Ano 7 | nº 1458| 05 de abril de 2021
NOTÍCIAS
Oferta curta e alta no preço da arroba do boi gordo
Nas praças paulistas, a oferta enxuta de boiadas e o começo de mês pressionaram os preços da arroba para cima na última quinta-feira (1/4). As cotações das três categorias para abate registraram altas, na comparação feita dia a dia
Segundo levantamento da Scot Consultoria, o incremento foi de R$1,00/@ para o boi e para a novilha gordos, negociados em R$315,00/@ e R$304,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Para a vaca gorda, a alta foi de R$2,00/@, negociada em R$287,00/@, preço bruto e a prazo. Para bovinos que atendem à exportação, os negócios ocorreram em até R$320,00/@, preço bruto e à vista.
SCOT CONSULTORIA
Boi: arroba renova recorde no indicador do Cepea
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, registrou um novo recorde e superou os R$ 316 por arroba pela primeira vez
A cotação variou 0,09% em relação ao dia anterior e passou de R$ 315,8 para R$ 316,1 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 18,32%. Em 12 meses, os preços alcançaram 55,71% de valorização. No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 também tiveram valorização. O ajuste do vencimento para abril passou de R$ 315,15 para R$ 317,25, do maio foi de R$ 309,8 para R$ 311,85 e do outubro, estável em R$ 323,3 por arroba.
CEPEA
Boi/Cepea: Indicador do bezerro opera acima de R$ 3 mil
Os preços do bezerro seguem em forte movimento de alta no mercado brasileiro, renovando os recordes reais da série histórica do Cepea
Na semana passada, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) ultrapassou a marca de R$ 3 mil por cabeça. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve à oferta de bezerros abaixo da demanda por novos lotes de reposição. Ressalta-se que o valor recorde de animais de reposição e as também recordes cotações de importantes insumos da alimentação pecuária – como milho e farelo de soja –, por sua vez, deixam pecuaristas terminadores em alerta.
CEPEA
Exportações de carne bovina in natura sobem em volume e receita em março
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, os embarques do produto registraram alta de 5,9% no terceiro mês de 2021
As exportações de carne bovina subiram em volume e em receita no mês de março na comparação com igual período do ano passado. Os dados, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, foram divulgados na quinta-feira (1º) e consideram os 22 dias úteis do mês passado. Os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram 133,821 mil toneladas no terceiro mês de 2021, alta de 5,9% ante as 125,882 mil toneladas exportadas em igual mês do ano anterior. Em receita, o avanço foi de 11,61%, passando de US$ 552,998 milhões um ano antes para US$ 617,223 milhões no mês passado.
ESTADÃO CONTEÚDO
Preços futuros do boi gordo atingem patamares recordes
Os contratos com vencimento em outubro alcançaram R$ 324,40, por arroba, no fechamento da quarta-feira (30/3)
Embalados pelo movimento de alta no mercado físico, os preços futuros do boi gordo atingiram patamares históricos na bolsa de mercadoria B3, informa a consultoria Agrifatto, de São Paulo. Os contratos com vencimento em outubro deste ano alcançaram R$ 324,40/@ no fechamento de quarta-feira (30/3). O papel para entrega em abril/21 encerrou a R$ 315,80/@ e o contrato para maio/21 avançou para R$ 307,85/@, também o maior valor alcançado na história.
PORTAL DBO
Preços da carne bovina podem subir neste início de abril, diz Safras
A grande questão será a capacidade de absorção de novos reajustes da carne bovina pelo consumidor brasileiro médio
O mercado físico de boi gordo segue com preços firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a escassez de oferta é rotineira neste momento, e os frigoríficos encontram dificuldade na composição de suas escalas de abate. “Resta a expectativa em torno do comportamento dos preços na retomada das negociações após o feriado prolongado. A movimentação cambial ao longo de março foi um fator importante para motivar os frigoríficos habilitados a exportar a atuar de maneira mais enfática no mercado. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 320 a arroba, ante R$ 319 – R$ 320 na quarta. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 305, ante R$ 304 – R$ 305. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 310, contra R$ 311. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência é que seja evidenciada alta dos preços durante a primeira quinzena de abril, considerando a entrada dos salários como motivador da reposição entre atacado e varejo. Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,30 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Real começa 2º tri na lanterna global por temores sobre contas públicas
O dólar fechou em firme alta contra o real na quinta-feira, com operadores de mercado embutindo nos preços profunda preocupação com os rumos do Orçamento e a posição do Ministro da Economia nesse embaraço
O dólar à vista subiu 1,49%, a 5,7143 reais. Com isso, reduziu a queda acumulada na semana para 0,46%. O real teve o pior desempenho entre as principais moedas globais na sessão. A péssima repercussão ao Orçamento tido como “fictício” e aprovado pelo Congresso na semana passada esquentou ainda mais o clima entre o Ministro Paulo Guedes e o Legislativo, o que tem gerado dúvidas sobre a capacidade da articulação política do governo e de Guedes de conseguirem um ajuste no texto orçamentário. O relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), concordou em cortar em 10 bilhões de reais as emendas parlamentares, mas o time de Guedes ainda vê a medida como insuficiente. No mercado, o entendimento é de que as tensões entre Guedes e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estão numa crescente, num momento em que agentes financeiros ainda discutem impactos da recente reforma ministerial feita de forma inesperada pelo Presidente Jair Bolsonaro. A percepção de que o risco fiscal aumentou é compartilhada pelo Santander Brasil, que vê o Brasil em “teste mais difícil” para a política econômica desde a aprovação do teto de gastos, em 2016. “Vemos riscos de execução crescentes para o processo de consolidação fiscal”, afirmou a economista-chefe do banco, Ana Paula Vescovi. Para ela, “nada é mais emblemático” do risco fiscal do que a “oscilação frenética” da taxa de câmbio –que já variou neste ano entre cerca de 5,12 reais e 5,87 reais, contra taxa em torno de 4,30 reais antes da pandemia– e o aumento do prêmio na taxa de juros nominal de dez anos, que saiu de 2% no começo de 2020 para em torno de 4,5% recentemente –próximo ao pico visto na perda do grau de investimento, em 2015. Pelos cálculos de Vescovi, se estivesse acompanhando seus pares, o real estaria perto de 4,50 por dólar.
REUTERS
Ibovespa começa abril em queda com fiscal, política e Covid
O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, véspera de feriado, em sessão de ajustes após performance positiva em março e com permanentes preocupações com o cenário fiscal e a situação política no Brasil, além do coronavírus
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,18%, a 115.253,31 pontos, encerrando a semana mais curta com elevação de 0,41%. O volume financeiro somou 27,5 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano, de 37,2 bilhões de reais. No mês passado, o Ibovespa subiu 6%, o primeiro desempenho positivo de 2021 e melhor resultado para março desde 2016, em meio a expectativas relacionadas a vacinas contra a Covid-19, apesar do país viver o pior momento da pandemia. Mesmo com ‘valuations’ mais atrativas, entretanto, as preocupações com a situação fiscal do país, uma profunda crise de saúde pública e tensões políticas estão mantendo os investidores, principalmente estrangeiros, de lado. Dados da B3 mostram que, em março até o dia 30, o saldo de estrangeiro no segmento Bovespa estava negativo em 3,3 bilhões de reais, no segundo mês seguido de saída líquida de estrangeiros do mercado secundário de ações brasileiro. Da cena fiscal, a semana acabou com o foco voltado para as negociações envolvendo o Orçamento do ano aprovado na semana passada pelo Congresso, com aparente descompasso entre as alas política e econômica do governo sobre o tema. Na visão do analista da Clear Corretora Rafael Ribeiro, o declínio nesta sessão está atrelado a dados da indústria nacional, que decepcionaram e revelam o arrefecimento da economia. A produção da indústria caiu 0,7% em fevereiro na comparação com o mês anterior, contrariando expectativa de economistas de crescimento e interrompendo nove meses de resultados positivos, de acordo com dados do IBGE na quinta-feira.
REUTERS
Mercado aumenta expectativa para inflação e diminui projeção para PIB em 2022
A expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 foi mantida em 4,81%, após 12 semanas consecutivas de alta. Para 2022, a projeção subiu de 3,51% para 3,52%, após manutenção na semana passada
A meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 caiu de 3,18% para 3,17%, no quinto corte semanal seguido. Para 2022, caiu de 2,34% para 2,33%, após queda na semana passada. A expectativa para a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, no fim de 2021 foi mantida em 5% pela segunda semana consecutiva. Para o fim de 2022, a projeção para os juros também permaneceu em 6% ao ano. Desde 2015, quando subiu ao patamar de 14,25% ao ano, que a Selic não subia. Isso mudou em março. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu a meta para os juros básicos (Selic) em 0,75 ponto, aos 2,75% ao ano. Além disso, o Comitê anteviu a “continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude” na próxima reunião. A expectativa do mercado para o dólar no fim de 2021 subiu de R$ 5,33 para R$ 5,35, pela segunda semana consecutiva. A projeção para a moeda em 2022 caiu, passando de R$ 5,26 para R$ 5,25, após cinco altas seguidas.
VALOR ECONÔMICO
Balança comercial brasileira tem superávit de US$1,482 bi em março
A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,482 bilhão de dólares em março, informou o Ministério da Economia na quinta-feira
O superávit veio abaixo do estimado em pesquisa da Reuters com economistas, que apontava para saldo positivo de 3,1 bilhões de dólares para o mês. Em março do ano passado, a balança teve superávit comercial de 3,832 bilhões de dólares. No mês passado, as exportações somaram 24,505 bilhões de dólares, enquanto as importações foram de 23,023 bilhões de dólares. No acumulado do ano, a balança comercial registra superávit de 1,648 bilhão de dólares, ante 4,470 bilhões de dólares no mesmo período de 2020.
REUTERS
Indústria do Brasil tem queda inesperada em fevereiro e interrompe 9 meses de ganhos
Produção cai 0,7% em fevereiro na comparação com o mês anterior
A indústria brasileira registrou queda inesperada em fevereiro e interrompeu nove meses de resultados positivos. Pesaram as perdas na produção de veículos automotores e indústrias extrativas, em meio à piora da pandemia de Covid-19 e restrições cada vez mais rigorosas. A produção da indústria registrou queda em fevereiro de 0,7% na comparação com o mês anterior, contra ganho de 0,4% esperado em pesquisa da Reuters. O resultado divulgado na quinta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) interrompe nove meses de ganhos, período em que a produção acumulou alta de 41,9%. O setor está agora 13,6% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011 e 2,8% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Na comparação com fevereiro de 2020, a produção teve alta de 0,4%, sexta taxa positiva consecutiva, mas bem abaixo da expectativa de um ganho de 1,5%. Em fevereiro, o IBGE indicou que as perdas no setor foram disseminadas. As maiores influências negativas no mês foram as atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,2%) e de indústrias extrativas (-4,7%). Entre as grandes categorias econômicas, a maior perda foi registrada por bens de consumo duráveis, de 4,6%. A produção de bens de capital caiu 1,5% e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuou 0,3%. O único sinal positivo foi apresentado por bens intermediários, com ganho de 0,6% na produção.
REUTERS
EMPRESAS
Doações são mais urgentes no Brasil, diz presidente da BRF
40% dos funcionários da empresa nos Emirados Árabes já estão vacinados, segundo Lorival Luz
Lorival Luz, Presidente da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, que na semana passada anunciou uma doação de R$ 50 milhões para ajudar no combate à epidemia nos países onde a empresa tem operação, diz que o Brasil é o mais necessitado. “Hoje, os nossos funcionários, por exemplo, nos Emirados Árabes, onde temos contingente grande, com fábrica em Abu Dhabi, já estão sendo vacinados. Estamos já com cerca de 40% dos funcionários vacinados. A demanda desses países existe, mas é menos urgente lá do que aqui, porque eles estão realmente com o processo de vacinação mais avançado”, afirma Luz. Segundo o executivo, a autorização do conselho de administração da companhia para uma nova rodada de R$ 50 milhões de doação para as ações de combate ao coronavírus neste ano aconteceu porque ainda há muita demanda de apoio nas regiões onde a BRF atua. “Não esperávamos estar vivendo essa situação agora, mas temos um compromisso grande. Estamos presentes em municípios pelo interior do país que não têm grandes infraestruturas”, diz ele. Sobre a discussão em torno da doação de vacinas pelas empresas, Luz afirma que tem conversado com presidentes de companhias produtoras para saber se há imunizantes disponíveis, mas a prioridade agora é o fornecimento para os governos. “Infelizmente, não temos como efetivar essa compra para distribuir e ajudar na imunização. Nós não temos como fazer isso hoje”, afirma Luz. O recurso doado pela BRF será usado para a compra de alimentos, insumos hospitalares e equipamentos como ventiladores, usinas de oxigênio e leitos, além do apoio a pesquisas científicas, segundo a empresa.
FOLHA DE SP
Frigol contrata Britaldo Soares, ex-AES, como conselheiro independente
Decisão faz parte da estratégia de profissionalização do frigorífico, o quarto maior do país
A Frigol contratou o executivo Britaldo Soares para integrar seu conselho de administração como membro independente. A contratação de Soares – que esteve à frente do grupo americano de energia AES no Brasil, onde também ocupou os cargos de Diretor-Presidente da geradora AES Tietê e da distribuidora AES Eletropaulo – faz parte da estratégia de profissionalização da companhia. Nesse movimento, a Frigol já havia contratado, em novembro, Eduardo Miron, ex-CEO da Marfrig, como o primeiro conselheiro independente da empresa. Até então, apenas membros da família Gonzaga de Oliveira integravam o colegiado. Atualmente, o conselho é composto por sete membros, sendo cinco acionistas – dos quais, quatro são da segunda geração e um da primeira – e dois independentes. “A escolha de Britaldo Soares ocorreu por seu profundo conhecimento em governança. E como conselheiro, além da sua experiência nas diversas áreas como processos, tecnologia, auditoria, finanças, riscos, logística e gestão de pessoas, ele contribuirá muito para o atual momento da Frigol e com o nosso compromisso com as melhores práticas de ESG”, afirmou Djalma Gonzaga Oliveira, Presidente do Conselho de Administração. Em nota, Soares disse que “os acionistas estão fazendo esforços e investimentos significativos na condução da transição da primeira para a segunda geração da família e no reposicionamento da governança na Frigol”.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Exportação de carne suína crescem acima de 50%
Embarques e faturamento aceleraram em relação a fevereiro deste ano com forte apetite chinês após o Ano Novo Lunar
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, divulgadas na quinta-feira (1), as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada durante todo o mês de março superaram em 53% tanto em faturamento quanto em volume os resultados do mesmo mês do ano passado. Os números também indicam que as exportações da proteína aceleraram no comparativo com fevereiro deste ano. Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o fechamento deste mês é o reflexo da China comprando agressivamente para a recomposição dos estoques estatais, após o feriadão do Ano Novo Lunar. A receita obtida com as exportações de carne suína até agora neste mês, US$ 244.308, ultrapassou em 56,58% o montante obtido em todo março de 2020, que foi de US$ 155.923,829. Quando comparado com o faturamento em fevereiro de 2021, US$ 173.392, houve avanço de 40,89%. No volume embarcado, as 96.822 toneladas são 52,9% a mais que o total exportado em março do ano passado, num total de 63.296. Quando comparado com o embarque total em fevereiro de 2021, 71.501, houve alta de 35,41%. O faturamento médio diário em março foi de US$ 10.622, receita 49,87% superior à de março de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 4,44%. Em toneladas por média diária, com 4.209, houve aumento de 46,32% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado da semana anterior, retração de 4,5%. No preço pago por tonelada, US$ 2.523 é 2,43% superior ao praticado em março passado. No valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 0,1%.
AGÊNCIA SAFRAS
Impulsionada pelo câmbio, exportação de carne de frango brasileira acelerou
Embarques de frango abatido na modalidade halal tiveram peso significativo neste mês
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgadas na quinta-feira (1) os resultados das exportações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas no mês de março superaram os resultados de março do ano passado e também de fevereiro deste ano. Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, nos números obtidos neste mês de março há muito peso dos embarques halal, com destino aos países do Oriente Médio. “Além disso, o câmbio acabou favorecendo ainda mais a proteína avícola brasileira, tornando mais competitiva do que já é no mercado internacional”, disse. A receita obtida com as exportações de carne de frango em março foi US$ 550,318, superando em 8,47% o total obtido em todo o mês de março de 2020, que foi de US$ 507,314. Quando comparado com o faturamento em fevereiro de 2021, US$ 472.860, houve alta de 16,3%. No volume embarcado, as 367.191 toneladas ultrapassaram 12% do total exportado em março do ano passado, que foi 327.706 toneladas. Comparado com o embarque total em fevereiro de 2021, 323. 838, houve avanço de 13,3%. Na média diária a receita foi de US$ 23.926, 3,76% maior do que março do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve queda de 3,59%. Em toneladas por média diária, foram 15.964, alta de 7,18% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Comparada ao resultado na semana anterior, uma baixa de 1,88%. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.498 foi 3,19% inferior ao praticado em março do ano passado. Em relação ao valor registrado na semana anterior, houve retração de 1,74%.
AGÊNCIA SAFRAS
Preços no mercado de suínos iniciam abril em baixa
O mercado de suínos inicia este mês de abril com cotações em queda, repetindo os últimos dias de março. De acordo com análise do Cepea/Esalq, o fraco desempenho das vendas internas da carne e a consequente desvalorização do suíno vivo deixam produtores em alerta
Esse cenário vem mostrando que este ano será novamente desafiador, o que vai exigir que suinocultores usem de modo eficaz ferramentas de gestão de seus custos de produção. Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 97,00/R$ 100,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 8,00/R$ 8,20 o quilo. No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (31), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, R$ 5,99/kg. Houve recuo de 1,67% no Paraná, valendo R$ 5,30/kg, baixa de 1,20% no Rio Grande do Sul, precificado em R$ 5,76/kg, queda de 1,08% em Santa Catarina, chegando a R$ 5,50/kg, e de 0,19% em São Paulo, fechando em R$ 5,35/kg. Na quinta-feira (1) as negociações nas principais bolsas de suínos do mercado independente do país tiveram movimentações diferentes. Entre certa estabilidade, queda ou pressão por aumento por parte dos produtores, a unanimidade é de que os valores pagos pelo animal vivo seguem baixos.
Cepea/Esalq
Frango inicia abril com leve alta
O mercado de frango iniciou o mês de abril nesta quinta-feira (1) com preços estáveis ou leve alta. De acordo com análise do Cepea/Esalq, o movimento de preços dos produtos no mercado atacadista de cortes e miúdos da Grande São Paulo está distinto
Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, a ave na granja ficou com preço estável em R$ 4,70/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,90%, cotado em R$ 5,60/kg. No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, não houve alteração de valor em Santa Catarina, valendo R$ 3,21/kg, nem no Paraná em R$ 4,94/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (31), tanto o frango congelado quanto o resfriado ficaram com valores estáveis, respectivamente, R$ 6,37/kg e R$ 6,53/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Novos casos de peste suína preocupam a China
Foram ao menos dois novos surtos na última semana; em um deles, na terceira maior região produtora do país, 20% dos animais reprodutores teriam morrido
Um novo surto de peste suína africana na China, ocorrido em uma das principais regiões de produção, ampliou o alerta com a doença no país – e o receio do setor de que o problema seja maior que o que os números indicam. A doença mudou a dinâmica global da indústria de carne suína entre 2018 e 2019, quando reduziu em cerca de 40%, para 260 milhões, o número de porcos no país. O novo surto, revelado na última quinta-feira, teria eliminado ao menos 20% do rebanho reprodutor no norte da China, informou a agência Reuters. Na província de Henan, a terceira maior produtora de suínos do país, entre 20% e 30% das porcas reprodutoras teriam morrido por causa do vírus. “Parece que estamos passando de novo pelo que ocorreu em 2018 e 2019”, disse à agência o executivo de uma empresa que fornece insumos a grandes criadores. Um dia depois dos casos no Norte, as autoridades revelaram um foco na província de Yunnan, no sudoeste chinês. A doença foi identificada em 36 leitões – seis deles já mortos – que estavam sendo transportados ilegalmente, segundo a agência Xinhua. No primeiro trimestre, houve oito surtos no país, de acordo com as informações oficiais do Ministério da Agricultura da China. No geral, esses casos haviam ocorrido em pequenas fazendas ou em animais em trânsito na região sul. Mas, no início de março, o surgimento de uma nova cepa do vírus já preocupava as autoridades locais. Na ocasião, estimava-se que a nova variante teria causado a morte de até 8 milhões de animais. Para enfrentar a doença, cientistas chineses já trabalham até na clonagem de animais. Pesquisadores usaram células das orelhas dos porcos para o trabalho, a partir do qual já nasceram ao menos cinco animais, segundo a Xinhua.
VALOR ECONÔMICO
Comissão Europeia estima diminuições na produção de carne durante 2021
A Comissão Europeia (CE) publicou o seu relatório de previsão sobre a evolução da produção e comercialização de carne na UE ao longo deste ano de 2021. Este relatório está disponível no canal Eurocarnedigital Documents
Por espécie, no caso da carne bovina, a CE espera que a produção caia 0,9% em 2021 devido aos ajustes estruturais no setor, às contínuas medidas contra o covid-19 em muitos países da UE e à redução da demanda do canal de foodservice. O consumo aparente de carne bovina caiu para 10,3 kg per capita em 2020 (-2,5%), e essa tendência pode continuar em 2021 em -1%, apesar da recuperação da demanda no segundo semestre de 2021 pressupondo uma reabertura progressiva de restaurantes e do retorno do turismo. As exportações de carne bovina aumentaram 1,8% em 2020, apesar da recessão econômica. As exportações para mercados de alto valor, como Hong Kong, Canadá, Japão, Noruega, Suíça e os EUA aumentaram substancialmente, enquanto os embarques para o Reino Unido diminuíram. Espera-se que o crescimento das exportações continue em 2021 (+ 1%), limitado pela disponibilidade interna e pela incerteza. Na contramão, as importações de carne bovina despencaram em 2020 (-21%), devido à queda na demanda na UE relacionada ao fechamento do canal de foodservice. Prevê-se que as importações da UE recuperem apenas 2% em 2021, uma vez que a reabertura do serviço alimentar em muitos países da UE ocorrerá gradualmente em 2021. Para os suínos, após crescer 1,2% em 2020, estima-se que até 2021 haveria um crescimento da produção e até do consumo per capita que poderia crescer 1,4% para 32,7 kg / pessoa / ano. As exportações de carne suína aumentaram 18% em 2020. A maior parte foi para a China, aumentando seu comércio com a UE em cerca de 1 milhão de toneladas. No que diz respeito à carne de aves, as estimativas da CE apontam para um aumento da produção de 1% em 2021. As exportações também cresceriam 1,5% durante 2021 e o relatório destaca uma queda nas importações de 17% devido à falta de procura do canal de foodservice.
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