Ano 5 | nº 1131| 28 de novembro de 2019
NOTÍCIAS
Carne bovina: alta nos preços continua
No fechamento de novembro, o aumento nos preços da carne bovina desossada no mercado atacadista foi de 22,9%, na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria
Para uma comparação, no mesmo período do ano passado (novembro de 2018), o reajuste foi de 4,0%. Já nos últimos sete dias, a carne subiu 2,9%, na média de todos os cortes. Frente a alta de 11,5% da semana passada a variação atual parece irrisória. Mas, dentro da “normalidade” do mercado, este ajuste semanal de 2,9% é considerável, sendo a terceira maior variação do ano. Destaca-se que mercado da carne bovina, com osso e sem osso, se acomodou, de certa forma, sustentado por dois fatores principais. Por um lado, em São Paulo, houve uma leve melhora na disponibilidade de matéria-prima para as indústrias, o que justifica a estabilidade dos preços da arroba. Este cenário colaborou com a oferta de carne. Do lado da demanda, o aumento forte dos preços nos últimos dias afastou os consumidores das compras, desta forma os vendedores procuraram trazer mais equilíbrio para os preços. Contudo, para a próxima semana, o recebimento dos salários, ao aumentar o poder de compra da população, pode abrir espaço para novas altas para a carne.
SCOT CONSULTORIA
Mercado do boi gordo firme
A disponibilidade de bois de cocho está diminuindo e a oferta de animais de pasto ainda está baixa, o que mantém o mercado sustentado
Em São Paulo, mesmo com a valorização registrada em novembro (a cotação da arroba subiu R$59,50 no acumulado do mês), as indústrias estão com dificuldades em alongar as escalas de abate, o que evidencia a oferta restrita. Em Mato Grosso, na média das quatro praças monitoradas pela Scot Consultoria, o preço do macho terminado subiu 2,5% na última quarta-feira (27/11), na comparação feita dia a dia, considerando o preço à vista. Além das quatro praças de Mato Grosso, o preço do boi gordo também subiu em outras nove regiões.
SCOT CONSULTORIA
Maersk espera pico no volume de exportação de carne bovina no 4º tri
A Maersk, empresa especializada em transporte marítimo, espera que o volume de exportação de carne bovina brasileira atinja um pico no quarto trimestre, impulsionado pela forte demanda chinesa, segundo relatório divulgado na quarta-feira (27)
A China aprovou novas plantas brasileiras a exportarem o produto ao país no fim de setembro e no início de outubro, o que deve colaborar para alavancar os embarques brasileiros de carne bovina nos próximos meses, conforme estima a Maersk e outros analistas e representantes do setor. “Os melhores preços suportarão o crescimento, devido à desvalorização do real”, disse o Diretor Comercial da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, Gustavo Paschoa. Segundo a Maersk, as exportações de carne bovina para a Europa estão enfrentando dificuldades pois os consumidores estão optando cada vez mais por fornecedores locais ou fechados, como a Polônia. Já as vendas para o Oriente Médio devem permanecer consistentes e estáveis, apesar de os exportadores terem perdido espaço para produtores locais, e da concorrência da Rússia e da Ucrânia.
CARNETEC
Produtores têm até sábado para vacinar o rebanho contra a febre aftosa
Em alguns estados, haverá prorrogação de 15 dias para a conclusão da vacinação
No próximo sábado (30), termina a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em 25 unidades da federação. A meta da campanha é imunizar mais de 100 milhões de bovinos e bubalinos. Por causa de condições climáticas como o excesso de chuvas e das queimadas que ocorreram em algumas regiões do país, haverá a prorrogação de 15 dias para que os produtores realizem a vacinação nos estados do Espírito Santo, Maranhão e alguns municípios de Mato Grosso do Sul (Aquidauana, Corumbá, Ladário, Miranda e Porto Murtinho). Em outros estados, o processo corre dentro do previsto. “A etapa está transcorrendo dentro das expectativas. Estamos monitorando os dados e devemos, mais uma vez, ter um índice de cobertura vacinal acima de 98%”, diz a auditora fiscal federal agropecuária da Divisão de Febre Aftosa, Alba Said. Os produtores de Santa Catarina e do Paraná não vacinam seus animais e apenas necessitam atualizar o cadastro de seus rebanhos (nascimentos, mortes e evolução de rebanho) eletronicamente ou pessoalmente junto às unidades veterinárias locais dos seus Estados. A aplicação da vacina, a nota fiscal de compra e a declaração de vacinação são necessárias para a comercialização de produtos como carne e leite e para a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que autoriza o produtor a circular com seus animais. A declaração de vacinação e a nota de compra do produto devem ser entregues no Serviço Veterinário Oficial do Estado. O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (PNEFA) está em processo de atualização de suas diretrizes, e irá ficar em consulta pública até 16 de janeiro de 2020, para receber propostas de todos os envolvidos com o programa (produtores, transportadores, empresas, instituições públicas e privadas).
MAPA
Mercado consumidor é o pivô da incógnita nos próximos meses
“Somente no ano que vem conseguiremos ver quanto o brasileiro realmente vai conseguir pagar pela carne”, diz Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro
O sócio-consultor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, acredita que o equilíbrio nos preços internos da carne bovina no mercado consumidor virá em janeiro, seja no patamar atual ou em outro patamar. “O mercado vive uma euforia. Os preços ficarão altos no atacado até o Natal, o varejo ainda vai começar a empurrar os valores para cima e somente no ano que vem conseguiremos ver quanto o brasileiro realmente vai conseguir pagar pela carne”, explicou o especialista durante o Minerva Day, evento do Minerva Foods. Segundo Barros, o cenário que se desenha é semelhante ao que ocorreu com a carne suína na China que, em dado momento, houve uma “explosão” de preços e o consumidor não tendo mais capacidade de pagamento, levou ao recuo nos valores praticados pelo mercado. No caso das exportações, a perspectiva é que os preços sejam balizados pelo câmbio e a demanda. “Ainda vamos ver margens boas”, acrescentou.
ESTADÃO CONTEÚDO
Contratos futuros para o boi gordo fecham com desvalorizações na 4ª feira na B3
Na quarta-feira (27), os vencimentos futuros para o boi gordo finalizaram a sessão com quedas na Bolsa Brasileira (B3). O contrato Novembro/19 finalizou o dia com um recuo de 1,27% e cotado a R$ 230,00/@
O Dezembro/19 está precificado a R$ 226,00/@ e teve uma desvalorização de 0,88%, enquanto, o Janeiro/20 registrou uma perda de 2,49% e encerrou a R$ 215,00/@. A Informa Economics FNP apontou que o mercado físico do boi gordo manteve a tônica dos dois primeiros dias da semana, com o volume de negociações envolvendo lotes de animais prontos para abate limitado, em linha com o quadro de escassez de oferta, dominante neste segundo semestre. “Ainda se nota uma parcela significativa de indústrias pressionadas nas compras de gado, uma vez que ocorrem diversos casos de existência de plantas frigoríficas que estão operando com elevado grau de ociosidade, ao mesmo tempo que, as escalas de abate de muitas raramente se estendem para além de 3 a 4 dias úteis”, ressaltou a Informa em seu relatório diário.
Informa Economics FNP
ECONOMIA
Dólar fecha a quase R$4,26 e bate 3º recorde histórico seguido apesar de atuação do BC
O dólar fechou em máxima histórica nominal pelo terceiro pregão consecutivo na quarta-feira, perto de 4,26 reais, mesmo depois de o Banco Central ter feito nova oferta líquida de moeda à vista, a terceira em dois dias
No mercado interbancário, o dólar fechou em alta de 0,44%, a 4,2586 reais na venda. Na segunda-feira (4,2150 reais) e na terça (4,2398 reais) a moeda já havia renovado recordes históricos para um encerramento de sessão no mercado à vista. Desde a semana passada, o dólar bateu recorde quatro vezes. No dia 18, a moeda fechou a 4,2061 reais na venda, deixando para trás o pico anterior, de setembro de 2015. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,44% nesta quarta, a 4,2535 reais, por volta de 17h30. O BC anunciou oferta líquida de dólar à vista por volta de 12h40, quando a moeda estava nas máximas do dia, acima de 4,27 reais. A exemplo da véspera, o dólar perdeu força, mas não a ponto de inverter a direção. Autoridades do Banco Central —o Presidente Roberto Campos Neto e o Diretor de Política Monetária, Bruno Serra— disseram na terça e na quarta-feira que o BC poderá continuar atuando no câmbio em caso de necessidade. Estrategistas do Credit Suisse, contudo, avaliaram que a mensagem do Banco Central ainda não é “suficientemente clara” para sugerir que pode intervir sob qualquer circunstância. O banco suíço moveu para cima a faixa com a qual trabalha para a taxa de câmbio brasileira, agora entre 4,18 reais e 4,35 reais (antes 4,10 reais e 4,25 reais), citando mensagens “confusas” da parte de autoridades sobre a política cambial e a tendência do mercado de interpretar mal esses recados.
REUTERS
Petrobras e bancos sustentam Ibovespa no azul em sessão volátil
A JBS ON ganhou 1,62%, após registrar forte queda nas primeiras horas da sessão. No setor, BRF FOODS ON perdeu 0,49% e MARFRIG ON encerrou em alta de 0,28%
Com as atenções ainda voltadas para o mercado cambial, o principal índice da bolsa paulista registrou sessão de grande volatilidade, com ações da Petrobras e do setor bancário sustentando o patamar positivo do Ibovespa. o Ibovespa subiu 0,61%, a 107.707,75 pontos. O volume financeiro da sessão somou 15,5 bilhões de reais. Nas primeiras horas da sessão prevaleceu o tom negativo, uma vez que o dólar seguiu atingindo novos recordes ante o real. Mesmo uma intervenção do Banco Central, no início da tarde, foi suficiente apenas para aliviar a alta do divisa norte-americana, que fechou com avanço de 0,44%, a 4,2586 reais. Analistas da Rico Investimentos indicaram que a alta volatilidade no mercado deve continuar, diante do impacto da alta do dólar nas perspectivas de inflação e, consequentemente, na duração do ciclo de corte de juros. O mercado elevou a projeção para o IPCA em 2019 para 3,46%, segundo mediana na última pesquisa Focus. Na pesquisa anterior, a estimativa era de inflação de 3,33%. De todo modo, os negócios na bolsa paulista passaram a refletir mais de perto o otimismo de Wall Street, após dados mostrando aceleração econômica dos EUA no terceiro trimestre, em vez de desacelerar como se esperava.
REUTERS
BC muda estratégia e anuncia com antecedência oferta líquida de até US$1 bi em dólar à vista para 5ª
O Banco Central anunciou na quarta-feira que fará, na quinta, oferta líquida de até 1 bilhão de dólares em moeda à vista, em medida que pode dar mais previsibilidade ao mercado e ajudar a acalmar a cotação do dólar
O acolhimento das propostas para o leilão ocorrerá entre 9h45 e 9h50. O BC, portanto, adota uma estratégia diferente da praticamente recentemente. Entre terça e quarta, o BC realizou três ofertas líquidas de dólar à vista, mas anunciou as operações no decorrer do pregão, enquanto o dólar ia a máximas recordes. O BC também informou a quarta as condições para o leilão de dólar à vista no montante de até 785 milhões de dólares que tem feito diariamente, a fim de “trocar” posição de swaps para dólar físico. A operação ocorrerá entre 9h30 e 9h35. Nesse mesmo intervalo, o BC acolherá propostas para venda de até 15.700 contratos de swap cambial reverso (cuja colocação equivale a compra de dólares no mercado futuro). Caso não haja venda integral dos dólares à vista e dos swaps reversos, o Banco Central fará, entre 11h30 e 11h40, leilão de contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólar no mercado futuro) em montante igual à diferença entre o ofertado de swap reverso e o efetivamente vendido ao mercado.
REUTERS
Petrobras eleva gasolina em 4% nas refinarias após alta do dólar
A Petrobras elevou o preço médio da gasolina nas refinarias em aproximadamente 4% nesta quarta-feira, na segunda alta em pouco mais de uma semana, informou a petrolífera, em meio à valorização do dólar e a um avanço do valor do combustível no mercado internacional
Com a alta, a gasolina atingiu cerca de 1,92 real por litro, uma máxima desde o fim de maio, quando chegou a aproximadamente 1,95 real por litro, segundo dados da estatal compilados pela Reuters. O diesel, em contrapartida, foi mantido estável. Em 19 de novembro, a companhia já havia elevado o preço médio da gasolina em 2,8%, após ter ficado mais de 50 dias sem ajustar o combustível. “O principal fator de impacto para esse aumento de preço é o câmbio”, afirmou o Chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva. Silva ponderou, no entanto, que a gasolina também está em alta no mercado internacional, influenciando os preços da petroleira estatal. “É até um período do ano que a gente poderia ver o mercado de gasolina (internacional) cedendo um pouco, mas isso não está acontecendo. O consumo americano ainda está bem forte.” No mercado internacional, a gasolina teve alta de 6,3%, no acumulado desde o último reajuste da Petrobras até a véspera.
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: mercado aquecido neste final de ano
Mesmo estando na última semana do mês, onde comumente as vendas diminuem, os preços no mercado de suínos permaneceram firmes e em alta
Nas granjas paulistas, o animal terminado teve valorização de 3,8% nos últimos sete dias, estando cotado, em média, em R$111,05 por arroba. Desde o início das altas, no início de setembro, a valorização acumulada para o cevado foi de 29,9%. No atacado, a alta no mesmo período foi de 1,1%, com a carcaça sendo negociada, em média, em R$9,10 por quilo. Esse cenário é reflexo de uma oferta ajustada, junto a uma demanda aquecida, tanto interna como externa. No mercado doméstico essa maior movimentação acontece em decorrência da proximidade do final do ano, quando os vendedores estão fazendo seus estoques aguardando o incremento nas vendas, comum para o período. Para o curto prazo, o quadro deve permanecer o mesmo e novas valorizações não estão descartadas.
SCOT CONSULTORIA
Vietnã impulsionará importação de carne suína
O gabinete ordenou que os ministérios aumentassem as importações para satisfazer a demanda no período de pico do ano novo
Em um esforço para manter o mercado abastecido e reduzir o aumento dos preços da carne suína que está aumentando a inflação, o gabinete ordenou que os ministérios aumentassem as importações para satisfazer a demanda no período de pico do ano novo. O mercado provavelmente terá escassez de 200.000 toneladas a partir deste mês até o final de janeiro, quando o Ano Novo for comemorado, segundo estimativas do governo. Os ministérios se comprometeram a trabalhar juntos para permitir que as empresas importem o que o país precisa de fornecedores qualificados. O déficit significa que as importações deverão aumentar até o final do ano. As compras no exterior foram de apenas 15.000 toneladas nos primeiros nove meses de 2019, segundo o jornal Thanh Nien, citando dados do departamento de produção animal do ministério da Agricultura. O Vietnã estará competindo por suprimentos globais com a China, ajudando a sustentar os preços. “O sabor dos vietnamitas é para carne de porco recém-abatida”, disse Nguyen Hong Minh, Diretor Executivo da Hong Linh Import Export Co., na cidade de Ho Chi Minh. “A carne de porco congelada e importada representa apenas 2% do consumo.” As importações de carne suína congelada podem ser destinadas a cozinhas industriais, de acordo com analistas da VNDirect Securities Corp. de Hanói. Se assim for, isso liberaria o que está disponível em termos de carne de porco recém-abatida para consumo direto. Estima-se que o suprimento total de carne diminua em 4%, para 5,14 milhões de toneladas este ano, segundo o ministério da Agricultura. A produção de carne suína, que representa mais de dois terços do consumo de proteínas, deve cair 10% em relação ao ano anterior, ou 380.000 toneladas.
Frigorífico inaugura nova planta e amplia em 50% abate no Paraná
Nova planta deve gerar 230 novos empregos e aumentar em 30% a linha de cortes e matérias primas
O Frigorífico Rainha da Paz, localizado em Ibiporã (PR), inaugurou uma nova planta e amplia em 50% sua produtividade. “Hoje são 11 mil metros quadrados de área construída na unidade de Ibiporã. Lá são abatidos diariamente 2 mil animais e produzidos e industrializados em torno de 5 mil toneladas de carne suína por mês, cortes in natura, resfriados e congelados, industrializados, defumados, embutidos” explica Marcos Pezzutti, Gerente Comercial. A empresa, que tem foco no mercado interno, investiu na nova planta que deve gerar 230 novos empregos e aumentar em 30% a linha de cortes e matérias primas. “Prospectando o crescimento no seguimento a diretoria decidiu apostar no investimento, buscando o crescimento de forma consciente. Com a nova planta teremos um crescimento em vendas de carcaças suínas”, completou o gerente. Para Pezzutti, a busca internacional por carne suína deve aumentar também a demanda no mercado interno. “Com a busca aquecida na área de suinocultura, acreditamos que o mercado interno acompanhe esse crescimento e vemos para 2020 um crescimento de mais 20% no nosso segmento”.
Carne suína já movimentou US$ 79,9 milhões nos portos
Preço pago por tonelada embarcada está em US$ 2.402,5, 30% maior que a média de novembro de 2018
Na parcial de novembro, com 15 dias úteis, as exportações de carne suína in natura somam US$ 79,9 milhões. O preço pago por tonelada embarcada que na semana passada era de US$ 2386,65, foi para US$ 2.402,5 na quarta semana do mês. Na comparação com outubro a média de preço é 1,6% maior e 29,7% maior que o valor pago no mês de novembro de 2018. Os dados são do Ministério da Economia, Industria, Comercio Exterior e Serviços. Em volume, nessas quatro semanas do mês foram remessadas ao exterior 33,3 mil toneladas, uma média diária de 2,2 mil toneladas. Até a semana passada a média era de 2,5 mil toneladas, ou seja, a mesma registrada no mês outubro. Já na comparação com novembro de 2018 a média diária sofreu um recuo de 13%, visto que naquele período a média de embarques era 2,6 mil toneladas por dia.
INTERNACIONAL
Produção mundial de carne deve crescer 13% até 2028
Relatório da OCDE/ONU diz que oferta de proteínas será puxada sobretudo pelo Brasil, Argentina e EUA
A produção mundial de carne deve crescer mais de 40 milhões de toneladas até 2028 (ou 13%), para um total de quase 364 milhões de toneladas, na comparação com a média registrada de 2016 a 2018. A projeção consta no novo relatório anual divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (ONU). No geral, a maior parte do crescimento esperado na produção de carnes ocorrerá nos países em desenvolvimento, que representarão 74% da produção adicional. O rebanho global de bovinos aumentou nos últimos anos, puxado pelos principais países exportadores das Américas, como Argentina, Brasil e Estados Unidos – o relatório também destaca a elevação do plantel da Índia, apesar das incertezas quanto às políticas de abate de gado. No geral, a produção de carne continuará sendo dominada pelo Brasil, China, União Europeia e Estados Unidos. Segundo o relatório, outros países com contribuições potenciais notáveis para a produção adicional de carnes são: Argentina, Austrália, Índia, México, Paquistão, Filipinas e Vietnã. A produção de carne bovina continuará a crescer nos principais países produtores ao longo do período projetado (até 2028). Nos países em desenvolvimento, estima-se um aumento de 17% até 2028. A maior parte dessa expansão deve ocorrer na Argentina, Brasil, China, México, Paquistão e África do Sul. Nos países desenvolvidos, a produção é projetada para ser 8% maior em 2028 em comparação com o período de base – praticamente, todo esse aumento será puxado pelo crescimento da produção nos Estados Unidos. O preço médio da carne em 2018 ficou 2,2% menor na comparação com 2017, refletindo a queda nas cotações anuais da carne suína e de frango, enquanto os valores da carne bovina permaneceram estáveis. O mercado internacional de carne bovina foi caracterizado pela disponibilidade de exportação abundante e demanda robusta, fatores que contribuíram para a estabilidade de preços. As exportações mundiais de carne atingiram 34 milhões de toneladas em 2018, com crescimento de 1,5% sobre 2017.
ESTADÃO CONTEÚDO
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