Ano 7 | nº 1561 | 27 de agosto de 2021
NOTÍCIAS
Boi: cotações seguem em queda com escalas confortáveis, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações do boi gordo seguiram em queda na maioria das regiões de produção e comercialização
Em São Paulo, capital, o preço saiu de R$ 313 para R$ 312/313 por arroba, a prazo, e em Goiânia (GO), passou de R$ 304 para R$ 303. Por fim, em Uberaba (MG), a arroba foi de R$ 313 para R$ 311. Na B3, por outro lado, os contratos futuros do boi gordo bateram em um suporte importante na região de R$ 310 por arroba para as pontas mais curtas e ensaiaram uma recuperação. O ajuste do vencimento para agosto passou de R$ 311,55 para R$ 314,80, do outubro foi de R$ 310,75 para R$ 314,00 e do novembro foi de R$ 318,00 para R$ 321,50 por arroba.
AGÊNCIA SAFRAS
Boi gordo: pressão de baixa se mantém, e arroba vai a R$ 312 nas praças paulistas, informa a Scot Consultoria
No curtíssimo prazo, consumo fraco da carne bovina no mercado doméstico e escalas de abate mais confortáveis devem reduzir apetite das indústrias frigoríficas pela boiada gorda
A pressão de baixa nos preços do boi gordo tem ganhado força nas praças de São Paulo e também em algumas outras importantes regiões brasileiras, como no Mato Grosso, informaram na quinta-feira, 26 de agosto, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. A maior disponibilidade de gado confinado, oriundo do primeiro giro, permitiu ajustes nas ofertas de compra e alongamento das escalas de abate dos frigoríficos paulistas, que hoje atendem, em média, dez dias, relata a Scot Consultoria, de Bebedouro, SP. Com isso, houve queda de R$ 1/@ no valor do animal terminado nas praças paulistas, em comparação ao dia anterior, para R$ 312/@, preço bruto e a prazo, aponta a Scot. Por sua vez, as cotações da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis no Estado de São Paulo, e hoje valem R$ 292/@ e R$ 307/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Segundo relatos do zootecnista Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos, depois de um longo período de “banho-maria”, a indústria frigorífica também tem voltado à normalidade, tentando comprar matéria-prima por preços menores. “Aquelas ofertas de compra ao redor de R$ 315/@, à vista, nas praças paulistas, perderam a frequência durante a última semana”, afirma Coelho, acrescentando que, atualmente, o boi gordo vale em torno de R$ 310/@, nas mesmas condições de pagamento, em São Paulo. Do lado da oferta, a tendência é de acréscimo do gado oriundo de confinamentos nas próximas semanas, o que deve manter o cenário sem grande dificuldade para a compra de gado pela indústria. No mercado futuro do boi gordo, a maioria dos contratos negociados na B3 registram variações mistas, tanto para baixo quanto para cima. Os papeis com vencimento em outubro/21 recuam R$ 0,50, enquanto o contrato para novembro/21 avançou R$ 0,10, para R$ 310,75/@ e R$ 318/@, respectivamente. No mercado atacadista, os preços do corte de traseiro registram recuo de R$ 0,50/kg nesta quinta-feira, enquanto a vaca casada apresenta queda de R$ 0,10/kg. Os demais cortes bovinos, assim como o couro e o sebo industrial, permaneceram estáveis.
PORTAL DBO
Boi/Cepea: Dados oficiais confirmam baixa oferta de animais para abate
O baixo volume de animais prontos para abate no mercado brasileiro segue sendo confirmado por dados oficiais
Segundo dados do IBGE, de janeiro a junho deste ano, foram abatidos no Brasil 13,61 milhões de animais, 7,28% a menos que no mesmo período de 2020 e expressivos 14,21% abaixo do de 2019. Trata-se, também, do menor volume desde o primeiro semestre de 2009, quando o total abatido foi de 13,38 milhões de animais. Pesquisadores do Cepea ressaltam que o menor volume de gado ao longo do primeiro semestre manteve em alta os preços da arroba em praticamente todas as regiões produtoras do País.
Cepea
Preços do boi seguem caindo com posição confortável das escalas
“Basicamente as escalas de abate estão alongadas em boa parte do país, atendendo em média entre cinco e sete dias úteis”, observa analista
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização na quinta-feira (26). Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos encontram as condições necessárias para exercer pressão sobre os preços. “Basicamente as escalas de abate estão alongadas em boa parte do país, atendendo em média entre cinco e sete dias úteis. Os frigoríficos de maior porte ainda dispõem da entrada de animais a termo além da utilização de confinamento próprio e desfrutam de uma posição ainda mais confortável. O pecuarista não tem boas condições para reter os animais neste momento, uma vez que se trata de animais confinados e o custo de manutenção é relativamente elevado”, disse Iglesias. Por outro lado, precisa ser mencionada a expectativa de bom ritmo de exportação de carne bovina no restante do ano. “O Brasil ganha mercado com as decisões do governo da Argentina somado aos problemas rotineiros de rebanho na Austrália, mantendo o boi gordo australiano em patamar bastante acentuado”, assinalou o analista. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 312 a R$ 313 na modalidade a prazo, ante R$ 313 na quarta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 303, ante R$ 304. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 312 a R$ 313, ante R$ 312. Em Cuiabá, ficou indicada em R$ 305, contra R$ 304 a R$ 305. Em Uberaba (MG), preços a R$ 311 a arroba, contra R$ 313. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por pouco espaço para reajustes até o período de virada de mês. “Durante a primeira quinzena de agosto o quadro muda de figura, com maior espaço para reajustes ao longo do período, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo”, disse Iglesias. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,90 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 16,90 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar fecha em alta de 0,87%, a R$5,2570
O dólar quebrou uma série de quatro quedas e fechou em alta contra o real nesta quinta-feira, em dia de maior influência do exterior, em que a moeda norte-americana ganhou terreno e as bolsas de valores recuaram por cautela à espera do discurso do chefe do banco central norte-americano, na sexta
O dólar à vista subiu 0,87%, a 5,2570 reais, maior ganho percentual diário desde a quinta-feira passada (+0,88%). A cotação oscilou de 5,2105 reais (-0,02%) a 5,2680 reais (+1,08%). Lá fora, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas fortes subia 0,25% no fim da tarde.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com peso externo e com preocupações domésticas
O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, sem apoio dos mercados no exterior, onde prevaleceu a cautela antes de um aguardado discurso do titular do banco central dos EUA, Jerome Powell, enquanto no Brasil seguem as preocupações com a tensão político-institucional e riscos fiscais
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,63%, a 118.851,84 pontos, de acordo com dados preliminares, após fechar em alta nos dois pregões anteriores, período em que acumulou ganho de 2,85%. O volume financeiro da sessão somava 23,8 bilhões de reais.
REUTERS
Ipea reduz previsão e estima que o PIB Agropecuário crescerá 1,7% em 2021 e 3,3% em 2022
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na quinta-feira (26/8), durante webinar realizado em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a nova previsão do valor adicionado do setor agropecuário para este ano e para 2022
O crescimento do PIB do setor em 2021 foi revisto de 2,6% (previsão feita em junho) para 1,7%. O ajuste nas projeções foi motivado, principalmente, pela redução nas estimativas de produtividade e produção de culturas importantes (como a do milho), devido a impactos climáticos adversos da ocorrência de um fenômeno La Niña mais severo nesta safra, e pela piora do cenário para a produção de bovinos. No valor adicionado da produção vegetal em 2021, os pesquisadores revisaram a alta de 2,7% para 1,7%. Ainda assim, o desempenho positivo foi sustentado pelas altas nas produções de soja (+9,8%), trigo (+36,0%) e arroz (+4,1%). Isso compensou as quedas estimadas para as demais culturas: milho (-11,3%), cana-de-açúcar (-3,2%) e café (-21,0%). O rendimento do milho em 2021, em especial, foi muito prejudicado pelo atraso na colheita da soja, que retardou o plantio da segunda safra, ficando dependente de chuvas tardias que não ocorreram. Na produção animal, a previsão de alta foi revista de 2,5% para 1,8%, com crescimento para todos os segmentos, com exceção da produção de bovinos, com queda de 1,0%. Há expectativa de desempenho positivo na produção das demais proteínas: suínos (+7,7%), frangos (+3,9%), leite (+3,1%) e ovos (+4,5%). No caso dos suínos, o bom desempenho está relacionado com o forte crescimento das exportações para a China este ano. Já a previsão para 2022 foi realizada com base nas primeiras informações disponibilizadas pela Conab para os segmentos da produção vegetal e previsões do Grupo de Conjuntura do Ipea para a produção animal. Os pesquisadores do Ipea estimam um crescimento de 3,3% no PIB do setor, com crescimento de 3,9% na produção vegetal e de 1,8% na produção animal. De acordo com a Conab, há expectativa de manutenção do bom desempenho da produção de soja, que deverá bater novo recorde em 2022, e de boa recuperação de culturas como milho e algodão, após a forte queda projetada para este ano. Além disso, o abate de bovinos deverá, enfim, registrar recuperação após dois anos consecutivos de queda. “Esperamos uma recuperação da oferta de bovinos no ano que vem, tendo transcorrido tempo suficiente para a recomposição do rebanho após o pico em 2019”, acrescentou Pedro Garcia, pesquisador associado do Ipea e um dos autores da nota.
IPEA
Brasil cria 316,5 mil vagas com carteira assinada em julho, aponta Caged
Dados do governo mostram que no ano foram abertos 1,848 milhão de postos de trabalho formal no País
O Ministério do Trabalho e Previdência informou na quinta-feira, 26, que o Brasil gerou 316.580 empregos formais em julho deste ano. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O resultado decorre de 1.656.182 contratações contra 1.339.602 demissões no período. De acordo com o governo, o Brasil acumula em 2021 (de janeiro a julho) 1.848.304 de empregos formais criados. Ao todo, nos sete primeiros meses deste ano, foram 11.255.025 contratações e 9.406.721 demissões. Em julho do ano passado, ainda durante a primeira onda da pandemia de covid-19 no País, houve abertura de 137.014 vagas com carteira assinada. O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês e o resultado veio em linha com a maioria dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que apostava na abertura de 300 mil postos de trabalho. De acordo com o ministério, 2,592 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em julho graças às adesões ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano. A abertura de vagas de trabalho com carteira assinada foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 127.751 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 74.844 vagas. A indústria geral abriu 58.845 vagas em julho, enquanto o saldo foi de 29.818 no setor de construção e de 25.422 vagas na agropecuária. No sétimo mês do ano, todas as 27 unidades da federação tiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo, com a abertura de 104.899 postos de trabalho. O menor saldo foi o de Roraima, que registrou a criação de 332 vagas. Apesar do resultado positivo na abertura de vagas, o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.824,71, em junho, para R$ 1.801,99 em julho, o menor valor desde fevereiro.
O ESTADO DE SÃO PAULO
EMPRESAS
Minerva compra dois frigoríficos de cordeiro na Austrália
Investimento de US$ 20 milhões marca entrada da companhia no país e pode gerar faturamento de R$ 1 bi
A Minerva Foods está de malas prontas para a Austrália. A companhia dos Vilela de Queiroz fechou a compra de dois frigoríficos de cordeiro no país dos cangurus, numa aposta que poderá gerar mais de R$ 1 bilhão em faturamento. A aquisição é resultado de uma joint venture com a Salic, gestora ligada ao reino da Arábia Saudita que também é a maior acionista da Minerva, com 33,7% do capital. Os Vilela de Queiroz possuem 17,25% do grupo brasileiro, mas mantêm o controle por meio de um acordo de acionistas. Com uma posição majoritária de 65% na JV, a Minerva vai desembolsar cerca de US$ 20 milhões — o equivalente a R$ 105 milhões — para adquirir os frigoríficos Sharke Lake e Great Eastern Abattoir, localizados na costa oeste da Austrália. Considerando o investimento da Salic, o investimento no projeto é de US$ 35 milhões. Quando os ativos estiverem maduros, o que pode levar alguns anos, a Minerva será capaz de abater mais de 1 milhão de cordeiros por ano na Austrália, o que pode gerar uma receita anual de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões. Atualmente, a receita anual do grupo brasileiro gira em torno de R$ 24 bilhões. A transação materializa uma sutil mudança de estratégia que começou a ser comunicada ao mercado em 2020, quando a Minerva ensaiou listar a subsidiária Athena Foods — que reúne as operações na Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Chile — na bolsa de Nova York em um acordo com um SPAC. Em apresentação a investidores na época das negociações com a Spac, a Minerva já citava oportunidades de investimentos na Austrália. A estreia em cordeiros na Austrália pode ser só o começo. Um dos frigoríficos comprados pela Minerva possui uma pequena capacidade para abater bovinos, o que será servirá como um teste para a companhia nesse mercado. A JBS é também a maior indústria de carne bovina da Austrália. Na B3, a Minerva está avaliada em R$ 4,5 bilhões. Os papéis caíram 12,7% no ano.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos/Cepea: Competitividade da carne avança frente à de frango, mas recua em relação à de boi
Os preços das carnes suína e de frango estão em alta no atacado da Grande São Paulo neste mês
Por outro lado, os valores da proteína bovina se enfraqueceram no período. Segundo pesquisadores do Cepea, este cenário tem levado as cotações da carcaça suína a se aproximarem das substitutas, movimento que reduz a competitividade frente à bovina, mas aumenta na comparação com a de frango. Quanto à carne suína, a elevação dos preços está atrelada à demanda firme por suínos para abate e pela carcaça. Cenário similar é observado para a carne de frango, que também registra boa procura externa. Em relação à carne de boi, consumidores estão resistentes, de modo geral, ao alto valor do produto. Dessa forma, leves reajustes negativos têm ocorrido de maneira gradativa.
Cepea
Quinta-feira de quedas nas cotações do suíno
A quinta-feira se encerrou com cotações estáveis ou em queda para o mercado de suínos
De acordo com análise do Cepea/Esalq, as cotações da carcaça suína estão se aproximando das substitutas, movimento que reduz a competitividade frente à bovina, mas aumenta na comparação com a de frango. No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (25), houve recuo de 1,12% no Paraná, atingindo R$ 6,16/kg, e de 0,49% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,12/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, custando R$ 7,18/kg, no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,18/kg, e em São Paulo, fechando em R$ 6,64/kg. A última semana de agosto para a negociação na suinocultura independente trouxe queda generalizada para os preços, com exceção do Paraná. Segundo lideranças do setor, os custos de produção seguem exercendo grande pressão, enquanto as vendas não remuneram bem, mesmo com as exportações em ritmo acelerado.
Cepea
INTERNACIONAL
Produção de carne suína na China deve cair 14% em 2022 diz adido do USDA
Destaques de um relatório emitido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (FAS) em Pequim
“Em 2022, a produção de suínos da China deve cair 5%. Os preços baixos e surtos de doenças em 2021 levaram a abates significativos e atrasos no repovoamento. A produção de suínos em 2022 cairá 14% à medida que menos suínos chegarem ao mercado e políticas governamentais destinadas a limitar as flutuações de preço inadvertidamente prejudicar a expansão. As importações de carne suína aumentarão para 5,1 milhões de toneladas métricas, uma vez que a demanda do consumidor por carne suína excede a produção doméstica. A produção de gado bovino e bovina crescerá lentamente em 2022. Os altos preços da carne bovina estimularão os investimentos de grandes produtores. No entanto, pequenos produtores com genética de rebanho deficiente e restrições de espaço continuarão a dominar a produção. As importações de gado ficarão estáveis em 350.000 cabeças. As importações de carne bovina crescerão para chegar a 3,3 milhões de toneladas, mas a um ritmo mais lento, já que os altos preços da carne bovina são equilibrados por mais fornecedores de carne bovina diversificados entrando no mercado.”
REUTERS
Preços das carnes bovina e suína se ‘descolam’ na China
Demanda pela proteína bovina aumentou no mercado chinês na pandemia, o que tem dado sustentação às cotações
O preço da carne bovina subiu 6,6% no mercado chinês entre julho de 2020 e julho deste ano, desempenho que mostra que as cotações do produto e as da carne suína se “descolaram” no país. Nesse mesmo intervalo, a carne suína desvalorizou-se 54% no atacado. Segundo Chenjun Pan, analista sênior de proteína animal do Rabobank na China, os preços da carne bovina ficaram mais “independentes” na pandemia da covid-19. O consumo do produto nos lares aumentou, o que ampliou suas vendas no varejo, afirma a analista no relatório “A New Era in China’s Beef Market”. Até o início da crise sanitária, de 65% a 75% do consumo de carne bovina no mercado chinês ocorria em estabelecimentos comerciais ou hotéis, mas essa proporção vem diminuindo, diz a analista. Uma evidência, argumenta, é o fato de que os volumes comercializados no atacado não voltaram aos níveis pré-pandemia, mesmo com a China já tendo superado o pior momento da pandemia. “Com o rápido avanço do e-commerce – devido, em parte, às restrições adotadas para conter a disseminação da doença -, os consumidores começaram a tentar cozinhar em casa. Isso resultou em um declínio nas vendas no atacado em 2020”, afirma ela. “Estimamos que, entre os modernos canais de varejo, o e-commerce já é mais importante que as vendas de carne bovina em supermercados”. Wagner Yanaguizawa, analista de proteína animal do Rabobank Brasil, diz que o aumento da demanda por carne bovina nos últimos anos é um reflexo, também, da ascensão das classes A e B na China – o país respondeu por 25% do comércio global da proteína no ano passado. Esse fenômeno elevou o consumo de cortes e produtos premium. “Hoje, a carne bovina representa 8,5% do consumo de proteínas animais no país, e a expectativa é que a fatia chegue a 9,7% até 2025, o que representa um incremento de 800 mil toneladas”, diz.
VALOR ECONÔMICO
ABRAFRIGO
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