CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1432 DE 25 DE FEVEREIRO DE 2021

abraAno 7 | nº 1432| 25 de fevereiro de 2021

 

NOTÍCIAS

Boi: indicador Cepea fecha abaixo de R$ 300 por arroba

Em seu quarto dia consecutivo de queda, o indicador do boi gordo do CEPEA fechou abaixo de R$ 300 por arroba, após duas semanas acima desse patamar

A cotação caiu 0,43% e passou de R$ 300,80 para R$ 299,50 por arroba. No acumulado do ano, os preços alcançaram uma alta de 12,11%. O mercado segue testando níveis mais baixos em virtude da dificuldade do consumidor interno em absorver as altas do início de 2021. No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 recuaram. O vencimento para fevereiro caiu de R$ 302,80 para R$ 301,55, o março foi de R$ 300,35 para R$ 298,40 e o maio, de R$ 287,45 para R$ 286,90 por arroba.

CEPEA

Mercado do boi gordo: oferta enxuta de animais para abate

Apesar do escoamento compassado da carne bovina no mercado interno, a oferta enxuta de boiadas para abate e a melhora na capacidade de suporte das pastagens têm ditado o ritmo nos preços da arroba do boi gordo

O aumento gradual do ritmo das exportações nos últimos dias e sua manutenção ao longo dos próximos meses, a proximidade à virada de mês no mercado interno, podem influenciar os preços no mercado do boi gordo no curto prazo. Em São Paulo, no fechamento da última quarta-feira (24/2), os preços da arroba do boi gordo ficaram estáveis na comparação feita dia a dia. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo que atende ao mercado interno foi negociado em R$302,00/@ preço bruto e a prazo. Para animais que atendem à demanda externa os negócios ocorreram até R$5,00/@ acima da referência.

SCOT CONSULTORIA

Boi gordo: demanda fraca mantém preços estáveis no Brasil

A demanda de carne bovina segue como contraponto, impossibilitando movimentos de alta mais agressivos neste momento

O mercado físico de boi gordo manteve preços firmes na quarta-feira, 24, e segue encontrando grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, em um ambiente ainda pautado pela escassez de oferta de animais terminados. A demanda de carne bovina segue como contraponto, impossibilitando movimentos de alta mais agressivos neste momento. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o consumidor médio não consegue absorver novos reajustes da carne bovina e simplesmente migra para proteínas mais acessíveis, justamente o caso da carne de frango. “Também há grande expectativa em torno do potencial de importação da China com todas as notícias de recomposição do plantel doméstico que vem ganhando corpo nas últimas semanas”, assinala Iglesias. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304 a arroba, ante R$ 303 – R$ 304. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 290, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 295, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 303 a arroba, inalterada. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, não há espaço para movimentos robustos de alta mesmo durante a primeira quinzena do mês. “O fato é que o consumidor brasileiro permanece descapitalizado. As exportações seguem como uma incógnita em 2021, avaliando as notícias de recomposição do plantel de suínos que partem da China, o que teoricamente resultaria em uma menor necessidade de compras”. Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 19,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.

AGÊNCIA SAFRAS

Grupos de pecuaristas de MT e MS se opõem à importação de gado do Paraguai

Associações de criadores dizem que medida pode comprometer status sanitário do gado brasileiro. Estados respondem por quase 24% do rebanho total do país

Um grupo comercial que representa frigoríficos no Brasil pediu autorização ao Ministério da Agricultura para importar gado do Paraguai, o que atraiu críticas de pecuaristas brasileiros, disseram duas associações rurais na quarta-feira (24/2). O pedido para importação de gado vivo do país vizinho, realizado por um grupo com sede em Mato Grosso do Sul, que faz fronteira a leste com o Paraguai, ocorre após a disponibilidade de gado no Brasil diminuir nos últimos meses, devido à forte demanda das processadoras de carne. Mas a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que representam pecuaristas nos respectivos Estados, disseram se opor à medida, pois poderia comprometer o status sanitário do gado produzido no Brasil, que possui o maior rebanho comercial do mundo. Os dois Estados possuem cerca de 51 milhões de cabeças de gado, o que corresponde a quase 24% do rebanho total do Brasil, segundo dados do governo. Embora Brasil e Paraguai sejam considerados livres de febre aftosa com vacinação, segundo a Organização Mundial da Saúde Animal, a Acrissul e a Acrimat disseram que garantir o status sanitário do gado importado do Paraguai seria um desafio. O custo do gado brasileiro aumentou conforme o país, maior exportador mundial de carne bovina, vendeu volumes recordes da proteína a países como a China no ano passado, reduzindo as ofertas e causando uma alta nos preços domésticos do animal. Matheus Andrade, um consultor de relações internacionais, afirmou que a importação de gado exigiria a emissão de um certificado internacional de saúde animal pelo Ministério da Agricultura. Esse movimento poderia gerar um precedente, potencialmente abrindo o caminho para a emissão de certificados semelhantes. Este movimento poderia gerar um precedente, potencialmente abrindo o caminho para a emissão de certificados semelhantes em nome de outros países exportadores de gado, disse ele.

REUTERS

ECONOMIA

Dólar cai com exterior

O dólar fechou em queda ante o real na quarta-feira em meio a valorização de ativos de risco no exterior por expectativas de contínua liquidez no mundo

O dólar à vista caiu 0,44%, a 5,4219 reais na venda. O alívio nas cotações teve influência do mercado externo, numa sessão de ganhos generalizados para moedas emergentes e correlacionadas às commodities –caso do real. O chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, repetiu que o mercado não deve esperar mudança na política monetária até que a economia esteja claramente melhorando –endossando, assim, perspectiva de contínuo suporte financeiro aos ativos e à economia. Toda a liquidez anunciada por BCs globais ao longo de 2020 para combater os efeitos financeiros da pandemia não foi suficiente para fazer o real replicar a recuperação vista em vários de seus pares, com analistas justificando o movimento local do câmbio a partir do nível elevado de incerteza fiscal –combinado com juros reais negativos. O Banco Central espera um salto nos investimentos diretos em fevereiro para 6,5 bilhões de dólares, ante o valor de 1,838 bilhão de dólares em janeiro. Se confirmado, será o maior fluxo mensal em quase um ano. O déficit em transações correntes foi de 7,253 bilhões de dólares em janeiro.

REUTERS

Ibovespa avança com resultados e sem tirar Brasília do radar

O IBOVESPA fechou em leve alta na quarta-feira, enquanto agentes financeiros continuaram digerindo os últimos movimentos de Brasília, particularmente os relacionados à Petrobras e aos planos de privatização do governo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,38%, a 115.667,78 pontos, após trocar de sinal algumas vezes durante o pregão, chegando a 114.668,41 pontos na mínima e a 116.207,59 pontos na máxima. O volume financeiro somou 37,4 bilhões de reais. Na visão do Superintendente de renda variável e sócio da BlueTrade, Leonardo Peggau, o índice “respirou” um pouco após a forte volatilidade do começo da semana, quando receios sobre a autonomia da Petrobras provocaram um efeito manada de venda, movimento que na terça-feira perdeu o fôlego. Peggau atribuiu parte da melhora ao noticiário sobre medidas provisórias relacionadas à privatização da Eletrobras e dos Correios, avaliando que são movimentos que podem até ofuscar a questão da Petrobras, a depender dos próximos desdobramentos com a planejada troca de comando na petrolífera. O analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, observou que o Ibovespa estacionou na faixa de 116 mil pontos. “Em termos gráficos, somente a confirmação do rompimento deste patamar para anular o viés de baixa ganho com a forte queda de segunda-feira”, afirmou.

REUTERS

Investimento direto de estrangeiros fica em US$ 1,8 bi em janeiro e não cobre rombo externo

Resultado, em meio às incertezas trazidas pela pandemia, foi insuficiente para cobrir o déficit de US$ 7,253 bilhões nas contas externas

Em um ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do Covid-19, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 1,838 bilhão em janeiro, informou na quarta-feira, 23, o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 2,654 bilhões. O IDP engloba investimentos mais duradouros no País, como em uma nova fábrica ou ampliação da capacidade de uma instalação já existente no País.  O ingresso em janeiro ficou abaixo das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 2 bilhões a US$ 3,5 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de janeiro indicaria entrada de US$ 2,8 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI). O valor em janeiro foi insuficiente para cobrir o rombo nas contas externas de US$ 7,253 bilhões. O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do País, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). A balança comercial registrou saldo negativo de US$ 1,910 bilhão em janeiro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 962 milhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 4,664 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 7,315 bilhões. A estimativa atual do BC é de déficit em conta corrente de US$ 19 bilhões em 2021. O cálculo foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em dezembro.

O ESTADO DE SP

‘Marca Brasil’ perde seis posições em índice de percepção global, diz estudo

De acordo com relatório de consultoria inglesa, fatores como a gestão da crise da covid e a fuga de investidores estrangeiros fizeram o País cair da 29.ª posição geral para a 35.ª

O Brasil perdeu seis posições no ranking do Índice Global de Soft Power (GSPI), que mede a percepção da marca-país de mais de 100 nações por meio de indicadores como reputação, reconhecimento e governança. De acordo com o relatório da consultoria inglesa Brand Finance, divulgado nesta quinta-feira, 25, fatores como a gestão da crise da covid-19 e a fuga de investidores estrangeiros fizeram o País cair da 29.ª posição geral – alcançada em 2020, primeiro ano da listagem – para o 35.º lugar. Por outro lado, países vistos como modelos no combate ao novo coronavírus registraram o movimento contrário. A Nova Zelândia, considerada o principal exemplo de gestão da crise, ganhou seis posições. “Atribuo essa queda predominantemente à forma desorganizada com que o governo tratou a vacina, por exemplo, em algumas declarações. Essas falas rodam o mundo e acabam influenciando as pessoas”, explica Eduardo Chaves, Diretor-Geral da Brand Finance no País. No ranking, que avalia a forma com que as pessoas classificam a performance dos países no enfrentamento à pandemia, o Brasil teve a segunda pior avaliação, ficando à frente apenas dos Estados Unidos. O país também perdeu posições no ranking geral, assim como China e Índia. Para as mais de 75 mil pessoas ao redor do mundo que participaram da pesquisa – entre o público em geral, de 102 países, e especialistas -, a crise da covid-19 também impactou de forma negativa a percepção das habilidades de governança do País.

O ESTADO DE SP

Gasto de brasileiros no exterior é o menor para o mês de janeiro em 16 anos, diz Banco Central

Sob efeito da pandemia, os brasileiros gastaram US$ 308 milhões em viagens internacionais, 78,5% a menos que em janeiro de 2020

Ainda sob os efeitos da pandemia de covid-19 na economia, a conta de viagens internacionais registrou déficit de apenas US$ 39 milhões em janeiro, informou nesta quarta-feira, 23, o Banco Central. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. O desempenho da conta de viagens internacionais no mês passado foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 308 milhões – queda de 78,58% em relação a janeiro de 2020 e o menor valor para o mês de janeiro desde 2005, quando as despesas lá fora somaram US$ 296 milhões. O gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 269 milhões no mês passado, o que representa um recuo de 60,15% em relação a 2020. Com o dólar mais elevado e a restrição de voos em vários países, os gastos líquidos dos brasileiros no exterior despencaram 94,90% em janeiro deste ano. Vale lembrar que a pandemia ganhou corpo a partir de março do ano passado, quando se intensificaram as restrições de deslocamento entre países.

O ESTADO DE SP

Puxada por gasolina, prévia da inflação fica em 0,48% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), também conhecido como prévia da inflação registrou alta de 0,48% em fevereiro, informou na quarta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

No ano (considerando janeiro e fevereiro), o índice ficou em 1,26%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,57%. Em fevereiro de 2020, o índice havia registrado alta de 0,22%. O resultado ficou abaixo do que projetavam economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam uma variação de 0,5% no mês. Para o ano, a expectativa era de alta de 4,59%. O índice foi influenciado principalmente pela alta da gasolina, que exerceu impacto de 0,17 ponto percentual, após subida de 3,52% nos preços. Também tiveram alta o óleo diesel (2,89%), o etanol (2,36%) e o gás veicular (0,61%). Desde janeiro, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 34,7%. O diesel subiu 27,7% no mesmo período.

FOLHA DE SP

EMPRESAS

Marfrig anuncia parceria inédita para acelerar sustentabilidade na cadeia de carne bovina

A Marfrig anunciou na quarta-feira (24) a assinatura com o &Green de um acordo de financiamento no valor de US$ 30 milhões que engloba compromissos de retornos ambientais expressivos e alinhados ao Programa Verde+, desenvolvido em parceria com a IDH. Em dez anos, o montante será investido em uma cadeia de fornecimento de gado livre de desmatamento na Amazônia e no Cerrado

O &Green é um fundo de investimento com foco global que financia a produção de commodities sustentáveis de forma a proteger as florestas tropicais. Já a IDH, Iniciativa para o Comércio Sustentável, é uma fundação público-privada holandesa focada no apoio à construção de cadeias produtivas sustentáveis. O plano de ação prevê a inclusão de fornecedores indiretos, rastreabilidade do gado e redução dos riscos de desmatamento na Amazônia e Cerrado. A operação faz parte dos amplos esforços da Marfrig para desvincular seus produtos do desmatamento. “Estamos dando um passo muito importante com a contribuição do &Green”, disse Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig, em nota. “Com essa transação, a Marfrig está enviando um progressivo sinal do mercado para o restante do setor, principalmente em um momento em que o desmatamento está aumentando. A inclusão de fornecedores indiretos no combate ao desmatamento ilegal e transformação, em escala, do setor ainda não tinha sido feita até momento e é crítica para convencer os pecuaristas e possibilitar a transição para práticas de pecuária sustentáveis e proteção ambiental”, disse Daan Wensing, CEO da IDH. A pecuária é vista como um dos setores que mais impacta a perda de vegetação nativa no Brasil. Além de seus esforços para engajar os fornecedores diretos na Amazônia desde 2009, a Marfrig agora quer abordar os problemas que resultam da não inclusão dos fornecedores indiretos em seus sistemas de gestão.

CARNETEC

Após surto de Covid, JBS paralisa fábrica nos EUA para vacinar funcionários

Empresa, que chegou a suspender atividades por causa da doença em 2020, já vacinou 700 trabalhadores

Os funcionários da fábrica da JBS na cidade de Greeley, nos Estados Unidos, vão receber a vacina contra a Covid-19 nos dias 5 e 6 de março, segundo informações do sindicato americano confirmadas pela empresa. A unidade não vai operar durante os dois dias de vacinação. A medida foi negociada com o governo do Colorado. No ano passado, o abatedouro de Greeley, onde fica a sede da empresa nos EUA, chegou a paralisar atividades após um surto de coronavírus entre funcionários. Continuaremos pedindo para a JBS desacelerar a velocidade da linha de produção para promover o distanciamento social adequado, fornecer os equipamentos de proteção individual e acabar com a cultura de trabalho durante a doença”, disse Kim Cordova, Presidente do sindicato, que representa mais de 3.000 trabalhadores da companhia em Greeley. A JBS também vai dar um bônus de US$ 100 aos funcionários vacinados, além de remuneração equivalente a quatro horas de trabalho. Segundo a companhia, esta será a sua segunda força-tarefa de vacinação em grande escala, que já imunizou 700 profissionais em Beardstown (Illinois).

FOLHA DE SP

FRANGOS & SUÍNOS

Setor de aves do RS pede importação de milho para conter custos

A Associação Gaúcha de Avicultura pede pela retirada de Pis/Cofins da importação de milho e liberdade de importação do grão vindo dos Estados Unidos

O Presidente Executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, explica que o cenário atual de custos elevados, em especial o milho, levam o setor a tomar determinadas atitudes. “Estamos recebendo comunicados de indústrias e produtores sobre a redução da produção, o que, no futuro, pode resultar em uma diminuição de disponibilidade, dificuldade de abastecimento, diminuição de empregos, e outros”, explica.  Para lidar com a situação, a Associação mandou pleitos ao Ministério da Agricultura pedindo para retirar o Pis/Cofins da importação de milho e a liberação de importação de milho proveniente dos Estados Unidos. “Não estamos pedindo situações eternas ou benefícios, apenas medidas de contingenciamento. É muito difícil suportar custos elevados por longos períodos de tempo em um setor que atende a população com alimentos de fácil acesso e produção em larga escala”, completa. “Não queremos desestruturar o setor de grãos, porém estamos em uma situação que requer cuidado, atenção e medidas de contigenciamento”, conclui.

CANAL RURAL

Aurora investe R$ 28,6 mi em planta de suínos em Erechim

A Cooperativa Central Aurora Alimentos concluiu um conjunto de obras e melhorias na unidade de abate e processamento de suínos em Erechim (RS)

Os investimentos na planta de suínos totalizam R$ 28,6 milhões e estão concentrados em novo restaurante industrial, áreas de descanso e de apoio. Os principais beneficiados são os 1.327 empregados diretos do Frigorífico Aurora Erechim II (FAER II). Essa é a segunda indústria a receber investimentos no município – em janeiro, já haviam sido inauguradas ampliações semelhantes na unidade de aves, a FAER I, que absorveram recursos da ordem de R$ 19 milhões. O programa de investimentos na unidade contempla ainda outras obras – executadas ou em execução – como o auditório, vestiários, prédio de manutenção, área de medicina e saúde, controle de qualidade, controle de produção, supervisão de produção, reforma de almoxarifado industrial, adequações e ampliação de cozimento de embutidos, cozidos e área administrativa. Essa planta foi adquirida pela Aurora em 2017 e pertencia à Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel). O frigorífico tem capacidade de abate de 1.708 suínos por dia e geração de 139 toneladas/dia de produtos cárneos.

CARNETEC

Carne de frango: Indonésia deve adotar regras da OMC para negociar com o Brasil, diz ABPA

O país asiático assumiu condutas para proteger a indústria local e que impossibilitaram a relação de comércio entre outros países, diz a entidade

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil só deve iniciar negociações de livre comércio com a Indonésia se o país asiático adotar as recomendações feitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) após uma disputa relacionada ao frango halal em 2021. Segundo Ricardo Santin, Presidente da ABPA, a Indonésia assumiu condutas que impossibilitaram a relação de comércio entre os países. “O Brasil, em conjunto com diversos ministérios, buscou abertura daquele mercado que tem mais de 260 milhões de habitantes e um dos frangos mais caros do mundo. Fizemos todas as tentativas, mas a Indonésia não cedeu, então entramos com um processo que foi aprovado por mais de 40 países, mostrando que tínhamos razão nas petições e que a Indonésia estava protegendo a indústria local”, explica. Com a vitória da ação, o país asiático se comprometeu, em um período de 2 anos, instaurar as medidas estabelecidas pela OMC, mas ainda não as fez. Ainda assim, os ministérios do Brasil criaram uma tentativa de painel de arbitragem, oferecendo uma nova chance para o país. “Por último, a ABPA mandou uma carta oficial ao governo dizendo que não somos contrários a um eventual acordo comercial, deve se levar em conta o papel desastroso que a Indonésia fez. Ainda pedimos ao governo para elevar o tom com os indonésios na defesa do direito de ter aquele mercado, não só para nós, mas para o mundo inteiro”, completa Santin.

CANAL RURAL

INTERNACIONAL

Pilgrim’s, da JBS, declara-se culpada em caso de concorrência desleal nos EUA

A processadora americana de carne de frango Pilgrim’s Pride, controlada pela JBS, declarou-se culpada e foi condenada a pagar uma multa criminal de US$ 107,9 milhões em conexão com uma conspiração para fixar preços e fraudar licitações para produtos de frango, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos

O Departamento de Justiça disse que, segundo o acordo de admissão de culpa, de 2012 até 2017, pelo menos, a Pilgrim’s participou de uma conspiração para restringir ou eliminar a concorrência nas vendas de produtos de frango nos EUA. De acordo com o departamento, essa conspiração está associada a pelo menos US$ 361 milhões em vendas de produtos de frango da companhia. Segundo a Pilgrim’s, fica aprovado formalmente o acordo fechado em outubro do ano passado entre a companhia e a Divisão Antitruste do Departamento de Justiça dos EUA. “O acordo de admissão de culpa envolve restrição da concorrência que afetou três contratos de venda de produtos de frango pela Pilgrim’s a um cliente nos Estados Unidos”, disse a companhia em comunicado. O acordo prevê que a divisão antitruste não fará mais acusações contra a Pilgrim’s envolvendo esse assunto, desde que a empresa cumpra os termos e disposições do acordo, disse a companhia. Desde junho do ano passado, dez executivos do setor de frango nos EUA foram indiciados pelo Departamento de Justiça, como parte de uma investigação em andamento. Os indiciamentos alegam que ex e atuais executivos de várias empresas do setor fixaram preços entre 2012 e o começo de 2019. A indústria de frango dos EUA vem sendo acusada de conluio desde 2016, quando restaurantes e outros compradores processaram grandes companhias do setor, como Claxton Poultry Farms, Fieldale Farms, Perdue Farms, Pilgrim’s Pride, Sanderson Farms e Tyson Foods, alegando que elas organizaram um esquema para coordenar a produção e manter os preços artificialmente altos. Grandes redes de varejo, como Walmart, Kroger, Target e Albertsons, também processaram as companhias por suposta formação de cartel.

Valor Econômico

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