Ano 6 | nº 1391| 29 de dezembro de 2020
ABRAFRIGO
Nota de Pesar
A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) manifesta o mais profundo pesar pelo falecimento de seu associado Sebastião Donizete Pereira. Neste momento tão difícil, a ABRAFRIGO se solidariza com os familiares e amigos do empresário, pastor e CEO da SZR Business Group, um dos maiores exportadores de miúdos bovinos do país, e que tanta contribuição trouxe ao desenvolvimento, de Quintana (SP), expressando as mais sinceras condolências pelo seu passamento no último sábado, dia 26 de dezembro.
Curitiba, 28 de dezembro de 2020
NOTÍCIAS
Pós-feriado com alta da carne bovina em São Paulo
Na última segunda-feira (28/12), pós feriado, muitas indústrias frigoríficas paulistas optaram por analisar o mercado com vagar e não determinaram ofertas de compra
Os compradores ativos, porém, ofertaram R$2,00/@ a mais em relação a quarta-feira (23/12). A cotação da arroba está apregoada em R$262,00, preço bruto e a prazo. As cotações da vaca e novilha gordas mantiveram-se estáveis, e estão apregoadas em R$242,00/@ e R$250,00/@, preço bruto e à vista, respectivamente. Em Rondônia, com a pouca oferta de gado, os compradores começaram a semana pagando mais pelas três categorias, visando suprir a necessidade para preencher a escala de abate. As cotações do boi gordo, vaca gorda e novilha gorda na praça aumentaram R$3,00 na última segunda-feira (28/12). O boi gordo se estabeleceu em R$233,00/@, preço bruto e à vista, e a vaca e novilha gordas em R$223,00/@, nas mesmas condições. Com o feriado de Ano Novo, cabe atenção às negociações, já que o volume de oferta de boiadas tende a ser menor, com os pecuaristas fora das vendas.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: mercado trava, mas arroba ainda registra valorização
Em São Paulo, houve registro de negócios pontuais acima de R$ 270 a arroba, chegando a até R$ 275 dependendo do prazo
O mercado físico de boi gordo teve mais um dia travado e com preços firmes na segunda-feira, 28. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, a oferta de animais segue restrita, e grande parte dos pecuaristas permanece distante das negociações, conjuntura que não deve se alterar nos próximos dias em função do feriado de Ano Novo. Já os frigoríficos encontram dificuldade para avançar as escalas de abate em um mercado esvaziado, e acabam pagando preços mais altos nos pequenos volumes que aparecem. Em São Paulo, houve registro de negócios pontuais acima de R$ 270 a arroba, chegando a até R$ 275 dependendo do prazo. A escala de abate varia entre 4 e 5 dias úteis. “A expectativa gira agora em torno do ritmo normal das negociações, a partir da próxima semana, com os pecuaristas retornando. Contudo, vale destacar que a disponibilidade do boi confinado está curta e a entrada da safra de boi de pasto deve atrasar nos primeiros meses de 2021 devido à estiagem que retardou o desenvolvimento dos animais com as pastagens degradadas”, observa Maia. Em Minas Gerais, os preços subiram no decorrer do dia. Na região de Uberlândia, indicação de comprador foi de R$ 259 por arroba, à vista. Em Goiânia (Goiás), o preço foi de R$ 246 à vista e a R$ 248 a prazo. Contudo, há rumores de negócios acima de R$ 250 à vista no estado. No Mato Grosso do Sul, os preços também avançaram. Em Campo Grande, o valor registrado foi de R$ 248 a prazo, o mesmo observado em Dourados. No Mato Grosso, preços firmes no dia. Em Cuiabá, o preço chegou a R$ 244 a prazo. No mercado atacadista, os preços da carne bovina também subiram durante o dia. Conforme Maia, a demanda pela carne bovina tende a avançar na semana devido ao feriado, fator que acelera a reposição entre as cadeias. Com isso, o corte traseiro aumentou vinte centavos, indo a R$ 19,40 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,60 o quilo, assim como a ponta de agulha, ambos com alta de dez centavos.
AGÊNCIA SAFRAS
Exportações de carnes in natura em queda até 4ª semana de dezembro
As exportações brasileiras de carnes apresentaram queda em volume no acumulado de dezembro, até a quarta semana, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgados na segunda-feira (28)
Os embarques brasileiros de carne bovina fresca, refrigerada e congelada somam 121,9 mil toneladas nas primeiras quatro semanas de dezembro, queda de 18,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento com essas exportações também caiu para US$ 548,2 milhões, ante US$ 744,3 milhões um ano antes, diante da redução nos volumes e médias de preços do produto comercializado. A carne bovina fresca, refrigerada e congelada foi um dos itens a registrar uma das quedas mais intensas em faturamento com embarques no período, assim como carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, entre outros produtos. As exportações de carnes de aves tiveram queda de 17,4% no faturamento no período, a US$ 416,8 milhões. O volume de embarques nas primeiras quatro semanas de dezembro foi de 297,3 mil toneladas, comparadas a 364,7 mil t no mesmo período de 2019. Já as exportações de carne suína fresca, congelada e resfriada tiveram uma queda menos pronunciada, de 2,7% em volume, para 64,1 mil de toneladas. O faturamento com esses embarques somou US$ 156,2 milhões, ante US$ 171,2 milhões nas primeiras quatro semanas de dezembro de 2019.
CARNETEC
Exportação de carne angus em 2020 é recorde, com 531 mil t embarcadas
De janeiro a novembro, último dado disponível, o volume é 31% a mais que o recorde anterior, de 2017
A Associação Brasileira de Angus exportou, neste ano, um volume recorde de carne angus certificada. De janeiro a novembro, último dado disponível, foram embarcadas 531.528 toneladas, 31% mais que o recorde anterior, de 2017, quando o volume foi de 405.817 toneladas. A China comprou 43,7% do total, segundo a entidade. A Gerente do Programa Carne Angus Certificada, Ana Doralina Menezes, disse em nota que o resultado sinaliza a valorização da carne premium brasileira. “Nosso objetivo é conquistar cada vez mais novos mercados pelo mundo”, disse ela. Em 2020, a raça também registrou expansão no número de carcaças certificadas pelo Programa Carne Angus. Conforme levantamento, de janeiro a outubro a porcentagem de certificação atingiu 72%. Já o crescimento na produção de cortes por carcaça foi de 25%. Segundo Ana Doralina, a expansão foi de 72,5 quilos para 90,6 quilos.
ESTADÃO
Mercado de reposição recua na última semana, mas preços ainda seguem em patamares elevados
Na última semana, preços recuaram 0,5% considerando todas as categorias de machos e fêmeas e praças monitoradas pela Scot Consultoria. Apesar do recuo, os preços estão 54,9% maiores comparado ao mesmo período de 2019.
SCOT CONSULTORIA
Com Turquia fora das compras, exportação de gado vivo cai 40,8%
Em 2018, melhor ano das exportações, a Turquia foi responsável por 70% do volume exportado
No acumulado de janeiro a novembro de 2020, o Brasil embarcou 317 mil cabeças de gado vivo, um recuo de 40,8% frente ao mesmo período do ano passado. Se comparar os dados atuais com o de 2018, o melhor ano das exportações nesse setor, o recuo foi ainda maior, chegando a 59%. O analista de mercado da Scot Consultoria Rodrigo Queiroz, afirma que em 2015 o Brasil perdeu o principal importador de gado vivo, a Venezuela. “Em 2015 perdemos a Venezuela, que era o maior importador, e em 2016, a Turquia começou a importar mais, 158 mil cabeças. Em 2018, maior período de exportação, a Turquia foi responsável por 70% desse volume”, diz. Para o futuro, o analista acredita que o mais importante é tentar abrir mercados. “Criamos uma expectativa grande com o Iraque em 2018, mas este ano ele diminuiu as importações. E a Arábia Saudita que antes não importava, agora está adquirindo um volume maior de animais”, completa.
CANAL RURAL
ECONOMIA
Com atuação do BC, dólar ainda fecha no pico em quase 4 semanas
O dólar começou a última semana do ano em alta, chegando a saltar mais de 2% no pior momento da segunda-feira, o que chamou o Banco Central ao mercado, num contexto de forte pressão compradora de moeda em meio a saídas de recursos e à expectativa de robusto ajuste de posições na virada do ano
O dólar à vista fechou com ganho de 0,66%, a 5,2406 reais na venda, maior patamar desde 2 de dezembro (5,2422 reais). A moeda passou a tomar fôlego e, na máxima, alcançada por volta de 14h, saltou 2,05%, a 5,3131 reais. Às 14h14, o BC anunciou que ofertaria dólares no mercado à vista, em operação que, no fim, representou injeção de 530 milhões de dólares no mercado spot. Foi o primeiro leilão do tipo desde 30 de outubro. Pouco antes da intervenção do BC, o real registrava, de longe, o pior desempenho global. O que fez a moeda brasileira descolar de alguns de seus pares foi uma combinação entre pressão compradora oriunda de remessas, expectativa pelo desmonte de cerca de 16 bilhões de dólares em “overhedge” na passagem do ano e trade “compra de dólar/compra de bolsa”, este facilitado pelo baixo custo de carrego de posições vendidas na moeda brasileira devido ao juro na mínima histórica. O “overhedge” é uma proteção cambial adicional adotada por bancos que deixou de ser interessante depois de mudanças, anunciadas no começo de 2020, em regras tributárias.
Algumas estimativas de mercado apontam valores em torno de 16 bilhões de dólares de tomada de moeda, volume apenas parcialmente compensado pela perspectiva de que o BC despeje um total de 9,602 bilhões de dólares em dinheiro novo via swaps. Isso ocorre com o fluxo cambial já negativo em mais de 23,6 bilhões de dólares no acumulado de 2020, a caminho do segundo pior resultado da história, depois de em 2019 as saídas alcançarem níveis recordes. Há menos de duas semanas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia estava fazendo rolagens maiores de swaps e olhando os fluxos cambiais numa base diária para ajustar sua atuação em relação ao tema do “overhedge”. Desde novembro, o BC vem dando indicações de que poderia atuar. A idiossincrasia do real pode, diante desse pano de fundo, continuar impedido que a moeda capte de maneira mais visível o clima otimista no exterior, na esteira de farta liquidez, da recuperação econômica e da distribuição de vacinas. Com isso, o real corre o risco de seguir atrás de seus pares. “Você tem um prêmio de risco fiscal alto, um efeito do (baixo) diferencial de juros e um juro real predominantemente negativo”, disse Bernardo Zerbini, um dos responsáveis pela estratégia da gestão macro da gestora AZ Quest. O real cai 23,4% em 2020, pior desempenho global depois do peso argentino, que perde 28,1% no período.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, voltando a se aproximar de sua marca histórica, após o Presidente do Estados Unidos sancionar novos estímulos econômicos e reforçar o ambiente global de apetite a risco
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,12%, a 119.123,70 pontos, maior patamar de fechamento desde 23 de janeiro, quando registrou sua máxima histórica de 119.527,63 pontos, considerando o fechamento. O volume financeiro nesta segunda-feira somou 21,6 bilhões de reais, abaixo da média diária de 34,8 bilhões de reais em dezembro. No ano, essa média é de 29,9 bilhões de reais. Donald Trump sancionou no domingo um pacote de ajuda pela pandemia e de gastos no valor total de 2,3 trilhões de dólares, restaurando o auxílio-desemprego a milhões de norte-americanos e evitando a paralisação do governo federal. Entre os estímulos, está o pacote de alívio de 900 bilhões de dólares aprovado pelo Congresso na última semana, que Trump ameaçou bloquear. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,87%, a 3.735,36 pontos, nova máxima histórica, com o Dow Jones e o Nasdaq também renovando recordes. Na visão do sócio da Manchester Investimentos, Eduardo Cubas Pereira, as sinalizações positivas com a assinatura do pacote de estímulos por Trump e o alívio com o desfecho na novela entre Reino Unido e UE deram suporte à bolsa doméstica. Ele ponderou, contudo, que a liquidez está menor, o que não permite determinar se tal movimento representa uma tendência. Isso, segundo ele, só será possível de se atestar depois que a liquidez melhorar nas próximas semanas. Em dezembro, o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro está positivo em 16,5 bilhões de reais até dia 22, caminhando para o terceiro mês seguido em que as compras por estrangeiros superaram as vendas. “Contudo, sem um processo de vacinação em massa, corremos o risco de ‘ficarmos para trás’ no processo de recuperação e pagarmos um preço elevado em momentos de menor liquidez global”, afirmou Kawa, em comentários a clientes.
REUTERS
Mercado ajusta projeções e passa a ver juros básicos mais altos em 2021
Para o Produto Interno Bruto (PIB), permanece a estimativa de contração de 4,40% em 2020, mas o cenário para o crescimento em 2021 foi melhorado a 3,49%, de 3,46% na semana anterior
O mercado ajustou suas estimativas para a economia brasileira e passou a ver a taxa básica de juros ligeiramente mais alta no final de 2021, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central. O levantamento semanal mostrou que os especialistas consultados passaram a ver a Selic a 3,13% no fim do ano que vem na mediana das projeções, de 3,0% estimado antes e contra o patamar de 2,0% com que encerra 2020. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo os juros básicos em 3,0% no fim do ano que vem. Para a inflação, os economistas ainda calculam taxa de 4,39% em 2020, mas reduziram as contas para a alta do IPCA em 2021 a 3,34%, de 3,37%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), permanece a estimativa de contração de 4,40% em 2020, mas o cenário para o crescimento em 2021 foi melhorado a 3,49%, de 3,46% na semana anterior.
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos com preço estável em dezembro
Depois de atingir R$ 8,91 o quilo vivo no mês passado, valor pago ao produtor se fixou em R$ 7,75
O preço do quilo do suíno vivo pago ao produtor independente na semana do Natal foi de R$ 7,75, valor que se manteve ao longo do mês, conforme pesquisa da Associação de Criadores de Suínos (Acsurs). Houve pequena variação para o integrado, de R$ 6,04 para R$ 6,00. De acordo com o levantamento da Acsurs, a menor cotação do quilo do suíno vivo do ano ocorreu em 27 de abril, com R$ 3,83 para o produtor independente e R$ 4,10 para o integrado. O maior valor do ano ocorreu em 13 de novembro, com R$ 8,91 para o independente. Nesta data, o quilo vivo para o integrado já estava na faixa dos R$ 6,00.
SUINOCULTURA INDUSTRIAL
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