CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1431 DE 24 DE FEVEREIRO DE 2021

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Ano 7 | nº 1431| 24 de fevereiro de 2021

 

NOTÍCIAS

Preço do boi gordo estabiliza e não encontra espaço para novas altas

As dificuldades operacionais evidenciadas nos últimos dias impossibilitam que o movimento de alta tenha continuidade

O mercado físico de boi gordo manteve preços estáveis na terça-feira, 23, em dia de poucos negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a dinâmica permanece a mesma: os frigoríficos não encontram as condições necessárias para exercer pressão sobre o pecuarista. “No entanto, as dificuldades operacionais evidenciadas nos últimos dias impossibilitam que o movimento de alta tenha continuidade”, diz Iglesias. O cenário tende a mudar a partir da segunda quinzena de março, período em que é aguardado maior volume de oferta de animais de safra. “No entanto, a decisão de venda do pecuarista terá grande peso nesse ambiente”, pondera. O cenário da demanda doméstica de carne bovina ainda é de desalento, com o consumidor médio incapaz de absorver novos reajustes, migrando agressivamente para a carne de frango, proteína animal mais acessível. O desempenho mais fraco das exportações é outro ponto de inflexão, com grandes questionamentos acerca do potencial de demanda da China no decorrer do ano. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ R$ 303 – R$ 304 a arroba. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 290, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 295, ante R$ 296. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 303 a arroba, estável. No mercado atacadista, os preços da carne bovina se acomodaram após as recentes quedas. “Com um ano ainda pautado por grandes incertezas macroeconômicas esta é uma premissa que deve ser mantida”, pontua o analista. Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 19,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.

AGÊNCIA SAFRAS

Boi gordo: preços andando de lado em São Paulo

A cotação da arroba do boi gordo ficou estável na última terça-feira (23/2) em São Paulo

O cenário é de dificuldades para manter as programações de abate, reflexo da oferta curta, mas o escoamento de carne bovina está fraco. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo que atende o mercado interno ficou cotado em R$300,00/@, preço bruto e à vista. Os negócios para vaca e novilha gordas ficaram em R$280,00/@ e R$290,00/@, respectivamente, nas mesmas condições.

SCOT CONSULTORIA 

Boi gordo: poucos negócios e manutenção de preços

Nas praças paulistas, os compradores testaram o mercado e fizeram ofertas de compra abaixo da referência na última segunda-feira (22/2), contudo, sem sucesso aparente e as cotações seguiram estáveis na comparação feita dia a dia

Em São Paulo, as programações de abate atendem em média três dias. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no estado, o boi gordo ficou cotado em R$300,00/@, preço bruto e à vista. Os negócios para vaca e novilha gordas estão ocorrendo em R$280,00/@ e R$290,00/@, respectivamente, nas mesmas condições.

SCOT CONSULTORIA

Pecuaristas temem gado importado

A redução da oferta de gado para abate no Brasil, causada pela seca acentuada em algumas regiões produtoras em 2020, levou o Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicade-MS) a pedir autorização ao Ministério da Agricultura para importar animais vivos do Paraguai

A falta de matéria-prima levou à paralisação de duas plantas no Estado e à redução de 20% na capacidade produtiva dos frigoríficos. Pecuaristas do vizinho Mato Grosso reagiram à proposta e alertaram que, com uma eventual compra de bovinos paraguaios, ainda não permitida, o país pode acabar exposto a risco sanitário. “Todas as plantas do Estado estão ociosas hoje, muitas estão abatendo apenas duas ou três vezes por semana”, conta Régis Comarella, vice-presidente do Sicade-MS. “Além de abater muito pouco, a demanda está ruim. A venda de carne caiu muito por causa do preço alto da arroba e do corte ao consumidor final”. Segundo Comarella, dois frigoríficos deixaram de abater neste mês devido à falta de boi pronto. A atividade em Mato Grosso do Sul reduziu cerca de 20% em janeiro, quando foram abatidas 216 mil cabeças. A média mensal é de 260 mil unidades. “Em fevereiro, devemos abater de 35% a 40% menos”, explicou. O sindicato disse que o pedido de autorização para importar não especifica prazo ou cota – o Valor apurou que o objetivo é trazer ao menos 20 mil cabeças de gado do Paraguai. Lá, a cotação está mais baixa. De acordo com a Scot Consultoria, a arroba está avaliada em US$ 45,75 no país vizinho, ou quase R$ 249. No Brasil, o boi gordo estava cotado a US$ 54,45 ontem, ou R$ 296. Em nota, o Ministério da Agricultura afirmou que a demanda do Sicade/MS está em análise pela área técnica e que a importação do Paraguai ainda não está autorizada. O tema é tratado de forma bilateral com as autoridades paraguaias. A princípio, uma grande empresa do setor havia feito o pedido específico para importação. Em Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do país, com 107 mil pecuaristas e rebanho de 30,1 milhões de cabeças, o temor é sanitário. “Estamos há quase três décadas sem ter problemas com febre aftosa. Temos um controle rígido”, diz Amado de Oliveira, consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). “É muito caro manter o status sanitário que temos. Por causa de uma questão sazonal, de clima e falta de bezerros por conta do abate de fêmeas, querem criar problema dessa ordem”. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) disse, em nota, que a redução da oferta de animais para abate é natural no começo do ano. Consultada, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) não quis se posicionar, mas disse que se trata de “um problema regional e localizado nas proximidades da região de fronteira”.

VALOR ECONÔMICO 

China retoma compras de carne bovina do Brasil e resultados gerais dos embarques melhoram

Segundo a Agrifatto país asiático ajudou a elevar em quase 23% os embarques brasileiros da proteína na terceira semana de fevereiro
O fim do feriado do ano novo chinês trouxe de volta ao mercado o maior comprador internacional da carne bovina do Brasil. Tal fato, diz o economista Yago Travagini, consultor da Agrifatto, ajudou a elevar em quase 23% os embarques brasileiros da proteína na terceira semana de fevereiro, na comparação com a semana anterior, para 26,3 mil toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Com o avanço semanal, calcula o analista, a média diária do mês cresceu 22%, atingindo 5,49 mil toneladas/dia, ante a média diária observada nas duas primeiras semanas de fevereiro, de 4,49 mil toneladas. No entanto, ressalta Travagini, apesar desta recuperação dos embarques, a expectativa ainda é de que o volume exportado neste mês seja menor se comparado ao resultado computado em fevereiro do ano passado.Em receita, também houve avanço na terceira semana do mês. Foram obtidos US$ 119,23 milhões com a venda de proteína bovina na terceira semana de fevereiro/21, contribuindo para que a média diária dos embarques avançasse 21,7% no comparativo semanal, estabelecendo-se em US$ 24,92 milhões/dia. Levando-se em conta os embarques realizados nas três semanas do mês, o preço da tonelada exportada subiu 2,6% quando comparado ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 4,43 mil para US$ 4,54 mil.

PORTAL DBO 

Frigoríficos: ociosidade bate recorde em MT

A taxa de utilização da capacidade de abates de bovinos na indústria frigorífica de Mato Grosso apresentou o menor patamar desde maio de 2018, de acordo com relatório divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) 

Segundo o boletim semanal, a taxa de utilização ficou em 45,03% no primeiro mês do ano e representa o quarto recuo consecutivo no estado. Em relação a dezembro, a queda foi de 1,69% e, ante janeiro de 2020, de 12,34%. Segundo o Imea, há 93% das plantas frigoríficas do estado em funcionamento. Conforme o instituto, o cenário de ociosidade é resultado da combinação de baixo consumo de carne bovina no mercado interno, aliado a exportações abaixo do esperado e à oferta restrita de animais para abate no estado. A previsão, segundo o Imea, é de que a baixa utilização industrial se mantenha em fevereiro.

IMEA 

ECONOMIA

Dólar se acomoda após alta da véspera e com atenção a política

O dólar fechou em leve queda na terça-feira, mas não sem oscilar entre ganhos e perdas mais elásticos, com investidores ainda ressabiados com o futuro da agenda liberal após entendimento de ingerência do governo em estatais

A moeda negociada no mercado à vista caiu 0,17%, a 5,4456 reais na venda. De forma geral, o câmbio acompanhou a melhora no sinal de moedas emergentes no exterior, na esteira do alívio nas taxas de retorno dos títulos soberanos dos Estados Unidos, após declarações do chair do Federal Reserve (banco central dos EUA), Jerome Powell. A queda dos rendimentos dos Treasuries reduz o diferencial de juros a favor do dólar, tirando atratividade da moeda norte-americana e aumentando o interesse por ativos mais arriscados, como moedas emergentes e ações. Mas o mercado cambial seguiu atento ao noticiário sobre o governo e tentativas de interferência em empresas estatais, bem como movimentações em torno da agenda de reformas e do auxílio emergencial. “Uma saída de Guedes consolidaria uma guinada rumo ao populismo econômico. Acho que o impacto (nos mercados) seria bem maior do que o que a gente viu ontem”, disse Sergio Goldenstein, consultor independente, estrategista na Omninvest Independent Insights e ex-chefe do Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central. Nesse contexto, o problema fiscal –considerado por analistas de mercado o mais grave que o país enfrenta– está por trás da volatilidade do câmbio e agora exige que o BC comece a subir os juros, de acordo com Marcos Mollica, gestor de fundos multimercados do Opportunity. “Não tinha nada errado com a política monetária. A volatilidade do câmbio vinha do fiscal. O erro foi não dar sinais claros de volta ao caminho da austeridade”, disse Mollica, acreditando que o Copom deveria subir os juros na reunião de março e ao ritmo de 50 pontos-base. Alguns no mercado defendem que o patamar baixo da Selic estaria relacionado à maior volatilidade nos preços do dólar, por deixar o juro real negativo e, assim, facilitar o uso da moeda brasileira como ativo de financiamento e “hedge”.

Reuters

Ibovespa fecha em alta com reação de Petrobras e bancos

O IBOVESPA fechou em alta na terça-feira, apoiado principalmente na recuperação das ações da Petrobras e bancos, enquanto Eletrobras despontou entre os destaques positivos, em meio a expectativas atreladas à sua privatização. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,27%, a 115.225,38 pontos, de acordo com dados preliminares. Novamente expressivo, o volume financeiro alcançava 45 bilhões de reais.

Reuters

Projeção da inflação deve chegar a 3,7%, diz Ipea

A inflação dos alimentos e dos demais bens livres foi de 3,0% para 4,6% e de 2,7% para 3,0%

De acordo com uma nova revisão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na Nota de Conjuntura sobre inflação, o índice de inflação para esse ano de 2021 subiu de 3,5% para 3,7%. A previsão anterior foi divulgada na Carta de Conjuntura em dezembro do ano passado. “Ainda que haja expectativa de desaceleração nos próximos meses, a revisão das projeções para cima foi motivada pela conjunção de três fatores: inflação corrente um pouco mais elevada; estabilização das cotações internacionais de commodities em nível acima do projetado anteriormente; e taxa de câmbio média mais alta que estimada em dezembro”. A inflação dos alimentos e dos demais bens livres foi de 3,0% para 4,6% e de 2,7% para 3,0%, respectivamente, incorporando, deste modo, as novas expectativas de commodities e câmbio. “As estimativas de inflação para os serviços livres, exceto educação, recuaram de 4,0% para 3,6%. Apesar da queda, o segmento deve encerrar o ano com variação acima da observada em 2020 (1,8%), o que representa o principal fator de alta do IPCA em 2021. No caso dos preços administrados, a alta projetada de 4,4% ficou acima da estimada em dezembro de 2020 (4,0%)”, completa. “Os preços administrados devem exercer maior pressão sobre a inflação neste ano devido à incorporação dos reajustes não ocorridos no ano passado, ao câmbio menos valorizado e à alta mais acentuada do petróleo. As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) são de variação de 3,4% em 2021, sendo pressionado pelos preços administrados, especialmente energia elétrica e transporte público. Os alimentos em domicílio devem ter alta de 4,7% este ano, bem abaixo dos 18,9% do ano passado”, conclui.

IPEA 

FRANGOS & SUÍNOS

Produtora de carne de frango São Salvador Alimentos protocola pedido de IPO

Fundada há mais de quarenta anos, a empresa tem uma capacidade diária de abate de aproximadamente 520 mil aves e vende para mais de 23 mil clientes por mês no Brasil e em 38 países

A produtora de carne de frango São Salvador Alimentos protocolou na terça-feira (23) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Fundada há mais de quarenta anos, a empresa tem uma capacidade diária de abate de aproximadamente 520 mil aves e vende para mais de 23 mil clientes por mês no Brasil em 14 Estados, mais o Distrito Federal, e em 38 países. A oferta será primária, quando os recursos da oferta ficam no caixa da empresa, e secundária, quando o dinheiro levantado vai para os acionistas vendedores. A XP Investimentos será o coordenador líder, enquanto o BTG Pactual será o agente estabilizador e o Banco Bradesco BBI e Banco Itaú BBA serão os demais coordenadores.

VALOR ECONÔMICO

Gripe aviária H5N8 na Rússia: carne de aves continua segura para consumo, diz ABPA

Depois que sete trabalhadores em uma granja avícola na Rússia foram os primeiros humanos a serem infectados com a cepa H5N8 da gripe aviária, o Conselho Internacional de Aves (IPC, na sigla em inglês) acredita que é importante garantir aos consumidores que a carne de aves é segura para comer, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em nota na terça-feira (23)

A gripe aviária é uma doença zoonótica potencial conhecida e existem medidas estabelecidas internacionalmente que garantem a segurança alimentar e o manuseio e cozimento adequados das aves, bem como a segurança do trabalhador e a biossegurança, continua a nota. Além disso, as aves doentes não devem entrar no abastecimento alimentar. Na Rússia, as autoridades responderam prontamente ao incidente, implementando medidas para proteger humanos e animais e para minimizar os riscos, garantindo que a situação não progredisse, explicou o IPC. Todas as sete pessoas afetadas estão com boa saúde e o curso clínico da doença foi muito brando, confirmaram as autoridades. O chefe do Serviço Federal de Vigilância dos Direitos do Consumidor e do Bem-Estar Humano russo também afirmou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada, de acordo com o protocolo normal. Com base no conhecimento científico da gripe aviária, o frango e outros produtos avícolas são seguros para comer se cozidos de maneira adequada, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a OMS. Segundo o IPC, a literatura científica mostra de forma inequívoca que a gripe aviária não é um problema de segurança alimentar. A carne de frango é nutritiva e segura; os consumidores devem apenas cozinhar e preparar adequadamente, seguindo as regras normais de higiene. Em raras situações, indivíduos que têm contato frequente e prolongado com espécies avícolas – principalmente pessoas que trabalham no setor – foram infectados com o vírus da influenza aviária, como ocorreu neste caso. “Esta infecção acidental é autolimitada porque a pessoa infectada provavelmente não transmitirá o vírus a outra pessoa.”

CARNETEC 

Custos de produção preocupam suínos e aves

Os altos custos de produção também afetam o planejamento de muitas empresas

A alta dos grãos componentes da ração, como milho e soja, preocupa dois setores que dependem diretamente: aves e suínos.  A Embrapa Suínos e Aves calcula uma elevação de 43,2% no custo de produção de frangos nos últimos 12 meses. Só os custos com nutrição subiram 38,9% no período. O cenário preocupa o setor e influencia o planejamento de muitas empresas. As exportações seguem em queda.  Os custos de produção também são a principal preocupação dos produtores de suíno, que já viram a demanda do mercado interno cair pela crise econômica. De acordo com o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) teve variação positiva de 46% nos últimos 12 meses, impulsionado pela elevação dos custos com nutrição (41,3%). Em Santa Catarina, Estado que ocupa o primeiro lugar em suínos e o segundo em frango no país, os impactos são sentidos. Em janeiro exportou 27,8% menos carne de frango do que em dezembro e 22,4% a menos que em janeiro de 2020. Foram 60,42 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada). Em suínos os catarinenses exportaram 30,24 mil toneladas (in natura, industrializada e miúdos) em janeiro, queda de 31,3% em relação ao mês anterior e de 21,5% na comparação com janeiro de 2020. Os altos custos de produção também estão influenciando o planejamento de muitas empresas. A Aurora discute a possibilidade de reduzir sua produção de frangos em 2021, já que a atividade vem apresentando margens negativas. A alta anual do milho em Santa Catarina é de 41,87%. Em janeiro o grão recuperou o nível de preço alcançado em novembro, com R$ 76,82/sc de 60kg. Na soja a valorização foi de 44,5%, batendo recordes nominais. Desde 2019 até início de 2020, os preços se mantiveram entre R$80,00/sc e R$100,00/sc. No segundo semestre de 2020, as cotações se consolidaram acima dos R$100,00, alcançando, no estado, R$160,52 em novembro.

AGROLINK 

INTERNACIONAL

Novos surtos de doenças em suínos na China geram dúvidas sobre a recuperação

O ministério da fazenda da China está promovendo uma recuperação completa no número de suínos da devastação causada pela peste suína africana (PSA) em meados do ano. Novos surtos do vírus e outras doenças letais dos suínos podem representar riscos para essa perspectiva

O ressurgimento de casos de peste suína nas províncias mais frias do Norte levou os agricultores a abater mais de suas matrizes reprodutoras antes do Ano Novo Lunar, disse Lin Guofa, analista sênior da consultoria Bric Agriculture Group. A carne de porco é a carne favorita da China e o consumo costuma disparar durante o período de férias. Outros vírus, como a febre aftosa e a diarreia epidêmica suína, também afetaram os surtos exacerbados por um inverno mais rigoroso do que o normal, disse Lin. “A recuperação de rebanhos de suínos em algumas regiões pode ser atrasada, especialmente em Shandong e partes de Henan e Hebei”, disse ele. Isso significa que até 15% do rebanho nacional de suínos pode ter sido perdido devido a doenças durante o inverno, e sua total reabilitação para os níveis de pré-peste suína é mais provável no segundo semestre de 2022, disse Wang Zhong, Consultor-Chefe na Systematic, Strategic & Soft Consulting Co. Os mercados agrícolas globais ficaram ainda mais turbulentos nos últimos meses com a iniciativa do governo de apresentar uma rápida recuperação nos números, o que levou a uma enorme escassez de grãos para ração e esvaziou silos em lugares tão distantes como a América do Norte. A população de suínos da China havia retornado a 90% de seus níveis normais no final de novembro, de acordo com o Ministério da Agricultura. Esforços para acelerar a liberação de carnes importadas mantidas em portos e frigoríficos, estimados em cerca de 1 milhão de toneladas, devem ajudar a conter os preços da carne suína, disse Lin do Bric. Os contratos futuros de suínos vivos na Dalian Commodity Exchange, por sua vez, atingiram seu maior fechamento na segunda-feira desde que o contrato estreou no mês passado.

Bloomberg 

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