CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1430 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2021

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Ano 7 | nº 1430| 23 de fevereiro de 2021

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: poucos negócios e manutenção de preços

Nas praças paulistas, os compradores testaram o mercado e fizeram ofertas de compra abaixo da referência na última segunda-feira (22/2), contudo, sem sucesso aparente e as cotações seguiram estáveis na comparação feita dia a dia 

Em São Paulo, as programações de abate atendem em média três dias. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no estado, o boi gordo ficou cotado em R$300,00/@, preço bruto e à vista. Os negócios para vaca e novilha gordas estão ocorrendo em R$280,00/@ e R$290,00/@, respectivamente, nas mesmas condições.

SCOT CONSULTORIA

Preço do boi gordo recua em São Paulo; arroba chega a R$ 303

No atacado, a carne bovina também apresenta preço menor, com vendas do produto em queda há várias semanas

O mercado físico de boi gordo iniciou a semana com preços pouco alterados. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios segue pautado por uma oferta restrita, grande ponto de sustentação para os preços neste início de ano. “O contraponto continua no desempenho das vendas de carne bovina no mercado doméstico, com seguidas quedas dos preços no atacado. A margem da indústria se torna mais e mais pressionada nesse tipo de ambiente, aumentando as estratégias de contenção, a exemplo da redução da capacidade de abate. Algumas unidades já estão em férias coletivas”, assinala Iglesias. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ R$ 303 – R$ 304 a arroba, ante R$ 304 – R$ 305 a arroba na sexta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 290, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 295, ante R$ 296. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 303 a arroba, estável. No mercado atacadista, os preços da carne bovina caíram. Conforme Iglesias, o cenário se torna mais preocupante na medida em que a reposição entre atacado e varejo é bastante lenta neste período do mês. “O consumidor médio ainda opta pela carne de frango neste momento de descapitalização, dinâmica que deve se manter no decorrer de todo o ano de 2021”, pontua o analista. Com isso, o corte traseiro caiu de R$ 19,90 o quilo para R$ 19,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, com queda de dez centavos, assim como a ponta de agulha, com mesmo preço e mesma variação negativa.

AGÊNCIA SAFRAS

Imea: preço dos animais de reposição tem forte alta em janeiro

De acordo com o superintendente do instituto, setor se mantém aquecido e arroba do boi favorece valorização

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou um relatório apontando que os preços dos animais de reposição em janeiro apresentaram alta de 61,2% frente ao mesmo mês de 2020. De acordo com o Superintendente do instituto Daniel Latorraca, a alta no preço se dá por um conjunto de fatores. “O ano de 2021 começou com um mercado aquecido para a pecuária, em especial para a de reposição. Isso tudo demonstra o momento favorável do setor, com bons valores da arroba do boi, que puxa o preço”, afirma. Ainda segundo Latorraca, com a volta do auxílio emergencial e uma demanda firme, a expectativa é que o mercado se mantenha aquecido com preços lá em cima.

CANAL RURAL

SECEX: desempenho das exportações DAS CARNES nas três primeiras semanas de fevereiro

Pelos dados da SECEX/ME, as exportações tiveram desempenho melhor que o das semanas anteriores. Além da carne suína, agora sinalizam aumento de volume para a carne de frango

A carne bovina continua com tendência de menor volume que há um ano, porém em índice bem menor que o apontado no fechamento das duas primeiras semanas do mês. Em termos de volume, o maior aumento é sinalizado pela carne suína. O previsto para o mês é um volume próximo das 76 mil toneladas, incremento de mais de 30% sobre o mesmo mês de 2020. A carne de frango tende a um aumento próximo de 3%, o que pode significar embarques superiores a 336 mil toneladas e é a terceira vez que no mês de fevereiro são ultrapassadas as 300 mil toneladas mensais. Os embarques de carne bovina pela primeira vez em quase três anos podem situar-se abaixo das 100 mil toneladas, com um volume próximo de 99 mil toneladas, ou 11% a menos que o exportado em fevereiro do ano passado. No preço médio, as carnes de frango e suína seguem com preços inferiores aos de um ano atrás (frango, queda de 7,08%; carne suína, queda de 2,18%). A carne bovina registra aumento de preço, de 2,61%, índice insuficiente para impedir queda na receita cambial do mês, como deve ocorrer também com a carne de frango. Apenas a carne suína apresentará aumento de receita. Mas em função do maior volume exportado, não do preço médio, com a receita cambial do produto superando em quase 30% a de um ano atrás.

AGROLINK

ECONOMIA

BC atua, mas dólar segue em forte alta de olho em Bolsonaro e Petrobras

O dólar disparou na segunda-feira, com o real na posição de pior desempenho global no dia, mesmo depois de o Banco Central vender 1 bilhão de dólares em contratos de swap cambial. O dia foi marcado por forte pressão nos ativos brasileiros, depois de o Presidente Jair Bolsonaro indicar o general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de Conselheiro e Presidente da Petrobras, o que reforçou temores de interferência na estatal

Pouco depois das 11h, a cotação foi a 5,535 reais, alta de 2,79% e, na sequência, o BC anunciou oferta líquida de até 1 bilhão de dólares em swaps cambiais tradicionais, com venda integral do lote. A colocação de contratos de swap tradicional equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. O BC ainda fez nesta segunda leilões de rolagem de swaps cambiais e de linhas de dólar com compromisso de recompra. Na B3, o dólar futuro valorizava-se 2,34%, a 5,5105 reais. O real apresentou o pior desempenho contra o dólar entre uma cesta de mais de 30 pares da moeda norte-americana, num dia já negativo para várias divisas emergentes. Colaborando para a cautela entre investidores, Bolsonaro disse no sábado que vai “meter o dedo na energia elétrica” e que, “se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, na semana que vem teremos mais”. “O movimento do Presidente levanta dúvidas quanto à possibilidade de interferência política em outras estatais e setores”, disseram analistas da Genial Investimentos em nota a clientes. “Acende sinal vermelho no cenário político doméstico.” O Citi avaliou que o Presidente já havia adotado práticas semelhantes no passado. “A reversão desses tipos de práticas por Bolsonaro no início de sua administração foi um fator positivo para a nota de crédito dos ‘quase soberanos’. Uma reversão desta política é um claro (evento) negativo para crédito.” Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos, explicou à Reuters que muitos investidores enxergam a Petrobras como um dos principais ativos de renda variável do Brasil: “quando tem algum movimento muito forte em cima dela, acaba puxando o índice inteiro, o investidor estrangeiro fica meio desagradado…” Os desdobramentos envolvendo a Petrobras vêm num momento de elevadas incertezas fiscais, com investidores continuando a acompanhar discussões em torno de mais auxílio emergencial para vulneráveis afetados pela crise da Covid-19. Com a dívida pública em patamares recordes, a maioria dos analistas concorda que qualquer renovação de ajuda financeira à população deve vir acompanhada de medidas concretas de corte de gastos, sob o risco de desrespeito ao teto fiscal do governo em 2021.

REUTERS

Ibovespa tem maior queda desde abril de 2020 com risco político; Petrobras perde R$72,6 bi

O Ibovespa fechou em forte queda na segunda-feira, com Petrobras perdendo 72,6 bilhões de reais em valor de mercado, com investidores enxergando aumento relevante do risco político, particularmente da interferência do governo em empresas de controle estatal. Banco do Brasil desabou 11%

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 4,76%, a 112.787,81 pontos, de acordo com dados preliminares, menor patamar de fechamento desde 3 de dezembro de 2020 (112.291,59 pontos). Foi também a maior queda percentual diária desde abril do ano passado. O volume financeiro somava 81 bilhões de reais, influenciado também pelo vencimento de opções sobre ações, units e cotas de ETFs na B3, encostando no recorde de dezembro do ano passado, quando registrou 81,5 bilhões de reais, em sessão também marcada por exercício de opções.

REUTERS

Analistas do mercado elevam estimativa de inflação em 2021 para 3,82%, acima da meta central

Esta foi a sétima alta seguida na expectativa de inflação. Previsão de alta do PIB passou de 3,43% para 3,29%, e mercado também passou a estimar alta maior dos juros neste ano

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2021 pela sétima semana seguida e também passaram a projetar uma alta menor do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. As informações estão no boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Centra (BC). Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,62% para 3,82%. Com o novo aumento, a expectativa de inflação do mercado passou a ficar acima da meta central deste ano, de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021. Para 2022, o mercado financeiro manteve em 3,49% a previsão de inflação. Sobre o comportamento da economia brasileira em 2021, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,43% para 3,29% na semana passada. Essa foi a terceira queda seguida do indicador. Para 2022, o mercado manteve em 2,50% a estimativa de expansão do PIB. O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior dos juros neste ano. A expectativa dos analistas dos bancos para a taxa Selic no fim de 2020 subiu de 3,75% para 4% ao ano. Para o fechamento de 2022, os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa estável em 5% ao ano.

G1

Exportações da agropecuária registram queda de 25,3% na 3ª semana de fevereiro

Resultado não impediu a balança comercial brasileira de fechar com saldo positivo de US$ 917 milhões no período

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 917 milhões na terceira semana de fevereiro. De acordo com dados divulgados na segunda-feira (22/2) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 3,778 bilhões e importações de US$ 2,861 bilhões. Em fevereiro, a balança comercial acumula saldo superavitário em US$ 210 milhões, com exportações em US$ 11,423 bilhões e importações de US$ 11,213 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial é deficitário em US$ 915 milhões. As importações registraram aumento de 17,1% em fevereiro, com crescimento de US$ 2,03 milhões (11,0%) em Agropecuária; queda de US$ 100 mil (-0,2%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 107,52 milhões (16,0%) em produtos da Indústria de Transformação. Já as exportações subiram 1,5% no período, com queda de US$ 36,05 milhões (-25,3%) em Agropecuária; crescimento de US$ 33,47 milhões (14,6%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 15,6 milhões (3,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

ESTADÃO CONTEÚDO

EMPRESAS

Friboi expande auditoria do Selo da Cadeia de Fornecimento para a área de Alimentos Preparados

A Friboi concluiu mais um ciclo de certificação do Selo da Cadeia de Fornecimento, a inclusão da área de Alimentos Preparados. O protocolo passou por uma revisão no ano passado, e a unidade de Cajamar (SP) se tornou a primeira desse segmento a contar com a certificação, informou a unidade de negócios de carne bovina da JBS na segunda-feira (22)

Todas as unidades produtivas in natura que operaram o ano completo de 2020 também renovaram o selo, que considera avanços em bem-estar animal e boas práticas de manejo no transporte, no curral e nas instalações internas das unidades, além de classificação e tipificação da matéria-prima. “Para 2021, a expectativa é expandir o protocolo ainda mais e alcançar todas as unidades de Alimentos Preparados, além de aumentar o portfólio de produtos com o Selo no rótulo”, disse a Friboi em nota. Diante da pandemia do novo coronavírus, o checklist do selo passou por uma adaptação para que as auditorias pudessem ser realizadas remotamente. Esse trabalho ficou a cargo da certificadora SBC (Serviço Brasileiro de Certificação), e as verificações ocorreram entre os meses de agosto e dezembro. Antes das auditorias, todas as fábricas da Friboi receberam treinamentos externos on-line e ao vivo sobre os temas-chave do protocolo. Ao todo, mais de 2,7 mil colaboradores e motoristas boiadeiros próprios e terceiros passaram pela capacitação, um aumento de mais de 600 pessoas treinadas em relação ao ano anterior, revelou a companhia. Os módulos foram ministrados pelas empresas SPT (Soluções Palestras e Treinamentos) e BEA Consultoria e Treinamento.

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

ABPA pede que Brasil condicione negociação com Indonésia à questão do frango halal

O Brasil só deve iniciar negociações de livre comércio com a Indonésia se o país asiático adotar as recomendações feitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2017 após uma disputa relacionada ao frango halal, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em uma carta enviada a três ministérios

“Não somos contra um acordo de livre comércio com a Indonésia”, afirmou Ricardo Santin, Presidente da ABPA. Mas ele defende que “não pode haver fronteiras para os alimentos”.

O Brasil, maior exportador de frango halal do mundo, solicitou à OMC em 2014 consultas relacionadas à Indonésia por causa de medidas que bloqueavam seu acesso ao mercado do país asiático. O Brasil venceu a disputa, mas a Indonésia solicitou “um prazo razoável” para adotar as recomendações. Em dezembro do ano passado, o país recorreu ao órgão de apelações da OMC, retardando ainda mais as perspectivas de adoção das recomendações. A ABPA disse que a indústria de frango da Indonésia se beneficiaria de mais competição. Os indonésios consomem, anualmente, quase 12 quilos desta proteína por pessoa –cerca de quatro vezes menos que os brasileiros–, e os preços domésticos do frango estão em patamar elevado, afirmou a entidade. A CP Indonésia, também conhecida como PT Charoen Pokphand Indonésia, é a maior produtora de carne de frango processada, pintinhos e ração para aves do país, segundo o website WATTPoultry.com. A empresa não comentou de imediato o assunto. Welber Barral, consultor jurídico da ABPA e Secretário de Comércio Exterior de 2007 a 2011, disse à Reuters que a Indonésia está em uma lista de países, publicada pelo governo em 2021, com as quais o Brasil pretende discutir o livre comércio. “O cumprimento de boa-fé das obrigações multilaterais é, obviamente, um elemento a ser considerado na relação bilateral de qualquer país com o Brasil e com o Mercosul”, afirmou Barral.

REUTERS 

INTERNACIONAL

França diz que não há chance no momento de assinar acordo comercial do Mercosul

Não há chances no momento de a França ratificar um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, disse uma autoridade do palácio presidencial do país na segunda-feira

“As condições para repensarmos são numerosas e drásticas e de momento não vemos chance de essas exigências serem cumpridas pelos países em questão”, disse a autoridade. A França, maior produtor agrícola da UE, tem sido um dos oponentes mais fortes da versão atual do acordo com o Mercosul, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o quarto maior bloco comercial do mundo. O acordo foi alcançado em 2019, mas ainda não foi ratificado. A França citou preocupações com o risco de um aumento nas exportações agrícolas da América do Sul para a Europa e o impacto do futuro acordo sobre as florestas e o clima.

REUTERS

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