de produção do suíno vivo na região Sul apresentou novo aumento em dezembro. Em relação aos Estados da Região, Santa Catarina mostrou custo de R$7,00, atingindo aumentos de 5,3% no mês e de 6,7% sobre o mesmo período do ano anterior. No Paraná o custo subiu para R$6,74, significando índice mensal positivo de 1,2%, enquanto sobre dezembro de 2020 o aumento atingiu 6,8%. No Rio Grande do Sul o custo subiu para R$7,13, o maior nos três Estados, equivalendo a aumentos de 8,2% sobre novembro último e de 13% sobre o mesmo período de 2020. O resultado foi um valor médio de R$6,96 na região Sul, indicando evolução de quase 5% no mês e de 8,8% em doze meses. O custo acumulado no decorrer do ano alcançou R$6,89, significando crescimento anual de 35,8% e trazendo pesado ônus aos suinocultores que não conseguiram repassar a evolução do custo aos comerciantes.
AGROLINK
Frango: quinta-feira com mercado estável
De acordo com análise Cepea/Esalq, a diferença entre as cotações do frango inteiro resfriado e da carcaça casada bovina, de 15,48 Reais/kg, é a 2ª maior de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como a ave no atacado, valendo R$ 5,40/kg. Na cotação do animal vivo, o Paraná ficou estável em R$ 5,06/kg, enquanto São Paulo e Santa Catarina ficaram sem referência de preço na quinta-feira (27). Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (26), a ave congelada teve leve recuo de 0,17%, enquanto o frango resfriado fechou estável em R$ 5,81/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Menção à origem da carne será obrigatória nos restaurantes na França
Vinte anos após a rotulagem da carne de bovino nos restaurantes ter sido imposta como resultado da crise das vacas loucas, esta obrigação foi alargada à carne de aves, ovinos e suínos, de acordo com um decreto publicado no Diário da República Francesa, na quinta-feira
“Estamos à espera deste decreto há dois anos e meio. Os cidadãos querem saber de onde vem a carne que comem nos restaurantes, e quando é francesa, tranquiliza-os”, reagiu à AFP Anne Richard, Diretora da Inaporc (associação de comércio de carne de porco). A mesma satisfação foi expressa pela Anvol, a associação da carne de aves, cujo diretor Yann Nédélec saudou “o resultado de uma longa luta por parte do setor”. Esta rotulagem terá de mencionar o país de origem e o país de cultivo. Aplica-se à “carne comprada crua pelos proprietários de restaurantes e não à carne comprada já preparada ou cozinhada”, esclarece o decreto. Esta obrigação diz respeito a toda a restauração fora de casa, ou seja, cantinas escolares, cantinas de empresas, hospitais ou lares, assim como restaurantes comerciais.
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