Ano 6 | nº 1390| 28 de dezembro de 2020
NOTÍCIAS
Clima de feriado e poucos negócios no mercado do boi gordo
Na última quarta-feira (23/12), a cotação da arroba do boi gordo ficou estável na comparação com o dia anterior
Segundo levantamento da Scot Consultoria, ó boi gordo ficou cotado em R$260,00, preço bruto e a prazo. Porém, como esperado, a semana mais curta devido ao Natal resultou em queda de oferta de boiadas para abate. Para animais com até quatro dentes, que atendem o mercado externo, as ofertas ficaram em R$265,00/@, com negócios esporádicos acima dessa referência. As cotações da vaca e novilha gordas mantiveram-se estáveis, em R$242,00/@ e R$250,00/@, preço bruto e à vista, respectivamente. Para esta última semana de dezembro, que também será curta, a expectativa é de estabilidade nos preços. Todavia, podem ocorrer negócios acima da referência, de acordo com a necessidade da indústria e expectativa de pouca oferta.
SCOT CONSULTORIA
Redução na oferta de animais deve fazer preço da carne bovina subir
Atraso nas chuvas e menor abate de fêmeas indicam que a arroba bovina deve ter médias acima das registradas ao longo de 2020
A escassez de animais prontos para abate registrada em 2020 deve se manter ao longo do próximo ano, agravada pelo atraso nas chuvas nas principais regiões produtoras do país e, consequentemente, na disponibilidade de animais, responsáveis por mais de 80% da oferta nacional. “Muito provavelmente o primeiro trimestre será de oferta em baixa, seja por questões mercadológicas, como o ciclo pecuário, com menor abate de fêmeas, seja por questões climáticas, que muito provavelmente vão impactar a oferta de boi a pasto”, explica Caio Toledo, analista de pecuária da Stonex. Diante desse cenário, as perspectivas são de preços ainda em alta para a arroba bovina no próximo ano, com médias acima do registrado em 2020, segundo prevê Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria. “Essa alta é resultado de uma oferta consistentemente menor, devido à retenção de fêmeas após a valorização do bezerro desde meados de 2018 e que veio na esteira da alta do boi gordo com o aumento das exportações para China”, explica. A partir das projeções do Banco Central para a economia em 2021, que preveem crescimento de 3,3% no PIB, o mercado espera a recuperação do consumo interno, embora ainda abaixo dos patamares pré-pandemia, com 7,84 milhões de toneladas em equivalente, segundo previsão do Centro de Inteligência da Carne da Embrapa (Cicarne). “Mesmo estando num período de maiores giros de confinamento e possibilitar a maior oferta de animais, o volume esperado ainda é aquém da demanda. Para o primeiro trimestre de 2021, a previsão ainda é de escalas apertadas e pouca oferta de gado, uma vez que a disponibilidade de animais segue restrita”, lembra o pesquisador do Cicarne, Guilherme Malafaia. Nas exportações, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já alertou para a estabilização da demanda chinesa por carne bovina, o que deve fazer com que as exportações brasileiras desacelerem paralelamente ao aquecimento do mercado interno. Após dobrarem de volume em 2020, as previsões são de um crescimento de 5,5% nos embarques brasileiros para a China no próximo ano, segundo projeção do Rabobank. “Ao longo de 2021, nós temos um cenário que não deve ser de grande oferta, exportações mais calmas e, no consumo doméstico, que talvez nos surpreenda”, resume Neto.
GLOBO RURAL
MPF pede indenização de Frigorífico Amazonas por comércio de carne ilegal
O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas apresentou uma ação civil pública na Justiça Federal há duas semanas, pedindo indenização de R$ 43,23 milhões do Frigorífico Amazonas por comercialização de produtos bovinos provenientes de áreas de pastagens abertas por meio de desmatamento ilegal
O MPF pede indenização por dano moral ambiental e social coletivo pela comercialização de produtos bovinos provenientes de áreas ilegais, segundo nota divulgada pelo órgão no último dia 17 de dezembro. Os procuradores também pedem que o frigorífico seja proibido de abater ou comercializar gado de origem ilegal, sob pena de multa de R$ 5 mil por animal. O Frigorífico Amazonas também deverá apresentar informação sobre a origem dos produtos comercializados, conforme o pedido do MPF. A ação faz parte da atuação do MPF para a regularização da cadeia produtiva da pecuária no Amazonas por meio do programa Carne Legal, iniciado em 2009. O MPF já fechou termos de ajustamento de conduta (TAC) com os maiores frigoríficos da região para regularização dos abates, mas alega que o Frigorífico Amazonas não aderiu ao acordo, deixando de adequar sua cadeia produtiva conforme os requerimentos do MPF.
CARNETEC
Ministério seleciona consórcios municipais para aprimorar inspeção de produtos de origem animal
Dos 52 consórcios inscritos, foram selecionados 12. A ideia é trabalhar para que eles alcancem o padrão de inspeção equivalente ao federal
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura selecionou 12 consórcios públicos municipais para aprimorarem os serviços de inspeção de produtos de origem animal. No projeto, os médicos veterinários, vinculados aos consórcios, recebem orientações técnicas para futura adesão dos municípios ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). Há orientações ainda para as agroindústrias de carne, leite, pescado, ovos e mel. O projeto-piloto recebeu 55 inscrições. Desse total, 40 consórcios públicos intermunicipais passaram para fase de entrevistas. Na avaliação final, foram selecionados 12 consórcios das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que recebem apoio financeiro e orientação direta da equipe do ministério, para melhorar seus processos e buscarem a adesão ao Sisbi-POA. Nenhum consórcio público da região Norte se inscreveu. A Diretora do Departamento de Suporte e Normas do Mapa, Judi Nóbrega, diz que o projeto-piloto irá contribuir para o desenvolvimento da região contemplada, pois incentiva a organização da inspeção municipal para alcançar a equivalência com a inspeção federal e, também, a melhoria da qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. Os consórcios públicos municipais têm prazo de três anos para aderir ao Sisbi-POA. Aprovados neste sistema, os municípios poderão incluir estabelecimentos no Sisbi-POA, possibilitando comercializarem seus produtos em todo o país. “Há um ganho enorme para as agroindústrias. É mais uma oportunidade para fortalecer a economia local, em virtude da expansão do mercado, num momento tão delicado de pandemia”, diz Alexander Dornelles, Gerente do Projeto de Ampliação de Mercados de POA para Consórcios (Consim). Nos últimos meses, o Mapa promoveu 12 oficinas para orientar os prefeitos, secretários de agricultura, dirigentes dos consórcios municipais, donos das agroindústrias, responsáveis técnicos de agroindústrias e a equipe técnica veterinária de inspeção dos consórcios municipais envolvidos. “Esperamos que os municípios implementem todas as nossas orientações para que possam avançar nos próximos meses. Nossa expectativa é que os 12 consórcios intermunicipais selecionados possam aderir ao Sisbi-POA no primeiro semestre de 2021”, afirma Dornelles.
CANAL RURAL
Brasil mantém espaço, mas precisa se adequar ao mercado europeu
Cai o consumo de carnes e aumenta o de produtos orgânicos na Europa no período de 2021 a 2030
Em seu prognóstico para os próximos dez anos, a União Europeia prevê uma redução na área de plantio, melhor aproveitamento do solo e um pequeno ganho no volume produzido. No setor de proteínas, as carnes bovina e suína perdem espaço, mas a de frango ganha. O consumo anual de carnes deve recuar para 67,6 quilos per capita em 2030, uma queda de 1,1 kg em relação ao atual. O Brasil vai continuar inserido no mercado europeu, mas pode perder espaço se não se adaptar às novas exigências dos consumidores do continente. Não dá mais para pensar que “eles têm de comer em nossas mãos”, um dogma difundido nos últimos anos no Brasil, diante de algumas exigências de mudanças europeias no sistema de produção nacional. Na avaliação dos europeus, o consumo de alimentos vai avançar para produtos inovadores de proteína vegetal e com produção local. A produção de orgânicos, que representava 5% da área em 2012 e subiu para 8% em 2018, deverá atingir 10% em 2030. Mudança climática, alteração no hábito de consumo, preocupação com o meio ambiente e envelhecimento da população vão levar os europeus a reduzirem o consumo de carnes. Conforme as previsões do departamento de agricultura da Comissão Europeia, o consumo de carne bovina cairá para 9,7 quilos em 2030. O de carne suína recuará para 31,9, mas o de frango subirá para 24,6 quilos per capita. A força de trabalho no campo continuará caindo nos próximos dez anos, a um ritmo de 1% ao ano. No final da próxima década, serão 7,9 milhões de pessoas ocupadas na produção agropecuária dos 27 países que compõem a União Europeia.
FOLHA DE SP
Brasil estabelece novos padrões microbiológicos
Mudanças são revolucionárias na prevenção, e mudam a forma de trabalhar das empresas
O Brasil passa a ter novas regras para garantir a qualidade microbiológica dos alimentos a serem adotadas pela cadeia produtiva e indústria. Entraram em vigor no último dia 23 de dezembro de 2020 as novas legislações RDC 331/2019 e a IN 60/2019, que estabelecem normas com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores. De acordo com Graziela Bianchetti, especialista em microbiologia de alimentos e responsável técnica pelo Laboratório Sanuvitas, as mudanças são revolucionárias na prevenção, e mudam a forma de trabalhar das empresas alimentícias. Por outro lado, as novas normas e instruções impactam diretamente nos custos, em função da grande quantidade de amostras exigidas. Ela explica que os padrões microbiológicos balizam a tomada de decisão sobre os parâmetros de qualidade de um alimento baseado em testes. São a maneira de comprovar se os alimentos que estão à venda são seguros, “verificando ainda se o manuseio e as boas práticas de higiene adotados pelas empresas de alimentos são adequados”, completa. “A segurança dos alimentos é garantida pela adoção conjunta de uma abordagem preventiva, ou seja, o emprego de Boas Práticas, uso de princípios de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e atendimento a várias legislações”, explica Graziela. Com a entrada em vigor das novas regras, explica a especialista, a indústria deverá montar um plano com coleta e método de transporte definidos. “Exige-se ainda uma frequência das análises diferenciada, adequação dos processos em produtos finais, análise dos resultados e execução de ações corretivas, assegurando que a qualidade dos lotes produzidos se mantenha em condições similares”, conclui.
AGROLINK
ECONOMIA
Saldo de empregos na agropecuária é negativo em novembro, aponta Caged
Setor foi o único a ter desempenho insatisfatório, à medida que Brasil abriu 414.556 empregos formais em novembro
O Brasil abriu 414.556 vagas formais de emprego em novembro, segundo divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na quarta-feira (23/12). O número apresenta o recorde da série histórica, iniciada em 1992. No entanto, a agropecuária foi o único setor que apresentou saldo negativo, com fechamento de 15.353 postos. Em novembro, a abertura de postos foi puxada principalmente pelo setor de serviços e comércio, com 179.261 e 179.077 novas vagas, respectivamente. Em seguida, aparecem indústria (51.457) e construção (20.724). Ainda de acordo com o Caged, no acumulado do ano, houve criação líquida de 227.025 vagas de emprego. Por outro lado, os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também divulgados na quarta-feira, apontam que a população desocupada chegou a 14 milhões de pessoas em novembro. Segundo a última edição da PNAD Covid-19, lançada neste ano pelo IBGE para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho, este é o recorde da série, com um aumento de 2% frente a outubro e de 38,6% desde o início da pesquisa (maio). A população ocupada (84,7 milhões em novembro) cresceu 0,6% em relação a outubro e, pela primeira vez desde o início da pesquisa, teve alta (0,3%) frente a maio (84,4 milhões de pessoas).
GLOBO RURAL
MEIO AMBIENTE
Europa deve apertar cerco a exportador brasileiro por questões ambientais
Na contramão do mundo, índices do País só pioram, o que já se traduz em perda de investimento; situação pode se agravar em 2021
A emissão mundial de gás carbônico poderá fechar este ano com uma queda de 7% por conta do confinamento que a pandemia de covid-19 impôs mundialmente, segundo artigo publicado pela revista Nature Climate Change, do Grupo Nature, um dos mais importantes da área ambiental. O Brasil, contudo, caminha para encerrar 2020 na contramão. E as consequências econômicas desse descompasso, que já existem, devem se agravar em 2021. O Observatório do Clima já apontou que o País poderá aumentar a sua emissão de gás estufa em até 20% neste ano em relação a 2018, algo que entrará na conta do desmatamento das florestas do País. Em 2019, as emissões já tinham subido quase 10%. No governo Jair Bolsonaro, os dados ambientais do País só pioraram. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou, recentemente, que a área desmatada na floresta Amazônica, de agosto de 2019 e julho de 2020, foi 9,5% maior que nos 12 meses anteriores. O fato está levando investidores estrangeiros a ameaçar retirar investimentos do País e coloca o Brasil sob o escrutínio também de governos, em especial na Europa. Os efeitos na economia brasileira podem escalar ainda mais com países na Europa e Ásia adotando uma postura mais ativa e passando a rastrear cadeias da produção de commodities para definirem importações de soja, por exemplo. Sem o aparato governamental, que dá o suporte de fiscalização e punição para combater o desmatamento ilegal, bancos e grandes exportadores começaram a se movimentar por conta da pressão de investidores e países sobre o tema. Os olhos se voltam para a cadeia de fornecimento. O rastreamento de todos os fornecedores tem sido o ponto mais cobrado até este momento. Entre as ferramentas disponíveis para esse trabalho, a mais conhecida é a Trase, que tem com foco no setor de commodities. Na cadeia da carne os desafios são grandes, dada a pulverização da produção e a concentração da criação de gado na Amazônia e Cerrado. Cerca de 85% da produção está nesses biomas. Estima-se que 2,5 mil propriedades rurais do País se dedicam à pecuária do corte. Para o Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig, Paulo Pianez, há uma série de tecnologias disponíveis para se rastrear a produção pecuária. Mas, para engajar os produtores na questão da preservação da Amazônia, é preciso inclui-los na discussão e garantir crédito a eles. “O setor tem um grau de invisibilidade muito grande. É preciso conseguir engajar, até para se conseguir rastrear”, comenta o executivo.
O Estado de S.Paulo
Relatório relaciona operações de JBS, Cargill e Bunge ao desmatamento na Amazônia e Cerrado
Ao todo, dez empresas foram avaliadas entre março de 2019 e novembro de 2020 pela organização Mighty Earth
Dez empresas ligadas à cadeia de soja e pecuária foram avaliadas pela organização Mighty Earth durante o período de março de 2019 e novembro de 2020. JBS, Cargill e Bunge são as mais relacionadas ao desmatamento da Amazônia e do Cerrado, incluindo possíveis desmatamentos ilegais. De acordo com o estudo Monitor Soja e Gado, durante este período, Cargill e Bunge estão associadas a mais de 61.260 e 38.976 hectares de desmatamento, respectivamente. Já a JBS tem a pior classificação, pois, além da derrubada de árvores associada à cadeia de abastecimento, também não apresentou respostas quando os casos foram identificados e questionados. Além da classificação das empresas, a Mighty Earth também as relaciona com supermercados nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos e França. “Só no Reino Unido, a Cargill detém uma cota de 70% do mercado de importação de soja brasileira, que entra na cadeia de abastecimento dos supermercados do Reino Unido no formato de ração para animais, através de produtos derivados de frango, porco e produtos lácteos”, aponta trecho do relatório. A Mighty Earth ainda aponta que 78% das exportações diretas de soja do Brasil para o Reino Unido têm origem no Cerrado e na Amazônia. As exportações diretas de soja dos biomas também representam mais de 50% dos volumes totais do grão brasileiro à França, aos Países Baixos e à Alemanha. ONG acusa gigantes da carne no Brasil de comprarem gado de áreas de desmatamento ilegal na Amazônia. Em entrevista à Globo Rural, Asha Sharma, Diretora da Mighty Earth, explica que o relatório é feito com base em imagens de satélite, incluindo aqueles utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A organização sobrepõe os alertas de desmatamento do sistema Deter e do World Resources Institute a dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) nos biomas, acompanhando os índices de desmatamento mensalmente. Em seguida, relacionam entre 10 e 15 fazendas que mais tiveram áreas desmatadas no mês e possuem forte presença nas cadeias de suprimento às maiores empresas da indústria de soja e frigoríficos. A partir deste cruzamento de informações, há uma classificação das empresas de 0 a 100, com base na extensão de área, gravidade e resposta quanto ao desmatamento.
GLOBO RURAL
FRANGOS & SUÍNOS
ABCS espera consumo per capita recorde de carne suína em 2020
As exportações brasileiras de carne suína (in natura e processada) em 2020 devem superar a marca histórica de 1 milhão de toneladas em 2020 e o consumo per capita no Brasil também deve ser recorde, apesar da alta nos preços, segundo estimativa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS)
Para 2021, a associação espera que as exportações de carne suína continuem em alta, puxadas pela China, e custos de produção elevados. O setor também deverá enfrentar incertezas relacionadas à velocidade do controle da pandemia e suas consequências, disse a ABCS em comunicado divulgado na semana passada. As exportações de carne suína in natura devem chegar a 900 mil toneladas em 2020, superando em quase 40% o volume exportado em 2019. As exportações totais de carne suína (in natura e processada) já superaram o volume total exportado no ano passado em 39,5%, no acumulado até novembro, somando 940,9 mil toneladas. O aumento das exportações ajudou a reduzir a oferta interna de carne suína num ano em que a produção segue em alta. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os abates de suínos sobem 9% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. “Sobre estes dados, pode-se projetar que a suinocultura deverá encerrar o ano com consumo per capita anual também recorde, mostrando uma importante evolução no consumo doméstico desta proteína, apesar dos problemas enfrentados ao longo do ano e sendo a única carne com crescimento consistente da produção, algo que vem se repetindo ao longo dos últimos anos em relação às demais proteínas”, disse a ABCS. O mercado doméstico deverá absorver 80% da produção nacional de carne suína neste ano, de acordo com a associação.
CARNETEC
Suínos: MS inaugura granja que produzirá 40 mil matrizes por ano
De acordo com o Secretário de Agricultura do estado, a cadeia produtiva entra em novo patamar e passa a ter o ciclo completo
A granja de suínos Rio Verde, no município de mesmo nome em Mato Grosso do Sul, foi inaugurada. Foi autorizada também a obra de pavimentação asfáltica de 39,1 mil m² do acesso da BR-163 até a unidade multiplicadora de matrizes da Cooperativa Agropecuária São Gabriel do Oeste (Cooasgo), que deve entrar em operação em janeiro de 2021, sendo a primeira a ser instalada no estado. De acordo com o Secretário Jaime Verrruck, a política estadual de incentivo à suinocultura, aliada ao projeto da Cooasgo, focado em genética, eleva o estado a um novo patamar dentro da cadeia produtiva do setor, que passa a ter o ciclo completo, desde a produção de matrizes até o produto final da indústria para o consumidor. Ainda em construção, o empreendimento da Cooasgo terá 40,5 mil m² de área construída, em projeto feito em parceria com a Agroceres, e terá produção anual de mais de 40 mil matrizes por ano. A previsão é de ter 1,5 mil fêmeas por semana para reprodução, somando 78 mil por ano. Além de 90 mil machos para abate por ano. Vai gerar 42 empregos diretos e 210 indiretos, projetando-se um incremento de R$ 145 mil na economia local, todos os meses, sem contar a movimentação dos outros setores. Segundo o Presidente da Cooasgo, Sergio Marcon, o apoio que o governo ofereceu tem sido fundamental para o fomento da suinocultura, colaborando com toda a cadeia produtiva. “O investimento do Estado promove a importância que a nova granja trará para o desenvolvimento de toda a região Norte e na logística de transporte, mobilidade e segurança dos funcionários”, disse o empresário.
CANAL RURAL
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