Ano 7 | nº 1562 | 30 de agosto de 2021
NOTÍCIAS
Boi: arroba tem baixas mais acentuadas, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações do boi gordo encerraram a semana com baixas mais acentuadas em virtude das escalas de abate cada vez mais confortáveis
Em São Paulo, capital, o preço saiu de R$ 312/313 para R$ 312 por arroba, a prazo, e em Goiânia (GO), passou de R$ 303 para R$ 299/300. Por fim, em Uberaba (MG), a arroba foi de R$ 311 para R$ 309. Na B3, a curva dos contratos futuros do boi gordo teve um dia de comportamento misto com os ajustes variando entre altas e baixas, mas com variações pequenas. O ajuste do vencimento para agosto passou de R$ 314,80 para R$ 311,45, do outubro foi de R$ 314,00 para R$ 314,90 e do novembro foi de R$ 321,50 para R$ 322,40 por arroba.
AGÊNCIA SAFRAS
Escalas de abates mais longas e queda no preço do boi gordo em São Paulo
Em São Paulo, a maior oferta de gado confinado permitiu ajustes nas ofertas de compra e alongamento das escalas de abate nas indústrias frigoríficas, que atendem, em média, dez dias
Com isso, houve queda de R$1,00/@ no preço do boi gordo na última quinta-feira (26/8) na comparação diária, mas as cotações da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis, respectivamente, em R$312,00/@, R$292,00/@ e R$307,00/@, preços brutos e a prazo, segundo levantamento da Scot Consultoria.
Scot Consultoria
Recuos de preços no mercado do boi gordo
No Espírito Santo, a menor demanda pela vaca gorda resultou em queda de R$1,00/@ na última sexta-feira (27/8) em relação ao fechamento do dia 26/8
Dessa forma, no estado, a vaca gorda foi negociada em R$294,00/@, preço bruto e a prazo, segundo levantamento da Scot Consultoria. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a cotação do boi gordo recuou 0,3% na comparação dia a dia, ou R$1,00/@, e ficou cotada em R$315,00/@, considerando o preço bruto e a prazo, R$314,50/@, com desconto do Senar, e R$310,50/@ com desconto do Funrural e Senar (27/8).
Scot Consultoria
Boi gordo: oferta de animais de confinamento aumenta e preços seguem em queda
Os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição de maior conforto em suas escalas de abate, que em alguns casos superam sete dias úteis
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização na sexta-feira, 27. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição de maior conforto em suas escalas de abate, que em alguns casos superam sete dias úteis. “Novamente precisa ser mencionada a entrada de animais a termo somado a utilização de confinamento próprio, tornando a situação dos frigoríficos de maior porte ainda mais confortável”, disse Iglesias. A tendência de curto prazo aponta para a continuidade da queda dos preços, mesmo durante a primeira quinzena de setembro. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 312 na modalidade a prazo, ante R$ 312 – R$ 313 na quinta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 299 – R$ 300, ante R$ 303. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 312, ante R$ 312 – R$ 31. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 304, contra R$ 304 – R$ 305. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 a arroba, contra R$ 311. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,90 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 16,90 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar fecha em queda de 1,15%, a R$5,1965
O dólar marcou a quinta queda em seis sessões na sexta-feira, indo à mínima em mais de duas semanas e ficando abaixo de 5,20 reais na esteira de um enfraquecimento global da moeda norte-americana após o banco central dos EUA sinalizar alguma postergação do corte de estímulos e minimizar chances de alta de juros
A reação dos preços antecede uma agitada semana, que traz uma pesada agenda de indicadores, como o PIB do Brasil do segundo trimestre e o relatório de empregos dos EUA referente a agosto. Em comentários preparados para discurso na conferência de banqueiros centrais de Jackson Hole, Jerome Powell, chefe do Fed, indicou que o banco central dos EUA permanecerá cauteloso em qualquer eventual decisão de elevar os juros enquanto tenta levar a economia de volta ao pleno emprego. Powell deseja evitar controlar uma inflação “transitória” e, ao fazê-lo, correr o risco de desencorajar o crescimento do emprego. Mas ele concordou com muitos de seus colegas no entendimento de que cortar estímulos poderia ser apropriado ainda neste ano. Com a perspectiva de não enxugamento da oferta de moeda, o dólar despencou aqui e lá fora. Aqui, a moeda norte-americana negociada no mercado à vista fechou em baixa de 1,15%, a 5,1965 reais, menor valor desde 10 de agosto (5,1957 reais). No Brasil, a queda do dólar nesta sexta concluiu uma semana de baixas quase ininterruptas da moeda, que anulou, assim, o ganho das três semanas anteriores, estes motivados pelo recrudescimento de tensões domésticas e também pelas incertezas acerca do Fed e da Covid-19. Na semana, o dólar recuou 3,50%, maior baixa desde a semana finda em 7 de maio (-3,75%). A queda desta sexta fez o dólar trocar de sinal em agosto, e no acumulado do mês a divisa cai 0,22%. E as firmes baixas dos últimos dias junto com a deste pregão levaram o dólar a reduzir os ganhos no acumulado do ano para apenas 0,10%.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com Fed
Na sexta-feira, o Ibovespa subiu 1,65%, a 120.677,60 pontos, acumulando alta de 2,22% na semana. Em agosto, ainda recua 0,92%, mas no ano sobe 1,4%. O volume negociado no pregão nesta sessão somou 23,7 bilhões de reais
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, assegurando desempenho positivo na semana, endossado por comentários do chair do Federal Reserve, que afastaram por ora os riscos de o banco central dos Estados Unidos começar a reduzir os estímulos à economia norte-americana mais cedo do que o previsto. Falando no simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell disse que a economia dos EUA continua a progredir em direção às condições estabelecidas pelo Fed para reduzir seus programas emergenciais da era da pandemia, mas não apontou o momento de qualquer mudança efetiva na política monetária além de “este ano”. Ele sinalizou que o Fed permanecerá cauteloso em qualquer eventual decisão de elevar os juros à medida que tenta levar a economia de volta ao pleno emprego, dizendo que deseja evitar controlar uma inflação “transitória” e potencialmente desencorajar o crescimento do emprego no processo. Sobre a decisão potencialmente iminente do Fed de começar a reduzir suas compras mensais de ativos, Powell disse concordar com a maioria de seus colegas que um aperto poderia ser apropriado “este ano”. Na visão do departamento de Economia do Bradesco, Powell reforçou a estratégia de início de normalização da política monetária dos EUA, com um tom moderado em relação à inflação (reconhecendo forças desinflacionárias) e ao mercado de trabalho, indicando que medidas não serão tomadas agora.
REUTERS
Preços ao produtor no Brasil aceleram alta a 1,94% em julho
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Brasil acelerou a alta a 1,94% em julho, de 1,29% em junho, marcando a taxa mais alta dos últimos três meses
Os dados informados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a inflação ao consumidor passou a acumular em 12 meses taxa de 35,08%, entre os quatro maiores da série iniciada em dezembro de 2014. No mês, a atividade de metalurgia teve alta de 3,68%, indústrias extrativas subiram 3,61%, vestuário avançou 3,45% e refino de petróleo e produtos de álcool subiu 3,26%. “Em linhas gerais o indicador de julho é muito influenciado pelas condições do comércio internacional devido às altas acumuladas e correntes das commodities minerais, agropecuárias e do petróleo, com impacto nos preços de venda e na estrutura de custos das atividades de maior influência no mês”, explicou Felipe Figueiredo Câmara, analista do índice. “Um inverno mais rigoroso em 2021 e a entressafra de insumos importantes à fabricação de alimentos também contribuíram para deteriorar as condições de oferta de matéria-prima, pressionando as margens do produtor industrial desse setor”, completou. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
REUTERS
Gargalos, inflação e temores sobre vírus derrubam confiança da indústria em agosto, diz FGV
A confiança da indústria brasileira caiu em agosto, com gargalos na oferta, preços mais altos de energia e incertezas relacionadas à variante Delta da Covid-19 afetando a percepção dos empresários sobre o momento atual, de acordo com dados divulgados na sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
No mês, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) perdeu 1,4 ponto, a 107 pontos, sua primeira queda desde abril deste ano. “A indústria de transformação vem, desde o final do ano passado, enfrentando gargalos associados a escassez de insumos, recentemente agravados por problemas de logísticas nos mercados internacionais, e encarecimento da energia elétrica”, explicou Claudia Perdigão, economista da FGV IBRE, em nota. “Aliado a isso, o aumento da incerteza diante da nova variante Delta contribui para uma desaceleração no processo de recuperação da indústria”, acrescentou. No mês de agosto, o Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 2,4 pontos, para 109,4 pontos, retornando a patamar próximo a maio deste ano (109,5). Já o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, teve queda mais comportada, de 0,3 ponto, a 104,6. Dados do IBGE do início deste mês mostraram que a indústria brasileira ficou estagnada em junho diante dos efeitos da pandemia sobre o processo de produção e na economia, permanecendo no patamar pré-crise, mas fechando o segundo trimestre com fortes perdas. Números separados desta semana apontaram que a pressão de energia elétrica levou a prévia da inflação oficial a disparar para o nível mais alto para um mês de agosto em quase duas décadas.
REUTERS
Endividamento das famílias chega a 59,2% e bate recorde
Aumento foi de 0,9 ponto percentual no mês e, no acumulado em 12 meses, chega a 10 pontos percentuais
O endividamento das famílias chegou a 59,2% em maio, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Banco Central, e atingiu percentual recorde. O aumento foi de 0,9 ponto percentual no mês e, no acumulado em 12 meses, chega a 10 pontos percentuais. O indicador de endividamento representa a relação percentual entre o saldo das dívidas das famílias e a renda acumulada em doze meses, pela massa salarial. Já o indicador de endividamento que exclui o crédito imobiliário somou 36,5% em maio, ante 35,9% em abril. Nesse caso, o avanço em 12 meses é de 6,6 pontos percentuais. Ao apresentar os dados nesta manhã, o Chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacou o fato de que o comprometimento de renda das famílias com as dívidas tem apresentado uma alta mais moderada. De abril para maio, passou de 30% para 30,6%. Com a exclusão dos empréstimos imobiliários, o indicador chega a 28% em maio, ante 27,5% em abril. Em 12 meses, o comprometimento de renda com pagamento de dívidas sobe 0,7 ponto percentual, na medida com e sem crédito imobiliário. O comprometimento de renda é a relação entre o valor médio estimado para o pagamento do serviço das dívidas com a renda, apurada pela massa salarial mensal. Rocha disse que a diferença de níveis entre a taxa de endividamento e do comportamento de renda com dívidas se deve ao crédito imobiliário, que têm dívidas mais altas de longo prazo, por isso parcelas relativamente menores em relação à dívida total. Sobre o crescimento mais lento do comprometimento de renda, em comparação ao endividamento, Rocha citou dois fatores. Primeiro, o BC usa nas suas estimativas o indicador de Custo de Crédito (ICC), que é calculado com base nas taxas contratadas ao longo do tempo no conjunto de empréstimos que ainda estão sendo pagos. Isso é diferente da estatística mais usada sobre os juros bancários, que usa a taxa cobrada nas concessões no último mês. Como o ICC está no valor mais baixo da série histórica e refletiu pouco, por enquanto, o aperto monetário feito pelo BC, a despesa de juros das famílias está ainda baixa. Em outras palavras: as famílias estão mais endividadas, mas a taxas mais baixas contratadas no passado.
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
Desmatamento no agro vem de uma minoria, diz diretor da Marfrig
Para Paulo Pianez, o setor já se compromete com o ESG, mas paga o preço dos problemas ambientais de uma pequena parcela
“Dizem que a agropecuária está destruindo os biomas, fazendo com que haja as queimadas, mas essa não é a realidade.” A afirmação é de Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig, um dos maiores frigoríficos do Brasil. Segundo ele, o agro já entende que o ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança) é um movimento inescapável, mas o setor ainda tem sua imagem prejudicada por uma minoria vinculada ao desmatamento “Eu acho que se criou uma narrativa no Brasil que não necessariamente reflete a realidade. Não é que não haja produtores e empresas à margem da lei, mas a maioria produz dentro do que exige a legislação”, afirma. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o agro é a segunda atividade que mais emite gases de efeito estufa no Brasil, respondendo por 28% do total. Essa proporção pode ser ainda maior, já que a principal causa de emissões no país é a mudança no uso da terra — puxada principalmente pelo desmatamento— que também está atrelada à produção agropecuária. Juntas, essas duas atividades são responsáveis por 72% das emissões brasileiras. De acordo com Paulo Pianez, todos os fornecedores diretos da Marfrig são comprometidos com o desmatamento zero, legal e ilegal. No entanto, diferentemente de seus concorrentes, o frigorífico não possui metas públicas de neutralidade de carbono. Segundo o Diretor, não faz sentido assumir compromissos futuros sem mostrar como eles serão atingidos. “A gente acredita em políticas robustas de redução, todos os anos”, afirma. Até 2035, a Marfrig tem o compromisso de reduzir em 43% suas emissões nos escopos um e dois (diretas e relacionadas ao consumo de energia, respectivamente). Para o mesmo ano, a empresa também deve cortar em 35% suas emissões no escopo três (indiretas, que envolvem toda a cadeia de valor). Leia mais:
FOLHA DE SÃO PAULO
Frigorífico da Chapada é inaugurado na Bahia
Um novo frigorífico em Andaraí (BA), na região da Chapada Diamantina, com capacidade de abater 400 bovinos por dia, foi inaugurado na semana passada, informou o Governo da Bahia em nota na sexta-feira (27)
O Frigorífico da Chapada poderá processar 168 tipos de produtos, incluindo embutidos e cortes mais sofisticados. Além dos bovinos, também poderão ser processados suínos, ovinos, caprinos, frango e peixe, principalmente tilápia, entre outras proteínas animais. O empreendimento gerará demanda para 3,2 mil produtores da região, 230 empregos diretos e 800 indiretos. O Governador da Bahia, Rui Costa, disse que o empreendimento “eleva o padrão de qualidade da produção de carne da Bahia”. “E nós vamos apoiar os produtores para que se utilizem dessa ferramenta para melhorar a renda, seja do pequeno, do médio ou do grande produtor”, disse ele. O frigorífico está instalado numa área de 180 mil metros quadrados, com 15 mil m² de área construída que inclui cinco fábricas para abate, desossa, industrialização, salga e beneficiamento de produtos não comestíveis.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: semana terminou com preços em queda
Segundo o Cepea/Esalq, as cotações da carcaça suína estão se aproximando das substitutas, movimento que reduz a competitividade frente à bovina, mas aumenta na comparação com a de frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 2,54%/2,20%, chegando a R$ 115,00/R$ 122,00, enquanto a carcaça especial baixou entre 1,10%/1,06%, cotada em R$ 9,00/R$ 9,30 o quilo. No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (26), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, na ordem de R$ 6,18/kg. Houve queda de 2,56% em São Paulo,a tingindo R$ 6,47/kg, baixa de 1,80% em Santa Catarina, caindo para R$ 6,01/kg, desvalorização de 1,67% em Minas Gerais, cotado em R$ 7,06/kg, e de 1,30% no Paraná, fechando em R$ 6,08/kg.
CEPEA
Frango: preços encerram a semana sem alterações
Segundo o Cepea/Esalq, a demanda aquecida pela carne tanto do mercado interno, especialmente, quanto do externo faz com que vendedores elevem os preços, até mesmo para garantir uma margem, uma vez que os custos de produção estão bastante elevados
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,00/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,26%, cotado em R$ 7,58/kg. No caso do animal vivo, não houve alteração nos preços em São Paulo, valendo R$ 6,00/kg, nem em Santa Catarina, custando R$ 3,56/kg. No Paraná, foi registrada alta de 4,05%, alcançando R$ 5,65/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (26), a ave congelada ficou com preço estável em R$ 8,01/kg, assim como a resfriada, fechando em R$ 8,03/kg.
CEPEA
INTERNACIONAL
Uruguai voltou a exportar mais carne do que Argentina após três anos
Devido à armadilha das exportações de carne imposta pelo governo argentino, o Uruguai mais uma vez ultrapassou o país vizinho em volume de carne exportada em julho, após 3 anos, segundo a Fundación Mediterránea.
O Uruguai enviou ao exterior 37.939 toneladas no mês passado, segundo dados do Instituto Nacional da Carne (INAC), que gerou divisas de 218 milhões de dólares. Já a Argentina atingiu 35.611 toneladas, segundo os números do Indec, por um valor de 191 milhões de dólares. Isso não acontecia desde abril de 2018, quando o Uruguai havia exportado 25.722 toneladas (139,7 milhões de dólares) contra as 25.144 toneladas (138,3 milhões de dólares) que a Argentina havia vendido para o exterior. A partir daquele momento, o volume das exportações argentinas de carnes começou a subir para números recordes. Assim, para efeito de comparação, em julho de 2020, a Argentina havia embarcado 53.747 toneladas de carne contra as 22.535 toneladas que o Uruguai havia vendido, segundo as mesmas fontes. No entanto, desde o início da repressão às exportações de carnes, em 20 de maio, imposta pelo governo Alberto Fernández, os volumes comercializados para o exterior caíram consideravelmente nos meses seguintes. Em junho, por exemplo, atingiu 35.502 toneladas e em julho, 35.611 toneladas, perdendo 40 milhões e 35 milhões de dólares ano a ano, respectivamente. De qualquer forma, se o período de janeiro a julho deste ano (334.331 toneladas) foi comprado contra o de 2020 (328.611 toneladas), ainda está acima de 1,7%. As exportações de carnes ficam restritas a 50% do volume registrado no ano passado, exceto pelas cotas Hilton, 481 e Estados Unidos. Há 10 dias ficou conhecido o lançamento de uma nova cota de 3.500 toneladas de carne Kosher para Israel após reclamações daquele país, promessa que o governo havia feito a pedido da rede de carnes. E foi oficializado no Diário Oficial da União, distribuindo 218,75 toneladas cada entre 16 estabelecimentos. Também se comprometeram a liberar a exportação da vaca para a China, principal mercado argentino, mas no momento não havia novidades. A Fundação Mediterrâneo também publicou um relatório que garante que os preços da carne na Argentina são os mais baratos da região. A maior diferença foi registrada com o Chile, onde esse alimento ficou 26,6% mais caro em julho. Assim, dos 13 cortes, o quilo no território argentino ficou em US $ 8,2 ante US $ 11,2 no país transandino. Com o Uruguai, a diferença foi de 6,8% nos 15 cortes analisados, já que o valor médio do quilo foi de US $ 7,7 da outra margem do Rio de La Plata em julho, contra US $ 7,2 da Argentina. Na comparação com o Brasil, que foi traduzida em pesos e tomados como referência os preços online de 8 cortes de 4 redes de supermercados, acabou sendo 4% mais barato. O preço foi de $ 995 em duas redes argentinas contra $ 1.039 do brasileiro.
El País Digital
EUA buscam proteger exportações de carne suína se a peste suína africana atingir territórios
Os Estados Unidos disseram na quinta-feira (26) que estão tentando evitar interrupções nas exportações de carne suína se os territórios de Porto Rico ou das Ilhas Virgens dos EUA detectarem a doença fatal suína, a peste suína africana (PSA)
O risco de infecções nos territórios é maior depois que a República Dominicana, em julho, confirmou o primeiro surto de peste suína africana nas Américas em quase 40 anos. O Departamento de Agricultura dos EUA trabalhará com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para designar Porto Rico e as Ilhas Virgens como zonas separadas do continente para “garantir o fluxo contínuo das exportações de suínos e suínos vivos dos EUA”, de acordo com um comunicado. A OIE permite zonas em áreas livres de doenças em resposta ao aumento do risco de um país vizinho, disse o USDA. As designações permitiriam aos Estados Unidos manter seu status de não ter peste suína africana se os territórios confirmarem os casos, de acordo com o National Pork Producers Council, um grupo da indústria dos EUA. A peste suína africana nunca foi detectada nos Estados Unidos. Ele se originou na África antes de se espalhar pela Europa e Ásia e matou centenas de milhões de porcos. O lobby brasileiro de suínos e aves, a ABPA, e 21 organizações privadas de 18 países latino-americanos se reuniram este mês e formaram um comitê para discutir estratégias de prevenção da peste suína africana (FSA) na região. O USDA disse à Reuters em 5 de agosto que a OIE “não fornece nenhuma designação entre um país e seus territórios ao determinar o status de ASF”. “No caso de uma detecção, trabalharíamos rapidamente com os parceiros comerciais para regionalizar Porto Rico do continente dos EUA e mostrar medidas de mitigação que estão em vigor para prevenir a propagação da doença de Porto Rico para o continente”, disse o USDA por e-mail.
REUTERS
Mais de 30 mil suínos já foram abatidos na República Dominicana para a Peste Suína Africana
O governo informou que está continuando a entrega de compensação financeira aos criadores de suínos afetados
O Ministério da Agricultura da República Dominicana informou que até o momento 30.991 suínos foram abatidos como medida para conter a febre suína africana (APF) nas 14 províncias que notificam o vírus. Para promover a recuperação dos suinocultores afetados, as autoridades informaram que iniciarão a entrega da compensação econômica nas regiões de Montecristi e Dajabón, onde 153 produtores tiveram que sacrificar seus animais. Erick Montilla, diretor de comunicação do Ministério da Agricultura, esclareceu que, juntas, essas províncias receberão um montante total de 21,4 milhões de pesos dominicanos (US $ 375.860). Este recurso fará parte dos 38 milhões de pesos dominicanos (pouco mais de 664.000 dólares), que o governo distribuirá a mais de 2.000 suinocultores, a partir da região de Sánchez Ramírez. Especificamente em Santiago Rodríguez, foram disponibilizados 8,4 milhões de pesos (147.412 dólares) para indenizar 42 produtores, derivados do abate de 1.032 suínos, com um peso total de 74.748 quilos, segundo dados deste mesmo Ministério. O gerente de Comunicações garantiu que a Comissão Oficial de Controle e Erradicação de Surtos de APF continua com seu trabalho em todo o país, sem que nenhum novo foco infeccioso tenha sido detectado até o momento.
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