Ano 7 | nº 1563 | 31 de agosto de 2021
NOTÍCIAS
Boi: carne bovina recua no atacado, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a tendência de queda no mercado físico do boi gordo chegou à carne bovina no atacado
Segundo o analista Fernando Iglesias, a lenta reposição entre atacado e varejo na virada de julho para agosto justifica as quedas. Em relação à arroba, em São Paulo, capital, a cotação caiu de R$ 312 para R$ 311. Na B3, a curva dos contratos futuros do boi gordo teve mais um dia de comportamento misto, em que as pontas mais curvas avançaram e as mais longas recuaram. O ajuste do vencimento para agosto passou de R$ 311,45 para R$ 312,30, do outubro foi de R$ 314,90 para R$ 313,55 e do novembro foi de R$ 322,40 para R$ 321,30 por arroba.
AGÊNCIA SAFRAS
Boi gordo: escalas de abates alongadas e preços estáveis em São Paulo
O mercado do boi gordo iniciou a semana com preços estáveis
Em São Paulo, com as programações de abate confortáveis, atendendo, em média, nove dias, o mercado do boi gordo iniciou a semana (30/8) com preços estáveis. Grande parte das indústrias frigoríficas estava aguardando os primeiros movimentos do mercado para se posicionar nas compras. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi, vaca e novilha gordos foram negociados, respectivamente, em R$312,00/@, R$292,00/@ e R$307,00/@, preços brutos e a prazo. Animais que atendem ao mercado externo estão cotados com um ágio de até R$5,00/@. Para o curto prazo, atenção à virada do mês e ao feriado do dia 7/9, que podem influir no consumo interno de carne.
SCOT CONSULTORIA
Mercado de reposição encerra agosto em queda
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os estados monitorados, entre machos e fêmeas anelorados e mestiços, a queda foi de 1,1% nos últimos sete dias. Já ao longo de agosto a desvalorização foi de 2,0%. Esse cenário mais frouxo é explicado pela entressafra e altos preços dos insumos.
SCOT CONSULTORIA
Brasil eleva participação no consumo de carne bovina chinês em 2021
O Brasil elevou sua participação no mercado de carne bovina chinês neste ano, respondendo por 38% do volume importado pelo país asiático de janeiro a julho, segundo o Rabobank
“No ano passado, o Brasil já era o maior exportador de carne bovina pra China, representava cerca de 31% do total. Quando a gente olha os dados parciais, até julho deste ano, no acumulado, o Brasil já aumentou para 38%”, disse o analista do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, no podcast do banco Foco no Agronegócio, divulgado na segunda-feira (30). As oportunidades de exportação de carne bovina para os países da América Latina continuam favoráveis, dado o crescimento do consumo no país asiático. A China reforçou os controles sanitários na importação de carnes durante a pandemia, reduzindo as compras por canais informais. A fiscalização mais rígida favorece os grandes exportadores de carne bovina da América do Sul. Brasil, Argentina e Uruguai fornecem 74% do volume total de carne bovina importada consumida na China, segundo o Rabobank. “É uma participação muito forte, que deve se manter, principalmente esse tipo de demanda por carnes mais baratas, que é basicamente o tipo de carne que Brasil e Argentina ofertam pra China”, disse Yanaguizawa. “Porém, abre oportunidades também, em termos de entrada, para um maior acesso para cortes mais premiums. Vale lembrar que mesmo representando 74% de todo volume importado da China de carne bovina, em termos de faturamento, os outros 26% do volume, que são carnes mais premiums, têm um faturamento maior.” O Rabobank já havia estimado em relatório recente que o consumo de carne bovina chinês deve subir em cerca de 800 mil toneladas até 2025, com a participação no consumo total de proteína animal subindo de 8,5% para 9,7%.
CARNETEC
Mato Grosso do Sul oferecerá redução de ICMS para pecuária sustentável no Pantanal
Renovado, programa de incentivo também apoiará produção de carne orgânica
A Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) e o governo de Mato Grosso do Sul vão apresentar a pecuaristas do Estado seu programa para incentivar a produção de carne sustentável no Pantanal. Criado em 2018, o programa, com incentivo fiscal, será oficialmente lançado no dia 3 de setembro, no Sindicato Rural de Corumbá. Segundo a ABPO, o pecuarista da região que se dedicar à produção de uma proteína sustentável poderá ter isenção de até 50% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Para aqueles que produzem carne orgânica, a isenção pode chegar a 67%. “O programa foi criado em 2018 e só agora conseguiremos apresentá-lo de forma mais eficiente, e presencial, aos produtores da região de Corumbá. A proposta é inovadora e atende uma série de exigências de mercados externos e interno. Além da sustentabilidade e da valorização do homem pantaneiro, buscamos o reconhecimento do bioma, como fornecedor de uma proteína de altos predicados”, afirma, em nota, o pecuarista Eduardo Cruzeta, Presidente da ABPO. O programa busca fomentar a competitividade e incentivar a pecuária bovina de baixo impacto ambiental no bioma Pantanal, estimulando a produção baseada no modelo tradicional, com baixo nível de intervenção nos recursos naturais existentes na região. Este sistema de produção também tem por objetivo valorizar o pecuarista pantaneiro, sua cultura e os processos produtivos que, segundo a ABPO, preservaram o bioma. Também apoiam a nova fase do programa o Sebrae MS, a Sociedade Rural Brasileira, a Embrapa Pantanal, o Instituto Taquari Vivo, o Senar MS e o Sistema Famasul.
VALOR ECONÔMICO
Mais de 10 entidades do agronegócio pedem ações para atual cenário marítimo-portuário no BR
Mais de 10 entidades do agronegócio, entre elas a ABRAFRIGO, através da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), enviaram ao governo federal um ofício em que pedem ações para contornar o atual cenário marítimo-portuário no Brasil, com a falta de contêineres, por exemplo, que tem afetado o comércio do agronegócio
O ofício é assinado pelo deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), que é Presidente da FPA. “Há algum tempo os setores produtivos exportadores e importadores têm sobrevivido com a escassez mundial de contêineres e principalmente de navios, fruto de uma concentração das empresas marítimas e aumento da capacidade dos navios, movimento percebido muito antes da pandemia de Covid-19, a qual apenas potencializou esses gargalos”, destaca um trecho.Os impactos na logística global começaram com a pandemia da Covid-19 e seguem impactando as economias. As entidades, além de destacarem o atual momento vivido no comércio exterior, solicitam reunião presencial com Tarcísio de Freitas, o mais urgente possível, “para tratarmos da falta de navios e de contêineres, em razão do cenário atual que, a nosso ver, exige um plano de contingência por parte dos Armadores que atuam no Brasil”. “Lembramos que as exportações brasileiras são estratégicas para o país. Trata-se, inclusive, em certo sentido, de tema de soberania nacional, quando observamos que as consequências serão impactantes nas nossas exportações/importações, emprego, divisas e inflação, caso, a despeito das dificuldades de mercado, não façamos valer também nossas necessidades imediatas e futuras de crescimento das exportações do agronegócio”, pontuam. Dentre as entidades, estão o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), além da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras.
FPA
Preços do boi caem no atacado com reposição lenta
Tendência é que frigoríficos mantenham a pressão de baixa no curto prazo, de acordo com a Safras & Mercado
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização nesta segunda-feira. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, a tendência é que os frigoríficos mantenham a pressão de baixa no curto prazo, em linha com a posição de grande conforto em suas escalas de abate, posicionadas acima de sete dias úteis em alguns casos. “A incidência de animais a termo, além da utilização de confinamento próprio, tornou a posição ainda mais confortável entre os frigoríficos de maior porte”, disse Iglesias. Por outro lado, as exportações de carne bovina seguem em ótimo nível, com expectativa grande para um novo recorde mensal em agosto. “O Brasil segue ganhando mercado, principalmente junto aos importadores chineses. As decisões políticas da Argentina, somado aos problemas de rebanho da Austrália colocaram o Brasil em uma posição privilegiada no fornecimento de carne bovina em escala mundial”, apontou Iglesias. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 311 na modalidade a prazo, ante R$ 311 na sexta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 298, ante R$ 299 a R$ 300. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311 a R$ 312, ante R$ 312. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, contra R$ 304. Em Uberaba (MG), preços a R$ 309 a arroba, estáveis. A carne bovina voltou a apresentar preços mais baixos no mercado atacadista. Conforme Iglesias, a lenta reposição entre atacado e varejo no período que antecede a virada de mês justifica a queda das indicações. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,50, por quilo, queda de R$ 0,40. Ponta de agulha também foi precificada a R$ 16,50, por quilo, queda de R$ 0,40. Quarto traseiro segue precificado a R$ 21,25, por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar fecha em queda de 0,15%, a R$5,18925
O dólar fechou em queda apenas leve na segunda-feira, mas suficiente para levar a moeda ao menor patamar em quase quatro semanas, com operadores evitando grandes movimentações em uma sessão relativamente tranquila e de contínuo apetite por risco no exterior, ainda na esteira de comentários do banco central norte-americano
O dólar à vista caiu 0,15%, a 5,18925 reais na venda, depois de variar de 5,2273 reais (+0,58%) a 5,1825 reais (-0,28%). A moeda fechou no menor patamar desde o último dia 4 (5,189 reais).
REUTERS
Ibovespa e fecha em queda após semana positiva
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, refletindo ajustes de posições após subir mais de 2% na semana passada, com blue chips entre as maiores pressões de baixa, enquanto Nova York registrou novos recordes para S&P 500 e Nasdaq Composite
Índice de referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,76%, a 119.763,20 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro no penúltimo pregão do mês somava 19,8 bilhões de reais.
REUTERS
Mercado eleva perspectiva para inflação e dólar e vê menor crescimento em 2021, mostra Focus
O mercado elevou suas projeções para a inflação e o dólar neste ano, ao mesmo tempo em que passou a ver menor crescimento econômico, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira
O levantamento semanal mostra que os especialistas consultados elevaram as contas para a alta dos preços em 2021 pela 21ª semana seguida, chegando a 7,27%, de 7,11% antes. Para 2022, a alta do IPCA foi calculada em 3,95%, de 3,93%. O centro da meta oficial para a inflação em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Ao mesmo tempo, o cálculo para o dólar ao fim deste ano subiu a 5,15 reais, de 5,10 reais na semana anterior. Para 2022 a estimativa seguiu em 5,20 reais. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2021 recuou em 0,05 ponto percentual, calculada agora em 5,22%, enquanto, para 2022, a expansão do PIB continuou estimada em 2,00%. A pesquisa ainda mostrou que o mercado segue calculando a taxa básica de juros Selic em 7,50% tanto ao final de 2021 quanto de 2022.
REUTERS
Governo central tem déficit de R$19,8 bi em julho
O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de 19,829 bilhões de reais em julho, informou o Tesouro nesta segunda-feira
O resultado veio acima do rombo estimado por economistas de 17,3 bilhões de reais para o mês, segundo pesquisa da Reuters. No acumulado de janeiro a julho, o déficit é de 73,432 bilhões de reais, frente a 505,232 bilhões de reais em igual período de 2020, ano que foi marcado por despesas recordes por conta do enfrentamento à pandemia de Covid-19. Em julho, a receita líquida teve alta de 41,4%, em termos reais, sobre o mesmo mês do ano passado, a 139,128 bilhões de reais. De um lado, a Receita Federal viu alta expressiva na arrecadação de impostos, de 42,7% no mês, um acréscimo de 31,082 bilhões de reais sobre julho do ano passado. Mas a elevação no preço internacional de commodities também tem ajudado os cofres públicos. O governo viu um aumento de 146,7% nos ganhos com exploração de recursos naturais no mês passado sobre julho de 2020, que decorrem principalmente da participação na produção de petróleo, elevação de 9,394 bilhões de reais sobre um ano antes. Já a despesa total do governo caiu 18,1% na mesma base de comparação, a 158,957 bilhões de reais. Em 12 meses, o rombo é de 328,8 bilhões de reais, equivalente a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em nota, o Tesouro pontuou que a expectativa dos agentes de mercado, conforme boletim Prisma Fiscal, é de um déficit primário de 1,9% este ano, ante rombo de 2,6% projetado para o período no fim do ano passado.
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Rabobank eleva projeções de inflação do Brasil para 2021 e 2022
O banco agora projeta a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,8% ao final deste ano, ante estimativa anterior de 7,1%. Para 2022, o avanço deve ser de 3,7%, contra 3,5% antes, disse o Rabobank em relatório semanal
“Ainda vemos o atraso no mercado de trabalho limitando pressões influenciadas pela demanda, mas a inflação de custos está se provando persistentemente alta”, informou o relatório, acrescentando que há vários sinais de que alguns dos choques no lado da oferta estão demorando para desaparecer. O documento apontou como fatores de atenção os preços das commodities na moeda local e disrupções em algumas cadeias de produção devido à falta de insumos importados e às condições climáticas adversas, citando a seca e o frio intenso vistos recentemente em algumas regiões do país. As novas projeções do banco passaram a incorporar contas de energia mais altas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira que a conta de luz dos brasileiros permanecerá em setembro com a bandeira tarifária vermelha patamar 2, mas ainda não definiu o valor para a bandeira.
Falando sobre 2022, o Rabobank disse que a “evolução da inflação atual nos próximos meses será chave para monitorar o quão intensamente a inércia se espalhará para o ano que vem e demandar uma outra revisão” das expectativas para a alta dos preços. O centro da meta oficial do Banco Central para a inflação em 2021 é de 3,75% e, para 2022, é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
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IGP-M desacelera alta a 0,66% em agosto com arrefecimento de matérias-primas, diz FGV
Os preços das matérias-primas brutas arrefeceram e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 0,66% em agosto, de 0,78% em julho, segundo dados divulgados na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
Com o resultado de agosto o índice passou a acumular alta de 31,12% em 12 meses. Neste mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve alta de 0,66%, contra avanço de 0,71% no mês anterior. A desaceleração refletiu queda de 1,64% do grupo Matérias-Primas Brutas, que havia avançado 0,09% no mês anterior. Os principais responsáveis por essa leitura foram os itens minério de ferro (2,70% para -15,32%), bovinos (1,73% para -0,34%) e leite in natura (5,74% para 2,32%). A pressão no varejo também ficou menor em agosto, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,75%, de 0,83% em julho. O grupo Educação, Leitura e Recreação subiu 0,53% no mês, ante salto de 2,16% em julho. Entre os componentes do grupo, o destaque ficou com os preços das passagens aéreas, que passaram a avançar 3,17% em agosto, após dispararem 24,69% no mês passado. Apesar do arrefecimento do índice geral em agosto, as secas seguem impulsionando os preços em vários setores. “Se não fosse a crise hídrica, o IGP-M apresentaria desaceleração mais forte”, disse em nota André Braz, Coordenador dos índices de preços. “No IPA, culturas afetadas pela estiagem, como milho (-4,58% para 10,97%) e café (0,04% para 20,98%) registraram forte avanço em seus preços”, disse ele, acrescentando que, “no âmbito do consumidor, o preço da energia (…) registrou alta de 3,26%.” A pressão de energia elétrica levou a prévia da inflação oficial do Brasil a disparar para o nível mais alto para um mês de agosto em quase duas décadas, mostraram dados do IBGE na semana passada. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,56% em agosto, de alta de 1,24% antes.
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FRANGOS & SUÍNOS
Governo da China vai comprar mais carne suína do mercado interno para apoiar preços
O órgão de planejamento da China disse na segunda-feira que continuará comprando carne suína para reservas estatais para sustentar os preços que estão fracos no maior mercado consumidor da proteína no mundo
Pequim comprou mais de 50 mil toneladas da carne em julho, depois que os preços dos suínos despencaram abaixo do custo da criação de porcos. Embora isso tenha ajudado a recuperar os preços no mês passado, eles caíram novamente nas últimas semanas, com os produtores de todo o país tendo prejuízo com os suínos abatidos. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse em um comunicado em sua conta oficial do WeChat que “mais uma vez lançaria o trabalho de compra de reserva central de carne suína dentro do ano”. Ela também pediu que os governos locais comprem a proteína para formação de reservas no intuito de “garantir o bom funcionamento do mercado de suínos vivos” e disse que as empresas de processamento de alimentos aproveitando a oportunidade para reabastecer seus estoques.
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INTERNACIONAL
Apex-Brasil promoverá empresas brasileiras do agronegócio em 30 feiras internacionais em 2022
As inscrições já estão abertas. Setor de alimentos, bebidas e agronegócio representa 80% das feiras que a Agência participa
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) estão organizando a participação de empresas brasileiras de alimentos, bebidas e agronegócio nas 30 maiores feiras internacionais do setor em 2022. A Agência disponibiliza aos empresários preparação e estrutura antes e durante o evento, estande, espaços de networking, recepcionistas, material promocional e tradutor. As inscrições já estão abertas. A Apex-Brasil apoia mais de 1,6 mil empresas de diversos segmentos do agronegócio brasileiro. A Gulfood, por exemplo, é a principal feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio e contempla os segmentos de bebidas, lácteos, óleos, produtos free from, carne e frango, entre outros. Em 2021, a Apex-Brasil promoveu o Pavilhão Brasil e levou 50 empresas para o evento que resultou em US? 33,2 milhões em negócios fechados. Já a Sial China, contempla o mercado asiático sendo o maior evento dos setores de Agronegócio, Bebidas e Alimentos. Neste ano, 10 empresas contaram com o apoio da Apex-Brasil para participarem do evento. Foram fechados mais de US? 550 mil em negócios imediatos no evento e a estimativa é que esse valor possa superar US? 2,3 milhões em negócios ao longo do ano.
APEX-BRASIL
Estima-se que governo argentino continuará com restrições à exportação de carnes
“Acho que o governo argentino vai continuar com as restrições à exportação de carnes porque desde o início não tinha um objetivo claro a respeito”, disse Miguel Gorelick, Diretor do portal Valor Carne
As exportações de carnes ficam restritas a 50% do volume registrado no ano passado, exceto pelas cotas Hilton, 481 e Estados Unidos. Mas no final deste mês o prazo expira e o Executivo terá que definir se vai prorrogar a medida, exceto para as 7 varas populares que a proibição rege até 31 de dezembro. Desde o início do bloqueio às exportações de carnes, em 20 de maio, imposto pelo governo Alberto Fernández, os volumes vendidos ao exterior caíram consideravelmente nos meses seguintes. Em junho, por exemplo, atingiu 35.502 toneladas e em julho, 35.611 toneladas, perdendo 40 milhões e 35 milhões de dólares ano a ano, respectivamente. Pelas explicações do governo, o objetivo dos estoques para exportação de carnes é diminuir os preços no mercado interno. Em julho teve uma ligeira queda, de 1%, mas indo para os últimos 12 meses, o aumento chega a 84% em média. “Costumava-se dizer que era para baixar o preço da carne, mas nunca foi especificado se era uma queda em termos nominais e não em termos reais. A primeira notícia foi divulgada em meados de maio e a queda tem se mantido em termos nominais com uma perda real de quase 15%”, acrescentou. E disse: “O governo nunca disse se isso parecia suficiente ou não, e 15 dias antes das eleições não vai modificar a medida do meu ponto de vista”. Ele também se referiu ao fato de que se a medida permanecer no tempo “vai causar os mesmos efeitos do passado, mas muito mais rápido”. Sobre o mercado internacional, Gorelick disse que ainda está em um patamar “muito interessante”, apesar de observar “que está se acalmando”. “Vejo a China nesta posição. Embora este ano termine com um novo recorde de importação de carne bovina, me parece que uma comparação interanual começou em julho, onde o nível de importação começa a cair. Isso não pode ser separado da queda acentuada do preço da carne suína na China, que torna menos atraente trazer carne do exterior”, concluiu.
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